Cidades

DIÁRIO MUNICIPAL

Previdência municipal consome 5,7% do Orçamento anual de Campo Grande

Para tapar rombo, prefeitura destinou R$ 74,5 milhões ao IMPCG em 2024, além dos R$ 297,7 milhões de gasto patronal

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Balanço orçamentário do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG), divulgado ontem no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), mostrou que a prefeitura da Capital gasta por ano cerca de 5,7% do seu Orçamento para manter em funcionamento a previdência municipal.

De acordo com os números apresentados, por ano são gastos R$ 297,7 milhões apenas com gastos patronais, encargo obrigatório pago pelo empregador para custear seus funcionários além do salário. 

Além desse valor, a prefeitura teve de desembolsar R$ 74,5 milhões para compensar o rombo no IMPCG, que, em 2024, chegou a R$ 125,5 milhões, montante que se refere à diferença entre as receitas, que somaram R$ 515,3 milhões, e as despesas, que alcançaram R$ 640,8 milhões.

Com isso, os aportes chegaram a R$ 372,3 milhões no ano passado, valor que correspondeu a 5,7% do Orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

Para se ter uma ideia, o valor investido por ano para pagamento e manutenção da previdência municipal equivale a um mês de salário do funcionalismo público, que hoje é de R$ 260,7 milhões mensais.

A receita de R$ 515,3 milhões é resultado das contribuições dos cerca de 28 mil servidores da ativa (14%) e da contribuição patronal (28%) da prefeitura).

Entretanto, o que pesa no IMPCG é o pagamento aos cerca de 7 mil aposentados e pensionistas, que custaram R$ 640,8 milhões no ano passado.

ROMBO

O rombo na previdência só tem aumentado, tendo disparado 515% nos últimos dois anos. Em 2022, o déficit na previdência municipal foi de R$ 20,4 milhões. No ano seguinte, saltou para R$ 89,8 milhões, e, no ano passado, alcançou R$ 125,5 milhões.

No período, o faturamento ficou praticamente estagnado. Há dois anos, a receita foi de R$ 514,1 milhões. No ano passado, entraram R$ 515,3 milhões.

Além do aporte de R$ 74,5 milhões feitos pelo município, a prefeitura também realizou outras manobras para conseguir “manter de pé”, a previdência municipal. Uma delas foi o consignado da folha.

As explicações para essa estagnação na receita são o aumento no número de aposentados, que passam a contribuir com um valor menor, e, principalmente, o congelamento no salário da maior parte dos servidores ao longo dos últimos três anos.

Porém, a principal causa do rombo é o grande número de servidores contratados sem concurso. Dos cerca de 8 mil professores, por exemplo, em torno de 3 mil são temporários, conforme o professor Gilvano Bronzoni, presidente da Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP).

Tanto a contribuição previdenciária dos trabalhadores temporários quanto a contribuição patronal vai para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), explica o presidente da ACP. No caso dos médicos, que, em sua grande maioria, também são temporários, ocorre a mesma situação.

Em resumo, segundo Gilvano Bronzoni, a falta de reajuste salarial e a falta de concurso para preencher as vagas em aberto são as principais explicações para o rombo no IMPCG.

ESTADO

No caso de Mato Grosso do Sul, matéria do Correio do Estado mostrou que, no ano passado, houve um rombo de R$ 1,8 bilhão em seu Regime Próprio de Previdência Social, setor do governo que é responsável pelo pagamento das aposentadorias e pensões.

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TEMPO

Abril começa com frente fria e chuva em Mato Grosso do Sul

Previsão aponta que frente fria chega e provoca queda nas temperaturas, mas não o suficiente para fazer muito frio

30/03/2025 15h30

Frente fria derruba temperaturas em alguns municípios do Estado nesta semana

Frente fria derruba temperaturas em alguns municípios do Estado nesta semana Foto: Gerson Oliveira / Arquivo

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A semana em Mato Grosso do Sul terá a chegada de uma frente fria, que irá causar queda nas temperaturas, mas não o suficiente para fazer frio intenso. Além disso, a primeira semana do mês abril, que começa na terça-feira (1º), tem alerta para temporais em parte do Estado.

Conforme previsão do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), o avanço da frente fria já muda o tempo entre segunda-feira (31) e terça-feira (1º). Inicialmente, estava previsto que seria o primeiro frio do ano no Estado, mas a frente perdeu força e não deve mais ter impacto tão significativo.

Segundo o Cemtec, com o avanço da frente fria e da alta pós-frontal, espera-se queda nas temperaturas que podem variar entre 17°C e 19°C, principalmente nas regiões sudoeste, sul e do estado.

"Os modelos de previsão não indicam frio extremo, porém uma diminuição nas temperaturas sendo considerada a primeira massa de ar frio que deverá favorecer a queda nas temperaturas e, pontualmente, não se descartam temperaturas abaixo dos 17°C", diz o Cemtec, em nota.

