Cidades

violência

Primeiro plantão da Casa da Mulher tem 17 vítimas e 1 preso

Quem procurou o local aprovou o atendimento e a estrutura

DA REDAÇÃO

05/02/2015 - 00h00
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Em seu primeiro plantão, a Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande, inaugurada anteontem pela presidente Dilma Rousseff, atendeu 17 mulheres, vítimas de crimes como lesão corporal e pertubação da tranquilidade. Um dos agressores, Edson Bispo Portilho, que curiosamente trabalhou na construção do local, acabou estrando a cela, e passando algumas horas na cadeia. Ele só não ficou mais tempo, porque a vítima não quis representar criminalmente contra ele.  

Uma vítima também precisou dormir em um dos quartos do local, enquanto uma das primeiras denúncias de agressão, foi de uma mulher, que estava cansada das agressões que sofria do companheiro há sete meses. Quem precisou do serviço do mais novo espaço de defesa das mulheres, aprovou. 

O espaço de triagem do local, que conta com um dormitório que atende até 10 mulheres pelo período de até 4 dias, já foi inaugurado. A primeira vítima, identificada como Cláudia, 39 anos, foi deslocado do albergue para a nova casa. “Aqui a gente é tratada bem, com delicadeza e carinho”, elogiou. 

A Delegada Marília de Brito Martins, uma das responsáveis pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) que atende no local, contou que entre os boletins mais comuns registrados nas primeiras horas de atendimento são os de lesão corporal, injúria e perturbação da tranquilidade. Houve também uma prisão em flagrante. 

A reportagem, de Aliny Mary Dias, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.

MEIO AMBIENTE

No dia da árvore prefeitura de Campo Grande distribuiu 15 mil mudas frutíferas

Durante a ação o Município também se comprometeu em ampliar as iniciativas de arborização na cidade

22/09/2024 09h00

Na ação foram entregues 8 tipos de mudas frutíferas em frente ao Paço Municipal

Na ação foram entregues 8 tipos de mudas frutíferas em frente ao Paço Municipal Foto: Divulgação / Prefeitura de Campo Grande

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Em comemoração ao Dia da Árvore, neste sábado, 21 de setembro, a prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) distribuiu 15 mil mudas de árvores frutíferas para a população.

Segundo os organizadores, as mudas foram entregues no formato drive-thru, para os interessados que compareceram em frente ao Paço Municipal, as seguintes mudas frutíferas foram entregues:  amora, acerola, jabuticaba, pitanga, nêspera, goiaba, araçá e romã.

Outra ação realizada no dia, foi a assinatura de uma carta de compromisso que será entregue durante o XXVI Congresso Brasileiro de Arborização Urbana (CBAU), onde o Município se compromete a cumprir a regra 3/30/300, uma diretriz internacional que orienta que cada habitante da cidade deve ver ao menos três árvores da janela de casa, cada bairro deve ter no mínimo 30% de cobertura arbórea e deve existir uma área arborizada há pelo menos 300 metros de distância.

Na distribuição das mudas, um dos primeiros a chegar foi Gilberto Begena, do Jardim São Lourenço, e contou que gosta de colher as frutas direto do pé. “Eu tenho um quintal repleto de árvores frutíferas, hoje mesmo antes de vir para cá eu chupei uma amora, da muda que eu peguei aqui mesmo no ano passado. Tenho jabuticaba, limão, goiaba, tudo no vaso, basta ter vontade para poder ter”, contou.

Zeni Goes, moradora do Bairro Coophatrabalho relatou que esta é a primeira vez que está participando da ação. “Já sabia em anos anteriores, mas nunca tinha conseguido participar e hoje madruguei para garantir minha muda. Tenho um quintal grande, cultivo outras espécies, amo plantar árvores frutíferas. E essa iniciativa é maravilhosa, pois é essencial você ter uma espécie frutífera que você pode acompanhar o crescimento e colher os frutos, acredito que todo mundo deveria plantar e cuidar de uma árvore”.

Já Brenda Nolasco, do Jardim Tijuca, comentou que ficou sabendo do local da ação e foi garantir suas mudas. “Eu fiquei sabendo da ação pela imprensa, e como eu já trabalhei na Central do Cidadão e sempre entregavam no Dia da Árvore, então hoje vim e aproveitei. Eu gosto muito de pegar as mudas, acho necessário, a população campo-grandense também precisa fazer a parte dela, ajudar no cultivo e preservação das árvores”.

REGISTRO DE ÁRVORES

A Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur), realizou durante a semana o lançamento do Painel Público das Árvores Urbanas.

A ferramenta foi apresentada durante o Encontro Municipal de Arborização Urbana, que aconteceu no Centro de Educação Ambiental Leonor Reginato Santini - CEA Polonês.

O projeto utiliza o sistema Arbolink, iniciativa que visa modernizar a gestão ambiental da capital, oferecendo maior transparência e engajamento da população com a arborização urbana.

Em janeiro deste ano foi iniciada a fase de testes, sendo 2.089 árvores já vistoriadas com o apoio do programa, comprovando a eficácia do sistema no monitoramento das áreas verdes da cidade.

