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Quatro anos após acidente fatal, Riedel demite genro de deputada

Nivaldo é acusado de pilotar, embriagado e em alta velocidade, a lancha que atingiu o barco em que estava Carlos Américo Duarte, causando a morte desse pescador

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Nesta terça-feira (25) foi publicado, em Diário Oficial Eletrônico (DOE) do Estado de Mato Grosso do Sul, a exoneração de Nivaldo Thiago Filho de Souza, quatro anos após o genro de deputada estadual envolver-se como principal acusado de matar e omitir resgate a Carlos Duarte em um acidente no Rio Aquidauana. 

Na região conhecida como Touro Morto, esse acidente em questão aconteceu durante o feriado de 1° de maio de 2021, com Nivaldo acusado pilotar pelo Rio Aquidauana em alta velocidade a lancha que atingiu o barco do pescador Carlos Américo Duarte. 

Cabe apontar que, segundo consta em edições passadas do Diário Oficial de MS, que Nivaldo Thiago Filho de Souza já havia deixado anteriormente o cargo na administração superior e assessoramento do Governo do Estado, exonerado à pedido em 22 de julho do ano passado.

Na época do acidente, o réu ocupava cargo em comissão de direção gerencial superior e assessoramento, na função de assessor especial, com uma remuneração fixa de R$11 mil que inclusive subiu para 17 mil reais um mês após o ocorrido. 

Mesmo com o nome envolvido no acidente com morte, Nivaldo Thiago manteve-se no cargo público na Casa Civil sendo até mesmo promovido, em 2023, para administração superior e assessoramento na função de assessor especial I, tendo outros aumentos de salário, que foi de R$18 mil até R$28 mil.

Já em março de 2025, por exemplo, conforme detalhado no Portal da Transparência do governo do Estado, o réu contratado novamente para ocupar o mesmo cargo na Casa Civil, desta vez recebeu o valor fixo de R$ 29.276,76, salário que está a apenas R$ 5 mil do que ganha o titular da Pasta, que recebe R$ 34 mil.

Reprodução/DOE-MS

Como se não bastasse, diferente de um secretário, na função Nivaldo também recebia remunerações eventuais, que tinham o mesmo valor de seu salário, o que em  outras palavras significa que ganhou um salário bruto de quase R$ 60 mil em março, recebendo mais de R$ 42 mil líquidos em março deste ano.  

Importante frisar que, em 18 de setembro de 2025, a juíza da Vara Criminal - Infância e Juventude de Aquidauana -, Kelly Gaspar Dutra, pronunciou o então assessor por homicídio doloso e duas tentativas de homicídio, decisão essa que leva Nivaldo a júri popular, ainda sem data marcada. 

Com o júri formado por sete cidadãos, caso haja condenação o juíz responsável por conduzir a sessão é quem decidirá pela aplicação da pena ao réu que, até o momento, nunca chegou a cumprir prisão pelo ocorrido.

Acidente fatal

Como bem informa o processo, com base na denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), o acusado pilotava uma lancha denominada Mamba Negra sem possuir a devida habilitação e ainda sob efeito de álcool. 

Na data de 1° de maio de 2021 houve a colisão da Mamba Negra com o barco Beira Rio II, tripulado por três pessoas, o que resultou na morte de Carlos Américo Duarte e deixou duas outras pessoas feridas: Caê Duarte (filho de Carlos) e Rosivaldo Barboza de Lima (piloto profissional da embarcação).

Conforme narram os autos, Nivaldo, que é genro da deputada Mara Caseiro e no momento do acidente ainda estava com sua esposa e o próprio filho a bordo da embarcação, ainda teria fugido do local sem prestar socorro às vítimas. 

Laudo de exame pericial da Marinha do Brasil, presente nos autos, indica que Carlos Américo sofreu fraturas na mandíbula esquerda, fratura raquimedular da coluna vertical e fratura no braço esquerdo, não resistindo aos ferimentos e vindo a falecer no local.

Pela dinâmica do acidente e como relatam as vítimas, a lancha Mamba Negra adentrou em alta velocidade em uma curva do rio, com o réu informando em depoimento posteriormente que fugiu do local com o intuito de prestar socorro ao próprio filho. 

Ainda segundo o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia do acidente no Rio Miranda, já que Nivaldo foi abordado pela corporação na rodovia, o réu se recusou a fazer o teste do bafômetro. 

Apesar disso, Nivaldo teria admitido ter consumido bebida alcoólica antes de assumir o comando da embarcação. 

Já a denúncia do MPMS foi responsável por levantar também a ausência da habilitação náutica (Arrais), obrigatória para pilotar barcos e lanchas nos rios do Estado.

Em sua defesa no desenrolar dos passos, Nivaldo chegou a negar que estaria em alta velocidade e inclusive disse posteriormente que chegou a pular na água para prestar socorro antes de sair do local com sua família. 

