Cidades

EDUCAÇÃO

Redução de estudantes poderia fechar até 72 escolas, diz secretária

Durante todo este ano 21 escolas foram fechadas ou entregues para gestão do município no Estado

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Segundo a titular da Secretaria de Estado de Educação (SED), Maria Cecília Amêndola da Motta, se a pasta fosse levar em consideração apenas a queda no número de alunos em Mato Grosso do Sul nos últimos anos, 72 escolas poderiam ter sido fechadas por conta da baixa procura de alunos.

“De 2015 para cá foram 16 mil alunos a menos, se eu pegar 2010 foram 52 mil alunos a menos, daria para se desfazer de 72 escolas se fosse o caso”, comentou a secretária após sair de reunião na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS) em que conversou com os parlamentares sobre a decisão de fechar a Escola Carlos Henrique Schrader, localizada em Campo Grande, no final deste ano.

Os fechamentos, conforme a secretaria, fazem parte de plano de reordenamento da educação, que tem a finalidade de “otimizar os recursos públicos”. A secretária afirma que 1.700 salas de ensino do período noturno foram fechadas no início deste ano. Se levarmos em conta que cada uma dessas salas abrigavam 30 alunos, cerca de 51 mil estudantes foram transferidos durante este período no Estado.

Nota da SED na semana passada afirmava que desde 2015 a “Rede Estadual de Ensino (REE) passa por um processo de reordenamento, motivado pela diminuição do total de estudantes matriculados nos últimos dez anos. Entre 2010 e 2018, esse número atingiu o quantitativo de 40 mil estudantes a menos em todas as etapas ofertadas pela REE”.

A secretária, entretanto, não passou qual o valor seria economizado com os fechamentos dessas escolas neste ano. “Eu não estou falando de economia, nós estamos reordenando não é por cota de economia e sim por conta dos investimentos que temos que fazer nas escolas de tempo integral. Nós temos 33 escolas de tempo integral de ensino médio, 20 de fundamental e teremos mais 20 para o ano que vem. Na verdade é uma questão de restruturação. Não tem valor para ser apresentado”, declarou.

Além da Escola Carlos Henrique Schrader, que vai se tornar a sede da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte), outras três unidades da Capital também terão turmas fechadas, já que eles passarão para a responsabilidade do município, que cuida apenas do ensino fundamental 1.

Com essas unidades, a SED contabiliza 21 fechamentos neste ano, sendo que oito estão em Campo Grande. “Se eu posso juntar duas escolas e até três porque não fazer se podemos investir em kit robótica e laboratório? Estou falando em otimização do recurso público, se eu tenho que gastar 25% eu prefiro escola equipada com tudo que precisa do que 300 aqui, 200 ali”, afirmou Maria Cecília.

TEMPO INTEGRAL

Conforme a secretária, números das escolas de tempo integral que já estão funcionando mostram que a evasão escolar e a redução de alunos nessas unidades é muito menor que as escolas de tempo normal.
“Nós já vimos que a primeira escola de tempo integral, que foi na Moreninhas, de 23% de abandono e evasão quando era escola parcial, caiu para 2,37%. Quer coisa melhor que isso, aluno que não se evade, que não vai para rua, fica na escola, que sai profissionalizado, que sai para a academia?”, questionou a secretária.

A gestora da Educação no Estado também confirmou que o plano de fechar a Escola Carlos Henrique Schrader segue de pé. Ao todo o local tem 427 alunos, sendo que desse número, 43% são indígenas.

“Os alunos que estão ali podem ser muito bem atendidos no Hércules Maymone, que atende indígena também e que é corredor de ônibus. Se eu colocar aquela escola inteirinha lá ainda sobram salas”, explicou a secretária.

Maria Cecília também garantiu que nenhum professor concursado, depois desses fechamentos e reordenamentos, ficará sem emprego. “Não há motivo de alarde o professor efetivo não vai perder aula ele vai ser o primeiro a escolher”.

boletim

Mortes por aids caem 4% no período de um ano em MS

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde aponta que há 1.194 pessoas vivendo com HIV ou aids no Estado

07/12/2025 14h30

Em todo o Brasil, houve a expansão na oferta de testes

Em todo o Brasil, houve a expansão na oferta de testes Foto: Breno Esaki / Agência Saúde-DF

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O número de mortes por aids teve queda de 4,1% em Mato Grosso do Sul no comparativo entre 2023 e 2024. Boletim epidemiológico 2025, com ano-base 2024, foi divulgado na última semana pelo Ministério da Saúde e aponta que em 2023 foram 172 óbitos pela doença no Estado, passando para 165 em 2024.

Ainda conforme a Pasta, o resultado acompanha a tendência nacional. O País reduziu 13% os óbitos por aids no período, passando de mais de 10 mil para 9,1 mil, o menor número em três décadas.

