Cidades

Mais disciplina

Proibição de celulares nas escolas de MS deve começar em 2025

Proibição em todo o País foi aprovada nesta semana e deve virar lei em breve; em MS, secretaria já prepara as regras locais

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A Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso do Sul (SED-MS) deve proibir o uso de telefones celulares nas escolas assim que as aulas da Rede Estadual de Ensino (REE) retornarem, no dia 17 de fevereiro. O Senado aprovou na noite de quarta-feira uma lei que proíbe o uso desses equipamentos em sala de aula, uma matéria que deve ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em breve.

“O que vamos fazer é publicar uma resolução de regulamentação até que uma lei estadual sobre o tema seja votada, aprovada e publicada”, explicou o secretário de Educação, Hélio Daher, com exclusividade ao Correio do Estado.

“O que devemos fazer é, já no mês de janeiro, publicar uma resolução para regulamentar a aplicação da lei federal em sala de aula”, acrescentou o secretário, que comanda a maior rede de alunos de MS, com 190 mil estudantes dos ensinos Médio e Fundamental.

A lei proíbe o uso de telefones celulares em toda a Educação Básica, tanto no ensino público quanto no privado. A proibição se aplica aos estudantes da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Durante a votação no Senado, o senador Rogério Marinho (PL-RN) tentou excluir os estudantes do Ensino Médio das restrições, mas sua emenda foi rejeitada até mesmo pelos senadores de direita, da oposição ao governo.

A lei aprovada na Câmara e no Senado também estabelece obrigações para as redes de ensino públicas e privadas, visando resguardar a saúde mental dos estudantes. As escolas privadas e as secretarias de educação estaduais e municipais deverão elaborar planos para alertar os estudantes sobre os riscos do uso excessivo de telefones celulares.

A lei federal ainda traz exceções e concede poderes aos professores e coordenadores pedagógicos das escolas. Os telefones celulares poderão ser usados em situações específicas, desde que o professor permita e que isso esteja inserido no contexto da aula.

Exceções

Entre as exceções estão os estudantes com deficiência. O celular pode ser um instrumento útil para alunos da educação especial, como aqueles com surdez ou cegueira, por exemplo.

Também existem exceções relacionadas à saúde dos estudantes, como o acesso a uma lista de contatos para chamar uma emergência ou garantir direitos constitucionais.

A lei federal, conforme já revelado pelo secretário de Educação de MS, deve ser regulamentada. Entre os pontos a serem regulamentados está o procedimento que as escolas devem adotar para guardar os telefones celulares, já que se tratam de bens privados, com valor agregado.

Também deverá ser regulamentado pelos estados ou pelas secretarias municipais de educação o momento adequado para a devolução do celular.

A lei federal não prevê nenhuma cláusula penal que estabeleça punição ao estudante que se recusar a entregar o telefone. Tal cláusula poderá ser incluída no regulamento local.

Respaldo legal

Daher explica que o uso de equipamentos conectados e aparelhos eletrônicos na educação é importante para o ensino, mas é necessário que o professor não perca o controle e que o monopólio da atenção seja do docente.

“O celular tem uma capacidade de integração gigantesca, e isso é muito bom, mas até certo ponto, porque, quando o limite do bom senso é ultrapassado, o aluno também perde o interesse no trato com o professor”, explica.

O secretário também afirmou ao Correio do Estado que a proibição agora dá ao professor o respaldo legal para proibir o uso do celular.

Ele lembra que o telefone celular se tornou, além de um equipamento que permite a distração do estudante, um instrumento de comunicação direta com os pais.

“Boa parte dos pais, independentemente da classe social, valoriza a segurança”, explica Daher.

A lei dá ao professor o respaldo para retirar o telefone do aluno e não sofrer questionamentos do estudante ou de seus familiares.

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HOMICÍDIO

Dupla investigada há dois anos por homicídio é presa pela Polícia

Ambos são suspeitos de matar Gabriel Brandão Mendonça, de 22 anos, com 15 tiros em 2022, nas Moreninhas; a dupla foi presa em flagrante em um condomínio no Jardim dos Estados

20/12/2024 11h45

Duas armas de fogo, munições e aparelhos celulares foram apreendidos pela Polícia

Duas armas de fogo, munições e aparelhos celulares foram apreendidos pela Polícia Foto: Divulgação/PCMS

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A Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (GARRAS) e a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prenderam dois homens investigados pelo assassinato de Gabriel Brandão Mendonça, de 22 anos, com 15 disparos há dois anos, nas Moreninhas.

Segundo informações policiais, a dupla foi presa em flagrante, na tarde desta quinta-feira (19), em um condomínio localizado no Jardim dos Estados. Os suspeitos são investigados pela DHPP desde novembro do ano retrasado, quando abriu-se a suspeita de envolvimento dos dois no caso de homicídio contra Gabriel.

Com o avanço das investigações, a Polícia conseguiu identificar os dois rapazes: L.P.C., de 28 anos, e P.A.T.T., de 33 anos. O mais novo da dupla era morador no condomínio onde foram presos, através de mandado de busca expedido pela Justiça e cumprido pelo GARRAS.

No local, foram apreendidos quatro tabletes de cocaína e R$ 15 mil em espécie, proveniente da venda de parte da cocaína. Além disso, uma segunda residência, de propriedade de L.P.C., foi localizada e lá encontradas uma pistola calibre 9mm importada e uma espingarda calibre .12, acompanhada de munições.

Ambos irão responder por tráfico de drogas e posse de arma de fogo de uso restrito, além de serem interrogados sobre o caso de homicídio acontecido em 2022.

