Polícia

Operação Successione

Empresário da fronteira é alvo de operação contra o jogo do bicho

José Eduardo Abdulahad é proprietário de uma casa de jogos na região de fronteira

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José Eduardo Abdulahad é o empresário de Ponta Porã alvo de mandado de prisão na manhã de hoje (05), pelos agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).  Ele segue sendo procurado pela polícia e até o momento não foi localizado. 

O empresário, conhecido como 'Zeizo', é pai de de Rhiad Abdulahad, que é advogado de defesa dos presos na operação contra o jogo do bicho.  

Conforme apurado pela reportagem Correio do Estado, o pai de Rhiad é proprietário de uma casa de jogos conhecida como 'Gato Preto', localizada na região de fronteira com Pedro Juan Caballero.  

Ainda conforme as investigações, ele coordenava ações do jogo do bicho em Campo Grande. José Eduardo Abdulahad foi alvo da Operação Xeque-Mate que apreendeu diversas máquinas de caça-níqueis na Galeria Dona Neta, local em que seria também proprietário.    

 

Até o momento são 7 presos na Operação Successione


Como publicamos mais cedo, pelos menos dois policiais militares foram presos até agora por envolvimento na Operação Successione, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) nesta terça-feira (5) em Campo Grande e em Ponta Porã. A ação policial visa impedir a escalada violenta de uma disputa entre integrantes de duas organizações de bicheiros (chefões do Jogo do Bicho) que disputam o monopólio da contravenção na capital de Mato Grosso do Sul. Ao todo são sete presos, sendo que dois deles são policiais. 

Um dos militares presos até agora é o major reformado da Polícia Militar Gilberto Luiz dos Santos, que é assessor parlamentar do deputado estadual Neno Razuk (PL). Neno Razuk também é um dos alvos da operação: foi um dos alvos dos 13 mandados de busca e apreensão. 

Gilberto está preso temporariamente, assim como outras seis pessoas. Informação recebida pelo Correio do Estado dava conta que ainda restava três dos 10 mandados de prisão temporária para serem cumpridos pelo Gaeco nesta terça-feira (5). 

A operação contra a disputa pelo jogo do bicho em Campo Grande ocorre com o apoio de policiais da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras). 


A motivação
Desde que o grupo que controlava o jogo do bicho em Campo Grande saiu de cena em meados de 2021, depois do desencadeamento da Operação Omertá, do Garras, em 2019, a disputa pelo controle da contravenção na Capital ficou aberta. 

Conforme informações apuradas pelo Correio do Estado, o grupo anterior teria "arrendado" a operação na cidade a um grupo do Estado de São Paulo. A operação foi acelerada depois da morte de seu patriarca. 

O território livre em Campo Grande também inspirou bicheiros do interior do Estado a disputar espaço na contravenção da Capital. 

Nos últimos dois anos, roubos a bancas de jogo do bicho como forma de intimidação das quadrilhas rivais deixaram de ser algo ocasional para tornar-se algo frequente. 

O estopim que levou ao desencadeamento da operação foi o uso de armas de fogo, inclusive com a deflagração de vários disparos, em um destes roubos a apontadores. 

Conforme nota divulgada pelo Gaeco: "as investigações constataram, ainda, que a organização criminosa tem grave penetração nos órgãos de segurança pública e conta com policiais para o desempenho de suas atividades, revelando-se, portanto, dotada de especial periculosidade".


 

Operação Uxoris

Denúncia de ex-esposa desencadeou operação contra lavagem de dinheiro e contrabando

Mulher descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome, feitos pelo ex-marido, e acionou a PF

03/12/2025 11h30

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade MARCELO VICTOR

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Operação Uxoris, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) nesta quarta-feira (3), surgiu a partir da denúncia da ex-esposa de um dos integrantes da organização criminosa, que utilizava os documentos pessoais dela para abrir pessoas jurídicas (PJs), sem autorização, para praticar delitos.

A partir disso, ela descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome e acionou a PF. Em posse das informações, PF e RFB iniciaram as investigações há dois anos e desencadearam a Operação Uxoris, cujo nome faz referência a essa situação conjugal.