Considerando o número de casos, foram registrados 788 em Mato Grosso do Sul no ano passado. O Estado contabiliza ainda 1.194 pessoas vivendo com HIV ou aids.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirma que o resultado reflete os avanços em prevenção e diagnóstico, com terapias de ponta que atualmente são capazes de tornar o vírus indetectável e intransmissível e que estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Alcançamos o menor número de mortes por aids em 32 anos. Esse resultado só foi possível porque o SUS oferece gratuitamente as tecnologias mais modernas de prevenção, diagnóstico e tratamento. Os avanços também permitiram ao país alcançar as metas de eliminação da transmissão vertical como problema de saúde pública”, afirmou Padilha.

Os casos de aids no Brasil também apresentaram redução no período, com queda de 1,5%, passando de 37,5 mil em 2023 para 36,9 mil no último ano, conforme o boletim epidemiológico.

No componente materno-infantil, o País registrou queda de 7,9% nos casos de gestantes com HIV (7,5 mil) e de 4,2% no número de crianças expostas ao vírus (6,8 mil). O início tardio da profilaxia neonatal caiu 54%.

Em todo o Brasil, há 68,4 mil pessoas que vivem com o vírus HIV ou aids, mantendo a tendência de estabilidade observada nos últimos anos.

O País manteve a taxa de transmissão vertical abaixo de 2% e a incidência da infecção em crianças abaixo de 0,5 caso por mil nascidos vivos.

O país também atingiu mais de 95% de cobertura em pré-natal, testagem para HIV e oferta de tratamento às gestantes que vivem com o vírus. Isso significa que o país interrompeu a infecção de bebês durante a gestação, o parto ou a amamentação.

Os resultados estão em linha com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Prevenção, diagnóstico e tratamento

O Brasil adota a estratégia de Prevenção Combinada, que reúne diferentes métodos para reduzir o risco de infecção pelo HIV.

Antes centrada principalmente na distribuição de preservativos, a política incorporou ferramentas como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que reduzem o risco de infecção antes e depois da exposição ao vírus.

Desde 2023, o número de usuários da PrEP cresceu mais de 150%, resultado que fortaleceu a testagem, aumentou a detecção de casos e contribuiu para a redução de novas infecções. Atualmente, 140 mil pessoas utilizam a PrEP diariamente.

Para dialogar com o público jovem, que vem reduzindo o uso de preservativos, o Ministério da Saúde lançou camisinhas texturizadas e sensitivas, com a aquisição de 190 milhões de unidades de cada modelo.

No diagnóstico, houve expansão na oferta de exames com a aquisição de 6,5 milhões de duo testes para HIV e sífilis, 65% a mais do que no ano anterior, além da distribuição de 780 mil autotestes, que facilitam a detecção precoce e o início oportuno do tratamento.

O SUS mantém oferta gratuita de terapia antirretroviral e acompanhamento a todas as pessoas diagnosticadas com HIV.

Mais de 225 mil utilizam o comprimido único de lamivudina mais dolutegravir, combinação de alta eficácia, melhor tolerabilidade e menor risco de efeitos adversos a longo prazo.

Vestibular

UFMS 2026: "Os impactos da conectividade na convivência social" é o tema da redação

Mais de 17 mil candidatos realizam as provas em 11 municípios de MS em busca de uma vaga na UFMS em 2026

07/12/2025 12h00

Provas foram aplicadas neste domingo (7)

Provas foram aplicadas neste domingo (7) FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O tema da redação do Vestibular UFMS 2026, que aconteceu na manhã deste domingo (7) em 11 municípios de Mato Grosso do Sul foi “Os impactos da conectividade na convivência social”.

A informação foi divulgada pela Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (Fapec). 

De acordo com a fundação, o tema tinha como objetivo fazer os candidatos a “refletirem sobre a superexposição às tecnologias digitais e os efeitos desse fenômeno nas habilidades sociais”. 

Em média, 17,5 mil candidatos realizaram o exame de forma presencial nos municípios de Aquidauana, Chapadão do Sul, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas, em busca de uma vaga da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). 

De acordo com o edital, são oferecidas 5179 vagas para o ingresso na Universidade através do Vestibular 2026.

Os portões foram fechados às 8 horas da manhã e os candidatos seguem até às 13 horas em prova. 

Neste ano, três novos cursos fazem parte dos 127 oferecidos pela instituição: Relações Internacionais, da Escola de Administração e Negócios; Inteligência Artificial, da Faculdade de Computação; e Licenciatura em Ciências Sociais, da Faculdade de Ciências Humanas.

Segundo a UFMS, os cursos mais concorridos são Direito, Medicina, Medicina Veterinária, Psicologia, Odontologia e Engenharia de Software. 

A divisão das vagas segue da seguinte forma: 60% para o vestibular, 20% para o Passe - quando o candidato realiza provas em três etapas durante o ensino médio - e 20% para o Sisu (Enem). 

O processo seletivo do vestibular é realizado em etapa única, com 60 questões de múltipla escolha, além da redação. O candidato pôde escolher entre a modalidade presencial ou virtual para realizar a prova, de acordo com o curso escolhido. 

2024

No último vestibular, realizado em 2024 para o ingresso na universidade em 2025, foram oferecidas mais de 6 mil vagas, distribuídas entre os 20 mil candidatos inscritos. 

Somado ao Passe UFMS, foram quase 50 mil inscritos para o ingresso em 2025, considerado um recorde de inscrições. 


 

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