Caso Gabriel - 2022

No dia 09 de novembro de 2022, Gabriel Brandão Mendonça foi morto em frente a sua residência, após ser atingido por 15 disparados, na Vila Moreninha III. Ele chegou a ser socorrido e levado com vida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) das Moreninhas, mas não resistiu.

Segundo relato dos familiares do rapaz, quatro homens encapuzados chegaram na casa, localizada na Rua Sambacuim, dentro de um Volkswagen Gol vermelho rebaixado e com aros esportivos, efetuaram os tiros e fugiram.

Aumento nas mortes violentas

Segundo o último Anuário Brasileiro de Segurança Pública, Mato Grosso do Sul registrou um aumento, de 2022 para 2023, nos dados de Mortes Violentas Intencionais (MVI). Ao todo, o estado saltou de 598 para 603 óbitos por homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte, policiais civis e militares vítimas de CVLI (Crimes Violentos Letais Intencionais) ou morte decorrente de intervenção policial (em serviço e fora de serviço).

Ainda, na comparação com outros estados, MS foi uma das seis unidades federativas que apresentaram aumento no quesito, com uma alta de 6,2%, junto com Amapá (39,8%), Mato Grosso (8,1%), Pernambuco (6,2%), Minas Gerais (3,7%) e Alagoas (1,4%).

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RODOVIA DA MORTE

Alta de até 94% no fluxo explica tragédias na BR-163 em dezembro

Em dois dias foram seis mortes na principal rodovia de e o mais grave ocorreu justamente na região onde ocorre o maior aumento no número de carros nesta época do ano

20/12/2024 11h15

Em acidente na manhã de quarta-feira (18), três pessoas da mesma família morreram na colisão de caminhonete e caminhão

Em acidente na manhã de quarta-feira (18), três pessoas da mesma família morreram na colisão de caminhonete e caminhão

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Na quarta e quinta-feira desta semana, dias 18 e 19, pelo menos seis pessoas morreram em três acidentes na BR-163 em Mato Grosso do Sul e uma das principais explicações para as seguidas tragédias neste período de viagens natalinas é o significativo aumento de veículos de passeio na rodovia. 

Em dezembro de 2022 e no mesmo mês do ano seguinte, o fluxo aumentou 49,8% e 47,5%, respectivamente, na comparação com novembro, conforme dados da concessionária CCR MSVia. Os índices são relativos ao fluxo dos 845 quilômetros da rodovia. Porém, se for lavado em consideração a praça de pedágio de Sonora, a alta chega a quase 100%. 

Em novembro de 2022 foi registrada a passagem de 756.944 veículos pelas nove praças de pedágio. No mês seguinte, a quantidade aumentou para 1.136.935. Fenômeno parecido ocorreu no ano passado, quanto a quantidade saltou de 836.213 para 1.233.488. 

Enquanto isso, a quantidade de caminhões em dezembro é praticamente a mesma que em novembro. No fim do ano passado, este lume recuou 8,6% no último mês do ano na comparação com o mês anterior, passando de 730 mil para 667 mil veículos de carga registrados nas praças de pedágio. 

Historicamente, dezembro é disparado o mês com maior movimento na principal rodovia de Mato Grosso do Sul. Porém, em janeiro o movimento é semelhante. Em dezembro de 2023 passaram 1,93 milhão de veículos nas praças de cobrança de tarifa. No mês seguinte, foram 1,82 milhão. 

E esta situação fica mais grave ano após ano, principalmente porque os investimentos na rodovia são praticamente inexistentes. Na comparação com dezembro de 2019, antes da pandemia, com dezembro de 2023 houve aumento de 16% na quantidade de veículos, passando de 1,66 milhão para 1,93 milhão. São quase 300 mil veículos a mais em uma estrada sem novas benfeitorias. 

FLUXO QUASE DOBRA

O acidente mais grave desta semana, no qual morreram três pessoas, ocorreu próximo a Sonora, nas imediações da praça de pedágio número 9. É justamente nesta região que em dezembro do ano passado ocorreu o maior aumento de movimento.

Em novembro havia sido registrada a passagem de 47,5 mil carros de passeio naquele local de cobrança. No mês seguinte, foram 92,5 mil, o que representa alta de 94%. Em segundo lugar no ranking dos aumentos aparece a praça 8, um pouco mais ao sul, com 76% de aumento.

O outro acidente grave desta semana, com duas mortes, ocorreu nas imediações onde tradicionalmente existe o maior fluxo de carros de passeio na rodovia (excluíndo o anel viário de Campo Grande), nas imediações da cidade de Bandeirantes, onde as BR-163 e 060 se sobrepõem. 

Em dezembro do ano passado, 198,5 mil carros de passeio pagaram a tarifa naquele local, o que é 42% a mais que em novembro daquele mesmo ano.

OS ACIDENTES

Na manhã de quinta-feira (19), Meire Lourdes da Rocha, de 65 anos, e Rodrigo Domingos da Rocha, de 35, morreram vítimas da colisão de dois veículos próximo a Bandeirantes. Duas pessoas sofreram ferimentos, mas sobreviveram e foram levadas para atendimento médico. 

Na manhã anterior, próximo a Sonora, morreram  Luzimar Costa da Silva, de 40 anos e os filhos, Maria Eduarda Ruphenthal, de 19 anos, e Miguel Ruphenthal, de 10 anos. A família, de Mato Grosso, estava a caminho do Rio Grande do Sul, onde passaria o Natal e o Ano Novo. Três pessoas ficaram feridas na colisão entre uma caminhonete e um caminhão.

A sexta vítima na BR-163 nesta semana foi Geicilene Alves de Menezes Maciel, de 29 anos. Ela estava numa moto que foi atingida por uma caminhonete Ford Ranger, próximo a Caarapó, na região sul do Estado. 

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