Polícia

VEJA O VÍDEO

PRF apreende R$ 25 milhões em cocaína escondida em carga de milho

MS chega à média de 23,1 kg de cocaína apreendidos por dia

RAFAEL RIBEIRO

19/09/2019 - 11h43
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A Polícia Federal Rodoviária apreendeu na madrugada desta quinta-feira (19) uma carga de 232 tabletes de cocaína pura, sem mistura, em um total de cerca de 250 quilos, escondidos em uma carga de milho, em Dourados. Ao todo, o valor da droga poderia chegar a R$ 25 milhões no mercado internacional de drogas. O destino era o Porto de Santos (SP), de onde seria levada para distribuição na Europa (veja o vídeo da apreensão no final da reportagem).

A ação ocorreu durante fiscalização de rotina da equipe no Km-7 da BR-463. O caminhão era conduzido por um homem de 40 anos, morador em Cascavel (PR), que não teve a identidade revelada.

Segundo a ocorrência, a cocaína estava escondida no fundo falso da carroceria da carreta que transportava milho a granel com destino a Maringá (PR).

Depois de descarregar o milho, o caminhoneiro pegaria outra carga lícita em Maringá e seguiria até o porto paulista. Ele negou saber da cocaína, mas foi preso e foi autuado em flagrante na Polícia Federal de Dourados.

No fundo falso da carreta com placa de Santa Catarina foram encontrados pelo menos 250 quilos de cocaína. A droga ainda não foi pesada. Levando em conta o valor aproximado de US$ 5 mil dólares para cada quilo no Paraguai, a carga custou pelo menos R$ 6 milhões no país vizinho.

O condutor declarou que não sabia da existência do ilícito no caminhão. Disse também que viajaria até Maringá (PR) para entregar o milho, depois receberia outra carga para viajar até Paranaguá (PR). Pelo serviço de transporte, receberia R$ 2 mil. Ele disse também ser proprietário da carreta desde novembro de 2018, e que trabalha como caminhoneiro desde 2008.

De acordo com o delegado chefe da PRF em Dourados, Waldir Brasil, de janeiro até o momento, foram apreendidos 3.250 quilos de cocaína na região, mais da metade das 6 toneladas interceptadas em todo o Estado. "O grande número se deve principalmente pela atuação das facções criminosas nas regiões de fronteiras do Estado (com Paraguai e Bolívia)", disse.

Ou seja, até aqui no ano, Mato Grosso do Sul viu 23,1 quilos de cocaína serem apreendidos por dia, na média.

Foi a segunda apreensão de destaque de cocaína na cidade em menos de 24 horas.

Ação conjunta entre PF e PRF apreendeu na tarde de ontem (18), 40,9 quilos de pasta base de cocaína, escondidos em GM Cobalt em Dourados. A droga, avaliada em R$ 800 mil seria levada Brasilândia e o motorista, um marqueteiro de 24 anos, foi preso em flagrante.

OUTRAS APREENSÕES

Nos últimos dias, ações integradas têm sido realizadas em todo o estado para coibir traficantes que tentam atravessar as regiões fronteiriças para comercializar o entorpecente. Só nesta semana, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) em conjunto com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) desmantelaram um círculo de traficantes que refinavam e distribuiam cocaína em MS e SP.

Em junho deste ano, o Gaeco também fechou um laboratório de refino de cocaína no Jardim Radialista, em Campo Grande. Na ocasião três pessoas foram presas e 35 quilos de cocaína foram apreendidos. 

CONFIRA O MOMENTO DA APREENSÃO DA CARGA DE COCAÍNA:

Operação Uxoris

Denúncia de ex-esposa desencadeou operação contra lavagem de dinheiro e contrabando

Mulher descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome, feitos pelo ex-marido, e acionou a PF

03/12/2025 11h30

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade MARCELO VICTOR

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Operação Uxoris, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) nesta quarta-feira (3), surgiu a partir da denúncia da ex-esposa de um dos integrantes da organização criminosa, que utilizava os documentos pessoais dela para abrir pessoas jurídicas (PJs), sem autorização, para praticar delitos.

A partir disso, ela descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome e acionou a PF. Em posse das informações, PF e RFB iniciaram as investigações há dois anos e desencadearam a Operação Uxoris, cujo nome faz referência a essa situação conjugal.

