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Prefeitura vai à justiça para interromper greve da enfermagem na Capital

O Executivo alega que está evitando prejuízos nos serviços de saúde para a população

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande alegou ilegalidade na greve dos profissionais de enfermagem do município e recorreu ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) para a interrupção. 

O Executivo apresenta que o “movimento paredista carece de legalidade, uma vez que já houve apresentação a resposta às reivindicações da categoria”. Com isso, justifica-se que as medidas solicitadas estariam sendo adotadas, sem necessidade da paralisação.

Desta maneira, a Prefeitura também alega que está evitando prejuízos no atendimento dos serviços de saúde para a população, por se tratar de serviços essenciais, de urgência e emergência. 

Com isso, solicita ao judiciário que haja o restabelecimento dos serviços, “certos de que a população mais vulnerável e necessitada é que ficará prejudicada e ficará sem acesso mínimo a seus direitos constitucionais à saúde e dignidade”. 

O ofício assinado pelo procurador-geral do município, Alexandre Ávalo Santana, dispõe que a paralisação da categoria implica graves impactos e solicita urgência no pedido. 

Uma das alegações da Secretária de Saúde (Sesau) que já está em tramitação no TJMS, diz que “esta suspensão dos atendimentos fere os normativos de funcionamento previsto em Lei e pelo Ministério da Saúde, colocando em risco o atendimento resolutivo e qualificado que deverá ser aplicado”.

Uma das justificativas da categoria para a paralisação, é o descumprimento da lei que garante o pagamento de insalubridade e o plano de cargos e carreiras por parte da gestão municipal. 

O Executivo alega no processo de solicitação da interrupção da greve, que “a Administração Pública Municipal não pode, nesse momento, praticar nenhum ato que implique em aumento de despesas com pessoal,visto que já está no limite do possível, sob pena de sofrer graves sanções”. 

Os gastos com pessoal da Prefeitura consomem 57,02% dos recursos da Prefeitura – o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal é de 51,30%. 

No mesmo sentido, em relação a situação financeira, também há a justificativa que  “destaca-se que a baixa na arrecadação, decorrente da redução dosrepasses financeiros do Estado e da União – maior parte dos recursos do Município – impedem o aumento de gastos com pessoal neste momento, sob pena de ofender a Lei de Responsabilidade Fiscal”. 

As receitas de todas as fontes arrecadadas na Capital em 2022, somaram mais de R$ 5,3 bilhões em comparação com as despesas que ultrapassaram os R$ 5,5 bilhões. 

Greve 

Profissionais da Enfermagem de Campo Grande entraram em greve, por tempo indeterminado, nesta segunda-feira (27).

A paralisação já havia sido anunciada com antecedência, conforme determina lei e o Paço Municipal amanheceu com barricada de cavaletes e vários agentes da Guarda Municipal em frente ao prédio, para evitar possíveis acampamentos da categoria.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Enfermagem da Capital (Sinte/PMCG), a paralisação é devido ao descumprimento de lei que garante o pagamento de insalubridade e o plano de cargos e carreiras por parte da gestão municipal.

Ainda segundo o sindicato, várias tentativas de acordo foram feitas com a prefeitura e o prazo previsto para a ocorrência dos reposicionamentos e enquadramentos terminou em 31 de dezembro de 2022, sem que fosse cumprido o plano de carreira.

O presidente do Sinte-PMCG, Ângelo Macedo, afirmou que 30% dos profissionais continuam trabalhando para atender as chamadas alas vermelha e amarela.*

Colaborou Glaucea Vaccari e Cauê Reis


 

transporte coletivo

Prefeita contrapõe Consórcio, apresenta recibos de pagamento e diz que greve é ilegal

Adriane disse que Município tem cumprido todas as obrigações contratuais e que já tomou medidas administrativas e judiciais para encerrar a greve

16/12/2025 16h00

Prefeita apresentou comprovantes de pagamento ao Consórcio Guaicurus

Prefeita apresentou comprovantes de pagamento ao Consórcio Guaicurus Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Contrapondo as declarações do Consórcio Guaicurus, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), que já havia negado estar devendo o concessionário de transporte coletivo, apresentou, nesta terça-feira (16), comprovantes de pagamentos realizados. Adriane também afirmou que a greve dos ônibus é abusiva e que, caso não haja solução em audiência nesta tarde, o problema será resolvido na Justiça.

