Polícia

BANCO DO BRASIL

Quadrilha errou cálculo de túnel e desistiu de roubo um dia antes de flagrante da polícia

Bandidos queriam roubar cerca de R$ 200 milhões de banco em Campo Grande

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Nove envolvidos na tentativa de roubo ao Banco do Brasil, em Campo Grande, no dia 22 de dezembro do ano passado, haviam desistido da ação um dia antes do flagrante feito pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assalto e Sequestro (Garras), no Bairro Monte Castelo, porque foi feito um cálculo errado sobre a direção do túnel 

Conforme autos do inquérito policial, a desistência teria sido motivada por erro de cálculo na confecção do túnel, que levou a quadrilha para um cômodo que não era o Núcleo de Valores (Nuval), local que circula diariamente cerca de R$ 200 milhões e distribui valores para as agências do Estado. 

Inteligência da polícia observou grande movimentação no imóvel alugado pela organização criminosa na noite anterior ao flagrante, mas os policiais já se preparavam a ação. Foram presos e indiciados pelos crimes de furto qualificado, integrar organização criminosa armada, receptação, porte/posse de arma de fogo de uso restrito e resistência Bruno de Oliveira Souza, Eliane Goulart Decursio de Brito, Francisco Marcelo Ribeiro, Gilson Aires da Costa, Lourinaldo Belisário de Santana, Robson Alves do Nascimento e Wellington Luiz dos Santos Júnior.

Em depoimento, três dos sete presos relataram a falha no plano. Lourinaldo Belisário de Santana, de 51 anos, foi contratado para projetar e escavar o túnel por conta de sua experiência com túneis. Santana era colega de cela de “Barba” - que seria um dos chefes no esquema na Capital - no Estabelecimento Penal Franco da Rocha I (SP).

Segundo ele, em dezembro, os bandidos tentaram entrar no cofre, possivelmente com uma broca e um macaco hidráulico, mas a escavação aconteceu em lugar errado e decidiram abandonar o túnel.

Já Robson Alves do Nascimento, de 50 anos, contratado como suporte à quadrilha, disse que eles haviam desistido do plano ao perceber o erro. Sendo que ele levaria até São Paulo, na madrugada do flagrante. Ele é esposo de Eliane e decidiu ficar na Capital sul-mato-grossense já que sua empresa em Cuiabá não ia bem financeiramente. Além disso, afirmou que a mulher não estava envolvida no esquema. 

Francisco Marcelo Ribeiro, de 41 anos, conhecido de Lourival, soube por intermédio de “Barba” que não conseguiram acessar ao cofre. De todos os presos, Bruno, de 30 anos, que era motorista da quadrilha, cita que o plano iria ser retomado após o período de final de ano. Ele foi o último a depor por conta de ferimento na mão e no rosto. O bandido disse que o plano somente seria retomado se o bando não fosse identificado a passagem de ano. 

Os envolvidos permanecem presos no Garras há 18 dias e o advogado entrou com pedido de transferência para uma unidade penal.

O CASO

Túnel de mais de 63 metros foi escavado pela organização criminosa, na tentativa de roubar a Central do Banco do Brasil, no dia 22 de dezembro de 2019.  O início do túnel começou em uma casa, localizada na Rua Alegrete, próxima a Central. Criminosos colocaram escadas e sustentaram o túnel com colunas

As investigações, de acordo com o delegado da Polícia Civil Fábio Peró, duraram mais de seis meses.  A organização criminosa é especializada em assaltos à bancos em todo o país. De acordo com Peró, várias pessoas participaram da escavação do túnel, não apenas os sete que foram presos e dois que morreram em confronto com a polícia. 

Todos os criminosos vieram de outros estados, do Sudeste e do Nordeste brasileiro. O túnel foi fechado com concreto no dia 26 de dezembro.

 

Operação Uxoris

Denúncia de ex-esposa desencadeou operação contra lavagem de dinheiro e contrabando

Mulher descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome, feitos pelo ex-marido, e acionou a PF

03/12/2025 11h30

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade MARCELO VICTOR

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Operação Uxoris, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) nesta quarta-feira (3), surgiu a partir da denúncia da ex-esposa de um dos integrantes da organização criminosa, que utilizava os documentos pessoais dela para abrir pessoas jurídicas (PJs), sem autorização, para praticar delitos.

