As queimadas registradas em Campo Grande tiveram aumento de 396% em um mês. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, considerando as apurações de todos os satélites.
Enquanto do dia 1° a 18 de junho, os focos de incêndios eram 50, no mesmo período deste mês, passou para 248.
Se comparar em um ano, a elevação foi de 230,6%, saindo de 75 para os atuais 248. Somente nos primeiros sete meses do ano, a Capital teve 618 focos de incêndio.
Neste domingo (18), a equipe de reportagem do Correio do Estado flagrou uma queimada de grande proporção na rua Wagner Jorge Bortotto Garcia, cruzamento com a rua Lineata, no bairro Danúbio Azul, o que ajuda a compor este cenário crítico.
Em Mato Grosso do Sul, neste mês, foram registradas 12,5 mil queimadas. Agora, de janeiro a julho, o número passa para 39 mil.
Outros municípios
Corumbá lidera com 6,3 mil focos de incêndio. Em seguida está Jardim com 863; Porto Murtinho com 583; Água Clara com 445; Bela Vista 426; Rio Verde 286; Rio Brilhante 263 e Bonito com 92 focos.
Os municípios que menos registraram focos de incêndio foram Mundo Novo e Santa Rita do Pardo com um caso cada.
O tempo seco, baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas favorecem a ocorrência de queimadas severas no Pantanal de Mato Grosso do Sul e em Bonito.
De acordo com relatório do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS), os dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa), apontam que desde o início da Operação Hefesto, no dia 3 de julho até 16 de julho, a área queimada do Pantanal chegou a 32,5 mil hectares.
Já em Bonito, na Operação Panemorfi foram queimados 3,8 mil hectares. Ao todo, foram oito dias de Operação, com o empenho de 50 militares, 11 viaturas, duas embarcações, além de utilizar duas aeronaves locadas pelo Governo do Estado.