Polícia

LEGÍTIMA DEFESA

MP arquiva caso de jovem, filho de ex-secretária de Jardim que foi morto por policiais

O inquérito policial foi arquivado e as armas usadas no crime devolvidas ao Comando da Polícia Militar

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Após um ano e meio de investigações, o Ministério Público Estadual decidiu pelo arquivamento do Inquérito Policial nº 0001473-06.2022.8.12.0013, que apurava a morte de Pedro Henrique Evangelista Bahia, de 24 anos, ocorrida no município de Jardim. Dois policiais militares eram suspeitos de cometer homicidio qualificado contra a vítima. 

Pedro era filho da secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Cultura da cidade, Deliane Evangelista Bahia. O jovem se envolveu em uma briga no bar Recantos Pub e apontou um arma sem registro aos seguranças do local. Policias militares à paisana se envolveram na briga e acabaram disparando contra a vítima, no confronto.

No trecho do inquérito, MP justifica que acolheu o pedido de arquivamento da 1ª Promotoria de Justiça da C9marca de Jardim, que afirma que os policias  agiram em legítima defesa própria e de terceiros.  

"Conforme veremos, investigado os fatos, restou comprovado que os policiais militares Timoteo William Marques e Pedro Paulo Marques da Silva (os que efetivamente desferiram os tiros) agiram em legítima defesa própria e de terceiros", diz o texto do inquérito.

Diante disso, o MP determinou o arquivamento do processo sob a possibilidade de desarquivamento, nos termos do art. 18. Além disso, as armas de fogo e munições apreendidas com os policiais devem ser devoldias ao Comando da Polícia Militar. Já a arma usada pela vítima, não possui registro e por isso deve ser encaminhada ao Comando do Exército para destruição.

As demias provas, como um pendrive com imagens das câmeras de segurança e demais levantamentos, devem permancer no arquivo geral. 

"CERTIFICO, para os devidos fins, que não foi possível converter o conteúdo da mídia constante do pen drive apreendido, razão pela qual ficará acondicionado na caixa de "objetos que não serão destruídos", no
armário 03 deste cartório", acrescenta a chefe de cartório de Jardim.

Relembre o caso

Conforme boletim de ocorrência, no dia 15 de maio de 2022, por volta das 03h30 horas, no estabelecimento comercial Recantus Pub, em Jardim, Pedro Henrique Bahia se envolveu em uma discussão com os seguranças do estabelecimento e foi retirado do local. Mas, prometeu que voltaria.

Pedro retornou ao bar com uma arma e apontou para os seguranças logo na entrada. Um dos policiais militares, que estava de folga no bar, sai com a arma e apontam um para o outro. Segundo as imagens de segurnaça, o policial empurra a mão de Pedro para baixo e um tiro é disparada pelo rapaz.

Em reação, o policial atira contra Pedro que caminha até cair em frente a um carro estacionado. Outro militar que também estava à paisana, sai de dentro do bar e os dois agentes vão até onde o corpo do rapaz está e, um deles, chega a mexer na vítima com o pé.

No entanto, o jovem que foi atingido por três disparos chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Marechal Rondon, na cidade. Mas não resistiu aos ferimentos e morreu. 

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Operação Uxoris

Denúncia de ex-esposa desencadeou operação contra lavagem de dinheiro e contrabando

Mulher descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome, feitos pelo ex-marido, e acionou a PF

03/12/2025 11h30

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade MARCELO VICTOR

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Operação Uxoris, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) nesta quarta-feira (3), surgiu a partir da denúncia da ex-esposa de um dos integrantes da organização criminosa, que utilizava os documentos pessoais dela para abrir pessoas jurídicas (PJs), sem autorização, para praticar delitos.

A partir disso, ela descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome e acionou a PF. Em posse das informações, PF e RFB iniciaram as investigações há dois anos e desencadearam a Operação Uxoris, cujo nome faz referência a essa situação conjugal.

