Investigadores da Polícia Federal cumpriram na manhã desta quarta-feira (16) três mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão contra integrantes de uma organização criminosa que havia se especializado em mandar cargas de cocaína de Ponta Porã, cidade de Mato Grosso do Sul, região de fronteira com o Paraguai, para países estrageiros.
Nota divulgada pela assessoria de imprensa da PF, informou que o bando era investigado há quase dois anos.
O grupo, diz a PF, montava empresas de transporte de grãos e montou frota com 20 caminhões que eram usados no tráfico de drogas.
A cocaína saia da fronteira e seguia para regiões portuárias e, de lá, para outros países.
As empresas em questão, todas de fachada, eram as responsáveis pela logística de escoamento "de grandes quantidades de drogas", informou a PF que, no entanto, não revelou nomes dos implicados, nem da pessoa que foi capturada na manhã desta quarta-feira.
No comunicado da PF, é dito que a operação teve início em setembro de 2020 a partir da apreensão de um caminhão, em Antônio João, também cidade de fronteira, carregado com 126 kg de cocaína.
Semanas depois, segue a nota, um outro caminhão foi apreendido em Aral Moreira, município sul-mato-grossense, carregado com 107 kg de cocaína.
Em ambos os casos, "as drogas estavam ocultas em compartimentos adrede preparados", disse a PF.
A PF adiantou, apenas, que os investigados já possuíam antecedentes por tráfico de drogas, sendo que, em dezembro do ano passado, um deles foi morto em Ponta Porã, "num possível desacerto por conta de cargas de drogas apreendidas", contou a PF.
O nome de batismo, diz a PF, da operação é uma alusão ao esquema empregado pela organização criminosa, que utilizava uma pessoa jurídica de fachada para o registro de caminhões que posteriormente eram utilizados no transporte de entorpecentes que ficavam acomodados em compartimentos ocultos.
Para não levantar suspeitas das atividades ilícitas, os motoristas buscavam fretes de grãos para as regiões portuárias do país.
Ainda conforme a nota da PF, a empresa investigada possuía diversas matrizes nas cidades de Ponta Porã e Inocência, em MS, sendo todos os endereços declarados inexistentes.
A empresa chegou a possuir mais de 20 veículos, que eram empregados em suas atividades criminosas.
Até a publicação desta reportagem, a Polícia Federal não divulgou o nome dos alvos da operação.




