Cidades

ADIADO

Prefeitura prorroga por mais 4 meses entrega de recapeamento na Duque

Inicialmente, a obra estava prevista para terminar em maio deste ano, mas sofreu outras duas alterações no seu prazo e, desta vez, foi prorrogada para terminar em março de 2025

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande anunciou, por meio do Diário Oficial desta sexta-feira (29), a terceira prorrogação de prazo para entrega do recapeamento na Avenida Duque de Caxias, desta vez prevista para ser finalizada em 30 de março de 2025, ou seja, daqui seis meses. O recapeamento do executivo acontece no trecho entre o Aeroporto Internacional de Campo Grande e o Núcleo Industrial, no sentido bairro-centro, enquanto a obra do Governo é no sentido contrário.

Quando firmado o contrato, isso em maio de 2023, a obra na avenida estava prevista para acabar em em abril deste ano. Porém, não foi cumprido e foi preciso prorrogar por mais 120 dias (quatro meses), indo até agosto, o que mais uma vez não foi feito e prorrogaram para até 30 de novembro.

Agora, chegando a data do que seria a entrega da Duque de Caxias completamente recapeada, a Prefeitura adiou mais uma vez a conclusão desta obra, que deve ser entregue finalizada até 30 de março de 2025. Lembrando que, para dar início às obras, a Prefeitura já atrasou quase quatro meses, já que começou em maio de 2023, mas era para ter começado em janeiro.

Há quatro meses, a reportagem do Correio do Estado entrou em contato com a Secretaria Municipal De Infraestrutura E Serviços Públicos (Sisep) para entender os motivos das constantes prorrogações nos prazos desta obra.

"Os atrasos quanto ao cumprimento do prazo se deve ao período de chuva, em que o serviço não dá para ser executado. E também na liberação dos recursos. Das cinco parcelas pactuadas com o Governo Federal, foi feito até agora o repasse de apenas uma parcela. As contrapartidas estão sendo aplicadas sem atrasos, para que o andamento da obra não seja prejudicado", disse a Secretaria em nota à reportagem no dia 24 de julho.

Desta vez, o Correio do Estado fez a mesma coisa e entrou em contato com a pasta responsável para entender os motivos para o terceiro adiamento no prazo, mas ainda não obteve resposta.

Previsão de entrega inicial - abril de 2024
2ª previsão - 02 de agosto de 2024
3ª previsão - 30 de novembro de 2024
4ª previsão - 30 de março de 2025

Valores altos

Além das constantes prorrogações nos prazos, a obra na Duque de Caxias, de responsabilidade da Prefeitura, já sofreu dois reajustes no seu valor total, hoje chegando a custar 28,51% do que o previsto inicialmente.

Com o contrato assinado e publicado pela Prefeitura em outubro de 2022 pelo valor de R$ 16.534.768,98, o serviço prestado pela Engepar Engenharias e Participações Ltda sofreu um reajuste de 13% em junho deste ano, aumentando para R$ 18,6 milhões. Segundo a Secretaria Municipal De Infraestrutura E Serviços Públicos (Sisep), este primeiro aditivo foi para a inclusão de novos serviços e adoção de uma outra tecnologia no trecho, a fim de dar mais durabilidade ao pavimento, tendo em vista o grande fluxo de caminhões na via.

Porém, consta no site da Transparência do executivo municipal que a obra hoje está avaliada em R$ 21.249.471,02, uma diferença de R$ 4.714.702,04 no valor inicial, mas este segundo reajuste nunca foi publicado de maneira oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Em resposta ao Correio do Estado, a Sisep atribuiu o "aditivo fantasma" a um equívoco no site da transparência

Ainda, a Sisep informa que o valor foi reajustado pois o levantamento da obra foi feito anos antes de quando a execução do serviço foi iniciada. Como exemplo, citaram que "inicialmente era previsto reaproveitar o material que ficava abaixo da capa asfáltica e na hora da execução percebeu-se que o material estava em péssimas condições, não sendo possível o seu reaproveitamento". Posteriormente, esse valor subiu R$ 40 mil de forma "misteriosa", também sem publicação oficial.

Valor inicial - R$ 16.534.768,98
1º reajuste (14/06/2024) - R$ 18.659.123,34 (+ R$ 2.124.354,36)
2° reajuste (não publicado oficialmente) - R$ 21.249.471,02 (+ R$ 2.630.197,41)
3º reajuste (não publicado) - R$ 21.289.320,75 (+ R$ 39.849,73)
Valor total dos reajustes - R$ 4.754.551,77

OUTRO TRECHO

Em dezembro de 2023, o Governo do Estado do Mato Grosso do Sul anunciou o recapeamento para avenida Duque de Caxias, no sentido oposto (lado esquerdo) ao trabalho que já era executado pela Prefeitura. 

