Polícia

ENVOLVIDO NO CRIME

Motorista de assalto a joalheria é morto em confronto com o Choque

Policiais recuperam com ele parte das joias e ainda buscam os dois suspeitos pelo assalto

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Acusado de ser o motorista que levou a dupla responsável pelo assalto em joalheria - cometido a 50 metros de delegacia na manhã de segunda-feira (18) -, Luciano Rosa da Silva, de 47 anos, morreu em confronto com o Batalhão de Choque no Jardim Noroeste, pouco mais de 24 horas depois do crime. 

Ainda sem identificar publicamente os demais comparsas, o Coronel Rocha do Batalhão de Choque destacou, em entrevista coletiva na manhã de hoje, que todos os envolvidos são faccionados, resumindo essa ação à três envolvidos. 

cORONEL ROCHARocha chamou de resposta adequada ação do Choque. Foto: M.V

"Pode ter alguém orquestrando; passando informação; liderando ou gerenciando, mas nessa foram os dois que entraram e o terceiro que estava no Fiesta Hatch pronto para dar fuga", disse.

Conforme o Batalhão, Luciano esperou enquanto os parceiros cometiam o crime, localizado em uma residência na rua do Bananal. Em descrição, ele teria entrado correndo em casa ao perceber a equipe policial. 

O relato, segundo Choque, segue detalhando que houve ordem para que ele colocasse as mãos na cabeça, momento em que Luciano teria disparado contra os policiais. 

"Em determinado momento tenta a abordagem e já nesse primeiro contato esse indivíduo passa a atirar contra a equipe, onde é prontamente dada a resposta adequada. Ele é atingido, desarmado e socorrido, vindo a óbito posteriormente. Ele tenta correr, mas vê que não vai conseguir e atira contra a equipe. No bairro Noroeste, não sei se falei", justifica o coronel.

Rocha ainda ressalta o que chama de "audácia" dos indivíduos, dada a localização da ação criminosa que, por considerar diferenciada, necessitou do empenho de boa parte do efetivo operacional diário do Batalhão de Choque.

"Batalhão de Choque sempre opera com essa força total, justamente para dar a resposta adequada, de uma forma segura", pontuou o Coronel, tendo em vista que, além do acusado, nenhum agente ficou ferido.  

Relembre o caso

Nas primeiras horas da manhã de segunda-feira (18), dois indivíduos entraram em uma joalheria do centro de Campo Grande, que fica cerca de 50 metros da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) da região central. 

"Um deles armado, a princípio com um revólver calibre 38, utilizaram arma de fogo para fazer ameaças. Se evadiram, mas não foi identificado ainda o veículo que estavam", expôs o delegado Edgard Punsky, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), após o crime. 

Com o primeiro indivíduo entrando bem trajado na joalheria, a criminosa é distraída com o falso comprador enquanto este sinaliza para o comparsa que entra armado na loja e em poucos minutos rendem os funcionários locais. 

Câmeras flagraram toda a ação criminosa no interior da joalheria e, já do lado de fora, toda a fuga dos criminosos que saem correndo do local num primeiro momento antes de chegarem ao carro. 

Mortes por agente do Estado

Ainda no último sábado, ao noticiar a morte do "Neném do PCC", em confronto com o Batalhão de Choque em Sidrolândia, o Correio do Estado trouxe deste ano, que apontavam para 83 pessoas vitimadas por agentes do Estado. 

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), levantados na manhã desta quarta-feira (20) e que não contabilizam a morte de Luciano, apontam para 86 mortos em confronto por intervenção de agente do Estado.  

Ainda que a Sejusp não relacione informações quanto ao perfil socioeconômico, ou mesmo a distinção étnica, se essas vítimas são indivíduos negros ou brancos, a pasta aponta idade e gênero. 

Nesse contexto, em um período de 10 anos, entre 2013 e 2023, cerca de 442 pessoas foram mortas por intervenção de agente do Estado, em 368 ocorrências registradas nessa última década pela Secretaria. 

 

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"Operação Impostores"

Ladrões roubam traficante e são condenados a 20 anos de prisão

Criminosos se passavam por policiais para "apreenderem" drogas

13/11/2024 17h30

17 kg de cocaína foram apreendidos durante a operação

17 kg de cocaína foram apreendidos durante a operação Divulgação

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Na última segunda-feira (11), a 4ª Vara Criminal Residual de Campo Grande condenou os envolvidos em uma organização criminosa que se passava por policiais civis para roubar drogas em 20 anos e 3 meses de prisão por tráfico de drogas e roubo majorado, maior pena possível no caso.

Disfarce

17 kg de cocaína foram apreendidos durante a operaçãoDisfarces utilizados pelo grupo criminoso

A investigação, que ganhou o nome de "Operação Impostores", revelou que os criminosos utilizaram uniformes e identificação falsa para se passarem por agentes da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (DENAR).

