Polícia

CARRO-FORTE

Morto em confronto era líder do crime organizado e criminoso mais procurado da Bahia

Quatro foram mortos na troca de tiros e um fugitivo morreu nesta tarde

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Morto em troca de tiros com a polícia na madrugada desta quarta-feira (4), em uma fazenda próximo ao município de Coronel Sapucaia, José Francisco Lumes, conhecido como Zé de Lessa, é considerado o criminoso mais procurado da Bahia, onde teve maior atuação, sendo o ás de ouro do Baralho do Crime - uma estrutura organizacional da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Lumes é fundador e líder da facção criminosa Bonde do Maluco (BDM) e tinha envolvimento com ataques a bancos, assaltos a carros-forte, sequestro e tráfico de drogas. Ele estava escondido no Paraguai. As informações são do site baiano Correio 24 horas. 

Zé de Lessa é um dos quatro suspeitos de assaltar um carro-forte na última segunda-feira (2) e que morreram em confronto com a polícia. Na ocasião, um integrante da quadrilha foi preso e outro conseguiu fugir pelo matagal, mas foi morto horas depois, segundo informações do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar. Este último estava com um AK 47, metralhadora cal .50, e um M4 quando foi morto. Os suspeitos que morreram era de origem de São Paulo, Bahia e Minas Gerais, de acordo com a Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras). 

A operação foi designada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e participaram também policiais do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), Polícia Militar e Garras, que realizaram diligências na região do assalto e localizaram a fazenda onde os suspeitos estariam escondidos. 

Segundo o comandante do Bope, major Wilmar Fernandes, policiais entraram na propriedade para realizar a abordagem, mas foram recebidos a tiros e na ocasião ocorreu forte confronto. “As equipes revidaram as ações dos bandidos e no confronto quatro foram alvejados, eles foram socorridos até o hospital de Coronel Sapucaia, mas não resistiram e morreram”, disse o major a reportagem do Correio do Estado. 

HISTÓRICO CRIMINOSO

Zé de Lessa começou na vida do crime fazendo assalto a instituições financeiras. Ele criou o BDM dentro da cadeia e logo sua facção passou a ganhar destaque. Tornou-se o principal rival de outra facção e passou a disputar pontos de droga com o rival. 

Ele foi preso algumas vezes e a última vez que saiu da prisão foi para terminar de cumprir a pena no regime domiciliar. Desde então, foi morar na cidade de Coronel Sapucaia, no Mato Grosso do Sul, divisa com o Paraguai, de onde começou a enviar carregamentos de drogas para abastecer sua quadrilha na Bahia.

ROUBO AO CARRO-FORTE

Na segunda-feira passada (2), grupo de criminosos fortemente armados assaltou um veículo de transporte de valores da Brink’s, que seguia pela rodovia MS-156, entre as cidades de Caarapó e Amambai. 

De acordo com as informações, eram, pelo menos, cinco homens portando fuzis e explosivos. Para o assalto, os bandidos atiraram no carro-forte, que foi obrigado a parar. Eles teriam utilizado dois veículos, sendo um Jeep Renegade e uma caminhonete L200. 

De acordo com a polícia, os bandidos não teriam conseguido chegar ao dinheiro que estava no carro-forte. Na fuga, eles teriam furado o bloqueio inicial montado pela polícia, seguindo com a  caminhonete em direção ao Paraguai. 

Os seguranças que estavam no veículo no momento da ação criminosa não foram feridos. O carro de transporte de valores cobria um trajeto  entre as cidades de Dourados e Amambai, levando dinheiro para abastecer agências bancárias da região.

* Colaborou Bruna Aquino 

Operação Uxoris

Denúncia de ex-esposa desencadeou operação contra lavagem de dinheiro e contrabando

Mulher descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome, feitos pelo ex-marido, e acionou a PF

03/12/2025 11h30

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade MARCELO VICTOR

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Operação Uxoris, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) nesta quarta-feira (3), surgiu a partir da denúncia da ex-esposa de um dos integrantes da organização criminosa, que utilizava os documentos pessoais dela para abrir pessoas jurídicas (PJs), sem autorização, para praticar delitos.

A partir disso, ela descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome e acionou a PF. Em posse das informações, PF e RFB iniciaram as investigações há dois anos e desencadearam a Operação Uxoris, cujo nome faz referência a essa situação conjugal.