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Cidades

Petroleiros mantêm início da greve nacional dos petroleiros para a segunda-feira, 15

A Petrobras diz que respeita o direito de manifestação dos empregados

12/12/2025 22h00

Crédito: Fernando Frazão / Agência Brasil

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A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos reafirmaram nesta sexta-feira, 12, que está mantida a deflagração de uma greve nacional a partir da zero hora de segunda-feira, 15. A Petrobras disse que segue aberta à negociação.

A decisão foi tomada na última quarta-feira, após a apresentação, pela companhia, de uma segunda contraproposta para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), considerada insuficiente pelas entidades que representam a categoria. O comunicado de greve foi enviado à empresa nesta sexta.

A Petrobras diz que respeita o direito de manifestação dos empregados e, em caso de necessidade, adotará medidas de contingência para a continuidade de suas atividades.

Divergência

A FUP diz que o ACT não avança nos três pontos centrais discutidos desde o início das negociações e, por isso, os sindicatos notificarão nesta sexta a empresa sobre a paralisação A agenda de reivindicações inclui os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, o fundo de pensão dos funcionários da Petrobras.

A FUP e seus sindicatos afirmam que, além de não apresentar respostas conclusivas sobre o tema, debatido há quase três anos com o governo e entidades de participantes, a Petrobras não trouxe soluções consistentes para outras pendências acumuladas durante o processo de negociação.

A proposta de aprimoramento do plano de cargos e salários e garantias de recomposição sem aplicação de mecanismos de ajuste fiscal e o fortalecimento da Petrobras são os outros dois pontos que motivam a paralisação.

Desde a quinta-feira, um acampamento foi montado em frente ao prédio da Petrobras no Rio de Janeiro. A estatal diz manter um "canal de diálogo permanente com as entidades sindicais, independentemente de agendas externas ou manifestações públicas promovidas".

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Brasil fica entre os 10 países mais violentos do mundo em ranking; veja lista

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta

12/12/2025 21h00

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O Brasil está entre os 10 países mais violentos do mundo, de acordo com o Índice de Conflito da instituição Armed Conflict Location & Event Data (Acled), divulgado nesta quinta-feira, 11

A Acled é uma organização sem fins lucrativos e independente que monitora, avalia e mapeia dados sobre conflitos e protestos. Ela recebe apoio financeiro do Fundo de Análise de Riscos Complexos da Organização das Nações Unidas (ONU).

O ranking analisa a intensidade dos conflitos em todos os países do mundo com base em quatro indicadores: letalidade, perigo para civis, difusão geográfica e número de grupos armados.

Veja a lista:

1 - Palestina

2 - Mianmar

3 - Síria

4 - México

5 - Nigéria

6 - Equador

7 - Brasil

8 - Haiti

9 - Sudão

10 - Paquistão

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta. Os dados foram colhidos entre 1º de dezembro de 2024 e 28 de novembro de 2025.

O Brasil aparece na sétima posição, com um conflito classificado como extremo - atrás até da Ucrânia, que enfrenta uma guerra contra a Rússia desde 2022. Segundo o índice, nos últimos doze meses, o Brasil registrou 9.903 eventos de violência política - expressão usada pela Acled para definir o uso da força por um grupo com propósito ou motivação política, social, territorial ou ideológica, incluindo violência contra civis e força excessiva contra manifestantes, por exemplo.

Apesar do resultado negativo, o País caiu uma posição em relação ao levantamento do ano passado. A instituição aponta que a violência de gangues foi um dos fatores que alimentou os conflitos no Brasil.

O mesmo motivo se repete no Haiti, no México e, principalmente, no Equador, que subiu 36 posições em apenas um ano, com mais de 50 grupos armados envolvidos ativamente em atos de violência no período, incluindo quase 40 gangues. "Mais da metade dessas gangues estiveram envolvidas nos mais de 2,5 mil ataques contra civis", afirma a Acled.

Praticamente todas as pessoas na Palestina foram expostas à violência, o que fez do território o pior classificado na lista. "A Palestina também apresenta o conflito geograficamente mais difuso, o que significa que a Acled registra altos níveis de violência em quase 70% da [Faixa de] Gaza e da Cisjordânia", disse a organização. Em letalidade, a região só perde para a Ucrânia e o Sudão. Em segundo lugar no ranking geral está Mianmar, seguido por Síria, México e Nigéria.

No geral, os conflitos se mantiveram em níveis estáveis ??nos últimos 12 meses, com 204.605 eventos registrados no período, contra 208.219 eventos no levantamento anterior. "Esses eventos violentos resultaram - em uma estimativa conservadora - em mais de 240 mil mortes", aponta a Acled.

O ranking é feito com base em dados coletados quase em tempo real pela organização, em mais de 240 países e territórios, ao longo dos 12 meses anteriores à análise.

A Acled também listou 10 países e regiões que, segundo suas projeções, enfrentarão conflitos armados, instabilidade política e emergências humanitárias em 2026. Entre eles estão a América Latina e o Caribe, devido à crescente pressão dos Estados Unidos na região, o que pode alimentar uma maior militarização da segurança e da violência no ano que vem.
 

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