O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), assinou na edição desta terça-feira (24) do Diário Oficial do município a demissão do guarda civil metropolitano Rafael Antunes Vieira, suspeito de integrar milícia armada descoberta em maio, após apreensão de arsenal no bairro Monte Líbano, na região central.
Segundo o texto, o mandatário municipal justifica a demissão de Vieira por improbidade administrativa. O ex-guarda foi preso no fim de maio, junto de outros dois agentes municipais de segurança pública, mas teve a prisão preventiva revogada pela Justiça.
Em junho, Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) negou recurso do Ministério Público Estadual (MPMS) contra decisão que revogou prisão preventiva e manteve, dessa forma, a liberdade provisória dos guardas municipais Rafael Antunes Vieira e Roberto Vitor Kopetski e do motorista Flávio Narciso Morais da Silva.
Antunes é o segundo guarda a ter a demissão assinada pelo prefeito. Antes dele, no início do mês, Marcelo Rios, que guardava as armas encontradas, também foi exonerado de suas função. Atualmente ele está detido no Presídio Federal de Mossoró (RN).
As demissões haviam sido anunciadas por Valério Azambuja, secretário municipal de Segurança e Defesa Social, ainda no fim de agosto. Resta somente o processo demisisonário de Robert Vitor Kopetski, o último dos acusados pela Polícia Civil, cuja Pasta disse na ocasião que deve concluir o processo até o térmimo deste mês.
RELEMBRE O CASO
No dia 19 de maio, policiais da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), com apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar, apreenderam dezenas de armas de grosso calibre em poder do guarda municipal Marcelo Rios, 42 anos, no Bairro Monte Líbano, em Campo Grande. No local, a polícia encontrou dois fuzis AK-47, quatro fuzis calibre 556, duas espingardas calibres 12 e 22, 17 pistolas e um revólver calibre 357.
Além das armas de fogo, foram apreendidos supressores de ruídos (silenciadores), diversos carregadores e munições. Um veículo com restrição criminal por roubo/furto também foi apreendido no local.
A prisão em flagrante de Rios acabou convertida em prisão preventiva, durante audiência de custódia realizada na segunda-feira (20), no Fórum da Capital.
No dia 22 de maio, com o desdobramento das investigações, policiais fizeram a prisão de mais dois integrantes da Guarda Municipal e um terceiro envolvido, suspeitos de envolvimento no caso. Conforme as investigações, os três são suspeitos de planejarem o sequestro e cárcere privado da mulher do colega preso com o arsenal. Eles foram autuados por obstrução de Justiça.
A suspeita da polícia é da existência de uma organização criminosa por trás do esquema das armas e que, com o sequestro, o grupo tinha o objetivo de impedir possível delação por parte de Rios. Para coagi-lo, os criminosos teriam planejado e encomendado a ação contra a esposa dele.