"A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada pela ex-esposa, de um dos integrantes do grupo criminoso, ela comunicou a Polícia Federal a utilização de seus documentos pessoais para abertura de pessoas juridicas que estariam sendo utilizadas para a pratica desses delitos, gerando passivos tributarios, sem autorização dessa senhora. A partir disso, a Polícia Federal iniciou as investigações da Operação Uxoris, em referencia justamente a essa outorga conjugal”, detalhou o chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade.

OPERAÇÃO UXORIS

Efetivo de 70 servidores, sendo 50 policiais federais e 20 agentes da Receita Federal, alocados em 12 viaturas, deflagram a Operação Uxoris, na manhã desta quarta-feira (3), em Mato Grosso do Sul e São Paulo (SP).

Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo oito em Campo Grande (MS) e um em Osasco (SP). Na Capital sul-mato-grossense, os mandados foram cumpridos no Centro, bairro Universitário, Vila Nhá-Nhá, entre outros locais.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Esses produtos - eletrônicos, brinquedos, utensílios domésticos e acessórios eletrônicos- eram vendidos em lojas online (marketplace) e lojas físicas, todas localizadas em Campo Grande (MS). As mercadorias eram distribuídas em todo o território nacional.

Os itens são oriundos de vários países e entraram no País através da fronteira Brasil/Paraguai.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões. Wellington da Silva Cruz, policial militar, é um dos integrantes do grupo criminoso.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O grupo criminoso utilizava a modalidade de pagamento “dólar-cabo”, que é um sistema informal de transferência de dinheiro para o exterior.

Em vez de enviar o dinheiro fisicamente, a pessoa no Brasil paga em reais a um "doleiro", que então garante que a mesma quantia seja entregue em dólares em uma conta no exterior. Essa operação é frequentemente utilizado em atividades ilícitas e considerada crime de evasão de divisas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o delegado da PF, Anezio Rosa de Andrade, os crimes desencadeiam em concorrência desleal, que é é algo que prejudica os comerciantes que pagam os devidos impostos.

“Um comerciante que faz o pagamento formal, que tem a sua empresa regularizada, muito dificilmente consegue concorrer com outras empresas, com outros comerciantes, que não atuam da mesma forma. Então, o nosso objetivo também, além de combater a questão aduaneira e tributária, é também fortalecer a concorrência lícita dentro do território nacional”, explicou.

Operação Uxoris

PF e Receita desmantelam esquema de contrabando de mercadorias ilegais

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande (MS) e Osasco (SP)

03/12/2025 08h15

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Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) cumpriram nove mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (3), durante a Operação Uxoris, em Campo Grande (MS) e São Paulo (SP).

Na Capital sul-mato-grossense, os mandados supostamente foram cumpridos nos altos da avenida Afonso Pena e bairro Universitário.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Conforme apurado pela reportagem, os produtos eram distribuídos em todo o território nacional, por meio de vendas online (marketplace) e através de lojas físicas localizadas em Campo Grande (MS).

De acordo com a PF, o grupo criminoso utilizava a modalidade conhecida como dólar-cabo para efetuar pagamentos das mercadorias, realizando remessas ilegais de valores ao exterior mediante compensações financeiras irregulares.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

CONTRABANDO E DESCAMINHO

Contrabando e descaminho são crimes relacionados à importação e exportação de mercadorias. Contrabando é a importação ou exportação de mercadorias proibidas.

Descaminho é à importação ou exportação de mercadorias lícitas sem o pagamento dos tributos devidos. A principal diferença reside na natureza da mercadoria: no contrabando, a mercadoria é proibida; no descaminho, a mercadoria é legal, mas o tributo não é pago.

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 68 ocorrências de contrabando e 56 de descaminho foram registradas, entre 1º de janeiro e 27 de novembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

Em relação ao descaminho, 0 ocorreu em janeiro, 11 em fevereiro, 2 em março, 5 em abril, 5 em maio, 2 em junho, 5 em julho, 9 em agosto, 4 em setembro, 11 em outubro e 2 em novembro.

Em relação ao contrabando, 2 ocorreram em janeiro, 8 em fevereiro, 4 em março, 2 em abril, 9 em maio, 9 em junho, 5 em julho, 8 em agosto, 4 em setembro, 13 em outubro e 4 em novembro.

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