Cidades

CAMPO GRANDE

Presidente do sindicato anuncia fim da greve dos ônibus

Governo de Mato Grosso do Sul confirmou o repasse necessário para a Prefeitura da Capital e transporte coletivo será retomado após quatro dias consecutivos sem ônibus na Cidade Morena

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Confirmada após reunião na Câmara Municipal de Campo Grande, em que o Governo de Mato Grosso do Sul confirmou o repasse necessário para a Prefeitura da Capital, a greve dos ônibus chega ao fim nesta quinta-feira (18) após quatro dias consecutivos sem ônibus na Cidade Morena. 

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano de Campo Grande (STTU-CG), Demétrio Freitas garantiu que ainda nesta quinta-feira (18) haverá a retomada do serviço de transporte coletivo na Capital. 

Com a greve encerrada, uma vez que Demétrio garante que diante do repasse não há a necessidade de uma assembleia com os motoristas, a Câmara Municipal deve reunir-se agora com o Ministério Público do Trabalho (MPT), com expectativa de que a conversa seja feita ainda hoje, para repassar que esse imbróglio foi finalmente resolvido e pedir as multas do sindicato sejam anuladas.

"A partir de agora vou procurar o Consórcio para saber qual vai ser o cronograma deles, as coisas lá acontecem rápido e esse dinheiro entrando com certeza vai ser distribuído para todos os trabalhadores, então não tem tanta dificuldade. No final da tarde já deve estar na conta de todos os trabalhadores, porque já deve estar tudo pronto, como é caso de débito é só questão do dinheiro entrar para ser distribuído", disse Demétrio. 

Em complemento, ele reforça que "não é tão simples colocar todo mundo para trabalhar", o que colabora com a dificuldade de cravar um período exato em que os ônibus devem voltar a rodar. Porém, ele frisa "com certeza" que a grande maioria já estará de volta às ruas hoje (18).

Cabe lembrar que, a greve e o sindicato não representam apenas os motoristas, mas também todos os trabalhadores envolvidos, que vão desde os empregados na parte administrativa, mecânica, sendo aproximadamente 1,1 mil funcionários prejudicados com os atrasos. 

Sobre os próximos pagamentos ainda, Demétrio explica que ao vincular os pagamentos vem junto a preocupação de receber o atrasado e não haver dinheiro para pagar o por vir. 

"A incerteza continua. Esperamos que o Consórcio Guaicurus cumpra com o compromisso e não deixe acontecer mais isso. Mas a preocupação existe, de chegar em 05 de janeiro e ter o mesmo problema... espero que não aconteça, mas estamos preocupados", disse.  

Conciliação

Sobre o papel da Câmara Municipal, Demétrio frisou que a classe ficou sem saber os caminhos após reunião com o desembargador e aplicação de uma "multa violenta" para o trabalhador, com a disponibilidade do presidente da Casa de Leis em conciliar entre as partes sendo classificada como "muito importante". 

"Nós não íamos voltar a trabalhar sem o valor do pagamento. O trabalhador não quer e estava condicionado a isso. Quando o Papy se dispôs a ajudar e agilizou, foi muito rápido... a vereadora Luiza que sem nos ajudou, nos apoiando todos os dias.

Os vereadores foram fundamentais para que a gente recebesse e tranquilizasse a população, que é a mais prejudicada, o trabalhador por não receber o salário e usuários por não poderem usar o transporte coletivo até para trabalhar", disse Demétrio em quebra-queixo após reunião. 

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, Papy afirmou que está tentando negociar com o governador desde terça-feira (16) a possibilidade de antecipar o pagamento.

"Terça-feira eu falei com o governador, no sentido de ele antecipar a parcela de janeiro para agora, e a gente pagar os salários, e acabar a greve independente de quem tem culpa, se vai ter intervenção ou não.

O importante agora era reunir forças para acabar com a greve que está acabando com a cidade em época de Natal. O governador precisava ver a possibilidade disso e me pediu um dia. Hoje ele me ligou cedo e confirmou que vai fazer o repasse. Já avisou a prefeita de forma antecipada para salvar a cidade e a greve", explicou Papy ao Correio do Estado.

4 dias de greve

Campo Grande amanheceu sem ônibus pelo quarto dia consecutivo nesta quinta-feira (18).

