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Treze horas após confronto, dupla morta pelo Choque segue sem identificação

Dois ladrões renderam idoso, roubaram Hilux, enfrentaram policiais e acabaram mortos

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Após 13 horas decorridas do confronto policial, dupla que roubou a caminhonete de um idoso de 73 anos e morreu em confronto com policiais militares do Batalhão de Choque (BPMChoque), ainda não foi identificada.

O caso ocorreu na noite desta segunda-feira (21), em uma estrada vicinal na região da avenida Gury Marques, Jardim Santa Felicidade, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, um idoso, de 73 anos, proprietário de uma caminhonete Hilux, de cor prata, estava estacionando o veículo para abrir o portão de casa na rua Arinas, bairro Moreninhas 2, às 20h25min, quando foi surpreendido por dois bandidos em posse de arma de fogo.

Ambos anunciaram o assalto, com arma no pescoço da vítima, ameaçando-a a entregar a caminhonete. Sem reagir, o senhor entregou o veículo e posteriormente acionou a Polícia Militar.

“O senhor de 73 anos ficou bastante traumatizado, viveu momentos de terror com esses dois indivíduos que utilizando de arma de fogo, ameaçaram, colocaram arma de fogo no pescoço e na cabeça da vítima, ameaçando fisicamente e verbalmente”, detalhou o comandante do BPMChoque, tenente-coronel Rocha, na manhã desta terça-feira (22), em coletiva de imprensa.

Equipes da Ronda Ostensiva de Ações de Choque (ROTAC) se deslocaram até o endereço da vítima e foi informado-lhes que havia rastreador no veículo, cuja localização foi compartilhada com os policiais.

Os policiais iniciaram o patrulhamento na avenida Gury Marques, avistaram um veículo transitando na contramão e perceberam que se tratava da caminhonete que havia sido roubada há pouco.

Os criminosos, em posse da caminhonete, realizaram uma conversão em uma estrada vicinal, próximo a avenida Gury Marques, no Jardim Santa Felicidade.

Em seguida, os policiais deram ordem de parada com sinais luminosos e sonoros, mas eles desobedeceram e continuaram fugindo.

Então, foi realizado um disparo de arma de fogo nos pneus traseiros do veículo, momento em que o condutor desceu apontando a arma para os policiais. Para se defender, a equipe revidou, baleou e desarmou um dos criminosos.

O outro bandido, que estava no banco do passageiro em posse de outra arma de fogo, atirou contra os policiais, que também revidaram e acertaram o autor.

Ambos foram socorridos e encaminhados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Universitário, mas não resistiram aos ferimentos e faleceram no local.

A Hilux foi encaminhada para a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Furtos e Roubos de Veículos (Defurv). As armas de fogo utilizadas pelos autores foram entregues à Polícia Científica.

De acordo com o comandante do BPMChoque, Rocha, a caminhonete seguiria para o Paraguai.

“Sem dúvida nenhuma, pela nossa experiência, o destino mais correto ali, mais preciso seria Paraguai”, disse.

Segundo o comandante, o Batalhão de Choque recebeu reforço de 30 novos policiais nos últimos dias e o número de equipes diárias subiu de cinco para nove, apenas em Campo Grande.

“Equipe muito bem estruturada, muito bem planejada e muito bem organizada a estrutura da Polícia Militar. Agora com muito mais força perante esse reforço de efetivo, de armamento, de viatura, então bem estruturado a gente tem a noção que cada vez vai ser pior para o criminoso aqui no nosso estado, na nossa capital”, finalizou o militar.

ESTATÍSTICA

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que 62 pessoas morreram em confronto com agentes de Estado, de 1º de janeiro a 22 de outubro de 2024, em Mato Grosso do Sul. O sistema está fora do ar e não foi possível levantar os números de setembro.

Das 62 mortes,

  • 34 ocorreram em Campo Grande
  • 28 ocorreram no interior do Estado
  • 9 ocorreram em janeiro
  • 6 ocorreram em fevereiro
  • 13 ocorreram em março
  • 4 ocorreram em abril
  • 5 ocorreram em maio
  • 8 em junho
  • 2 em julho
  • 5 em agosto
  • 7 em setembro
  • 3 em outubro

Mortes registradas em confronto policial são classificadas como homicídio decorrente de oposição à intervenção policial.

O confronto entre forças de segurança governamentais e grupos armados ocorrem em situações de abordagem policial, roubos, flagrantes de tráfico de drogas, policiamento ostensivo em bairros, entre outras ocorrências.

Operação Uxoris

Denúncia de ex-esposa desencadeou operação contra lavagem de dinheiro e contrabando

Mulher descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome, feitos pelo ex-marido, e acionou a PF

03/12/2025 11h30

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade MARCELO VICTOR

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Operação Uxoris, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) nesta quarta-feira (3), surgiu a partir da denúncia da ex-esposa de um dos integrantes da organização criminosa, que utilizava os documentos pessoais dela para abrir pessoas jurídicas (PJs), sem autorização, para praticar delitos.