O líder do grupo, identificado como R.D.S., soube que A.M.J., um traficante conhecido, mantinha cerca de 65 kg de cocaína em sua residência para uma facção criminosa. R.D.S. então recrutou três comparsas para invadirem a casa de A.M.J. em uma falsa operação, sequestrando o traficante e confiscando a droga.

Sequestro e roubo

No dia do crime, os falsos policiais abordaram A.M.J. em sua residência e o colocaram no banco traseiro de um veículo GM/Ônix, fingindo que o levariam para a delegacia.

Durante o trajeto, ordenaram que ele deixasse o carro e corresse, abandonando-o nas proximidades do Bairro Cristo Redentor. Os criminosos fugiram em posse da cocaína, além de aparelhos celulares roubados.

Denúncia

Após o assalto, A.M.J. registrou um boletim de ocorrência alegando que sua casa havia sido invadida e que joias e cerca de R$ 15 mil em espécie haviam sido roubados. A intenção, segundo a investigação, era criar uma justificativa para a facção criminosa, evitando represálias pela perda da droga.

No entanto, os investigadores da DERF notaram inconsistências na versão apresentada por A.M.J. e, considerando o histórico de envolvimento com o tráfico, seguiram pistas que os levaram a esclarecer o crime.

Com o apoio da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro (GARRAS), a operação culminou na prisão dos envolvidos e na apreensão de 17 kg de cocaína e veículos utilizados no crime.

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Desaparecido

Suplente de vereador teria emprestado dinheiro com agiotas para a campanha

A mãe relatou que o filho recorreu a um empréstimo para a campanha, enquanto a esposa afirma que "não viu a cor do dinheiro" em casa

12/11/2024 20h20

Reprodução Redes Sociais

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Há quatro dias sem notícias do marido, Ronaldo Cardoso, de 45 anos, que desapareceu no último sábado (09), a esposa relata que a sogra teria dito que ele emprestou dinheiro com agiotas para a campanha.

A servidora pública Suzi Adriana Martins contou ao Correio do Estado, nesta terça-feira (11), que não tem nenhum bem material dentro de casa que justifique o suposto empréstimo do marido.

Com muitas perguntas e sem respostas, ela informou que a sogra disse que o filho adquiriu dívidas para usar na campanha municipal de 2024, em que ele disputou uma vaga como vereador para a Câmara Municipal de Campo Grande.

"Eu nem imaginava que ele devia para alguém. Fui saber agora, depois que aconteceu tudo isso, que aí o povo começou a me ligar e falar, mas eu não sabia não. Por que, onde que ele enfiou esse dinheiro? Aqui em casa ele não trouxe. A mãe dele fala que ele gastou na campanha esse dinheiro", disse Suzi.

Campanha

A esposa explicou que o partido passou dinheiro para a campanha do marido e, se ele realmente emprestou dinheiro, ela não sabe qual foi a finalidade do uso.

“Ele não usou na campanha, ele não usou na campanha dinheiro nenhum, ele não apareceu com dinheiro na campanha para falar que pegou com alguém que ele pagou isso ou aquilo. Não, porque fui eu que coordenei a campanha dele e eu que fazia os pagamentos para cabo eleitoral, para tudo. Se ele pegou esse dinheiro, eu não sei para que foi.”

Reprodução Divulgacand

Suplente e nervosismo

Assim que saiu o resultado das urnas, segundo Suzi, Ronaldo demonstrou desespero.

“Depois que ele perdeu, ficou como suplente, aí sim ele ficou muito nervoso, chorava bastante.”

Entretanto, segundo Suzi, o marido costuma ser uma pessoa que se emociona com facilidade. 

Amanhã (13), Suzi vai, acompanhada do sogro, conversar com investigadores da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios (DHPP) para relatar o desaparecimento do esposo.

Até o momento, segundo confirmou à reportagem, apenas ela foi chamada.

Trotes

Desde o desaparecimento de Ronaldo, a esposa tem recebido diversos trotes dizendo que o viram bebendo em bares de Campo Grande.

No entanto, ela afirma que o marido não faz uso de bebidas alcoólicas, e isso acaba atrapalhando a busca pelo paradeiro dele.

A família reforça que, caso alguém tenha visto Ronaldo Cardoso, deve acionar o número da polícia, 190.

Entenda

Suplente a vereador pelo Podemos, Ronaldo Cardoso, de 45 anos, que está desaparecido desde sábado (09), a família suspeita que ele pode ter contraído dívidas com um agiota.

O boletim de ocorrência foi registrado nesta segunda-feira (11) na 4ª Delegacia de Polícia de Campo Grande como desaparecimento de pessoa.

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