Polícia

CRIME PREMEDITADO

Em novas acusações, irmã da pecuarista morta estaria envolvida no crime

A empregada disse que receberia uma quantia R$50 mil para "assustar" a vítima

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Polícia avança nas investigações sobre a morte da pecuarista Andreia Aquino Flores, de 38 anos, morta nesta quinta-feira (28). A funcionária da vítima teria afirmado que a irmã de Andreia “encomendou” um “susto” à pecuarista, e ofereceu uma quantia de R$50 mil.

Em novas acusações realizadas pela funcionária de Andreia, Lucimara Rosa Neves, 43 anos, a irmã havia procurado por ela para orquestrar o plano, com o objetivo de fazer a pecuarista assinar um documento que comprovasse uma quitação de dívidas. Contudo, segundo a empregada, a irmã não teria conhecimento do plano inteiro.

Lucimara, que trabalhava para Andreia há cerca de 7 anos e era conhecida da família, também teria dito que não tinha intenção de matar a patroa, porque mantinham uma relação de confiança.

A funcionária foi presa ontem, após o crime, junto de sua filha. Ambas deram suas versões suspeitas à polícia, mas logo depois acabaram assumindo o crime. As mulheres confirmaram a participação e entregaram o suspeito que faltava, o cunhado de Lucimara.

Andreia e a irmã são filhas de Ocidio Pavão Flores, ex-diretor do sindicato rural de Ponta Porã, falecido em 2013 em decorrência de um infarto. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) cita Ocidio Pavão Flores em nove processos judiciais, oito em Ponta Porã e um em Jardim. Parte dos registros se referem ao espólio de heranças de Pavão, que possuía vasto patrimônio, incluindo imóveis rurais e urbanos, gado, maquinários e outros outros empreendimentos.

Polícia segue investigando o caso, e no momento de publicação desta matéria está prestando novos esclarecimentos.

O crime

Segundo a polícia, o crime foi premeditado, realizado pela funcionária da vítima, sua filha e seu cunhado.

Contrariando a primeira versão contada para a polícia, as investigações confirmaram que as mulheres foram a um supermercado atacadista para encontrar com o terceiro criminoso. Não houve sequestro, já que o carro havia sido aberto por trava elétrica e as câmeras do local mostraram que não houve abordagem.

"A investigação evidenciou que, no estacionamento do supermercado, o veículo da vítima foi aberto por controle remoto pelas autoras J. e L. [mãe e filha] no momento em que finalizaram as compras, justamente para a entrada de apenas 01 (um) indivíduo no banco traseiro do automóvel", diz trecho do boletim de ocorrência policial.  

De acordo com o B.O., no caminho para a casa da vítima, os criminosos compraram um simulacro de arma de fogo - posteriormente encontrado na bolsa da acusada.

"Para simular o roubo, durante o trajeto do supermercado e a residência da vítima, os autores L., J. e P. pararam para adquirir um simulacro de arma de fogo. Tal simulacro foi encontrado na bolsa de J. pelos policiais desta unidade policial. Também ficou esclarecido que os autores pretendiam obter uma importância aproximada de R$ 20.000,00, que deveria ser exigida da vítima mediante transferência bancária (PIX) no momento do assalto".

Ao chegar na residência, o trio simulou um assalto. O cunhado, de 23 anos, foi o assaltante em questão. Segundo a funcionária, o rapaz trancou ela e a filha em um cômodo, e em outro tentou forçar Andreia a fazer uma transferência de R$20 mil via PIX. Andreia teria reagido, e acabou sendo assassinada por asfixia.

De acordo com o boletim:

"A par de tal fato e, após entrevistas nesta Especializada, as autoras J. e L. acabaram revelando a verdadeira dinâmica do crime. Segundo a versão apurada, formalizada e ratificada pelos elementos de prova por ora colhidos, L. convidou o cunhado P., de 23 anos de idade, para simular um roubo contra vítima, todavia, ANDREIA tentou reagir e acabou sendo morta por ele, mediante asfixia mecânica (esganadura)".

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Operação Uxoris

Denúncia de ex-esposa desencadeou operação contra lavagem de dinheiro e contrabando

Mulher descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome, feitos pelo ex-marido, e acionou a PF

03/12/2025 11h30

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade MARCELO VICTOR

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Operação Uxoris, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) nesta quarta-feira (3), surgiu a partir da denúncia da ex-esposa de um dos integrantes da organização criminosa, que utilizava os documentos pessoais dela para abrir pessoas jurídicas (PJs), sem autorização, para praticar delitos.

