Cidades

RESTRIÇÕES

Prefeitura de Campo Grande contraria governo e decreta fim do lockdown

Decreto do município foi publicado nesta tarde e determina que sejam seguidas medidas de bandeira vermelha, mesmo a cidade estando na cinza

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O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), decretou que as medidas restritivas adotadas na Capital voltem a ser as que estavam em vigor na semana passada, quando o município estava em bandeira vermelha, mesmo a cidade estando atualmente na bandeira cinza.

Desta forma, contrariando o decreto estadual, atividades consideradas não-essenciais e que estavam proibidas de funcionar pelo prazo de 15 dias, poderão voltar ao funcionamento, desde que respeitando as normas de biossegurança.

A lei seca, que estava no rol de medidas do lockdown, também perde a validade na Capital.

O decreto municipal foi publicado nesta tarde, em edição extra do Diário Oficial.

De acordo com o texto, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) encaminhou justificativas técnicas ao Estado, informando as razões para o descumprimento do decreto estadual. Não foram informadas quais foram as justificativas.

A normativa municipal determina que todas as atividades e serviços adotem os regramentos decorrentes da classificação em bandeira vermelha.

Últimas Notícias

Quanto ao transporte público, o Consórcio Guaicurus deverá disponibilizar o mesmo quantitativo de ônibus que era utilizado antes das medidas restritivas do governo.

Os veículos poderão rodas com limite de até 70% da capacidade máxima para passageiros permitida em cada ônibus.

A fiscalização ficará por conta da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran).

O decreto também determina que as ações de fiscalização e segurança pública sejam intensificadas, com foco em reprimir, especialmente, festas clandestinas e aglomerações em bares, conveniências e restaurantes.

A autorização para "sair do lockdown" não tira dos comerciantes a obrigação de cumprir as medidas de biossegurança, como limitação de público e uso obrigatório de máscaras, entre outras.

Caso seja constatado descumprimento, o estabelecimento poderá ser interditado por 72 horas, além de ser aberto processo administrativo sanitário.

Reincidência pode levar até a cassação do alvará de funcionamento.

Conforme o prefeito, o decreto entra em vigor já a partir de hoje.

Bandeira vermelha

Conforme o Programa de Saúde e Segurança na Economia (Prosseguir), na bandeira vermelha podem funcionar atividades essenciais e atividades não essenciais de baixo risco.

No decreto estadual, constam como não essenciais de baixo risco:

  • Restaurantes;
  • Comércio de bebidas alcoólicas;
  • Serviços da cadeia do turismo;
  • Visitação em atrações turísticas, culturais e esportivas.

Essa faixa de classificação não permite eventos, reuniões e festividades em clubes, salões, centros esportivos e afins.

Também não são recomendados eventos culturais e de lazer; teatros, cinemas, arenas e espaço de eventos fechados; feiras de negócios e exposições.

O toque de recolher para municípios da bandeira vermelha é das 21h às 5h.

Restrições

O governo de Mato Grosso do Sul decretou medidas mais restritivas para 43 municípios do Estado, incluindo Campo Grande, que se enquadram no grau de risco extremo de contaminação da Covid-19, classificado pela bandeira cinza.

O decreto em entrou em vigência no último domingo (13) e estabelece que, durante o período de 15 dias, apenas atividades consideradas essenciais poderiam funcionar.

Desde o início, empresários se manifestaram contrários à medida.

A Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) impetraram mandado de segurança pedindo para que o decreto que impõe restrições fosse revogado, mas o desembargador Sérgio Fernandes Martins negou liminar, alegando que havia, na normativa, alternativas de funcionamento.

No decreto, foram listadas 51 atividades que podem continuar em funcionamento durante o período.

Entre as atividades que estavam autorizadas a funcionar igrejas e academias e também estabelecimento de educação infantil, fundamental, médio, técnico-profissionalizante, superior e pós-graduação em formato presencial.

Já o comércio, bares e restaurantes poderia funcionar apenas na modalidade delivery. Salões de beleza, áreas comuns de condomínio , feiras e atividades de turismo não poderiam abrir ao público.

Com o decreto municipal, todas estas medidas perdem a validade.

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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