Polícia

BALANÇO

Operação La Casa de Papel apreende de Opala 72, gado e ovelhas a 268 kg de esmeraldas

Investigação iniciada em Dourados cumpriu 47 mandados contra grupo de empresários, entre eles Patrick Abrahão, casado com a cantora carioca Perlla

Continue lendo...

Investigação iniciada em Dourados, a Operação La Casa de Papel apreendeu itens de luxo, que vão desde um Opala 72 a 75 ovelhas; 100 cabeças de gado; celulares; computadores; quantias de dinheiro em reais, euros e dólares americanos, inclusive em cripto ativos de um grupo de empresários. 

Vale ressaltar que entre os presos, está o empresário Patrick Abrahão, casado com a ex-funkeira carioca, cantora Perlla. Ele seria um dos donos da rede que era suspeita de aplicar golpes. 

Foram apreendidos, além do GM/Opala 72, vários outros veículos, entre eles: 

  • 1 VOLVO XC90 T8 INSCRIPT, 
  • 2 Caminhonetes TOYOTA HILUX, 
  • 1 BMW 325i, 
  • 1  I/BMW X6, 
  • 1 I/Audi A5, 
  • 1 caminhonete VW/Amarok, 
  • 1 PORSCHE CAYENNE, 
  • 1 PORSCHE BOXSTER, 
  • 1 RAGEN ROVER, 
  • 1 Mercedes Benz GLC250 e 
  • 1 GM/Opala, ano 1972; 

Além de um Reboque, uma Lancha HP Aqua I e um Jet Sky.

Ainda, a Operação encontrou uma carga de material (268 kg de pedras verdes), que se assemelham a esmeraldas, que aguardam avaliação da perícia. 

Também, foram apreendidos R$ 21.000; 1280 Euros; 9.250 dólares americanos e 250 mil dólares americanos em cripto ativos, além de joias, relógios e canetas.

Importante frisar que, também foi decretado sequestro de vários imóveis inclusive, que estão espalhados por São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.

Esquema de pirâmide causou prejuízo a mais de 1,3 milhão de pessoas em 80 paísesEsquema de pirâmide causou prejuízo a mais de 1,3 milhão de pessoas em 80 países

Investigação

As investigações começaram em 2021, na cidade de Dourados, após a prisão em flagrante de dois integrantes do grupo e de um segurança particular, que transportavam 100 mil dólares em esmeraldas, sem a documentação comprobatória da origem legal da pedra preciosa.

Eles estavam seguindo para o Paraguai, com escolta armada, 

As investigações apontaram a existência do esquema e que os envolvidos tinham relação com uma entidade religiosa e, a partir disso, foi possível a identificação de mais envolvidos na organização criminosa.

Além da pirâmide financeira, a quadrilha também praticava crimes contra o sistema financeiro nacional, evasão de divisas, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, usurpação de bens públicos, crime ambiental e estelionato.

Os investigados utilizavam redes sociais, marketing e reuniões em diversos estados e países para captar investidores.

Também havia apoio da igreja que pertencia a um dos suspeitos e que, sozinha, movimentou mais de R$ 15 milhões, sendo utilizada para a ocultação e lavagem de dinheiro.

Para movimentação do dinheiro, também foram utilizadas as contas bancária dos investigados, empresas de fachada, parentes e terceiros ligados ao grupo.

O grupo oferecia pacotes de investimentos, com aportes financeiros que variavam de 15 dólares a 100 mil dólares, com promessa de ganhos diários em percentuais altissímos, que poderiam chegar a 20% ao mês e 300% ao ano.

O lucro seria através de transações no mercado de criptoativos, por supostos traders que seriam responsáveis por multiplicar o valor investido. Eles também incentivavam os investidores a atrair novos clientes, prometendo ganhos sobre os valores investidos pelas novas pessoas atraídaas para o esquema.

Os supostos investimentos também englobavam lucros provenientes de minas de diamantes e esmeraldas, mercado de vinhos, viagens, usina de energia solar e de reciclagem entre outros.

No fim do ano passado, o grupo se sofisticou e lançou duas criptomoedas próprias, sem qualquer base financeira.

Investigação apontou que houve manipulação de mercado para valorizar a criptomoeda artificialmente em 5.500% em 15 horas, com objetivo de manter a pirâmide mais tempo em atividade, já que as moedas digitais foram usadas para pagar os investidores.

Com a valorização rápida, no entanto, as criptomoedas perderam o valor de mercado.

Pelas redes sociais, os supostos empresarios afimarvam que estavam legalizados na Estônia e que eram sócios de duas instituições financeiras, mas as empresas não existiam, além do grupo não ter autorização para captação e gestão dos recursos em qualquer país.

Contra os investigados, havia diversos alertas de órgãos financeiros em países como Espanha e Panamá, pela ausência de autorização para operar e que se tratava de esquema de pirâmide financeira.

Os integrantes do esquema tinham milhões de seguidores nas redes sociais e ostentavam vida luxuosa, atribuindo ao sucesso pessoal e de investimentos.

 

Assine o Correio do Estado

QUEIMADAS

PF investiga incêndios criminosos e grilagem de terra no Pantanal

Policiais federais cumpre sete mandados de busca e apreensão em Corumbá e Ladário

20/09/2024 08h25

Pantanal em chamas

Pantanal em chamas DIVULGAÇÃO/PF-MS

Continue Lendo...

Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (20), a "Operação Prometeu", em Corumbá, município localizado a 416 quilômetros de Campo Grande.

A operação visa combater os crimes de incêndio, desmatamento e exploração ilegal no Pantanal.

Policiais federais cumprem sete mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal de Corumbá, em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO-MS).