A partir disso, ela descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome e acionou a PF. Em posse das informações, PF e RFB iniciaram as investigações há dois anos e desencadearam a Operação Uxoris, cujo nome faz referência a essa situação conjugal.

"A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada pela ex-esposa, de um dos integrantes do grupo criminoso, ela comunicou a Polícia Federal a utilização de seus documentos pessoais para abertura de pessoas juridicas que estariam sendo utilizadas para a pratica desses delitos, gerando passivos tributarios, sem autorização dessa senhora. A partir disso, a Polícia Federal iniciou as investigações da Operação Uxoris, em referencia justamente a essa outorga conjugal”, detalhou o chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade.

OPERAÇÃO UXORIS

Efetivo de 70 servidores, sendo 50 policiais federais e 20 agentes da Receita Federal, alocados em 12 viaturas, deflagram a Operação Uxoris, na manhã desta quarta-feira (3), em Mato Grosso do Sul e São Paulo (SP).

Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo oito em Campo Grande (MS) e um em Osasco (SP). Na Capital sul-mato-grossense, os mandados foram cumpridos no Centro, bairro Universitário, Vila Nhá-Nhá, entre outros locais.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Esses produtos - eletrônicos, brinquedos, utensílios domésticos e acessórios eletrônicos- eram vendidos em lojas online (marketplace) e lojas físicas, todas localizadas em Campo Grande (MS). As mercadorias eram distribuídas em todo o território nacional.

Os itens são oriundos de vários países e entraram no País através da fronteira Brasil/Paraguai.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões. Wellington da Silva Cruz, policial militar, é um dos integrantes do grupo criminoso.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O grupo criminoso utilizava a modalidade de pagamento “dólar-cabo”, que é um sistema informal de transferência de dinheiro para o exterior.

Em vez de enviar o dinheiro fisicamente, a pessoa no Brasil paga em reais a um "doleiro", que então garante que a mesma quantia seja entregue em dólares em uma conta no exterior. Essa operação é frequentemente utilizado em atividades ilícitas e considerada crime de evasão de divisas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o delegado da PF, Anezio Rosa de Andrade, os crimes desencadeiam em concorrência desleal, que é é algo que prejudica os comerciantes que pagam os devidos impostos.

“Um comerciante que faz o pagamento formal, que tem a sua empresa regularizada, muito dificilmente consegue concorrer com outras empresas, com outros comerciantes, que não atuam da mesma forma. Então, o nosso objetivo também, além de combater a questão aduaneira e tributária, é também fortalecer a concorrência lícita dentro do território nacional”, explicou.

Operação Uxoris

PF e Receita desmantelam esquema de contrabando de mercadorias ilegais

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande (MS) e Osasco (SP)

03/12/2025 08h15

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Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) cumpriram nove mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (3), durante a Operação Uxoris, em Campo Grande (MS) e São Paulo (SP).

Na Capital sul-mato-grossense, os mandados supostamente foram cumpridos nos altos da avenida Afonso Pena e bairro Universitário.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Conforme apurado pela reportagem, os produtos eram distribuídos em todo o território nacional, por meio de vendas online (marketplace) e através de lojas físicas localizadas em Campo Grande (MS).

De acordo com a PF, o grupo criminoso utilizava a modalidade conhecida como dólar-cabo para efetuar pagamentos das mercadorias, realizando remessas ilegais de valores ao exterior mediante compensações financeiras irregulares.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

CONTRABANDO E DESCAMINHO

Contrabando e descaminho são crimes relacionados à importação e exportação de mercadorias. Contrabando é a importação ou exportação de mercadorias proibidas.

Descaminho é à importação ou exportação de mercadorias lícitas sem o pagamento dos tributos devidos. A principal diferença reside na natureza da mercadoria: no contrabando, a mercadoria é proibida; no descaminho, a mercadoria é legal, mas o tributo não é pago.

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 68 ocorrências de contrabando e 56 de descaminho foram registradas, entre 1º de janeiro e 27 de novembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

Em relação ao descaminho, 0 ocorreu em janeiro, 11 em fevereiro, 2 em março, 5 em abril, 5 em maio, 2 em junho, 5 em julho, 9 em agosto, 4 em setembro, 11 em outubro e 2 em novembro.

Em relação ao contrabando, 2 ocorreram em janeiro, 8 em fevereiro, 4 em março, 2 em abril, 9 em maio, 9 em junho, 5 em julho, 8 em agosto, 4 em setembro, 13 em outubro e 4 em novembro.

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