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DIGNIDADE

Promessa antiga, moradores da antiga favela "Cidade de Deus" recebem mais moradias

Já foram entregues 67 unidades no Residencial José Teruel e 17 no Jardim Canguru

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Nesta quinta-feira (19), o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Agência de Habitação Popular (Agehab), entregou mais 15 unidades habitacionais para famílias que moravam em situação de vulnerabilidade na antiga Comunidade Cidade de Deus, em Campo Grande.

Segundo a divulgação, já foram entregues 67 unidades no Residencial José Teruel e 17 no Jardim Canguru. 

As moradias são garantidas por meio do convênio de Substituição de Moradia Precária, assinado entre o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal de Campo Grande.

As entregas acontecem após promessa antiga realizada há cerca de 8 anos, após muita luta dos moradores da favela. 

Para a diretora-presidente da Agehab, Maria do Carmo Avesani Lopez, a parceria entre  Governo do Estado e município foi fundamental para famílias que moravam na antiga comunidade Cidade de Deus finalmente receberem suas moradias. 

“Essa parceria é uma soma de esforços, onde as famílias ganham. É cidadania para o município de Campo Grande e para o Estado de Mato Grosso do Sul”, disse. 

Saiba  

Conforme informado pelo Governo do Estado, 136 famílias, que também moravam na comunidade Cidade de Deus, já foram atendidas e receberam a casa própria. 

O convênio de Substituição de Moradia Precária desta nova etapa foi assinado em 2020, para a construção de mais 150 residências. 

Ao todo, são 98 unidades construídas no Residencial José Teruel e 52 no Jardim Canguru, com investimento total de R$ 9.207.851,09, sendo R$ 7.808.665,63 com recurso do Estado e R$ 1.399.185,46 do município.

As entregas também aconteceram de forma gradativa, sendo 90 unidades entregues em 2019, 23 em 2020 e as últimas 23 unidades, foram entregues no ano passado, no Loteamento Bom Retiro.

As famílias do Bom Retiro fazem parte de outro convênio, assinado no ano de 2017, com valor total de R$ 1.348,119,52, sendo R$ 1.276,430,94 de recurso do Estado e R$71.688,58, de recurso do município.

Moradores   

Vanessa Ferreira, 40 anos, do lar, conta como era a situação morando no barraco. 

“Foram dez anos esperando pela casa própria, nesse tempo morava na favela, no barraco com meus quatros filhos. Passando por muitas coisas difíceis, frio quando chovia, sofrendo também com a ventania, tínhamos que viver com bichos em casa e quando se tem criança junto fica tudo dez vezes pior, porque você sente por você e pelos seus filhos”, relata. 

Com a chegada da casa própria ela diz sentir que está muito mais segura. 

“Esses dias ventou muito aqui e eu fiquei pensando que se tivesse no barraco já tinha perdido tudo de novo, agora ter essa segurança e dar isso para meus filhos, isso é muito importante e valeu esperar cada segundo”, explica. 

Adriane dos Santos Pereira, 40 anos, desempregada, conta como será morar na nova casa. 

“Estou esperando por esse momento há doze anos, a vida não era nada fácil morando no barraco, agora com a casa, com estrutura, paredes, telhado, vai melhorar muito para eu, meu filho e minha nora, vamos ter mais conforto e segurança”, comemora. 

Ela é outra moradora que já teve a antiga moradia destruída, mas com o fogo. 

“Esperei muito tempo para esse momento e ele não poderia ter vindo numa hora melhor. Onde estávamos, pegou fogo, perdi tudo, roupa, até os documentos, por conta disso tive que me mudar antes, mas a casa já estava finalizada”, finaliza. 

Outro beneficiário Luciano Edgar Ogeda, 35 anos, faz serviço de reciclagem, ele conta como foi receber a casa própria. 

“Não há palavras para dizer como estou nesse momento, a sensação é de extrema felicidade, sonho há anos com esse momento de poder oferecer uma vida mais digna para meus filhos e a minha esposa”, disse. 

PARALISAÇÃO DOS ÔNIBUS

Audiência termina sem conciliação e greve dos ônibus continua em Campo Grande

Motoristas ficaram indignados com a decisão judicial, a qual determina que 70% da frota volte a funcionar em horários de pico.

16/12/2025 19h22

Muitos motoristas do Consórcio Guaicurus compareceram à audiência no Tribunal Regional do Trabalho

Muitos motoristas do Consórcio Guaicurus compareceram à audiência no Tribunal Regional do Trabalho Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Motoristas do transporte coletivo urbano de Campo Grande lotaram o plenário do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, na tarde desta terça-feira (16), para acompanhar a audiência que debateu sobre a greve que paralisou os ônibus desde segunda-feira (14).

A audiência terminou sem conciliação e possibilidades entre o Consórcio Guaicurus, Município de Campo Grande e os profissionais da categoria. No entanto, o desembargador César Palumbo Fernandes determinou que 70% da frota voltasse a funcionar nos horários de pico.

"Não pode existir greve de 100% dos serviços essenciais. A determinação judicial deve ser cumprida. Amanhã, no primeiro período, a categoria vai estar trabalhando. Amanhã, pela manhã, o sindicato vai garantir que haja no período compreendido entre 6h e 8h30, 70% da frota funcionando. De 8h30 a 17h, 50% da frota atendendo a população. Entre as 17h e as 20h, 70% da frota. E após, 50% da frota no horário normal.", disse o desembargador.

Além disso, a multa, caso os ônibus não voltem a circular na manhã de quarta-feira (17), imposta ao Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande, aumentou de R$ 100 mil para R$ 200 mil por dia de descumprimento da decisão.

