Polícia

MILÍCIA NA CADEIA

Casa onde foi encontrado arsenal pertencia à família Name

Imóvel foi dado a empresário e filho como devolução de dinheiro de terreno

RAFAEL RIBEIRO

01/10/2019 - 09h55
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A casa no bairro Monte Líbano, região central de Campo Grande, onde a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul encontrou um arsenal em 19 de maio pertencia à família Name.

A informação foi trazida à tona no processo da Operação Ometá do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), desencandeada na última sexta-feira (27) e que prendeu o empresário Jamil Name, seu filho e ainda outras 17 pessoas, entre funcionários da família, policiais civis e guardas municipais, acusados de formarem uma milícia suspeita de cometr ao menos cinco assasinatos desde o ano passado.

Está anexada nos autos documento que comprova a propriedade do imóvel de luxo onde foi detido o guarda civil Marcelo Rios, hoje detido no Presídio Fedral de Mossoró (RN), fato que trouxe à tona a milícia.

De acordo com o documento, obtido pelo Correio do Estado, a casa pertencia inicialmente a um casal, que repassou a Jamil Name como forma de ressarci-lo pela desistência da compra de um terreno na Vila Santo André, região norte da Capital. O fato aconteceu em 10 de fevereiro de 2015.

Ainda segundo o documento, o desfecho só veio dois anos depois, em 16 de maio de 2017, quando Jamil e seu filho assumiram a posse da casa, em negociação total de R$ 850 mil, valor pago pelo terreno pelos acusados e que o casal não teria como devolver após a desistência do negócio inicial.

À reportagem, Renê Siufi, advogado que representa Jamil pai, disse que o imóvel na verdade pertence ao filho, que foi quem teria colocado Rios no local, para tomar conta, negando novamente ligação do empresário com a milícia.

INVESTIGAÇÃO

O Correio do Estado revelou nesta terça que a operação contra pistolagem terá outras fases, após a aprensão de pen-drives e computadores na casa dos Name, na última sexta.

Segundo Siufi, a luta é para que Jamil pai responda o processo em liberdade, visto que sua saúde está fragilizada. “Ele precisa tomar sua medicação, está com a pressão muito alta”, disse.

O pedido feito pela defesa no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul na última segunda não foi apreciado e agora seguirá para a Procuradoria-Geral de Justiça do Estado.

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) festejou o desfecho das ações e disse “que é devr do Estado” combater organizações criminosas.

“É uma operação normal, que envolve o Gaeco, envolve as polícias especializadas em ações de combate a criminalidade. Isso está sendo feito na Capital e em algumas regiões de fronteira também e é dever do Estado proteção ao cidadão de bem, combater criminalidade em todos os níveis, então acho que é algo extremamente fruto de uma parceria, Gaeco, Ministério Público, polícias especializadas, Polícia Federal. A gente está atuando conjuntamente em combater organizações criminosas em todos os níveis e isso é dever do Estado e de todo cidadão de bem”, disse nesta manhã, durante agenda pública.

 

Polícia

Em 24 horas, dois morrem em confronto com a polícia

Confrontos policiais ocorreram em Bataguassu e Dourados

20/11/2024 12h00

Marcas de sangue na parede decorrente do confronto em Bataguassu

Marcas de sangue na parede decorrente do confronto em Bataguassu Portal O Cenário MS

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Dois homens, um de 32 anos e outro de 33, morreram em confronto com a Polícia Civil nas últimas 24 horas. O primeiro confronto ocorreu à tarde e o segundo à noite, nesta terça-feira (19).

Homem, de 32 anos, foi baleado e morto por policiais civis após reagir ao cumprimento de um mandado de busca e apreensão, na tarde desta terça-feira (19), em Bataguassu, município localizado a 310 quilômetros de Campo Grande.

A Polícia Civil não divulgou muitos detalhes a respeito da ocorrência, apenas que o confronto ocorreu durante cumprimento de mandando de busca e apreensão.

Outro homem, de 33 anos, morreu após reagir a abordagem de policiais civis do Setor de Investigações Gerais (SIG), na noite desta terça-feira (19), próximo ao Aeroporto de Dourados, município localizado a 229 quilômetros de Campo Grande.

