Cidades

EDUCAÇÃO

Por ano, 30 escolas mudarão para tempo integral até 2024

Cronograma da SED pretende transformar 65% das instituições de ensino em quatro anos

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Até 2024 a Secretaria de Estado de Educação (SED) pretende transformar em escolas de tempo integral, pelo menos, 30 instituições de aprendizagem regular da Rede Estadual de Ensino (REE) por ano.

O cronograma quer atender à determinação do Plano Estadual de Educação, elaborado em 2014. O plano prevê que, em dez anos, 65% das instituições de ensino de Mato Grosso do Sul ofereçam educação em tempo integral. “Implantar e implementar gradativamente educação em tempo integral em, no mínimo, 65% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos (as) estudantes da educação básica”, diz trecho do documento.

Para cumprir a determinação, planejamento foi montado ainda no início da atual gestão do governo do Estado e, segundo a SED, a partir de 2020, a pasta intensificará o processo. “Já para o início do ano, teremos 64 escolas com ofertas de turmas no período integral, somados os ensinos Fundamental e Médio. Esse aumento será progressivo, com a média de 30 unidades implementadas a cada ano”, declarou a SED por meio de nota.

Este ano, ainda conforme a secretaria, 14 escolas foram oficializadas como de tempo integral no Ensino Médio no Estado, ampliando o total para 27. Já para 2020, a previsão é de que 42 escolas ofereçam turmas integrais. “No Fundamental, a REE contava com 29 escolas com turmas em tempo integral e esse número deverá saltar para 42 em 2020, totalizando as 64 unidades, somando todas as etapas”.

FECHAMENTO

Com isso, a partir do próximo ano a rede estadual terá 17,9% das escolas transformadas em tempo integral, já que a REE possui 357 unidades escolares, com 229 mil estudantes matriculados. Para isso, adequações foram feitas e algumas escolas fechadas em Mato Grosso do Sul para a realização do reordenamento da educação.

Entre janeiro de 2019 até dezembro deste ano, 21 escolas serão fechadas ou terão turmas realocadas em outras instituições no Estado. Desse número, oito foram apenas em Campo Grande, sendo quatro no início do ano e quatro que não retornam em 2020.

As escolas Riachuelo, Consuelo Muller, Zamenhof e Otaviano Gonçalves da Silveira Júnior foram fechadas no início deste ano. No mês passado, a secretaria informou que a Escola Carlos Henrique Schrader seria fechada para se tornar a sede da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte) e outras três instituições seriam entregues para a Prefeitura de Campo Grande.

Segundo a SED, essas mudanças são explicadas pela redução no número de alunos matriculados. “Entre 2010 e 2018, esse número [de matrículas] atingiu o quantitativo de 40 mil estudantes a menos em todas as etapas ofertadas pela REE”, informou.

“Esse reordenamento é para atender ao próprio Plano Estadual de Educação que os professores escreveram. Então nós estamos tentando correr com o tempo integral, que é a política educacional em que eu mais acredito”, declarou a secretária de Estado de Educação, Maria Cecília Amêndola da Motta.

Ela garante que, durante essas mudanças, a qualidade do ensino não foi afetada. “Nós só subimos no Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica], a evasão só diminuiu, nós não estamos desmantelando a escola pública, nós estamos otimizando”.

Em reunião no dia 27 de novembro, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, a secretária afirmou que os números das escolas de tempo integral mostram que a evasão escolar e a redução de alunos nessas unidades são muito menor que as escolas normais. 

“Nós já vimos que a primeira escola de tempo integral, que foi nas Moreninhas, de 23% de abandono e evasão quando era escola parcial, caiu para 2,37%. Quer coisa melhor que isso, aluno que não se evade, que não vai para rua, fica na escola”, disse a secretária.

A reunião foi promovida porque os parlamentares pediram mais explicações para a secretaria por conta do fechamento das escolas estaduais, principalmente a Carlos Henrique Schrader, que possui alto desempenho no Ideb (nota 4.4 de 5) e elevado índice de aprovação em universidades públicas. Apesar do pedido dos deputados, a secretaria manteve o cronograma de fechamento da instituição.

Apostas Online

Pessoas procuram CAPS para tratar vício em Bets em Campo Grande

Desde que o Ministério da Saúde enviou uma orientação nacional para o enfrentamento do vício em jogos de azar online, os CAPS estão recebendo pacientes que sofrem de ludopatia

25/11/2024 16h00

Pagu / Correio do Estado

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A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informou que, entre março e outubro, 42 pacientes procuraram atendimento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) para tratar o vício em jogo online que ficaram conhecidos como Bets.

Conforme explicou a coordenadora da rede de saúde mental da Sesau, Gislayne Budib, a patologia de vício em jogos é conhecida como ludopatia ou transtorno do jogo. Em entrevista ao Correio do Estado, contou que o transtorno tem como característica a necessidade compulsiva de jogar, mesmo que isso acabe trazendo prejuízos financeiros - como os jogos ilegais.

Nota 


Diante do aumento de usuários de jogos online, o Ministério da Saúde distribuiu, no final de outubro, uma nota técnica a todas as secretarias de saúde com orientações sobre o atendimento.


A nota foi divulgada nas 17 Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) e 7 CAPS.