Por isso, as obras na Av. Duque de Caxias estão divididas em duas frentes:

  • Recapeamento da pista no sentido bairro - centro, de responsabilidade da Prefeitura
  • Recapeamento da pista no sentido centro - bairro, de responsabilidade do Governo do Estado.

Atualmente, as máquinas que estão operando na via são da Equipe Engenharia LTDA, empresa contratada pelo Governo do Estado para fazer a restauração do pavimento. O trecho está recebendo um aporte financeiro de R$ 15,9 milhões em recursos estaduais para execução de recapeamento de 9,8 quilômetros entre a rotatória do Núcleo Industrial Indubrasil e o acesso ao Aeroporto Internacional de Campo Grande (lado esquerdo).

A obra teve início no dia 13 de maio deste ano, e a previsão é de que seja concluída em 1 ano.

"Tendo em vista o bom andamento na execução dos serviços do contrato, a previsão para o término dos serviços é maio de 2025", informou a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul).

*Colaborou Alanis Netto

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LICITAÇÃO

Contrato para pavimentação no North Park tem reajuste de 17,2%

Inicialmente, o contrato previa gastos de R$ 5,4 mi, mas foi reajustado nesta sexta-feira (29) para R$ 6,4 mi; no site da transparência, valor total da obra não é o mesmo que o que consta no Diogrande

29/11/2024 11h30

Pavimentação e drenagem do Bairro North Park sofre reajuste de 17,22%

Pavimentação e drenagem do Bairro North Park sofre reajuste de 17,22% Foto: Denilson Secreta/PMCG

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande anunciou alteração de 17,2% no valor do contrato que prevê pavimentação asfáltica e drenagem de águas pluviais no Bairro North Park, porém valor total apresentado na publicação desta sexta-feira (29) no Diário Oficial (Diogrande) não é o mesmo que o apresentado no portal da transparência.

Segundo o divulgado hoje, o valor foi alterado de R$ 5.476.349,14 para R$ 6.419.313,00, um aditivo de R$ 942.963,86. “A alteração corresponde ao acréscimo de 24,63% do valor do contrato, correspondente a R$ 1.348.878,47 e à supressão de 7,41% do valor do contrato, correspondente a R$ 405.914,61”, ou seja, um aumento de 17,2%.

Todavia, o mesmo contrato está com alguns valores diferentes no Portal da Transparência da Prefeitura. No site, a pavimentação e drenagem do bairro está com valor total de R$ 7.074.153,12, aproximadamente R$ 650 mil a mais do que o anunciado no Diogrande. Se esse for o real valor do contrato, então o reajuste seria de 29,18% (R$1.597.803,98), uma diferença considerável.

A reportagem do Correio do Estado entrou em contato com a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) para entender o motivo deste aditivo de quase R$ 1 milhão  e também para saber o porque da diferença no valor total do contrato em dois “portais” da Prefeitura, mas ainda não obteve resposta.

Saiba

Essa obra de pavimentação e drenagem no North Park está prevista desde 2022. As ruas que estão recebendo asfalto são Ushuaia, Quito, La Paz, Abrolhos, Mar del Plata, Bahia Blanca, Punta Arena, Caracas, Atacama e San Juan. Além disso, o contrato prevê a construção de calçadas com acessibilidade. 

Ela faz parte de um pacote que também contemplam outros dois bairros: Nashiville e Portal Caiobá. Ao todo, o investimento total nos três locais deve ultrapassar os R$ 15 milhões.

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CIDADE MORENA

Lei reconhece 'grau' como prática esportiva em Campo Grande

Confederação que rege outras modalidades, como o motocross; velocross e até arrancada, não possui regulamento específico para o "wheeling", como é conhecida a prática reconhecida mais recente na Capital

29/11/2024 11h01

Modalidades sobre duas rodas costumam ser dividas em categorias, que variam conforme os tipos de motocicletas e respectivas cilindradas.

Modalidades sobre duas rodas costumam ser dividas em categorias, que variam conforme os tipos de motocicletas e respectivas cilindradas. Reprodução

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Com uma edição extra no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), a Cidade Morena reconheceu ontem (28) o popular "grau" - também conhecido como 'wheeling' - como prática esportiva, mesmo que a modalidade entre a Confederação Brasileira e Federação de Motociclismo do Estado de Mato Grosso do Sul não tenham regulamentos publicados. 