"A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada pela ex-esposa, de um dos integrantes do grupo criminoso, ela comunicou a Polícia Federal a utilização de seus documentos pessoais para abertura de pessoas juridicas que estariam sendo utilizadas para a pratica desses delitos, gerando passivos tributarios, sem autorização dessa senhora. A partir disso, a Polícia Federal iniciou as investigações da Operação Uxoris, em referencia justamente a essa outorga conjugal”, detalhou o chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade.

OPERAÇÃO UXORIS

Efetivo de 70 servidores, sendo 50 policiais federais e 20 agentes da Receita Federal, alocados em 12 viaturas, deflagram a Operação Uxoris, na manhã desta quarta-feira (3), em Mato Grosso do Sul e São Paulo (SP).

Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo oito em Campo Grande (MS) e um em Osasco (SP). Na Capital sul-mato-grossense, os mandados foram cumpridos no Centro, bairro Universitário, Vila Nhá-Nhá, entre outros locais.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Esses produtos - eletrônicos, brinquedos, utensílios domésticos e acessórios eletrônicos- eram vendidos em lojas online (marketplace) e lojas físicas, todas localizadas em Campo Grande (MS). As mercadorias eram distribuídas em todo o território nacional.

Os itens são oriundos de vários países e entraram no País através da fronteira Brasil/Paraguai.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões. Wellington da Silva Cruz, policial militar, é um dos integrantes do grupo criminoso.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O grupo criminoso utilizava a modalidade de pagamento “dólar-cabo”, que é um sistema informal de transferência de dinheiro para o exterior.

Em vez de enviar o dinheiro fisicamente, a pessoa no Brasil paga em reais a um "doleiro", que então garante que a mesma quantia seja entregue em dólares em uma conta no exterior. Essa operação é frequentemente utilizado em atividades ilícitas e considerada crime de evasão de divisas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o delegado da PF, Anezio Rosa de Andrade, os crimes desencadeiam em concorrência desleal, que é é algo que prejudica os comerciantes que pagam os devidos impostos.

“Um comerciante que faz o pagamento formal, que tem a sua empresa regularizada, muito dificilmente consegue concorrer com outras empresas, com outros comerciantes, que não atuam da mesma forma. Então, o nosso objetivo também, além de combater a questão aduaneira e tributária, é também fortalecer a concorrência lícita dentro do território nacional”, explicou.

Operação Uxoris

PF e Receita desmantelam esquema de contrabando de mercadorias ilegais

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande (MS) e Osasco (SP)

03/12/2025 08h15

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Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) cumpriram nove mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (3), durante a Operação Uxoris, em Campo Grande (MS) e São Paulo (SP).

Na Capital sul-mato-grossense, os mandados supostamente foram cumpridos nos altos da avenida Afonso Pena e bairro Universitário.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Conforme apurado pela reportagem, os produtos eram distribuídos em todo o território nacional, por meio de vendas online (marketplace) e através de lojas físicas localizadas em Campo Grande (MS).

De acordo com a PF, o grupo criminoso utilizava a modalidade conhecida como dólar-cabo para efetuar pagamentos das mercadorias, realizando remessas ilegais de valores ao exterior mediante compensações financeiras irregulares.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

CONTRABANDO E DESCAMINHO

Contrabando e descaminho são crimes relacionados à importação e exportação de mercadorias. Contrabando é a importação ou exportação de mercadorias proibidas.

Descaminho é à importação ou exportação de mercadorias lícitas sem o pagamento dos tributos devidos. A principal diferença reside na natureza da mercadoria: no contrabando, a mercadoria é proibida; no descaminho, a mercadoria é legal, mas o tributo não é pago.

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 68 ocorrências de contrabando e 56 de descaminho foram registradas, entre 1º de janeiro e 27 de novembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

Em relação ao descaminho, 0 ocorreu em janeiro, 11 em fevereiro, 2 em março, 5 em abril, 5 em maio, 2 em junho, 5 em julho, 9 em agosto, 4 em setembro, 11 em outubro e 2 em novembro.

Em relação ao contrabando, 2 ocorreram em janeiro, 8 em fevereiro, 4 em março, 2 em abril, 9 em maio, 9 em junho, 5 em julho, 8 em agosto, 4 em setembro, 13 em outubro e 4 em novembro.

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