Conforme reportagem do Correio do Estado, o Consórcio Guaicurus afirma ter dívida de R$ 15,2 milhões, conta que vai de débitos com fornecedores a funcionários. Pela falta de pagamento aos funcionários, a greve foi iniciada nessa segunda-feira (15).

A prefeita disse que todos os repasses devidos ao consórcio estão em dia.

"Todas as verbas que são contratuais, que tem relação do Município com o Consórcio Guaicurus foram feitos os repassos, ou seja, a subvenção de R$ 19 milhões, pagamento de vale-transporte de R$ 16 milhões, o Governo do Estado transferiu R$ 7 milhões, ele fez um acordo de R$ 13 milhões neste ano e R$ 4 milhões ficou para o ano que vem, acordado com o consórcio, então todas as verbas que implicam o Poder Público foram transferidas", disse o secretário municipal de Governo, Ulisses Rocha.

"O que existe é o Consórcio discutindo na Justiça um reequilíbrio da tarifa, aí ele aponta que há uma distorção de x milhões de reais, que isso está sendo apurado e discutido. Ele [consórcio] quer que o município aumente o preço da tarifa técnica para ele poder receber mais valores, essa é a discussão. Então não tem cadê o dinheiro, o dinheiro foi pago. Se o dinheiro foi repassado para funcionários e tem funcionários sem receber, o que a prefeitura pode fazer diante disso?", acrescentou.

Conforme os documentos apresentados pela prefeita, neste mês foram pagos R$ 3.005.705,19 líquidos ao Consórcio Guaicurus.

Além disso, com relação às subvenções das gratuidades do vale-transporte, de janeiro a dezembro foram repassados mais de R$ 19,5 milhões ao concessionário pela prefeitura, além de mais R$ 7,3 milhões pelo Governo do Estado.

A subvenção das gratuidades são referentes aos estudantes da Rede Pública municipal e estadual, pessoas com deficiência (PCD) e idosos.

"Além das gratuidades, o Município aporta também o vale-transporte dos nossos servidores, que são adquiridos e utilizados pelos servidores do município e, rigorosamente está em dia esse repasse. As questões judiciais serão discutidas na justiça, dentro da legalidade e da realidade, tanto do Consórcio como do Município", disse a prefeita.

Adriane disse ainda que, além das gratuidades, o Consórcio Guaicurus recebe dinheiro de pessoas que utilizam o transporte coletivo e pagam por ele e questionou ainda onde o Consórcio Guaicurus estaria investindo o dinheiro.

"O dinheiro que é a responsabilidade do Município foi pago e, se o Município está rigorosamente em dia, a empresa também teria que estar rigorosamente em dia com os pagamentos dos seus funcionários", disse.

Por fim, a prefeita disse que há um processo em andamento na Justiça do Trabalho e que uma audiência a ser realizada nesta tarde pode por um fim na greve, que ela classifica como ilegal, pois houve a paralisação total dos ônibus.

Greve

A greve dos motoristas foi deflagrada nessa segunda-feira, ocasionada pelo não pagamento do salário dos funcionários do Consórcio Guaicurus, que deveria ter sido depositado no quinto dia útil do mês. Outro motivador é o anúncio das empresas do consórcio de que também não devem honrar o pagamento do 13º salário, que deve ser depositado até o dia 20 deste mês.

O Consórcio Guaicurus afirma que o não pagamento salarial se deve à dívida do poder público com a concessionária. Conforme o grupo de empresas, não teriam sido pagos valores referente ao subsídio das gratuidades e do vale-transporte dos servidores, que totalizaria R$ 13,2 milhões.

A informação, no entanto, é negada tanto pela Prefeitura de Campo Grande quanto pelo governo do Estado, que também contribui com o subsídio.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou, em decisão judicial, que 70% dos motoristas trabalhem durante a paralisação, por se tratar de um serviço essencial de transporte coletivo urbano.

O valor da multa diária era de R$ 20 mil, mas, após nova decisão do Desembargador Federal do Trabalho, César Palumbo, subiu para R$ 100 mil.

Ele exige que os motoristas cumpram com urgência a decisão, que tem caráter de mandado judicial.

Cidades

Vestibular UFGD: gabarito preliminar será divulgado nesta quarta-feira (17)

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

16/12/2025 15h45

Foto: Divulgação

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulga nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital. 

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

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