Dois motoristas foram presos pelos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na madrugada de hoje (7), transportando quase meia tonelada de cocaína em um ônibus de viagem. O flagrante aconteceu durante uma fiscalização na BR-262, próximo ao município de Miranda, a 207 quilômetros de Campo Grande.
O veículo seguia o itinerário Corumbá (MS) a São Paulo (SP) com 38 bolivianos como passageiros.
Os policiais deram sinal de parada ao veículo. Durante a vistoria, nada irregular foi encontrado com os passageiros, porém os motoristas ficaram nervosos e apresentaram respostas desconexas, além de não possuírem documentação para o transporte dos estrangeiros.
Em vistoria minuciosa, os policiais rodoviários federais encontraram 447 tabletes de cocaína, que pesados totalizaram 493,7 kg do entorpecente.
Questionados, os motoristas afirmaram que os proprietários do veículo e da empresa desconheciam o transporte de cocaína.
Os policiais conversaram com os passageiros, que também relataram que não sabiam da existência do entorpecente.
Os presos e a cocaína foram encaminhados à Polícia Civil em Miranda.
Operação Ágata
As fronteiras de Mato Grosso do Sul receberam na manhã de ontem (6) o reforço das Forças Armadas, através da Garantia da Lei e da Ordem, aprovada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda na última quarta-feira (1º de novembro).
Os oficiais ocuparão as principais rodovias que ligam Mato Grosso do Sul à Bolívia e ao Paraguai.
Ontem, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel afirmou que a popular "GLO" já está funcionando no Estado, com a presença do Exército brasileiro; Marinha e Aeronáutica.
"As forças armadas, de uma maneira geral. As nossas forças de segurança pública totalmente integradas e isso é muito positivo. A gente já vinha com o 'I' da inteligência na segurança pública [e da integração] funcionando muito bem", argumentou.
Entenda como funcionará a fiscalização de fronteira
Os militares estão autorizados a atuarem entre as datas de 06 de novembro e 03 de maio de 2024, um total de 179 dias e aproximadamente seis meses de serviço, nas fronteira entre Brasil, Paraguai e Bolívia.
Conforme o decreto de convocação das Forças Armadas para combate ao crime organizado, serão empregados 3.700 militares, sendo:
1.100 | da Marinha e
600 | da Aeronáutica
2.000 | do Exército (2,3 mil km de fronteira)
Ministro da Justiça, Flávio Dino esclareceu, durante divulgação da GLO, que “durante meses foi debatido com especialistas" o que seria a melhor solução para combate ao crime organizado, mirando eixos logísticos e financeiros dessas organizações.
"Eu garanto a vocês que os melhores especialistas do Brasil foram ouvidos, que são policiais e membros das Forças Armadas", afirmou Dino.
Cabe lembrar que, como abordou recentemente o Correio do Estado, essas forças de segurança, em Mato Grosso do Sul, devem atuar principalmente nos municípios de fronteira seca entre Brasil/Paraguai/Bolívia (Ponta Porã e Corumbá).
Além disso, a Marinha ficará encarregada de patrulhar aqueles quatro municípios de MS que abrigam também o Lago de Itaipu:
Mundo Novo,
Eldorado,
Naviraí e
Itaquiraí
"Neste caso, não é necessário GLO. Na faixa de fronteira, o Exército e a Aeronáutica atuarão em articulação com a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal", frisou Dino.