CONSERVAÇÃO

Maior fiscalização provoca queda de 84% na extração de ouro

Novas regras do governo dificultaram comércio ilegal do minério

22/09/2024 08h30

Foto: REUTERS/Amanda Perobelli/Direitos Reservados

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O combate à extração ilegal e ao comércio ilegal de ouro no Brasil resultou em uma queda de 84% da produção de ouro registrada nos garimpos do país. Segundo o Instituto Escolhas, a diminuição na produção está relacionada às medidas de controle adotadas pelo governo brasileiro em 2023.

Entre as medidas citadas pelo instituto, está o uso obrigatório de notas fiscais eletrônicas para o comércio de ouro nos garimpos. “Até então, as notas fiscais eram em papel, preenchidas a mão, abrindo espaço para fraudes e dificultando o controle pelas autoridades”, diz o estudo.

Outra medida significativa para este resultado "imediato no mercado" foi o fim das transações de ouro em garimpos “com base na boa-fé dos envolvidos”. É o que mostra o estudo Ouro em Choque: Medidas que Abalaram o Mercado, divulgado esta semana pelo instituto.

“Prova disso é que, em 2022, os garimpos registraram uma produção de 31 toneladas de ouro. Em 2023, após as mudanças, o volume caiu para 17 toneladas, uma diminuição de 45%”, diz o estudo ao apresentar um balanço sobre o impacto das mudanças nas regras do comércio de ouro. Essa redução de 14 toneladas de ouro equivale a R$ 4,3 bilhões.

Em 2024, a queda já se mostra ainda mais acentuada. Entre janeiro e julho, o volume de produção dos garimpos é 84% menor do que o registrado no mesmo período em 2022.

O estudo mostra que mais de 70% dessa queda de produção do valioso metal ocorreu nos garimpos do Pará. Segundo o levantamento, a redução chegou a 57% (o que corresponde a 10 toneladas) no volume de ouro produzido entre 2022 e 2023 em solo paraense. Do total, a redução de 6 toneladas foi apenas em um município: Itaituba, no sudoeste do Pará.

“Entre janeiro e julho de 2024, o recuo na produção garimpeira do estado já é de 98% em comparação com o mesmo período de 2022”, acrescentou o instituto.

A pesquisa informa que, de acordo com os registros oficiais, o Brasil exportava, até 2022, mais ouro do que produzia – cerca de 7 toneladas a mais na média. “Esse número é um indício de ilegalidade no mercado, pois aponta para volumes de ouro, que, possivelmente, não eram registrados na produção oficial, mas chegaram aos mercados externos nos últimos anos”, diz o estudo.

“Em 2023, esse padrão mudou”, acrescentou, ao informar que, naquele ano, a produção brasileira de ouro registrou um excedente de 8 toneladas em relação à exportação. “Isso pode indicar que esse excedente tenha sido vendido por canais distintos das exportações oficiais”, complementou.

Exportações

Diante desse cenário mais controlado, as exportações de ouro caíram 29% em 2023; e 35% entre janeiro e julho de 2024 – volume 35% inferior ao registrado em igual período em 2022.

Os estados que registraram a maior queda nas exportações de ouro em 2023 foram São Paulo, “que não produz ouro, mas escoa o metal de garimpos na Amazônia”; e Mato Grosso, onde predomina a extração por garimpos.

Já com relação ao destino, o instituto chama atenção para a queda nas exportações para Índia, Emirados Árabes Unidos e Bélgica. Juntos, estes países deixaram de comprar 18 toneladas de ouro, principalmente de São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

Portas fechadas para ouro ilegal

“O mercado de ouro entrou em choque. A produção oficialmente registrada e as exportações caíram significativamente, mesmo em um cenário de preços bastante elevados para o ouro, o que tenderia a elevar esses números”, detalhou o estudo, ao afirmar que esse movimento mostra que “uma porta importante foi fechada para o ouro ilegal”, aumentando custos e riscos de operações ilícitas de um ouro que, antes, era facilmente esquentado e exportado como legal.

De acordo com a diretora de Pesquisa do Instituto Escolhas, Larissa Rodrigues, sempre que medidas de controle legal são implementadas, naturalmente há um aumento de custo para aqueles que produzem ou comercializam o ouro de forma ilegal, inclusive para o exterior.

“E ao aumentarmos o custo da atividade ilícita, sufocamos o mercado ilegal”, disse a pesquisadora à Agência Brasil.

Segundo a diretora, essas medidas são apenas o início de um trabalho que pretende promover uma transformação completa no setor. “Combater a extração ilegal deve ser uma prioridade, porque ela provoca danos ambientais e sociais enormes e de difícil reversão”, justifica.

O Instituto Escolhas sugere, como próximos passos a serem dados, que o poder público aumente as exigências para as permissões de lavra garimpeira e apresentação de garantias financeiras para o cumprimento de obrigações ambientais e sociais, pelas empresas de mineração.

Foi também sugerido reforço das fiscalizações da atividade; cancelamento de processos minerários em locais onde a atividade não é permitida, como terras indígenas e unidades de conservação; e a criação de um sistema obrigatório de rastreabilidade de origem do ouro.

Histórico

No início de 2023, os danos causados pelo garimpo ilegal ganharam maior visibilidade devido aos problemas relacionados com a crise humanitária na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Mas instituições públicas e organizações não-governamentais já vinham alertando para o cenário nos últimos anos. A expansão de garimpos na Amazônia brasileira quadruplicou entre 2010 e 2020, segundo um dossiê da Aliança em Defesa dos Territórios, entidade criada em 2021 por povos indígenas.

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