Cidades

MARIA APARECIDA PEDROSSIAN

Quatis 'atacam' bairro em Campo Grande

Quatis 'atacam' bairro em Campo Grande

ANAHI ZURUTUZA

16/09/2011 - 00h05
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Residências do entorno da Área de Preservação Ambiental (APA) Lageado, no Bairro Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande, estão sofrendo "ataques" de quatis. Eles vivem na mata, mas quase todos os dias, pela manhã e no fim da tarde grupos com dez, 20, 30 animais atravessam as cercas para "roubar" comida das residências. Os pequenos mamíferos, atacam as lixeiras e em alguns caso até entram nas casas.

As frequentes invasões incomodam moradores que cobram providências da autoridades ambientais competentes, seja a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), seja o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Nivaldo Gonçalves Rodrigues, 53 anos, mora há 20 anos na Rua Graciano Vargem Alegre. Ele conta que sua casa já sofreu vários ataques dos quatis. "Já entraram na minha casa, eu tenho uma dispensa e eles entraram, rasgaram saco de macarrão, de farinha, eles destroem tudo que veem pela frente. Uma vez derrubaram uma assadeira de bolo de cima do fogão. A gente não liga muito, mas tem gente que liga".

Outro morador da mesma rua, que pediu para ter a identidade preservada, admite a alimentar os bichos. "Dou comida porque tenho dó deles, mas eles aprontam, comigo e com os vizinhos, é complicado. Alguém tinha de tomar uma providência, porque tem gente que fica bravo com a bagunça deles e pode fazer mal para eles, dar veneno, sei lá", disse.

 

Parque

O presidente da Associação de Moradores do bairro, Jânio Batista Macedo, acredita que se a APA Lageado fosse transformada em um parque ecológico e que se especialistas estudassem uma maneira de controlar a população de quatis o problema seria solucionado sem prejuízos para os animais. "Antes os moradores tinham problemas com os macacos. A gente construiu, então, um girau dentro da mata e todos os dias, moradores colocam restos de frutas, verduras do supermercado aqui do bairro para eles. Nunca mais eles entraram nas casas".

Macedo destaca que inclusive a ingestão de alimentos das lixeiras e das casas é prejudicial às saúde dos quatis. "Tem uns que estão bem gordos, se tanto comer resto de comido do lixo, não é o ideal. Deve estar havendo um desequilíbrio ambiental sério na mata, porque eles não sairiam para buscar alimentos nas casas se não faltasse alimento no habitat deles"

ANTÔNIO JOÃO

União planeja pacotão para tornar terra indígena modelo no País

Secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Eloy Terena, informou que outras Pastas estão sendo procuradas para saber quais projetos podem ser destinados para comunidade de MS

18/11/2024 09h00

Fazendeiros e a Funai assinaram no dia 14 a entrega das terras em Antônio João aos indígenas

Fazendeiros e a Funai assinaram no dia 14 a entrega das terras em Antônio João aos indígenas Foto:DIVULGAÇÃO/MPI

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O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) prepara para a próxima semana a entrega oficial da Terra Indígena (TI) Ñande Ru Marangatu, em Antônio João, para os indígenas guarani-kaiowá daquela comunidade. No evento, que contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 
a Pasta quer entregar um pacote de políticas públicas que possa fazer dessa terra indígena um modelo para todo o País.

De acordo com o secretário-executivo do MPI, Eloy Terena, após a Pasta garantir a liberação dos recursos com o governo federal para o pagamento da indenização aos fazendeiros, o que ocorreu na semana passada, o ministério quer garantir outros projetos para serem implantados na terra indígena.

“A ideia é o presidente [Lula] ir entregar a terra, tem um aspecto simbólico, porque os fazendeiros já saíram. E agora estamos trabalhando para entregar um pacote de políticas públicas, para não ser só a entrega da terra, que já é uma coisa muito importante”, afirmou.

“Estamos trabalhando com outros ministérios temáticos, para ver o que cada um tem pronto para ser anunciado lá para a comunidade indígena. Então, semana que vem vamos trabalhar nisso”, complementou o secretário-executivo.

Segundo Eloy Terena, algumas ações a serem apresentadas serão do próprio MPI, como a implementação de um plano de gestão territorial da terra indígena e de um projeto de quintais produtivos, porém, também há a intenção de outras medidas a serem implantadas, a fim de ajudar os moradores da comunidade a ter mais estrutura no local.

“Estamos vendo também na área da saúde se conseguimos anunciar acesso à água potável. Estamos provocando o Ministério das Cidades para ver se eles têm alguma coisa para ser anunciado do Minha Casa, Minha Vida para a área indígena”, adicionou.

