Polícia

COMBATE ATIVO

PF prende mulher de "especialista em tráfico pelos Correios" em Caarapó

Namorada foi presa por evidências de que mantinha esquema do suposto traficante, identificado como a pessoa que desde 2019 posta encomendas de entorpecentes de MS para todo o Brasil

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Passado mais de um ano da primeira fase dessa operação, a chamada "Delivery 2" - deflagrada na manhã desta sexta-feira (11) pela Polícia Federal - cumpriu mandados e em Campo Grande e Caarapó, que resultou na prisão da namorada do "especialista em tráfico de drogas pelos Correios". 

Segundo a Superintendência da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, a operação para combater o tráfico através da logística dos Correios teve cumprimento de cinco mandados de prisão e outros sete de busca e apreensão. 

Ainda segundo repassado pela Polícia Federal, a mulher do primeiro investigado foi presa no município de Caarapó, distante cerca de 243 km da Capital, e - apesar da "passagem de canudo", com a namorada assumindo a logística do empreendimento criminoso - a PF não afirma tratar-se de um império.

Como bem cita a superintendência da PF em MS, que há várias frentes investigatórias em andamento, não sendo possível precisar quantas exatamente atuam no "tráfico delivery" em Mato Grosso do Sul. 

Vale lembrar, conforme publicado pelo Correio do Estado em maio de 2022, as investigações da Polícia Federal levaram à prisão do suspeito de praticar esse envio de drogas pelos correios, pelo menos, desde 2019. 

Passada a primeira prisão, a polícia considerou uma "prisão relevante", tendo em vista que o suspeito é classificado pelas autoridades como "ludibriar os mecanismos de fiscalização dos Correios".

Postando encomendas com substâncias entorpecentes, espalhadas por todo o território nacional, enquadrado no Art. 33 da Lei 11.343/2006, respondendo por tráfico de drogas interestadual, o indivíduo fica propenso à pena de reclusão de 5 a 15 anos, além de pagamento de R$ 500,00 a R$ 1.500,00 de multa.

Sem escapatória

Além desses cumprimentos em Campo Grande e Caarapó, em Naviraí a Polícia Federal também atua no combate ao tráfico de drogas; receptação e adulteração de sinal de veículo automotor. 

Conforme a Polícia Federal, a Operação batizada de Non Scappare também foi deflagrada na manhã desta sexta-feira, para cumprir mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva, com investigações iniciadas após uma prisão e apreensão feitas pelo Departamento de Operações de Fronteira (DOF) no mês passado.

Esse caso aconteceu na madrugada de 08 de julho, conforme apurado pela mídia local, quando um Fiat Toro carregado com mais de uma tonelada de maconha foi detido na BR-487 em Itaquiraí, ocasião em que um indivíduo foi preso e outro fugiu. 

Segundo a PF, o mandado de prisão preventiva sendo cumprido na manhã de hoje (11) recai sobre o indivíduo que fugiu há mais de um mês. 

Em detalhes, policiais patrulhavam a rodovia, quando dois veículos juntos desobedeceram às ordens de parada, iniciando fuga e perseguição, até que o Fiat Toro, dirigido pelo suspeito de 23 anos, foi alcançado e detido enquanto o condutor do Gol, que servia de batedor, abandonou o veículo às margens da estrada e fugiu em meio a uma mata. 

Sendo que o Fiat Toro tratava-se de um carro roubado em abril deste ano, na cidade de Rezende (RJ), em conversa com os policiais o rapaz de 23 anos assumiu que pegou o carro carregado em Itaquiraí, com o destino sendo o Estado do Paraná. 

Além da prisão na manhã de hoje (11), a polícia apreendeu uma arma; munições além de aparelhos celulares que pertencem aos investigados. 
*(Colaborou Valesca Consolaro)

 

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TRÁFICO DE DROGAS

Sogro e genro são presos com 157 quilos de crack em Hilux

Sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade, já o genro atuava como batedor e olheiro

11/12/2025 11h30

Tabletes de crack

Tabletes de crack Divulgação/Polícia Civil - MS

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Sogro, 49 anos e genro, de 40 anos foram presos em flagrante transportando 157 quilos de crack, nesta quarta-feira (10), na região do Parque dos Coqueiros em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Tabletes de crackTabletes de crack. Foto: Polícia Civil

Um terceiro possível envolvido também foi conduzido à unidade policial e será investigado pelas autoridades.