Conforme apurado pela mídia local, o criminoso estava sendo monitorado pela polícia por ameaçar uma família por conta de uma dívida.

Nesta noite, o autor trafegava em uma rua quando recebeu ordem de abordagem dos policiais, mas, desobedeceu, sacou a arma e disparou contra a equipe.

Para se defender, foi baleado e desarmado. Ele foi encaminhado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.

Na noite de segunda-feira (18), Gabriel Nogueira da Silva, de 27 anos, responsável pelo assassinato do médico Edivandro Gil Braz, de 54 anos, foi baleado e morto por policiais, após resistir à prisão e tentar fugir da delegacia, em Dourados, município localizado a 229 quilômetros de Campo Grande.

ESTATÍSTICA

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que 70 pessoas morreram em confronto com agentes de Estado, de 1º de janeiro a 11 de novembro de 2024, em Mato Grosso do Sul.

Das 70 mortes,

  • 36 ocorreram em Campo Grande
  • 34 ocorreram no interior do Estado
  • 9 ocorreram em janeiro
  • 6 ocorreram em fevereiro
  • 13 ocorreram em março
  • 4 ocorreram em abril
  • 5 ocorreram em maio
  • 8 em junho
  • 2 em julho
  • 5 em agosto
  • 7 em setembro
  • 6 em outubro
  • 5 em novembro

Mortes registradas em confronto policial são classificadas como homicídio decorrente de oposição à intervenção policial.

O confronto entre forças de segurança governamentais e grupos armados ocorrem em situações de abordagem policial, roubos, flagrantes de tráfico de drogas, policiamento ostensivo em bairros, entre outras ocorrências.

CAMPO GRANDE

Jovem de 19 anos colide em poste e morre na avenida Duque de Caxias

Rapaz seguia pela avenida Julio de Castilho, virou na rua Brasília e, ao fazer a conversão na Duque de Caxias, perdeu o controle, bateu no meio-fio da via e colidiu contra o poste

20/11/2024 10h05

Avenida Duque de Caxias, em CG - Imagem de Ilustração

Avenida Duque de Caxias, em CG - Imagem de Ilustração ARQUIVO/CORREIO DO ESTADO

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Motociclista, de 19 anos, morreu após colidir contra um poste, na madrugada desta quarta-feira (20), no cruzamento da avenida Duque de Caxias e rua Brasília, sentido bairro-centro, em frente ao portão da Base Aérea, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, o rapaz seguia pela avenida Julio de Castilho, virou na rua Brasília e, ao fazer a conversão na Duque de Caxias, perdeu o controle, bateu no meio-fio da via e colidiu contra o poste.

De acordo com o boletim de ocorrência, ele não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e possivelmente não usava capacete, pois o objeto não foi encontrado ao redor do corpo ou da moto.

Populares, que passavam pelo local, acionaram a Polícia Militar via 190 e Corpo de Bombeiros Militar via 193, mas, quando o socorro chegou, a vítima já estava sem vida.

O pai da vítima viu que o filho estava demorando para chegar em casa e ligou para o seu celular. Quem atendeu foi uma mulher, que passava pelo local do acidente e, na ocasião, contou que seu filho havia se acidentado.

Além da PM e CBMMS, Polícia Civil, Polícia Científica e funerária também estiveram no local para efetuar os procedimentos de praxe.

Na segunda-feira (18), uma motociclista, identificada como Maria do Carmo, de 42 anos, morreu após ser prensada entre dois veículos, um Fiat Strada da Águas Guariroba e um caminhão limpa-fossa, na Avenida Guaicurus, em frente ao Museu José Antônio Pereira.

Dados do Batalhão de Polícia Militar de Trânsito (BPMTran) apontam que 10.548 acidentes de trânsito e 64 mortes foram registrados, neste ano, em Campo Grande.

Do total de mortes registradas neste ano, 44 são motociclistas, 7 pedestres, 6 ciclistas, 3 motoristas e 4 passageiros.

Avenida Duque de Caxias, em CG - Imagem de Ilustração

 

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