Cidades

Luto

Procuradora do Estado morre aos 46 anos

Thais Gaspar foi símbolo da campanha do Outubro Rosa, falando sobre o câncer de mama que descobriu em 2019, durante a gravidez

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A Procuradora do Estado, Thais Gaspar, morreu nesta terça-feira (7), aos 46 anos. Em 2021, a servidora havia sido um dos destaques da campanha de Outubro Rosa do Estado, onde falou sobre o diagnóstico de câncer - que havia recebido em 2019, quando estava grávida -, conscientizou mulheres a fazerem exames preventivos e deu forças àquelas que enfrentavam a doença. A causa da morte de Thais não foi divulgada.

O falecimento foi comunicado pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE/MS) através de nota de pesar, publicada no site oficial e nas redes sociais.

"A Procuradoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul (PGE/MS) manifesta profundo pesar pelo falecimento da procuradora do Estado Thais Gaspar, mãe, esposa e profissional dedicada e exemplar, que deixa um grande legado na Administração Pública do Estado de Mato Grosso do Sul.

Nesse momento de dor e luto, prestamos as nossas mais sinceras condolências à família, amigos e colegas de trabalho. Que possamos encontrar conforto nas lembranças e no amor que deixou como herança", diz texto.

Em 2021, Thais foi uma das personagens da campanha de Outubro Rosa da Procuradoria Geral do Estado. Através do relato, sensível e repleto de coragem e força, ela contou sobre a descoberta do câncer de mama, diagnóstico que veio durante o quinto mês de gestação do seu segundo filho.

Abaixo, o Correio do Estado relembra, a partir de materiais publicados pelo Governo do Estado, a mensagem deixada por Thais.

Diagnóstico

Após sofrer duas perdas gestacionais, Thais engravidou de seu segundo filho, Felipe. No quinto mês de gestação, veio o diagnóstico do câncer de mama.

"Senti um inchaço no seio e a princípio achamos que fosse devido às transformações do corpo causadas pela gravidez, mas um tempo depois não diminuía e resolvemos fazer exames mais específicos. Foi quando, infelizmente, tivemos a confirmação de um nódulo na mama que precisava ser tratado o mais rápido possível", revelou em entrevista.

Durante todo o processo, Thais contou com a colaboração do marido para ajudá-la a seguir firme e conseguir - na medida do possível - manter-se bem para não deixar seu filho mais velho (na época com seis anos) perceber o quanto a situação era grave.

Foto: Arquivo Pessoal

Graças à descoberta da doença no início, mesmo tomando medicamentos e fazendo quimioterapia e radioterapia, o bebê nasceu saudável.

"Claro que fiquei resistente no início para começar o tratamento porque tinha medo que afetasse o meu bebê, mas na verdade não tinha muito escolha e, além disso, a medicina está muito avançada o que contribui bastante", frisa.

Thaís precisou fazer mastectomia e não pôde amamentar, mas ter nos braços seus dois filhos, e ainda estar ao lado do seu grande amor, fez com que esse fato se tornasse apenas mais um detalhe.

Em 2021, quando a história foi publicada, a servidora continuava em tratamento, e havia feito a retirada do útero e dos ovários, por prevenção. O câncer tinha sido identificado tendo origem hormonal, e por isso ela precisou fazer a mastectomia das duas mamas.

Ao fim da entrevista, Thais deixou o seguinte recado:

"A gente muda após passar por um processo tão intenso como é o do enfrentamento a um câncer. O medo de morrer é nítido. Mas após a tempestade alguns aprendizados ficam O primeiro eu diria que é confiar e aceitar/esperar o andamento do processo, do tempo. A gente precisa confiar no profissional que está nos atendendo e viver o presente, pois a ansiedade e as conversas negativas só atrapalham o andamento da jornada. O segundo é que aprendi que precisamos falar de assuntos ruins, seja sobre morte, luto, doenças graves como câncer e tantas outras e exercitar a verdadeira empatia com o próximo".

À época, a PGE destacou que a procuradora do Estado aceitou contar a história como uma maneira de contribuir e alertar, principalmente, as mulheres para se cuidarem e irem regularmente às consultas médicas.

"A prevenção ainda é a melhor opção. E, caso a notícia venha de forma positiva, de confirmação da doença, não podemos desesperar. Confie na ciência, na sua crença, nos tratamentos cada vez mais avançados e menos invasivos e aceite o processo", finalizou Thais, na ocasião.

Há ainda um vídeo, publicado pelo Governo do Estado, em que a procuradora compartilha seu processo de descoberta e enfrentamento à doença. O material pode ser acessado aqui.

Câncer de mama

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma. O câncer de mama responde, atualmente, por cerca de 28% dos casos novos de câncer em mulheres.

Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. Estatísticas indicam aumento da sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida, outros, não. A maioria dos casos tem bom prognóstico.

SINTOMAS

O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos. Outros sinais de câncer de mama são:

  • Edema cutâneo (na pele), semelhante à casca de laranja;
  • Retração cutânea;
  • Dor;
  • Inversão do mamilo;
  • Hiperemia;
  • Descamação ou ulceração do mamilo;
  • Secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea.

A secreção associada ao câncer geralmente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos.

Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila. Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados, porém podem estar relacionados a doenças benignas da mama.

A postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas, que significa conhecer o que é normal em seu corpo e quais as alterações consideradas suspeitas de câncer de mama, é fundamental para a detecção precoce dessa doença.

DIAGNÓSTICO

Um nódulo ou outro sintoma suspeito nas mamas deve ser investigado para confirmar se é ou não câncer de mama. Para a investigação, além do exame clínico das mamas, exames de imagem podem ser recomendados, como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética. A confirmação diagnóstica só é feita, porém, por meio da biópsia, técnica que consiste na retirada de um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por meio de punções (extração por agulha) ou de uma pequena cirurgia. O material retirado é analisado pelo patologista para a definição do diagnóstico.

A detecção precoce é uma forma de prevenção secundária e visa a identificar o câncer de mama em estágios iniciais. Existem duas estratégias de detecção precoce: o diagnóstico precoce e o rastreamento. O objetivo do diagnóstico precoce é identificar pessoas com sinais e sintomas iniciais da doença, primando pela qualidade e pela garantia da assistência em todas as etapas da linha de cuidado da doença. O diagnóstico precoce, portanto, é uma estratégia que possibilita terapias mais simples e efetivas, ao contribuir para a redução do estágio de apresentação do câncer.

Assim, é importante que a população em geral e os profissionais de saúde reconheçam os sinais de alerta dos cânceres mais comuns, passíveis de melhor prognóstico se descobertos no início. A maioria dos cânceres é passível de diagnóstico precoce mediante avaliação e encaminhamento após os primeiros sinais e sintomas. Já o rastreamento é uma ação dirigida à população sem sintomas da doença, que tem o intuito de identificar o câncer em sua fase pré-clínica. Atualmente, apenas há a indicação de rastreamento aos cânceres de mama e do colo do útero.

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PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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