A Sesau ressalta que essas unidades têm funcionamento 24 horas, com atendimento médio de 1.300 consultas ambulatoriais de saúde mental e 2.000 atendimentos mensais.

Atendimento


O Departamento de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas (DESMAD) do Ministério da Saúde reforçou que tanto a Atenção Primária à Saúde (APS) quanto os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) devem acolher pessoas com vício em jogos, prestar tratamento e realizar o acompanhamento do paciente.

  • Equipe multidisciplinar: compostas por profissionais de saúde de diferentes áreas (EMULIT), trabalhando de forma complementar e integrada às outras equipes da Atenção Primária à Saúde (APS).

  • Rede de Apoio: Familiares e amigos dos pacientes devem receber suporte e orientações sobre como lidar com o paciente no enfrentamento do transtorno de jogo.


A especialista ressaltou que a nota esclarece dúvidas, inclusive entre os profissionais de saúde, sobre como proceder para oferecer o melhor atendimento ao paciente que chega em estado de sofrimento.

O que leva a pessoa a procurar o jogo online?


No começo o jogo pode servir como diversão e até eventuais conexão social, mas depois evolui para outros fatores, como:

  • Conexão e interação social;
  • Satisfação de necessidades psicológicas não atendidas;
  • Escape emocional (principalmente em pessoas mais velhas);
  • Necessidade financeira;
  • Redução de estresse;
  • Ansiedade, depressão e solidão;
  • Luto;
  • Aposentadoria;
  • Dor física e problemas físicos.

Além do jogo, conforme explicou a médica, é comum o uso de outras substâncias, como tabaco e álcool. Eventualmente, a pessoa que desenvolve o vício apresenta:

  • Transtornos afetivos e de humor;
  • Transtornos obsessivos-compulsivos;
  • Risco de suicídio e autolesão.
  • Sinais de alerta
  • A pessoa dedica menos tempo à família;
  • Aumento do consumo de álcool e outras drogas;
  • Sentimento frequente de culpa, arrependimento, insegurança e vergonha;
  • Mentir sobre o tempo e/ou o dinheiro que gasta com o jogo.


Sintomas nas crianças

  • Crianças e adolescentes mostrando sinais de angústia e enfrentando dificuldades na escola;
  • Desempenho reduzido nos estudos ou no trabalho;
  • Mudança nos padrões de sono, alimentação ou relacionamento sexual;
  • Sentimentos de raiva, desesperança, solidão, desvalia e isolamento social;
  • Ideação suicida.

Vício das Bets


Segundo a Pesquisa DataSenado, 22,13 milhões (13%) dos brasileiros com 16 anos ou mais disseram ter jogado algum tipo de jogo de Bet na internet.


O recorte de pessoas que costumam fazer apostas esportivas é o seguinte:

  • Homens: 62%
  • Homens com idade entre 16 a 39 anos: 52%
  • Com ensino médio incompleto: 40%
  • Dos que costumam jogar online, cerca de 3% afirmaram ter usado mais de R$ 769 mil em jogos de aposta.

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Campo Grande

Motorista avança o sinal e colide violentamente com ônibus em cruzamento

O motorista e o passageiro foram encaminhados à Santa Casa em estado grave. Imagens mostram o Fusca avançando o sinal vermelho e colidindo violentamente contra um ônibus de transporte coletivo

25/11/2024 15h45

A colisão foi tão violenta que o fusca quase entrou debaixo do ônibus

A colisão foi tão violenta que o fusca quase entrou debaixo do ônibus Fotos: Gerson Oliveira

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Duas pessoas ficaram gravemente feridas na tarde desta segunda-feira (25), após um fusca avançar o sinal vermelho e colidir violentamente na lateral de um ônibus de transporte coletivo, no cruzamento das Avenidas Gury Marques e Guaicurus, na região sul de Campo Grande.

Os detalhes do acidente foram revelados por imagens de câmeras de segurança. O vídeo mostra o momento em que um Volkswagen Fusca, aparentemente em alta velocidade, avança o sinal vermelho e colide violentamente com o ônibus coletivo da linha 113 Bálsamo/Centro Oeste, que estava cheio de passageiros. 

O impacto foi tão violento que o Fusca quase ficou debaixo coletivo. O motorista e o passageiro, cujas identidades não foram divulgadas, ficaram presos nas ferragens. O passageiro sofreu ferimentos graves, com fraturas no fêmur e um corte profundo no pescoço, sendo encaminhado à Santa Casa de Campo Grande. O motorista do veículo sofreu apenas ferimentos leves. No ônibus, nenhum passageiro ficou ferido.

Ambos não tinham documentos, por isso suas identidades não foram divulgados

A reportagem do Correio do Estado esteve no local, e a situação precária do fusca chamou a atenção dos pedestres que passavam pela área para ver o acidente.

Equipes da Polícia Civil e da Perícia Científica estão no local, e há suspeitas sendo investigadas sobre as causas do acidente, incluindo a possibilidade de que a situação precária do fusca tenha sido provocada por uma falha no sistema de drenagem.

Aos motoristas que precisam acessar a região, é importante ficar atento, pois o trânsito segue lento devido aos veículos envolvidos no acidente que ainda estão no local. Agentes da Agetran estão no cruzamento, organizando o fluxo de veículos.

A investigação continua para esclarecer as circunstâncias do acidente. 

 

 

 

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