Mais uma vez, os terminais Morenão, Julio de Castilho, Bandeirantes, Nova Bahia, Moreninhas, Aero Rancho, Guaicurus, General Osório e Hércules Maymone amanheceram fechados sem nenhuma "alma viva".

Os pontos estão vazios. Em contrapartida, as garagens estão lotadas de ônibus estacionados.

A greve afeta 100 mil usuários, que usam o transporte coletivo diariamente para ir e voltar do trabalho.

Com isso, os usuários precisam recorrer a outras alternativas para chegar ao trabalho: bicicleta, a pé, carona, transporte por aplicativo, táxi ou mototáxi. A greve foi anunciada antecipadamente, estava prevista e não pegou passageiros de surpresa.

Possivelmente está já é a maior greve da história, superando a greve de 1994, quando o transporte coletivo paralisou por dois dias e meio. Os ônibus tomaram as ruas do centro e interditaram o trânsito há 31 anos, na gestão do ex-prefeito Juvêncio César. Na ocasião, motoristas murcharam os pneus dos ônibus em forma de protesto.

Além diso, esta é a segunda vez no ano em que a Capital fica sem transporte. Em 22 de outubro de 2025, Campo Grande amanheceu sem ônibus, com terminais fechados e pontos vazios. Os motoristas do transporte coletivo paralisaram as atividades por duas horas, das 4h30min às 6h30min, o que refletiu em atrasos o dia todo. O fato pegou usuários de surpresa, que acordaram para ir trabalhar e não tinham meio de locomoção.

Os motoristas reivindicam pelo pagamento do mês, que foi pago 50%:

  • Pagamento do 5º dia útil venceu em 5 de dezembro
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) vai vencer em 20 de dezembro

O Consórcio Guaicurus alega que está em crise financeira e que não tem dinheiro para pagar a folha salarial, 13º salário e custos operacionais básicos (combustível, manutenção da frota e encargos). 

 

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CAMPO GRANDE

Após susto com Banco Master, IMPCG define normas para investimentos

Na deliberação consta pontos como a exclusividade de que os recursos financeiros do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande sejam alocados no segmento de Renda Fixa

18/12/2025 11h59

Quando do resgate das atuais Letras Financeiras, o Comitê de Investimentos deverá submeter à decisão do Colegiado para alocação dos respectivos recursos.

Quando do resgate das atuais Letras Financeiras, o Comitê de Investimentos deverá submeter à decisão do Colegiado para alocação dos respectivos recursos. Marcelo Victor/Correio do Estado

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Na boca do povo recentemente após o susto levado com um quase "calote" do Banco Master, o Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG) publicou hoje (18) em Diário Oficial uma nova política de investimentos com normas para as suas aplicações financeiras futuras. 

Conforme o documento, as regras foram estabelecidas após uma reunião do Conselho Deliberativo do IMPCG deliberada há exatamente uma semana, em 11 de dezembro, sessão ordinária essa em que foram aprovados novos parâmetros após o Instituto levar um susto e quase cair em um calote de aproximadamente R$1,4 milhão.  

Na deliberação consta pontos como a exclusividade de que os recursos financeiros do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande sejam alocados no segmento de Renda Fixa. 

Além disso, o Instituto frisa que adota o modelo de Gestão Própria em suas aplicações financeiras, também estabelecendo a meta de rentabilidade de acordo com a taxa de juros atuarial, de IPCA + 5,46%. 

Frisando que as instituições financeiras a receber as aplicações dos recursos deverão estar previamente credenciadas, conforme termos da Portaria MTP n. 1.467, de 2 de junho de 2022, o IMPCG estabelece ainda outros pontos. 

"As aplicações em cotas de um mesmo fundo de investimento, fundo de investimento em cotas de fundos de investimento ou fundo de índice não podem, direta ou indiretamente, exceder a 20% (vinte por cento) das aplicações dos recursos do IMPCG, com exceção aos fundos de investimentos enquadrados na alínea “b”, do inciso I, do art. 7º, da Resolução BC CMN n. 4.963, de 25 de novembro de 2021", destaca o sexto parágrafo do artigo 1° da nova política de investimentos

Já no segundo artigo, a nova política esclarece a estratégia de alocação dos recursos do IMPCG, com base nos termos do artigo 7º, da Resolução BC CMN n. 4.963, que data de 25 de novembro de 2021.