Em Campo Grande, haverá ligeira queda nas temperaturas, que irão amenizar o calorão, mas não será suficientes para tirar os casacos do armário. A mínima prevista na semana é de 20°C, mas a máxima permanece elevada, podendo chegar a 33°C.

Conforme o Climatempo, a menor temperatura registrada em Campo Grande neste ano foi de 18,4°C, no dia 1º de fevereiro.

Em todo o Estado, são previstos acumulados significativos de chuva, que pode ultrapassar os 40 mm em 24 horas, especialmente no início da semana.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) tem alerta vigente de perigo potencial de chuvas intensas para 71 municípios do Estado, incluindo a Capital, onde há previsão de chuvas para todos os dias, podendo ser ocasionalmente de forte intensidade entre segunda e quarta, passando a céu encoberto com chuviscos entre quinta e sexta-feira.

Mais frio em abril

Esta será a primeira massa de ar frio de origem polar a passar por Mato Grosso do Sul no outono, que começou no dia 20 de março e segue até o dia 21 de junho.

De acordo com o Climatempo, para abril ainda estão previstas mais duas frentes frias, que serão mais impactantes no tempo, sendo uma ainda na primeira quinzena do mês, com intensidade fraca a moderada, enquanto a outra será a partir do dia 16 e pode baixar bem as temperaturas.

A segunda frente fria do mês pode chegar ainda nesta semana, mas não deve trazer muito frio ao Estado, causando apenas leve resfriamento nos municípios de fronteira com o Paraguai.

Já a outra massa de ar polar está prevista para o fim da próxima semana, entre os dias 15 e 16, e pode haver queda moderada a forte de temperatura no Estado, incluindo em Campo Grande.

Os períodos com temperaturas baixas ou amenas, no entanto, serão curtos, entre um a três dias, e a predominância será de temperaturas acima da média na maior parte do Estado.

PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Campo Grande será palco da COP15 em 2026

Conferência internacional sobre Espécies Migratórias está marcada para março do ano que vem

30/03/2025 12h33

Anúncio foi oficializado na cerimônia de lançamento do Pacto pelo Pantanal, que prevê R$ 1,4 bilhão de investimento no bioma até 2030. 

Anúncio foi oficializado na cerimônia de lançamento do Pacto pelo Pantanal, que prevê R$ 1,4 bilhão de investimento no bioma até 2030.  Arquivo/Correio do Estado/R.C

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Marcada para acontecer entre 23 e 29 de março de 2026, a 15ª reunião da Conferência das Partes (COP15) da Convenção sobre a Conservação de Espécies Migratórias de Animais Silvestres (CMS) será realizada em Campo Grande. 

Esse anúncio foi oficializado ao Governo de Mato Grosso do Sul pelo ministro substituto do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João Paulo Capobianco, na cerimônia de lançamento do Pacto pelo Pantanal, que prevê R$ 1,4 bilhão de investimento no bioma até 2030. 

Evento multilateral considerado crucial para a proteção da fauna migratória global, a Conferência governos, povos indígenas, comunidades tradicionais, cientistas e organizações da sociedade civil em debate. 

Na pauta, os desafios urgentes da conservação das espécies migratórias e seus habitats, que devido à atividade humana e às mudanças climáticas enfrentam ameaças crescentes.

Há cerca de uma década o Brasil integra a Convenção sobre a Conservação de Espécies Migratórias de Animais Silvestres e, conforme a  Secretária Executiva da CMS, Amy Fraenkel, a próxima reunião tem uma grande importância. 

“A COP15 da CMS em Campo Grande é uma oportunidade para fortalecer a cooperação internacional e adotar medidas transformadoras que garantirão o futuro das espécies migratórias e seus ecossistemas vitais”, disse em nota. 

Esse tratado ambiental das Nações Unidades existe desde 1979, com 133 países aderindo à chamada CMS desde sua criação. 

Preservação

Enquanto a Conferência estabelece plataforma global para a conservação de animais migratórios terrestres, aquáticos e aviários, a chamada COP vêm como principal órgão de decisão da CMS. 

Essa reunião é trianual, realizada para definição de políticas e diretrizes, com a última datando de fevereiro de 2024, em Samarcanda, Uzbequistão. 

Certos temas permeiam as discussões pautadas para a COP15, como: 

  • Adoção de declarações ministeriais que reforcem o compromisso internacional com a conservação das espécies migratórias;
  • Revisão e aprovação de propostas para ampliar a lista de espécies protegidas na CMS; 
  • Fortalecimento de políticas para combater a captura e o comércio ilegal de espécies migratórias, contra a caça e exploração ilegal;
  • Preservação de corredores ecológicos para Garantir conectividade entre habitats migratórios essenciais;
  • Ampliação do Plano Estratégico de Samarcanda (2024–2032);
  • FExpansão de iniciativas de conservação: fortalecimento de programas como a Iniciativa da CMS para a Conservação da Onça-Pintada (CMS Jaguar Initiative).
  • Articulação com outras convenções ambientais, como a CITES, a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) e a Convenção de Ramsar.

**(Com assessoria)

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