Cidades

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Prefeitura confirma Hospital Municipal em área nobre

Terreno tem 1,4 hectare e chegou a ser colocado à venda em 2021

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A Prefeitura de Campo Grande encaminhou à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) o requerimento de licença ambiental na modalidade licença prévia para a construção do Hospital Municipal no terreno localizado no cruzamento entre as ruas Augusto Antônio Mira e Raul Píres Barbosa, no bairro Chácara Cachoeira.

Em 2021, o terreno foi colocado à venda pelo Município, e era avaliado em até R$ 29 milhões.

O Hospital Municipal é uma promessa antiga das gestões Municipais. Já era pauta em 2013, durante mandato do ex-prefeito Alcides Bernal, e voltou a ser assunto em diversas ocasiões desde então, mas sem nunca sair do papel.

Em setembro do ano passado, a prefeita Adriane Lopes anunciou investimento de aproximadamente R$ 200 milhões para a construção da unidade hospitalar, que contará com 250 leitos. À época, a previsão era de que a obra seria entregue em 1 ano.

No início de 2024, a Prefeitura contratou por R$ 212,5 mil a HB Treinamentos Ltda., empresa especializada em consultoria técnica, para, resumidamente, dizer o que é necessário para se construir um hospital.

A contratação da consultoria foi realizada de forma direta, ou seja, sem licitação.

Agora, foi anunciado mais um avanço no projeto, com a definicção do local onde o hospital será construído, um terreno localizado em um bairro nobre da Capital.

Built to Suit

Inicialmente, a prefeita de Campo Grande havia anunciado que o hospital seria feito por meio de uma iniciativa público-privada (PPP). No entanto, no início deste mês, a titular da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau), Rosana Leite de Melo, afirmou em entrevista ao Correio do Estado que PPP foi descartada, e agora a construção será feita por meio de uma atividade imobiliária conhecida como built to suit (BTS), que significa “construir para servir”.

Os contratos de BTS estão previstos na Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei Federal nº14.133, de 2021), que estipulou prazos mais longos para esse tipo de iniciativa e “benfeitorias permanentes, realizadas exclusivamente a expensas do contratado, que serão revertidas ao patrimônio da administração pública ao término do contrato”, conforme informa o artigo 110, inciso II da legislação. No entanto, o BTS também estava licenciado na Lei do Inquilinato (Lei Federal nº 8.245/1991).

A iniciativa é baseada em contratos celebrados entre empresas particulares e o poder público, em que o empreendimento é viabilizado e construído de acordo com as necessidades impostas pelo ente público, o qual, em vez de comprar um hospital, por exemplo, aluga por até de 35 anos uma unidade sob medida.

Esse tipo de contrato prevê aluguel fixo independentemente do faturamento e a possibilidade de o imóvel ser incorporado ao patrimônio público. Assim, esse procedimento também pode ser enquadrado como uma operação de crédito.

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COMBATE A DENGUE

Aedes Aegypti: Fumacê circula por Campo Grande até às 22h nesta segunda-feira

Seis bairros estão na lista para receberem o inseticida e a recomendação é manter as portas e janelas abertas

12/05/2025 17h30

Fumacê acontece das 16h às 22h na Capital

Fumacê acontece das 16h às 22h na Capital Foto: Reprodução Prefeitura Municipal

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Nesta segunda-feira (12), seis bairros de Campo Grande receberão aplicação do inseticida conhecido como Fumacê, usado no combate ao mosquito Aedes aegypti, sendo eles: Moreninhas, Lageado, Centenário, Tarumã, Batistão e Aero Rancho.

A ação teve início as 16 horas e seguirá até as 22 horas, e a recomendação é que os moradores deixem portas e janelas abertas durante a passagem dos veículos de aplicação, permitindo que o produto atinja os locais onde os mosquitos costumam se esconder.

A Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), vinculada à Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), reforçou que a borrifação do veneno, feita no sistema de Ultra Baixo Volume (UBV) pesado, e a intenção é acabar com os focos do Aedes aegypti, transmissor de doenças como Dengue, Zika e Chikungunya.

A ação pode ser adiada ou cancelada em caso de condições meteorológicas desfavoráveis, como chuva, ventos fortes ou neblina, que comprometem a eficácia do produto.

