O comando da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que aguarda manifestação da Corregedoria da corporação para ver que medida tomar quanto ao episódio dos quatro policiais militares de Ponta Porã que estariam supostamente envolvidos com dois traficantes que arrecadavam em torno de R$ 11 milhões mensais mandando droga para os estados de São Paulo e Minas Gerais.
Os suspeitos, se provado crime contra eles podem ser afastados de suas missões por período provisórios ou, até, expulsos da corporação.
De acordo com a Polícia Federal, os militares que seriam comparsas dos traficantes atuam na Força Tátuca do 4º Batalhão da Polícia Militar de Ponta Porã, cidade gêmea de Pedro Juan Caballero, território paraguaio.
A operação que desmantelou a quadrilha de traficantes, dois moradores da cidade de Três Lagoas (MS), foi posta em prática nesta semana.
Os supostamente implicados no caso seriam os militares Taiane Belarmino da Silva, Everton Gabriel Ferreira Lucas, José Fernando Roda Gomes e Jean Carlos Vaz Elias.
De acordo com a PF, os militares tiravam fotografias de policiais federais que espionavam a quadrilha, na fronteira, e mostravam para os chefes do bando.
Com o dinheiro do crime, a quadrilha comprava fazenda e imóveis caros. Ainda conforme a PF, o tráfico da droga, principalmente maconha, teria movimentado em torno de R$ 155 milhões no período de um ano e dois meses.
Para os responsáveis pela operação da Polícia Federal, a Aqueus, dois moradores de Três Lagoas eram quem corrompiam os PMs.
A dupla comprava a droga em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, trazia a carga para Campo Grande, depois as mandavam para os territórios mineiro e paulista.
Contra os PMs foram cumpridos mandados de busca e apreensão, apenas. Por enquanto, eles devem ficar em liberdade aguardando manifestações judiciais. Podem ser presos depois, caso confirmem a participação deles, informou a PF.
Também de acordo com a PF, chefiavam a quadrilha de traficantes Alexandre da Silva Paixão e Heitor Ferreira Gomes, apelidado de Gordinho.
A dupla mora há tempos em Três Lagoas, mas iam com frequência para Pedro Juan Caballero, onde negociava toneladas de maconha.