Apenas metade da folha salarial de novembro foi paga, sendo que a outra parte não tem previsão de pagamento. Ao todo, a dívida em aberto chega a R$ 1,3 milhão líquidos a serem repassados aos trabalhadores.

Diante da decisão do desembargador, os profissionais da categoria se indignaram, levantaram e saíram da audiência. Demétrio Freitas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande (STCU-CG), disse que a greve está mantida por decisão dos próprios motoristas.

"A gente tá muito chateado com a Justiça do Trabalho por entender que quem paga a conta é sempre o trabalhador. No nosso entendimento, 70% ele simplesmente acabou com a greve. Infelizmente, vai continuar parado. Não é o que a gente quer, a população tá sofrendo muito, vai para três dias sem ônibus em Campo Grande, mas o trabalhador também precisa receber, todo mundo que trabalha precisa receber seus vencimentos", concluiu Demétrio Freitas.

O que disse o Município?

Na audiência, representando a Prefeitura de Campo Grande, a procuradora-geral do Município Cecília Saad afirmou que os repasses foram feitos pelo Executivo e, devidamente, depositados na conta do Consórcio Guaicurus.  De acordo com a representante, o valor destinado, na última sexta-feira (12), foi de R$  3.074.148,73.

Ela também relatou que, em junho/julho de 2024, foi publicado no Diário Oficial do Estado, que o governo se comprometeu em repassar quatro parcelas em torno de R$ 3 milhões, sendo duas no ano de 2025, e a terceira e a quarta em janeiro e fevereiro de 2026, respectivamente.

Diante destas afirmações, ela solicitou ao juiz o prazo de 24 horas para juntar a documentação e comprovar o pagamento ao Consórcio, o qual foi aceito pela autoridade.

Consórcio afirma que não tem dinheiro

Temis de Oliveira, presidente do Consórcio Guaicurus, confirmou o recebimento por parte da Prefeitura, mas alega que há outras pendências a serem pagas além da folha salarial, como os gastos com manutenção, diesel, mecânico, etc.  

"Hoje, o consórcio não tem caixa para pagar a parcela de 50% de novembro. Desses R$ 3 milhões (recebidos), haviam recursos que eram devidos de meses passados e a gente tinha outros compromissos".

"Sem aporte de alguma dessas verbas (cerca de R$ 4 milhões a serem recebidas pelo Consórcio), não temos mais saúde financeira, crédito nos bancos para poder buscar e resolver esses acordes", disse o prsidente Temis de Oliveira. Ele complementa: "Nós vamos procurar conversar com a Prefeitura para receber o que nós temos a receber ainda e negociar, negociar o tempo inteiro".

O presidente do Consórcio Guaicurus lembra que há o cumprimento do quarto termo aditivo do contrato, que precisa ser apurado mensalmente e um valor a ser recebido, algo que não ocorre desde 2022.

"Tem uma obrigação da AGEREG para, ao final de cada mês, fazer a apuração da diferença da tarifa pública para a tarifa técnica ou tarifa de remuneração e a prefeitura buscar os meios para pagar. Isso não tem sido pago desde 2022. Nós buscamos o recebimento dessas verbas também".

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ALERTA

OMS emite alerta sobre falsificação de medicamento usado no tratamento do câncer de mama

De acordo com a OMS, os medicamentos falsificados foram identificados em países da África, do Mediterrâneo Oriental e da Europa

16/12/2025 19h00

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado Divulgação

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre a circulação de versões falsificadas do medicamento palbociclibe, comercializado sob o nome Ibrance.

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado.

De acordo com a OMS, os medicamentos falsificados foram identificados em países da África, do Mediterrâneo Oriental e da Europa.

Ao todo, nove lotes do produto foram relatados à organização em novembro deste ano, com registros na Costa do Marfim, Egito, Líbano, Líbia e Turquia.

Segundo o comunicado, os produtos falsificados foram oferecidos aos consumidores por meio de plataformas online e também encontrados em farmácias dessas regiões.

Fabricado pela Pfizer, o Ibrance tem alto custo. No Brasil, conforme dados da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), a menor dosagem do medicamento pode chegar a R$ 10.182.

Lotes falsificados

Os lotes confirmados como falsificados são: FS5173, GS4328, LV1850 e TS2190.

Já os lotes considerados suspeitos, ou seja, possivelmente falsificados, são: GK2981, GR6491, GT5817, HJ8710 e HJ8715.

A OMS classifica esses medicamentos como falsificados por apresentarem, de forma enganosa, informações sobre identidade, composição e origem.

Testes realizados pela Pfizer indicaram que as amostras analisadas não continham nenhum princípio ativo farmacêutico.

Além disso, foram identificadas discrepâncias nas embalagens. Alguns produtos falsificados chegaram a utilizar números de lote legítimos, mas apresentavam anomalias na embalagem, na serialização e na impressão das cápsulas.

Riscos e recomendações

De acordo com a OMS, o uso de medicamentos falsificados, como no caso do Ibrance, pode resultar em falha no tratamento, progressão descontrolada do câncer e aumento do risco de morte devido à ausência de efeito terapêutico.

A organização orienta que profissionais de saúde comuniquem quaisquer reações adversas inesperadas, ausência de resposta ao tratamento ou defeitos de qualidade às autoridades regulatórias nacionais ou aos sistemas locais de farmacovigilância. Em caso de identificação de lotes suspeitos ou falsificados, a recomendação é notificar a OMS.
 

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