A partir disso, ela descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome e acionou a PF. Em posse das informações, PF e RFB iniciaram as investigações há dois anos e desencadearam a Operação Uxoris, cujo nome faz referência a essa situação conjugal.

"A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada pela ex-esposa, de um dos integrantes do grupo criminoso, ela comunicou a Polícia Federal a utilização de seus documentos pessoais para abertura de pessoas juridicas que estariam sendo utilizadas para a pratica desses delitos, gerando passivos tributarios, sem autorização dessa senhora. A partir disso, a Polícia Federal iniciou as investigações da Operação Uxoris, em referencia justamente a essa outorga conjugal”, detalhou o chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade.

OPERAÇÃO UXORIS

Efetivo de 70 servidores, sendo 50 policiais federais e 20 agentes da Receita Federal, alocados em 12 viaturas, deflagram a Operação Uxoris, na manhã desta quarta-feira (3), em Mato Grosso do Sul e São Paulo (SP).

Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo oito em Campo Grande (MS) e um em Osasco (SP). Na Capital sul-mato-grossense, os mandados foram cumpridos no Centro, bairro Universitário, Vila Nhá-Nhá, entre outros locais.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Esses produtos - eletrônicos, brinquedos, utensílios domésticos e acessórios eletrônicos- eram vendidos em lojas online (marketplace) e lojas físicas, todas localizadas em Campo Grande (MS). As mercadorias eram distribuídas em todo o território nacional.

Os itens são oriundos de vários países e entraram no País através da fronteira Brasil/Paraguai.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões. Wellington da Silva Cruz, policial militar, é um dos integrantes do grupo criminoso.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O grupo criminoso utilizava a modalidade de pagamento “dólar-cabo”, que é um sistema informal de transferência de dinheiro para o exterior.

Em vez de enviar o dinheiro fisicamente, a pessoa no Brasil paga em reais a um "doleiro", que então garante que a mesma quantia seja entregue em dólares em uma conta no exterior. Essa operação é frequentemente utilizado em atividades ilícitas e considerada crime de evasão de divisas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o delegado da PF, Anezio Rosa de Andrade, os crimes desencadeiam em concorrência desleal, que é é algo que prejudica os comerciantes que pagam os devidos impostos.

“Um comerciante que faz o pagamento formal, que tem a sua empresa regularizada, muito dificilmente consegue concorrer com outras empresas, com outros comerciantes, que não atuam da mesma forma. Então, o nosso objetivo também, além de combater a questão aduaneira e tributária, é também fortalecer a concorrência lícita dentro do território nacional”, explicou.

Operação Uxoris

PF e Receita desmantelam esquema de contrabando de mercadorias ilegais

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande (MS) e Osasco (SP)

03/12/2025 08h15

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Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) cumpriram nove mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (3), durante a Operação Uxoris, em Campo Grande (MS) e São Paulo (SP).

Na Capital sul-mato-grossense, os mandados supostamente foram cumpridos nos altos da avenida Afonso Pena e bairro Universitário.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Conforme apurado pela reportagem, os produtos eram distribuídos em todo o território nacional, por meio de vendas online (marketplace) e através de lojas físicas localizadas em Campo Grande (MS).

De acordo com a PF, o grupo criminoso utilizava a modalidade conhecida como dólar-cabo para efetuar pagamentos das mercadorias, realizando remessas ilegais de valores ao exterior mediante compensações financeiras irregulares.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

CONTRABANDO E DESCAMINHO

Contrabando e descaminho são crimes relacionados à importação e exportação de mercadorias. Contrabando é a importação ou exportação de mercadorias proibidas.

Descaminho é à importação ou exportação de mercadorias lícitas sem o pagamento dos tributos devidos. A principal diferença reside na natureza da mercadoria: no contrabando, a mercadoria é proibida; no descaminho, a mercadoria é legal, mas o tributo não é pago.

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 68 ocorrências de contrabando e 56 de descaminho foram registradas, entre 1º de janeiro e 27 de novembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

Em relação ao descaminho, 0 ocorreu em janeiro, 11 em fevereiro, 2 em março, 5 em abril, 5 em maio, 2 em junho, 5 em julho, 9 em agosto, 4 em setembro, 11 em outubro e 2 em novembro.

Em relação ao contrabando, 2 ocorreram em janeiro, 8 em fevereiro, 4 em março, 2 em abril, 9 em maio, 9 em junho, 5 em julho, 8 em agosto, 4 em setembro, 13 em outubro e 4 em novembro.

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