Confira os horários e os trechos:

  • Moreninhas: Rua Amapá Doce, com Rua Peroba Amarela
  • Lageado: Rua Durando Pereira da Silva, com Rua Rosa Orro
  • Centenário: Rua Martin Pescador, com Rua Panteras
  • Tarumã: Rua Sertaneja, com Rua Florão
  • Batistão: Rua Lagoa Santa, com Rua Lagoa Dourada
  • Aero Rancho: Rua Barão de Cocais, com Rua Regence

FUMACÊ

O Fumacê é uma estratégia utilizada para reduzir a proliferação do mosquito Aedes aegypti e reduzir a transmissão de doenças causadas por esse mosquito, como dengue, Zika ou Chikungunya.

A técnica consiste em passar com um carro que emite uma "nuvem" de fumaça com baixas doses de um agrotóxico que elimina a maior parte dos mosquitos adultos presentes na região, e embora não seja a forma mais segura de eliminar mosquitos, é bastante rápida, fácil e eficaz.Geralmente, a dose usada em uma aplicação é segura para a saúde humana.

O agrotóxico utilizado e aprovado pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde (OMS) atualmente nas pulverizações do fumacê é o Cielo-ULV. Esse agrotóxico contém duas substâncias na sua composição, a praletrina e a imidacloprida, que provocam intoxicação no sistema nervoso do mosquito, resultando na sua morte.

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atlas da violência

Taxa de feminicídio cai, mas violência matou uma mulher por semana em MS em 2023

Mato Grosso do Sul foi o estado que registrou a maior queda na taxa de assassinato de mulheres no Brasil no ano-base

12/05/2025 17h15

Casos diminuíram em 2023, mas muitas mulheres ainda são vítimas de feminicídio e violência em MS

Casos diminuíram em 2023, mas muitas mulheres ainda são vítimas de feminicídio e violência em MS Marcos Santos / USP

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No ano de 2023, 48 mulheres foram assassinadas em Mato Grosso do Sul, uma média de quatro mortes por mês ou uma a cada semana. O número, entretanto, registra uma queda em relação ao ano anterior, quando foram 71 vítimas do sexo feminino.  

Com relação a taxa de mulheres mortas para cada 100 mil habitantes, Mato Grosso do Sul é o estado que teve a maior queda no País.

Os dados fazem parte do Atlas da Violência 2025, divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao governo federal, e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).  

"Os maiores crescimentos das taxas foram observados no Rio de Janeiro (28,6%), Pernambuco (26,7%) e Distrito Federal (22,7%). As quedas mais acentuadas, de outro lado, foram registradas no Mato Grosso do Sul (32,0%), Acre (25,5%) e Rondônia (18,1%)", diz a publicação.

De 2013 até 2023, ano-base da pesquisa, o ano com mais casos foi 2014, com 85 assassinatos de mulheres no estado. O menor foi em 2023, com os 48 registros.

Levando-se em conta a última década, os casos de feminicídio caíram 36% no Estado, enquanto de 2022 a 2023 a queda foi de 32,4%.

Considerando que a pesquisa traz dados até 2023, é importante contextualizar que o número de casos de feminicídio voltou a subir em MS em 2024, conforme apontou reportagem do Correio do Estado.

Sem trazer dados regionalizados, o Atlas da Violência aponta que a violência letal contra as mulheres majoritariamente acontece no contexto doméstico.

"Não por coincidência, pesquisas vêm mostrando, ao longo dos anos, que a casa é o lugar menos seguro para a mulher. Dados de registros policiais publicados no 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública evidenciam que nos casos de feminicídio, 64,3% dos eventos aconteceram dentro de casa", diz o documento.

"Esse dado de registros policiais ajuda a ilustrar que, embora o ódio ao gênero possa estar presente na violência letal contra mulheres tanto em contextos domésticos como em contextos urbanos, na prática, uma morte costuma ser percebida e classificada como feminicídio quando acontece no ambiente doméstico", acrescenta.

País

No Brasil, foram 3.903 vítimas em 2023 e 47.463 nos últimos onze anos (2013-2023), conforme registros do sistema de saúde.

"Apesar da tendência de queda geral nos homicídios (incluindo vítimas do sexo feminino e masculino) ao longo dos últimos onze anos, quando olhamos para o comportamento das taxas ao longo dos anos, é possível observar que a redução foi mais expressiva na população em geral do que entre as mulheres - ainda que, em números absolutos, tradicionalmente os homens sejam os principais envolvidos em crimes letais intencionais", diz o Atlas.

Atlas da violência

A publicação é divulgada anualmente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e tem como base principalmente dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), ambos sob gestão do Ministério da Saúde.

Também são levados em conta os mapeamentos demográficos divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e levantamentos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

    

Os dados do Atlas da Violência são coletados de fontes oficiais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela contagem da população, e o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.

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