"A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada pela ex-esposa, de um dos integrantes do grupo criminoso, ela comunicou a Polícia Federal a utilização de seus documentos pessoais para abertura de pessoas juridicas que estariam sendo utilizadas para a pratica desses delitos, gerando passivos tributarios, sem autorização dessa senhora. A partir disso, a Polícia Federal iniciou as investigações da Operação Uxoris, em referencia justamente a essa outorga conjugal”, detalhou o chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade.

OPERAÇÃO UXORIS

Efetivo de 70 servidores, sendo 50 policiais federais e 20 agentes da Receita Federal, alocados em 12 viaturas, deflagram a Operação Uxoris, na manhã desta quarta-feira (3), em Mato Grosso do Sul e São Paulo (SP).

Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo oito em Campo Grande (MS) e um em Osasco (SP). Na Capital sul-mato-grossense, os mandados foram cumpridos no Centro, bairro Universitário, Vila Nhá-Nhá, entre outros locais.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Esses produtos - eletrônicos, brinquedos, utensílios domésticos e acessórios eletrônicos- eram vendidos em lojas online (marketplace) e lojas físicas, todas localizadas em Campo Grande (MS). As mercadorias eram distribuídas em todo o território nacional.

Os itens são oriundos de vários países e entraram no País através da fronteira Brasil/Paraguai.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões. Wellington da Silva Cruz, policial militar, é um dos integrantes do grupo criminoso.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O grupo criminoso utilizava a modalidade de pagamento “dólar-cabo”, que é um sistema informal de transferência de dinheiro para o exterior.

Em vez de enviar o dinheiro fisicamente, a pessoa no Brasil paga em reais a um "doleiro", que então garante que a mesma quantia seja entregue em dólares em uma conta no exterior. Essa operação é frequentemente utilizado em atividades ilícitas e considerada crime de evasão de divisas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o delegado da PF, Anezio Rosa de Andrade, os crimes desencadeiam em concorrência desleal, que é é algo que prejudica os comerciantes que pagam os devidos impostos.

“Um comerciante que faz o pagamento formal, que tem a sua empresa regularizada, muito dificilmente consegue concorrer com outras empresas, com outros comerciantes, que não atuam da mesma forma. Então, o nosso objetivo também, além de combater a questão aduaneira e tributária, é também fortalecer a concorrência lícita dentro do território nacional”, explicou.

Operação Uxoris

PF e Receita desmantelam esquema de contrabando de mercadorias ilegais

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande (MS) e Osasco (SP)

03/12/2025 08h15

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Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) cumpriram nove mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (3), durante a Operação Uxoris, em Campo Grande (MS) e São Paulo (SP).

Na Capital sul-mato-grossense, os mandados supostamente foram cumpridos nos altos da avenida Afonso Pena e bairro Universitário.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Conforme apurado pela reportagem, os produtos eram distribuídos em todo o território nacional, por meio de vendas online (marketplace) e através de lojas físicas localizadas em Campo Grande (MS).

De acordo com a PF, o grupo criminoso utilizava a modalidade conhecida como dólar-cabo para efetuar pagamentos das mercadorias, realizando remessas ilegais de valores ao exterior mediante compensações financeiras irregulares.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

CONTRABANDO E DESCAMINHO

Contrabando e descaminho são crimes relacionados à importação e exportação de mercadorias. Contrabando é a importação ou exportação de mercadorias proibidas.

Descaminho é à importação ou exportação de mercadorias lícitas sem o pagamento dos tributos devidos. A principal diferença reside na natureza da mercadoria: no contrabando, a mercadoria é proibida; no descaminho, a mercadoria é legal, mas o tributo não é pago.

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 68 ocorrências de contrabando e 56 de descaminho foram registradas, entre 1º de janeiro e 27 de novembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

Em relação ao descaminho, 0 ocorreu em janeiro, 11 em fevereiro, 2 em março, 5 em abril, 5 em maio, 2 em junho, 5 em julho, 9 em agosto, 4 em setembro, 11 em outubro e 2 em novembro.

Em relação ao contrabando, 2 ocorreram em janeiro, 8 em fevereiro, 4 em março, 2 em abril, 9 em maio, 9 em junho, 5 em julho, 8 em agosto, 4 em setembro, 13 em outubro e 4 em novembro.

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