"A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada pela ex-esposa, de um dos integrantes do grupo criminoso, ela comunicou a Polícia Federal a utilização de seus documentos pessoais para abertura de pessoas juridicas que estariam sendo utilizadas para a pratica desses delitos, gerando passivos tributarios, sem autorização dessa senhora. A partir disso, a Polícia Federal iniciou as investigações da Operação Uxoris, em referencia justamente a essa outorga conjugal”, detalhou o chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade.

OPERAÇÃO UXORIS

Efetivo de 70 servidores, sendo 50 policiais federais e 20 agentes da Receita Federal, alocados em 12 viaturas, deflagram a Operação Uxoris, na manhã desta quarta-feira (3), em Mato Grosso do Sul e São Paulo (SP).

Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo oito em Campo Grande (MS) e um em Osasco (SP). Na Capital sul-mato-grossense, os mandados foram cumpridos no Centro, bairro Universitário, Vila Nhá-Nhá, entre outros locais.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Esses produtos - eletrônicos, brinquedos, utensílios domésticos e acessórios eletrônicos- eram vendidos em lojas online (marketplace) e lojas físicas, todas localizadas em Campo Grande (MS). As mercadorias eram distribuídas em todo o território nacional.

Os itens são oriundos de vários países e entraram no País através da fronteira Brasil/Paraguai.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões. Wellington da Silva Cruz, policial militar, é um dos integrantes do grupo criminoso.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O grupo criminoso utilizava a modalidade de pagamento “dólar-cabo”, que é um sistema informal de transferência de dinheiro para o exterior.

Em vez de enviar o dinheiro fisicamente, a pessoa no Brasil paga em reais a um "doleiro", que então garante que a mesma quantia seja entregue em dólares em uma conta no exterior. Essa operação é frequentemente utilizado em atividades ilícitas e considerada crime de evasão de divisas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o delegado da PF, Anezio Rosa de Andrade, os crimes desencadeiam em concorrência desleal, que é é algo que prejudica os comerciantes que pagam os devidos impostos.

“Um comerciante que faz o pagamento formal, que tem a sua empresa regularizada, muito dificilmente consegue concorrer com outras empresas, com outros comerciantes, que não atuam da mesma forma. Então, o nosso objetivo também, além de combater a questão aduaneira e tributária, é também fortalecer a concorrência lícita dentro do território nacional”, explicou.

Operação Uxoris

PF e Receita desmantelam esquema de contrabando de mercadorias ilegais

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande (MS) e Osasco (SP)

03/12/2025 08h15

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Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) cumpriram nove mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (3), durante a Operação Uxoris, em Campo Grande (MS) e São Paulo (SP).

Na Capital sul-mato-grossense, os mandados supostamente foram cumpridos nos altos da avenida Afonso Pena e bairro Universitário.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Conforme apurado pela reportagem, os produtos eram distribuídos em todo o território nacional, por meio de vendas online (marketplace) e através de lojas físicas localizadas em Campo Grande (MS).

De acordo com a PF, o grupo criminoso utilizava a modalidade conhecida como dólar-cabo para efetuar pagamentos das mercadorias, realizando remessas ilegais de valores ao exterior mediante compensações financeiras irregulares.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

CONTRABANDO E DESCAMINHO

Contrabando e descaminho são crimes relacionados à importação e exportação de mercadorias. Contrabando é a importação ou exportação de mercadorias proibidas.

Descaminho é à importação ou exportação de mercadorias lícitas sem o pagamento dos tributos devidos. A principal diferença reside na natureza da mercadoria: no contrabando, a mercadoria é proibida; no descaminho, a mercadoria é legal, mas o tributo não é pago.

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 68 ocorrências de contrabando e 56 de descaminho foram registradas, entre 1º de janeiro e 27 de novembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

Em relação ao descaminho, 0 ocorreu em janeiro, 11 em fevereiro, 2 em março, 5 em abril, 5 em maio, 2 em junho, 5 em julho, 9 em agosto, 4 em setembro, 11 em outubro e 2 em novembro.

Em relação ao contrabando, 2 ocorreram em janeiro, 8 em fevereiro, 4 em março, 2 em abril, 9 em maio, 9 em junho, 5 em julho, 8 em agosto, 4 em setembro, 13 em outubro e 4 em novembro.

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