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Prefeitura mantém subsídio de R$ 12 milhões para o transporte em 2023

Valor é referente ao passe livre dos estudantes da Rede Municipal de Ensino e para as pessoas com deficiência na Capital

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A Prefeitura de Campo Grande decidiu manter o subsídio que é pago ao Consócio Guaicurus de R$ 12 milhões ao ano para 2023. O valor é referente ao passe gratuito dos estudantes da Rede Municipal de Ensino (Reme) e das pessoas com deficiência.

Acordado pelo então prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD), no início deste ano, o subsídio municipal é repassado por mês, com valor de R$ 1 milhão, forma encontrada na época para evitar greve dos motoristas do transporte público, que ameaçavam parar porque estavam insatisfeitos com a possibilidade de não receberem reajuste salarial novamente.

Segundo a Prefeitura de Campo Grande, a decisão foi tomada para garantir que, no ano que vem, a gratuidade do passe dos estudantes da rede municipal seja mantida.

“Tendo em vista que a manutenção da gratuidade aos alunos da Reme possui grande relevância social e está de acordo com as políticas públicas que essa administração enaltece, o município não tem interesse em rescindir esse acordo para o exercício de 2023”, disse a prefeitura, em posicionamento enviado para o Correio do Estado.

Ao todo, neste ano, foram cerca de R$ 10 milhões repassados pela prefeitura, isso porque só foi a partir de junho que a administração começou a destinar o valor de R$ 1 milhão por mês – antes, os repasses giravam em torno de R$ 800 mil.

Ainda de acordo com a prefeitura, esse novo subsídio deverá ser feito mediante as mesmas exigências feitas neste ano.

“Foi autorizado pela Câmara Municipal por meio de edição da Lei Complementar n° 438 de 09/02/2022, visando à concessão de subvenção econômica ao transporte público no valor de R$ 12 milhões anuais, limitado a R$ 1 milhão mensais e mediante a aferição e apresentação de um relatório mensal de gastos à Administração Pública Municipal”, destacou a gestão em nota, porém, alguns vereadores reclamam que a gestão da concessionária não enviou os dados detalhados para a Câmara Municipal, como acordado.

Além desse valor, a prefeitura também concedeu isenção do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) de 2022 e a remissão do de 2021.

A partir de junho deste ano, o governo do Estado também começou a conceder subsídio ao transporte da Capital, com R$ 1,2 milhão mensais para o pagamento referente ao passe dos alunos da Rede Estadual de Ensino (REE).

Em contato com o governo do Estado, a Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov) informou ao Correio do Estado que os valores e a continuação ou não do repasse ao Consórcio Guaicurus seriam decididos em 2023 pela nova gestão eleita neste ano.

A reportagem tentou contato também com o grupo de transição da próxima gestão do governo do Estado, por meio do governador eleito Eduardo Riedel (PSDB), mas não houve retorno até o fechamento desta matéria.

Mesmo sem a confirmação do repasse do governo do Estado, o Consórcio Guaicurus já inicia o ano com a certeza da manutenção deste valor extra. Frisando que neste ano as empresas responsáveis pelo setor receberam cerca de R$ 30 milhões em valores subsidiados.

VERBA FEDERAL     

Na quinta-feira (8), a Prefeitura de Campo Grande transferiu para o Consórcio Guaicurus boa parte da verba federal de R$ 14,7 milhões destinada para o pagamento de subsídio ao passe gratuito dos idosos.

Apesar de o valor ter sido depositado em outubro pelo governo federal para a conta do município, a gestão alegava que eram necessárias medidas burocráticas que impediram que o valor fosse destinado antes desta data.

A previsão era de que o montante fosse repassado no dia 12 deste mês, mas possível greve dos motoristas de ônibus acelerou a transferência.

Segundo o Diretor do Consórcio Guaicurus, Robson Luis Strengari, o valor do repasse prometido pela prefeitura foi de R$ 11,7 milhões. O valor foi usado para o pagamento dos salários dos funcionários do grupo, que estava atrasado, evitando assim a paralisação indicada pela categoria.

GREVE

Mesmo com os repasses do governo do Estado e da prefeitura, o Consórcio Guaicurus não conseguiu honrar com o pagamento de dezembro dos funcionários da empresa, provocando a segunda ameaça de greve do ano.

No dia 6 de dezembro, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande (STTCU-CG) comunicou que caso o Consórcio Guaicurus não tivesse condições de pagar o salário dos funcionários haveria uma convocação de assembleia para discutir o início de uma possível paralisação do transporte coletivo, com começo no dia 10 de dezembro.

No dia marcado para a realização da assembleia, o diretor do Consórcio Guaicurus, Robson Luis Strengari, confirmou o pagamento dos salários ao Correio do Estado.

“Pagamos hoje [dia 9] a folha de novembro e a segunda parcela do 13° salário”, afirmou. Com esse dinheiro na conta, conforme apurado pela reportagem, a assembleia da categoria não aconteceu.

Saiba: Este fim de ano marca o período em que é anunciado o aumento da tarifa do transporte coletivo. A concessionária avalia que o valor pode chegar a R$ 8, segundo fórmula usada para o cálculo feito pela Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg).