Quando do resgate das atuais Letras Financeiras, o Comitê de Investimentos deverá submeter à decisão do Colegiado para alocação dos respectivos recursos.Reprodução/Diogrande

Importante explicar que, os percentuais alocados em Renda Fixa de Emissão Bancária, em FI em Direitos Creditórios e FI RF Crédito Privado (art. 7º, itens IV, V “a” e V “b”), aparecem
apenas para não ocorrer o desenquadramento, ficando vedadas novas aplicações nestes tipos de ativos. 

"Quando do resgate das atuais Letras Financeiras, o Comitê de Investimentos deverá submeter à decisão deste Colegiado, quanto à alocação dos respectivos recursos. Na hipótese do Comitê de Investimentos eleger Instituição Financeira não estatal para receber aplicações, deverá primeiramente submeter à decisão desse
Colegiado", conclui o texto.

Susto e quase calote

Quando decretada a liquidação extrajudicial do Banco Master, surgiu o medo de um possível rombo milionário no Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG), que teria aproximadamente R$ 1.427, 697,59 em letras financeiras no banco. 

À época da primeira aplicação, a presidência do IMPCG estava sob responsabilidade de Camila Nascimento (Avante), lançada em 09 de agosto de 2024 como candidata a vice-prefeita na chapa de Adriane Lopes (PP). 

Depois da aplicação, servidores públicos municipais passaram a ser "bombardeados" com ofertas de empréstimos consignados e cartões de crédito do chamado Credcesta, oferecido pelo Master.

Em outras palavras, o Banco Master primeiro teria feito caixa com o dinheiro dos servidores e logo em seguida começou a ofertá-lo.

Após reunião entre alguns representantes do IMPCG e parlamentares, na sala de reunião dos vereadores na Casa de Leis, foi apontada em 28 de novembro a estratégia para se recuperar do "calote", com a intenção de bloquear um repasse mensal de 500 mil reais.

Recentemente essa história ganhou um novo desdobramento, após o juiz da 3ª Vara de Fazenda e Registros Públicos de Campo Grande, Marcelo Andrade Campos Silva, autorizar que a Prefeitura e o IMPCG retenham os descontos na folha de servidores ativos e inativos que seriam repassados ao Banco Master.

Com isso, o dinheiro será depositado em juízo para, segundo o magistrado, não haver o perigo de irreversibilidade da medida. Cabe recurso da decisão. Além disso, o banco teria de se abster de cobrar, negativar ou adotar medidas constritivas contra os servidores.

 

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CRIME

Homem é condenado a 14 anos de prisão por estuprar a própria sobrinha em MS

À época, vítima de nove anos denunciou o crime, por meio de carta escrita à direção da escola em que estudava

18/12/2025 11h00

Os abusos ocorreram entre 2017 e 2019, quando a vítima tinha entre sete e nove anos.

Os abusos ocorreram entre 2017 e 2019, quando a vítima tinha entre sete e nove anos. Divulgação: MPMS

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Um homem foi condenado a 14 anos de prisão, em regime fechado, pelo crime de estupro de vulnerável praticado contra a própria sobrinha, em Campo Grande. A condenação foi obtida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 68ª Promotoria de Justiça.

Os abusos ocorreram entre 2017 e 2019, quando a vítima tinha entre sete e nove anos. Segundo o processo, o réu praticou diversos atos libidinosos ao longo desse período, aproveitando-se da relação de confiança e do vínculo familiar.

O caso veio à tona depois que a criança contou o que vinha acontecendo a uma colega da escola. Em seguida, ela escreveu uma carta relatando os abusos à diretora da instituição, o que levou ao encaminhamento da denúncia às autoridades.

À época, o homem chegou a ser preso por roubo. Foi durante esse período que a vítima decidiu revelar os crimes, motivada pelo medo de que os abusos voltassem a ocorrer caso ele fosse colocado em liberdade. Conforme apurado, o réu também ameaçava a menina para que ela não contasse o que estava acontecendo.

Na ação, o Promotor de Justiça Celso Antônio Botelho de Carvalho, sustentou que o relato da vítima era firme e coerente, além de estar amparado por outros elementos de prova. O pedido foi acolhido pelo Judiciário, que reconheceu a prática do crime de estupro de vulnerável.

Na sentença, foi fixado a pena em 14 anos de prisão em regime fechado, com aumento em razão do parentesco e da continuidade delitiva, já que os abusos ocorreram de forma reiterada. O condenado também deverá pagar indenização de R$ 5 mil à vítima, a título de danos morais.

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