“Enfim, nosso trabalho está sendo esse. Já garantimos a terra e agora estamos tentando garantir outras entregas para além da terra. Seria um pacote de políticas públicas para a comunidade indígena”, contou o secretário-executivo ao Correio do Estado.

INDENIZAÇÃO

Território que protagonizou décadas de conflito entre indígenas e fazendeiros, a TI Ñande Ru Marangatu teve um desfecho inédito em setembro, quando o governo federal decidiu indenizar os proprietários rurais da região.

Em audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF), a União e representante dos fazendeiros chegaram a um acordo financeiro no valor de R$ 146 milhões por 9.317 hectares.

Conforme estabelecido entre as partes no STF, sob a mediação do ministro Gilmar Mendes, do total de R$ 146 milhões, R$ 102 milhões serão pagos pela União aos proprietários rurais pela terra nua, por meio de precatórios.

Ainda, o governo do Estado vai arcar com R$ 16 milhões como contrapartida, valor que deve ser repassado em janeiro de 2025, enquanto outros R$ 27,8 milhões são referentes às benfeitorias feitas nas terras.

Esse último repasse foi concluído na semana passada. Por conta disso, os produtores rurais já deixaram a terra, que agora é efetivamente de posse dos indígenas guarani-kaiowá. Com a medida, a TI Ñande Ru Marangatu tem o seu processo demarcatório finalizado depois de uma paralização que durou quase 20 anos.

A última etapa da demarcação estava paralisada desde 2005, quando a terra foi homologada pelo presidente Lula, mas foi judicializada e recebeu uma liminar favorável do então ministro do STF Nelson Jobim. Essa liminar pendurou por 19 anos no Supremo, impedindo a conclusão do processo de demarcação.

O acordo de agora foi considerado histórico, porque até o momento o governo federal nunca havia indenizado os fazendeiros por benfeitorias feitas nas terras, o que dificultava qualquer acordo entre as partes, levando muitos proprietários a judicializar as demarcações de terras.

Como a solução foi homologada pelo STF, a partir de agora ela pode ser utilizada em outras áreas demarcadas no País e que também enfrentam dificuldades na entrega aos povos indígenas.

MORTE

A conciliação no STF foi marcada após a morte do indígena Neri Guarani Kaiowá, 23 anos, no dia 18/9, em conflito entre indígenas e a Polícia Militar.

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Nova Campo Grande

Pais morrem e filha fica ferida em colisão de carro contra poste

Motorista desviou de um buraco, perdeu o controle do veículo e colidiu frontalmente contra o poste de iluminação

18/11/2024 08h45

Parte frontal do carro foi totalmente destruída

Parte frontal do carro foi totalmente destruída DIVULGAÇÃO

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Victor Pedro Peralta, de 50 anos e Maria do Socorro Soares Vieira, de 46 anos morreram após colidirem contra um poste, na noite deste domingo (17), na avenida Wilson Paes de Barros, bairro Nova Campo Grande, na Capital.

Conforme apurado pela reportagem, mãe, pai e filha estavam em uma Chevrolet Blazer, trafegando pela Wilson Paes de Barros, quando o pai (motorista) desviou de um buraco no meio da pista, perdeu o controle do veículo e colidiu brutalmente contra um poste de iluminação.

Maria do Socorro estava sem o cinto de segurança e morreu na hora. Já Victor também não resistiu aos graves ferimentos e faleceu no local.

A filha, de 8 anos, que estava em uma cadeirinha no banco de trás, foi socorrida em estado gravíssimo e encaminhada para Santa Casa. O estado de saúde da menina não pode ser divulgado pelo fato de ser menor de idade. 

OUTRAS MORTES NO TRÂNSITO

Em 6 de novembro, Marcos Antônio Francisco Leal, de 57 anos, morreu no Hospital Santa Casa de Campo Grande, após sofrer um grave acidente de moto na avenida Bandeirantes, na Capital. Ele era suboficial aposentado da Marinha do Brasil.

Fiat Toro e Hyunday Tucson estavam paradas no semáforo, quando o piloto da moto, Marcos Antônio, desatento e em alta velocidade, bateu na traseira da Toro, que com a batida, acertou a traseira de um Hyundai Tucson.

Com o impacto, o capacete desprendeu da cabeça, o motociclista “voou” e caiu inconsciente no asfalto. Ele pilotava uma motocicleta BMW.

É possível ver, por meio de imagens de câmera de segurança, que a vítima sequer chegou a tentar frear, o que indica que estava totalmente distraído.

Em 10 de novembro, Augusto Henrique Amorim de Oliveira, de 23 anos, morreu após se acidentar em uma avenida que liga os bairros Vila Moreninha II e Itamaracá, em Campo Grande.

Ele colidiu contra o meio-fio da via e sofreu graves ferimentos. O jovem foi encaminhado até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Moreninhas, onde morreu poucos minutos depois.

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