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rapper

Oruam visita o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Pai do rapper é um dos líderes do Comando Vermelho e cantor se declarou como "a voz dos presidiários"

13/03/2025 16h31

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande Foto: Reprodução / Instagram

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O rapper Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no Presídio Federal de Campo Grande. Fotos e vídeos da visita foram compartilhados pelo músico nessa quarta-feira (12), nas redes sociais. Marcinho VP é apontado como um dos líderes da facção Comando Vermelho e está preso desde 1996 por tráfico e homicídio.

Em uma das postagens, Oruam se declarou como "voz dos presidiários", mas apagou a mensagem pouco tempo depois.

"Eu falo pelos presos, eu represento os excluídos. Cadeia é lugar de ressocialização, eu canto para tirar meu pai do crime, coisa que o estado não faz, apenas alimenta a burguesia com mentiras dos pobres. O sistema falhou 'com nós', mas nós não precisamos dele", postou o rapper.

Nas imagens publicadas, Oruam aparece ao lado de outros familiares, vestido de rosa, em frente a Peninteciária Federal de Campo Grande.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por 22 (@oruam)

Conforme reportagem do Correio do Estado, o rapper já declarou que odeia visitar o pai por considerar a situação "desumana".

No documentário "O Grito - Regime Disciplinar Diferenciado", sobre o sistema penitenciário brasileiro, Oruam disse que foi concebido na prisão, durante uma visita intíma, e que nunca conviveu com o pai fora das grades.

"Eu nunca vi meu pai na rua. Nós nunca convivemos com nosso pai em nenhum momento da nossa vida. Quando eu nasci, meu pai já tava preso", disse.

Há pouco mais de um ano, Marcinho VP, foi transferido para a Penintenciária Federal de Campo Grande, onde ainda permanece, e o rapper daz visitas frequentes à capital sul-mato-grossense para vê-lo, mas diz que é constragedor e uma tortura.

"[São] mais de 15 celas. Passa o maior constrangimento para entrar e só fala pelo interfone. Como tu vai ver teu pai por um vidro no meio?", disse na produção da Netflix.

"Não pode nem encostar na pessoa, abraçar, falar. É tortura. Presídio Federal é tortura. Para nós que somos família é desumano. Se eu vou ver meu pai, eu quero encostar, dar um beijo",acrescentou Oruam.

Por fim, o rapper disse que aprendeu a conviver com a saudade. "Na minha mente eu sei que ele não vai estar aqui", concluiu.

Marcinho VP 

Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, é apontado com nome proeminente da criminalidade do Rio de Janeiro há quase três décadas, sendo um dos principais líderes do Comando Vermelho, ao lado de Fernandinho Beira Mar.

Preso desde 1996 , ele está em penitenciárias federais desde 2010, atualmente em Campo Grande.

No entanto, o encarceramento não impediu que Marcinho VP continuasse no mundo no crime. Mesmo de dentro do presídio, ele ordenou uma série de crimes que foram cometidos por outros faccionados.

Nos últimos 14 anos, ele cumpre pena em unidades federais. 

Marcinho VP é pai do rapper Oruam, que já fez manifestações públicas pedindo a liberdade do pai, sendo a mais polêmicas a apresentação no Lollapalooza 2024, onde vestiu uma camiseta que pedia a liberdade de Marcinho VP.

O cantor tem uma tatuagem em homenagem ao pai e também ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.

Decisão.

STF libera R$ 16 milhões do governo estadual por acordo sobre terra indígena de MS

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível

13/03/2025 16h00

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João Foto: Reprodução

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O Supremo Tribunal Federal (STF) por meio do ministro Gilmar Mendes autorizou a distribuição dos R$ 16 milhões depositados em janeiro pelo governo de Mato Grosso do Sul, acordo de regulação da terra Nhanderu Marangatu, e que estava em litígio entre indígenas e fazendeiros em Antônio João, interior do estado. O repasse é referente ao depósito judicial, previsto em repasse aos proprietários das terras. 

Serão R$ 791.062,86 enviados a Salazar Advogados Associados e outros R$ 15.208.937,14 em favor um procurador do grupo de fazendeiros.

“Solicito que esta Suprema Corte seja informada tão logo seja efetivada a referida transferência”, destaca o ministro, que deu o parecer sobre a emissão dos alvarás na última quarta-feira (12).

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível.  

“No que concerne ao montante depositado pelo Estado do Mato Grosso do Sul (...), determino a imediata expedição de alvarás com as seguintes especificações, ressalvada a responsabilidade das partes, inclusive criminal, pela indicação dos responsáveis pelo recebimento do montante, caso verificada incorreção nas informações apresentadas”, diz outro trecho da decisão.

Ao todo, a União repassou R$ 27.887.718,98  a título das benfeitorias apontadas em avaliação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2005, valores  corrigidos pela inflação e a Taxa Selic.Os proprietários também devem receber indenização, pela União, no valor de R$ 101 milhões pela terra nua.

Cabe destacar que o pagamento indenizatório de R$ 27 milhões aos produtores rurais que viviam na terra situada na fronteira com o Paraguai, próximo à faixa de 150 quilômetros paralela à linha divisória do território nacional foi firmado em acordo indenizatório histórico realizado em setembro do ano passado após o STF determinar que a área é território ancestral indígena.

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