Polícia

"Operação Impostores"

Ladrões roubam traficante e são condenados a 20 anos de prisão

Criminosos se passavam por policiais para "apreenderem" drogas

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Na última segunda-feira (11), a 4ª Vara Criminal Residual de Campo Grande condenou os envolvidos em uma organização criminosa que se passava por policiais civis para roubar drogas em 20 anos e 3 meses de prisão por tráfico de drogas e roubo majorado, maior pena possível no caso.

Disfarce

Disfarces utilizados pelo grupo criminoso

A investigação, que ganhou o nome de "Operação Impostores", revelou que os criminosos utilizaram uniformes e identificação falsa para se passarem por agentes da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (DENAR).

O líder do grupo, identificado como R.D.S., soube que A.M.J., um traficante conhecido, mantinha cerca de 65 kg de cocaína em sua residência para uma facção criminosa. R.D.S. então recrutou três comparsas para invadirem a casa de A.M.J. em uma falsa operação, sequestrando o traficante e confiscando a droga.

Sequestro e roubo

No dia do crime, os falsos policiais abordaram A.M.J. em sua residência e o colocaram no banco traseiro de um veículo GM/Ônix, fingindo que o levariam para a delegacia.

Durante o trajeto, ordenaram que ele deixasse o carro e corresse, abandonando-o nas proximidades do Bairro Cristo Redentor. Os criminosos fugiram em posse da cocaína, além de aparelhos celulares roubados.

Denúncia

Após o assalto, A.M.J. registrou um boletim de ocorrência alegando que sua casa havia sido invadida e que joias e cerca de R$ 15 mil em espécie haviam sido roubados. A intenção, segundo a investigação, era criar uma justificativa para a facção criminosa, evitando represálias pela perda da droga.

No entanto, os investigadores da DERF notaram inconsistências na versão apresentada por A.M.J. e, considerando o histórico de envolvimento com o tráfico, seguiram pistas que os levaram a esclarecer o crime.

Com o apoio da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro (GARRAS), a operação culminou na prisão dos envolvidos e na apreensão de 17 kg de cocaína e veículos utilizados no crime.

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POLÍCIA

Traficante com 130 antecedentes criminais morre em confronto com a polícia

L.R.A., de 28 anos, tinha passagens por furtos, roubos, tráfico e estupro

11/11/2024 11h15

Delegacia de Polícia Civil de Sonora, norte de MS

Delegacia de Polícia Civil de Sonora, norte de MS DIVULGAÇÃO

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L.R.A., de 28 anos, morreu em confronto com a Polícia Civil, neste sábado (9), em Sonora, município localizado a 361 quilômetros de Campo Grande.

Ele tinha mais de 130 passagens pela polícia por furtos, roubos, tráfico e estupro, muitos deles cometidos na adolescência.

Conforme apurado pela reportagem, equipe realizava rondas pela região e abordaram um rapaz suspeito de ser distribuidor de drogas de uma organização criminosa no município.

Mas, ele desobedeceu a voz de abordagem e levou a mão à cintura. Para se defender, a equipe revidou, baleou e desarmou o criminoso.

Ele não resistiu aos ferimentos e faleceu. Na ação, foram apreendidos entorpecentes e uma arma de fogo.

O caso foi registrado como “Morte Decorrente de Intervenção Policial”, “Desobediência”, “Tráfico de Drogas” e “Porte de Arma de Fogo”.

ESTATÍSTICA

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que 67 pessoas morreram em confronto com agentes de Estado, de 1º de janeiro a 11 de novembro de 2024, em Mato Grosso do Sul.

Das 67 mortes,

  • 35 ocorreram em Campo Grande
  • 32 ocorreram no interior do Estado
  • 9 ocorreram em janeiro
  • 6 ocorreram em fevereiro
  • 13 ocorreram em março
  • 4 ocorreram em abril
  • 5 ocorreram em maio
  • 8 em junho
  • 2 em julho
  • 5 em agosto
  • 7 em setembro
  • 6 em outubro
  • 2 em novembro

Mortes registradas em confronto policial são classificadas como homicídio decorrente de oposição à intervenção policial.