De acordo com investigações realizadas em 2024, a área queimada é alvo de crimes ambientais e grilagem de terra há meses.

Criminosos incendiam campos com o intuito de abrir pastagens para criação de gado. A ocupação da área, de 6.419,72 hectares, é utilizada para exploração econômica ilegal de pecuária. Estima-se que existem, pelo menos, 2.100 cabeças de gado na área da União atualmente.

A exploração resultou em prejuízo de R$ 220 milhões ao meio ambiente, de acordo com perícia realizada pela PF.

Os investigados vão responder pelos crimes de provocar incêndio em mata ou floresta, desmatar e explorar economicamente área de domínio público, falsidade ideológica, grilagem de terras e associação criminosa.

A operação policial foi batizada com o nome Prometeu, pela histórica má utilização do fogo nas pastagens do Pantanal.

Prometeu faz a alusão ao personagem da mitologia grega que é visto como uma divindade que roubou o fogo dos deuses gregos e entregou à humanidade fazendo mau uso deste, e por isso foi castigado por Zeus.

Pantanal em chamasDo alto, é possível ver gado pastando em terra grilada. Foto: divulgação/PF-MS

PANTANAL EM CHAMAS

Incêndios de grandes proporções atingem o Pantanal sul-mato-grossense desde 1º de junho de 2024. 

As queimadas transformaram cenários verdes e cheios de vida em paisagens cinzentas e mortes. O fogo destrói matas, áreas verdes, vegetações, florestas, biodiversidade e espécies nativas (fauna e flora) do Pantanal.

Dados do Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais (Lasa), do departamento de meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apontam que, de 1º de janeiro a 20 de setembro de 2024, 1.450.975 hectares foram devastados pelo fogo, equivalente a área de 14,89% do bioma.

Portanto, isto significa que o incêndio no primeiro semestre de 2024 é pior do que o do mesmo período de 2020.

Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), Polícia Militar Ambiental (PMA), Exército Brasileiro, Marinha do Brasil, Força Nacional, Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Homem Pantaneiro (IHP), SOS Pantanal e brigadas voluntárias tentam controlar o fogo no Pantanal Sul-mato-grossense.

Vez ou outra, chuvas e frio trazem alívio temporário para as queimadas.

MS-010/SAÍDA PARA ROCHEDINHO

Dupla rende casal, rouba carro rastreado e um é morto pela PM

Casal estava na rua de casa, dentro do carro, quando dois homens chegaram e anunciaram o assalto; veículo foi encontrado na estrada que dá acesso a Rochedinho

19/09/2024 11h45

Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (Depac-Cepol), onde o caso foi registrado

Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (Depac-Cepol), onde o caso foi registrado ARQUIVO/CORREIO DO ESTADO

Continue Lendo...

Homem, de 34 anos, não identificado, morreu em confronto com policiais militares da Força Tática da 11ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), após render um casal e roubar uma picape, na madrugada desta quinta-feira (19), na rodovia MS-010, saída para Rochedinho, na zona rural de Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, o casal estava na rua de casa, dentro do carro, testando o controle do portão eletrônico, quando dois homens chegaram em outro veículo e anunciaram o assalto.

A dupla apontou a arma na cabeça do casal e os obrigou a entregar o veículo. As vítimas acionaram a Polícia Militar via 190 para comunicar o fato, passando as características do criminoso e veículo roubado.

O veículo era uma Fiat Strada branca, com sistema de rastreamento, pertencente a empresa em que a vítima trabalhava.

De acordo com o boletim de ocorrência, equipe policial da 11ª CIPM entrou em contato com o casal para saber a localização do veículo, que estava nas margens da rodovia MS-010, saída para Rochedinho.

Militares se deslocaram até o ponto indicado pelo rastreador e visualizaram a picape estacionada no acostamento da rodovia. Em seguida, se aproximaram e viram que uma pessoa saiu da picape e correu em direção a mata.

Os militares entraram no matagal e visualizaram um indivíduo agachado atrás de uma árvore. Foi solicitado que o autor colocasse as mãos na cabeça e se entregasse, mas ele desobedeceu, sacou a arma e atirou contra os policiais, que revidaram, balearam e desarmaram o bandido.

Ele foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Coronel Antonino, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.

O caso foi registrado como “Homicídio Decorrente de Oposição a Intervenção Policial”, “Roubo Majorado se a Violência ou Ameaça é Exercida com Emprego de Arma de Fogo” e “Roubo Majorado pelo Concurso de Pessoas” na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC-CEPOL).

ESTATÍSTICA

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que 49 pessoas morreram em confronto com agentes de Estado, de 1º de janeiro a 9 de agosto de 2024, em Mato Grosso do Sul. O sistema está fora do ar e não foi possível levantar os números de setembro.

Das 48 mortes,

  • 25 ocorreram em Campo Grande
  • 23 ocorreram no interior do Estado
  • 9 ocorreram em janeiro
  • 6 ocorreram em fevereiro
  • 13 ocorreram em março
  • 4 ocorreram em abril
  • 4 ocorreram em maio
  • 5 em junho
  • 2 em julho
  • 1 em agosto
  • 41 são homens
  • 7 não tiveram o sexo divulgado
  • 25 são jovens
  • 13 são adultos
  • 1 é idoso
  • 3 são adolescentes
  • 6 não tiveram a faixa etária divulgada

Mortes registradas em confronto policial são classificadas como homicídio decorrente de oposição à intervenção policial.

O confronto entre forças de segurança governamentais e grupos armados ocorrem em situações de abordagem policial, roubos, flagrantes de tráfico de drogas, policiamento ostensivo em bairros, entre outras ocorrências.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).