Vale lembrar que essa ideia nasceu do projeto, apresentado pelo vereador Betinho (Republicanos) e aprovado, como bem acompanha o Correio do Estado, pela Câmara Municipal de Campo Grande há menos de um mês. 

Como bem esclarece o texto oficial, as modalidades reconhecidas na lei n. 7.335 - manobras e acrobacias conhecidas como “Grau”, “RL” (Rear Lift) ou “Bob’s” - só poderão ser praticadas nos locais apropriados e devidamente licenciados para exibição de shows e competições. 

Modalidades sobre duas rodas costumam ser dividas em categorias, que variam conforme os tipos de motocicletas e respectivas cilindradas.Reprodução/PortalCBM

Além disso, a Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM) é citada no texto legal, responsável por estabelecer as regras e normas para segurança e proteção dos pilotos. 

Entretanto, apesar de reservar uma aba específica junto ao seu portal para "wheeling", a Confederação que rege outras modalidades, como o motocross; velocross e até arrancada, não possui um regulamento específico para o "grau" publicada em site oficial. 

Além disso, mesmo com abas reservadas para "classificação", "resultados" e "próximos eventos" não há qualquer registro ou publicação a respeito da modalidade junto ao portal da CBM.

Modalidades sobre duas rodas costumam ser dividas em categorias, que variam conforme os tipos de motocicletas e respectivas cilindradas.Reprodução/PortalCBM

Debaixo do "guarda-chuva" da CBM, existem também as respectivas Federações de Motociclismo, sendo que a FEMEMS em Mato Grosso do Sul também não apresenta junto às suas plataformas oficiais qualquer menção à modalidade. 

Representada por Salvador Machado como presidente, a Federação de Motociclismo de MS foi procurada para comentar como aprovação do "grau" como prática esportiva é vista, bem como sobre o andamento do regulamento da modalidade, porém, até o momento não foi obtido retorno. 

Como é possível notar, a exemplo de outras modalidades regulamentadas pela FEMEMS, práticas esportivas sobre duas rodas costumam ser dividas em categorias, essas, por sua vez, que variam conforme os tipos de motocicletas e respectivas cilindradas. 

Dentro do do motocross e velocross, por exemplo, as categorias são conforme tempos de motor e cilindradas, com pilotos e pilotas classificados conforme idade e gênero, com classes a partir de 15 anos; para crianças de quatro a 10 e até para aquelas pessoas que já completaram meio século de vida. 

Perigo sobre rodas

em junho deste ano, Nicholas Yann dos Santos de Jesus, de apenas 20 anos, morreu após se envolver em um acidente durante o Motor Sound Brasil, evento de som automotivo e manobras de moto, no Autódromo Internacional de Campo Grande.

Além de Nicholas, um casal que estava em outra motocicleta ficou ferido após também se envolver no mesmo acidente, mas ambos foram encaminhados à Santa Casa de Campo Grande, onde permaneceram em observação e foram liberados dias depois.

Segundo informações da Polícia Civil, o evento estava sendo realizado de forma ilegal. Posteriormente, a Prefeitura de Campo Grande informou que o local não tinha alvará para realizar este tipo de evento.

Há dez dias, quatro meses após o acidente, os mesmos organizadores deste evento voltaram e pediram, novamente, autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) para realizar evento similar ao que gerou a morte do jovem no mesmo local, o Autódromo.

Também em junho, um casal, identificados como Peterson Bueno Machado, de 23 anos, e Milena Honorato Cosmo Gomes, de 25 anos, fugiam da Polícia Militar quando bateram em um carro, no Jardim Aeroporto. Com o impacto, ambos foram arremessados por metros e a moça não resistiu.

Segundo informações policiais, o capacete dos dois soltaram-se durante a queda e as consequências foram maiores. Peterson teve fraturas na perna, no punho e cortes nos braços, e foi encaminhado para a Santa Casa de Campo Grande em quadro estável, acompanhado de escolta policial. Foi confirmado que o motoqueiro não tinha CNH.

Nas suas redes sociais, Peterson compartilhava fotos e vídeos exibindo "habilidades" com motos, muitas delas "dando grau", prática que é considerada infração de trânsito gravíssima, conforme previsto no artigo 244, inciso III, do Código de Trânsito Brasileiro.

 

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