O confronto entre forças de segurança governamentais e grupos armados ocorrem em situações de abordagem policial, roubos, flagrantes de tráfico de drogas, policiamento ostensivo em bairros, entre outras ocorrências.

CAMPO GRANDE

Homem mata ex-mulher e atual namorado a tiros: "é o que talarico merece"

Femicídio e homicídio ocorreram no bairro Coophatrabalho, em Campo Grande

11/11/2024 08h45

Deam, em Campo Grande - Imagem de Ilustração

Deam, em Campo Grande - Imagem de Ilustração GERSON OLIVEIRA

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Casal, homem de 49 anos e mulher de 44 anos, foram assassinados na noite deste domingo (10), em uma residência localizada na rua Ibirapuã, bairro Coophatrabalho, em Campo Grande. A suspeita é que o ex-marido da mulher tenha matado o casal, por ciúmes.

Conforme apurado pela reportagem, o afilhado da mulher acionou a Polícia Militar, via 190, após escutar gritos de socorro de sua madrasta e disparos de arma de fogo dentro de casa.

O adolescente se escondeu no canto do quarto enquanto o autor realizava os disparos, momento em que ligou para a polícia. Segundo a PM, foram realizados pelo menos 10 disparos. 

O autor, enquanto realizava os disparos, falava “é isso que talarico merece”, o que deu a entender que o homem, que estava namorando com sua ex-mulher, é seu amigo.

O enteado da mulher reconheceu a voz do homem e afirmou que se tratava do ex-marido da vítima, pois a voz era idêntica.

De acordo com a PM, o corpo da mulher foi deixado no chão da sala e o do homem no banheiro. Após o crime, o autor fugiu, antes mesmo da chegada dos policiais.

Em ronda nas imediações, foi localizada uma câmera de segurança que registrou o possível autor indo e voltando do local do crime. As imagens foram apresentadas ao filho do autor, que reconheceu seu pai nas filmagens.

O filho do criminoso informou à equipe o endereço onde seu pai residia e onde poderia ter se escondido.

No local, foram apreendidos um revólver Taurus calibre .22 nº 132504, um revólver Smith & Wesson calibre .357, cápsulas de revólver calibre .38, 12 munições de calibre .32 e 84 munições de calibre .357. Mas, o homem não foi localizado. 

Equipes da Polícia Civil, Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (Deam), Batalhão de Choque (BPMChoque), Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), Polícia Científica e funerária estiveram no local para efetuar os procedimentos de praxe.

O caso foi registrado como feminicídio e homicídio qualificado na DEAM. Este é o 29ª feminicídio do ano em Mato Grosso do Sul.

Feminicídios, além de tirar a vida de mulheres, também tiram a vida de homens, como neste caso, em que o autor, além de matar a ex-companheira, também tira a vida de seu atual. 

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 29 mulheres foram vítimas de feminicídio, entre 1º de janeiro e 11 de novembro de 2024, em Mato Grosso do Sul. 

Desse número, 9 ocorreram em Campo Grande e 20 no interior. As mortes foram registradas em janeiro (3), fevereiro (5), março (3), abril (5), junho (3), agosto (1), setembro (3), outubro (3) e novembro (2). 

Neste fim de semana, em 10 de novembro, Vanessa de Souza Amâncio, de 43 anos, foi morta a facadas pelo ex-companheiro, identificado como Gecildo Gomes, 50 anos, dentro de sua própria casa, no bairro Santa Terezinha, em Três Lagoas.

Em 2023, 31 mulheres foram mortas.

DENUNCIE!

Violência contra mulher deve ser denunciada em qualquer circunstância, seja física, psicológica, sexual, moral ou patrimonial.

Os números para denúncia são 180 (Atendimento à Mulher), 190 (Polícia Militar) e 153 (Guarda Civil Metropolitana).

O sinal "X" da cor vermelha, escrita na mão, significa que a vítima quer alertar que sofre violência doméstica. Portanto, o cidadão deve ficar atento, acolhê-la e acionar as autoridades. 

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