A partir disso, ela descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome e acionou a PF. Em posse das informações, PF e RFB iniciaram as investigações há dois anos e desencadearam a Operação Uxoris, cujo nome faz referência a essa situação conjugal.

"A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada pela ex-esposa, de um dos integrantes do grupo criminoso, ela comunicou a Polícia Federal a utilização de seus documentos pessoais para abertura de pessoas juridicas que estariam sendo utilizadas para a pratica desses delitos, gerando passivos tributarios, sem autorização dessa senhora. A partir disso, a Polícia Federal iniciou as investigações da Operação Uxoris, em referencia justamente a essa outorga conjugal”, detalhou o chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade.

OPERAÇÃO UXORIS

Efetivo de 70 servidores, sendo 50 policiais federais e 20 agentes da Receita Federal, alocados em 12 viaturas, deflagram a Operação Uxoris, na manhã desta quarta-feira (3), em Mato Grosso do Sul e São Paulo (SP).

Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo oito em Campo Grande (MS) e um em Osasco (SP). Na Capital sul-mato-grossense, os mandados foram cumpridos no Centro, bairro Universitário, Vila Nhá-Nhá, entre outros locais.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Esses produtos - eletrônicos, brinquedos, utensílios domésticos e acessórios eletrônicos- eram vendidos em lojas online (marketplace) e lojas físicas, todas localizadas em Campo Grande (MS). As mercadorias eram distribuídas em todo o território nacional.

Os itens são oriundos de vários países e entraram no País através da fronteira Brasil/Paraguai.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões. Wellington da Silva Cruz, policial militar, é um dos integrantes do grupo criminoso.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O grupo criminoso utilizava a modalidade de pagamento “dólar-cabo”, que é um sistema informal de transferência de dinheiro para o exterior.

Em vez de enviar o dinheiro fisicamente, a pessoa no Brasil paga em reais a um "doleiro", que então garante que a mesma quantia seja entregue em dólares em uma conta no exterior. Essa operação é frequentemente utilizado em atividades ilícitas e considerada crime de evasão de divisas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o delegado da PF, Anezio Rosa de Andrade, os crimes desencadeiam em concorrência desleal, que é é algo que prejudica os comerciantes que pagam os devidos impostos.

“Um comerciante que faz o pagamento formal, que tem a sua empresa regularizada, muito dificilmente consegue concorrer com outras empresas, com outros comerciantes, que não atuam da mesma forma. Então, o nosso objetivo também, além de combater a questão aduaneira e tributária, é também fortalecer a concorrência lícita dentro do território nacional”, explicou.

Operação Uxoris

PF e Receita desmantelam esquema de contrabando de mercadorias ilegais

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande (MS) e Osasco (SP)

03/12/2025 08h15

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Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) cumpriram nove mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (3), durante a Operação Uxoris, em Campo Grande (MS) e São Paulo (SP).

Na Capital sul-mato-grossense, os mandados supostamente foram cumpridos nos altos da avenida Afonso Pena e bairro Universitário.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Conforme apurado pela reportagem, os produtos eram distribuídos em todo o território nacional, por meio de vendas online (marketplace) e através de lojas físicas localizadas em Campo Grande (MS).

De acordo com a PF, o grupo criminoso utilizava a modalidade conhecida como dólar-cabo para efetuar pagamentos das mercadorias, realizando remessas ilegais de valores ao exterior mediante compensações financeiras irregulares.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

CONTRABANDO E DESCAMINHO

Contrabando e descaminho são crimes relacionados à importação e exportação de mercadorias. Contrabando é a importação ou exportação de mercadorias proibidas.

Descaminho é à importação ou exportação de mercadorias lícitas sem o pagamento dos tributos devidos. A principal diferença reside na natureza da mercadoria: no contrabando, a mercadoria é proibida; no descaminho, a mercadoria é legal, mas o tributo não é pago.

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 68 ocorrências de contrabando e 56 de descaminho foram registradas, entre 1º de janeiro e 27 de novembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

Em relação ao descaminho, 0 ocorreu em janeiro, 11 em fevereiro, 2 em março, 5 em abril, 5 em maio, 2 em junho, 5 em julho, 9 em agosto, 4 em setembro, 11 em outubro e 2 em novembro.

Em relação ao contrabando, 2 ocorreram em janeiro, 8 em fevereiro, 4 em março, 2 em abril, 9 em maio, 9 em junho, 5 em julho, 8 em agosto, 4 em setembro, 13 em outubro e 4 em novembro.

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