Antonio Viegas, de Dourados
O vereador e presidente da Câmara Municipal de Dourados, Sidlei Alves (DEM), um dos acusados na Operação Owari, foi condenado por crime eleitoral durante a campanha de 2008, quando foi candidato à reeleição. A sentença é do juiz José Domingos Filho, da 18ª Zona Eleitoral, que aplicou como pena o pagamento de 20 salários mínimos a entidades filantrópicas da cidade.
Sidlei foi acusado na época de oferecer diversos benefícios a eleitores, como óculos, próteses dentárias, botijão de gás e combustíveis, em troca de votos. O caso foi encaminhado à Policia Federal que, durante as investigações, apreendeu diversos documentos e até mesmo um computador no escritório do vereador. Nos arquivos, teriam sido encontradas fichas e relatórios com nomes e número de documentos dos eleitores beneficiados, o que caracterizaria o crime.
O Ministério Público Estadual analisou todo o processo e encontrou nos arquivos do vereador mais de 130 ofertas de vantagens a eleitores e, destas, pelo menos 120 foram caracterizadas como compra de votos. Os beneficiados também foram ouvidos e confirmaram o recebimento dos favores. Junto com o vereador, foi condenada a multas menores, Valquíria Espíndola dos Santos, assessora do vereador na época, que teria participado de todo o processo.
A sentença foi publicada no Diário da Justiça Eleitoral do dia 14 de julho e o vereador pode recorrer da decisão. Sidlei Alves nega ter cometido crime eleitoral, principalmente, mediante compra de votos. O presidente da Câmara também responde por improbidade administrativa.