O entorpecente estava distribuído em tabletes e acondicionado em uma Toyota Hilux. Eles foram presos por policiais civis da Seção de Investigação Geral/Núcleo Regional de Inteligência (SIG/NRI) de Dourados.

Conforme apurado pela reportagem, o sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade. Já o genro atuava como batedor (escoltando a droga) e olheiro (observando a presença de forças policiais).

A ação faz parte de uma investigação contra uma organização criminosa que atua na cidade e região da fronteira, abastecendo pontos de distribuição em Dourados e região.

TRÁFICO DE DROGAS

O tráfico de drogas é um problema crescente no Brasil.

Comércio, transporte e armazenamento de cocaína, maconha, crack, LSD e haxixe são proibidos no território brasileiro, de acordo com a Lei nº 11.343/2006.

Mas, mesmo proibidos, ainda ocorrem em larga escala em Mato Grosso do Sul. O Estado é conhecido como um vasto corredor no Brasil, devido à sua extensa fronteira com outros países. Com isso, é uma das principais rotas utilizadas para a entrada de substâncias ilícitas no país. 

O tráfico resulta em diversos crimes direta e indiretamente, como furto, roubo, receptação e homicídios.

Dados divulgados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 13.130 quilos de cocaína, 502.682 quilos de maconha e 378 quilos de outras drogas foram apreendidos, entre 1º de janeiro e 11 de dezembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

As forças de segurança responsáveis em apreender entorpecentes são Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Polícia Militar (PMMS), Polícia Civil (PCMS) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

 

HOMICÍDIO E TRÁFICO

Mulher foge de violência doméstica em MG e é morta por ordem da prima em MS

Mulher encontrada morta na tarde de quarta-feira (3), na BR-262, estava cansada de apanhar do marido em Minas Gerais e veio buscar abrigo na casa da prima em MS, que a abandonou

05/12/2025 11h45

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5) Foto: Naiara Camargo

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Maria de Fátima Alves, de 40 anos, encontrada morta na tarde de quarta-feira (3) no anel viário da BR-262, saiu de Minas Gerais para Mato Grosso do Sul para fugir de violência doméstica que sofria do marido. Ela deixou três filhos no estado mineiro.

Ela veio para Campo Grande (MS), há três meses, procurar abrigo na casa da prima, que prometeu acolhê-la em sua casa, localizada no bairro Moreninhas. Mas, não foi o que aconteceu. Sua prima, de 32 anos, recusou o abrigo, pegou seus documentos por motivos ainda desconhecidos e a abandonou nas ruas.

Ela se tornou moradora de rua, passou a fazer uso exagerado de bebidas alcoólicas e foi abrigada no Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (CENTRO POP), em Campo Grande.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Vítima, Maria de Fátima Alves, de 40 anos

Na tarde de terça-feira (2), Maria de Fátima pegou uma bicicleta emprestada e foi buscar seus documentos na casa da prima, pois queria arrumar um emprego. De acordo com a vítima, sua prima seria uma pessoa “muito perigosa”.

Ao chegar no endereço, a prima se negou a devolver os documentos. Em seguida, Maria de Fátima foi até o quarto, abriu o guarda-roupa e flagrou diversos tabletes de cocaína dentro do móvel e, curiosa, começou a manuseá-los.

Com receio de ser denunciada, a prima repreendeu a vítima e a colocou dentro de um Hyundai HB20 com ajuda de um comparsa, de 41 anos. Em seguida, a levaram até o anel viário da BR-262, onde a executaram com um tiro na cabeça e outro no ombro. Após o crime, eles fugiram e o corpo ficou abandonado.

O titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, acredita que a vítima tenha sido morta pelo rapaz e não pela prima.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos

“Ele assumiu que a droga era dele, mas negou a questão de ser o coautor do homicídio. Todo o tempo ele negou o homicídio e sempre confessou o tráfico de drogas. Na cabeça deles, o tráfico é mais fácil obter a liberdade.

Na tarde de quarta-feira (3), a Polícia Militar recebeu uma denúncia que havia um cadáver, às margens do anel viário da BR-262, saída para Terenos/Rochedo.

Viaturas se deslocaram até a rodovia e os militares constataram que se tratava de uma mulher, sem identificação até então. Polícia Civil e Polícia Científica estiveram no local para recolher os indícios do assassinato e retirar o corpo.

A prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos, estão presos preventivamente pelos crimes de homicídio qualificado, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A mulher é empresária, possui transportadoras e não tem passagens pela polícia. O homem tem passagens por tráfico de drogas.

O caso continua sendo investigado pela DHPP.

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