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POPULAÇÃO

Região pantaneira perdeu mais de 10 mil habitantes nos últimos 12 anos

Dados parciais do Censo 2022 divulgados pelo IBGE na quarta-feira mostram que a maior parte dessa perda ocorreu em Corumbá

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Dados parciais sobre o Censo 2022, divulgados na quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que um dos principais biomas do País, o Pantanal, perdeu habitantes nos últimos 12 anos.

Entre o Censo 2010 e a parcial divulgada nesta semana, houve uma redução de 10.312 habitantes, e quase todos os municípios onde o bioma está localizado registraram queda.

Somente Corumbá, cidade considerada a capital do Pantanal, perdeu 8.898 moradores entre 2010 e 2022, de acordo com a parcial do Censo deste ano. O número representa uma redução de 8,5%, o que significa a quarta maior queda em todo Mato Grosso do Sul.

A reportagem tentou falar com a prefeitura da cidade, entretanto, até o fechamento desta edição não obteve retorno.

Em Aquidauana também houve queda. A cidade passou de 45.623 moradores em 2010 para 44.437, redução de 1.186 habitantes (-2,5%).

A única cidade da região onde o bioma está localizado que não acompanhou essa tendência de redução foi Ladário.

No município que fica colado a Corumbá, a população cresceu 6,8%. Passou de 19.653 em 2010 para 20.995 neste ano, um aumento de 1.342 pessoas no período.

COVID-19

Parte da redução da quantidade de habitantes dessas localidades pode ser explicada também pelas mortes atribuídas às complicações da Covid-19. 

De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), nesses locais, somadas, as mortes pela doença chegaram a 968 episódios: foram 519 em Corumbá; 73 em Ladário; 103 em Miranda; 96 em Anastácio; e 177 em Aquidauana.

OUTRAS REDUÇÕES

Além das quatro cidades que compõem a região pantaneira, outros nove municípios de Mato Grosso do Sul também tiveram redução no número de habitantes, de acordo com a prévia do Censo 2022.

O local onde houve a maior redução porcentual foi Porto Murtinho, onde a população saiu de 15.369 em 2010 para 12.625, queda de 17,8% em 12 anos.

Em entrevista publicada na edição desta quinta-feira (29) do Correio do Estado, a prefeitura da cidade afirmou que já esperava que houvesse essa redução, isso porque algumas áreas foram desmembradas do município e incorporado a outros territórios.

“Infelizmente, nas duas últimas gestões, Porto Murtinho passou por dois momentos em que seu território foi reduzido, tendo parte de suas áreas sido integrada ao município de Bodoquena e parte a Jardim. Entre essas áreas, tivemos, por exemplo, a Aldeia Campina inteira. Já se esperava uma redução populacional em relação à diminuição territorial do município, contudo, vamos aguardar o resultado final para confrontar com os dados que temos”, dizia nota da prefeitura local.

Além de Porto Murtinho e dos municípios que compõem o Pantanal, também houve queda em Pedro Gomes, Anaurilândia, Brasilândia, Camapuã, Caracol, Coronel Sapucaia, Guia Lopes da Laguna, Jateí e Sonora.

AUMENTO

O município com o maior aumento populacional em 12 anos em Mato Grosso do Sul foi Chapadão do Sul, que registrou crescimento de 55,1%. A cidade passou de 19.654 moradores em 2010 para 30.497 neste ano, conforme o balanço parcial do IBGE.

Na sequência, São Gabriel do Oeste teve um salto de 43,6% em moradores.

Fazendo uma comparação, o maior aumento foi registrado em Campo Grande. A Capital ganhou 154.936 habitantes. O salto populacional nos últimos anos foi de 787.204 para 942.140, o equivalente a 19,6%.

Na sequência, as cidades que mais ganharam moradores foram Dourados (64.951), Três Lagoas (30.929) e Ponta Porã (12.890). Já Mato Grosso do Sul ganhou 384.401 habitantes, uma vez que tinha, em 2010, 2.449.341 moradores e chegou a 2.833.742 neste ano.

Saiba: A pesquisa também mostra que Jateí é a menor cidade de MS, com 3.315 habitantes.


 

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rapper

Oruam visita o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Pai do rapper é um dos líderes do Comando Vermelho e cantor se declarou como "a voz dos presidiários"

13/03/2025 16h31

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande Foto: Reprodução / Instagram

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O rapper Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no Presídio Federal de Campo Grande. Fotos e vídeos da visita foram compartilhados pelo músico nessa quarta-feira (12), nas redes sociais. Marcinho VP é apontado como um dos líderes da facção Comando Vermelho e está preso desde 1996 por tráfico e homicídio.

Em uma das postagens, Oruam se declarou como "voz dos presidiários", mas apagou a mensagem pouco tempo depois.

"Eu falo pelos presos, eu represento os excluídos. Cadeia é lugar de ressocialização, eu canto para tirar meu pai do crime, coisa que o estado não faz, apenas alimenta a burguesia com mentiras dos pobres. O sistema falhou 'com nós', mas nós não precisamos dele", postou o rapper.

Nas imagens publicadas, Oruam aparece ao lado de outros familiares, vestido de rosa, em frente a Peninteciária Federal de Campo Grande.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por 22 (@oruam)

Conforme reportagem do Correio do Estado, o rapper já declarou que odeia visitar o pai por considerar a situação "desumana".

No documentário "O Grito - Regime Disciplinar Diferenciado", sobre o sistema penitenciário brasileiro, Oruam disse que foi concebido na prisão, durante uma visita intíma, e que nunca conviveu com o pai fora das grades.

"Eu nunca vi meu pai na rua. Nós nunca convivemos com nosso pai em nenhum momento da nossa vida. Quando eu nasci, meu pai já tava preso", disse.

Há pouco mais de um ano, Marcinho VP, foi transferido para a Penintenciária Federal de Campo Grande, onde ainda permanece, e o rapper daz visitas frequentes à capital sul-mato-grossense para vê-lo, mas diz que é constragedor e uma tortura.

"[São] mais de 15 celas. Passa o maior constrangimento para entrar e só fala pelo interfone. Como tu vai ver teu pai por um vidro no meio?", disse na produção da Netflix.

"Não pode nem encostar na pessoa, abraçar, falar. É tortura. Presídio Federal é tortura. Para nós que somos família é desumano. Se eu vou ver meu pai, eu quero encostar, dar um beijo",acrescentou Oruam.

Por fim, o rapper disse que aprendeu a conviver com a saudade. "Na minha mente eu sei que ele não vai estar aqui", concluiu.

Marcinho VP 

Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, é apontado com nome proeminente da criminalidade do Rio de Janeiro há quase três décadas, sendo um dos principais líderes do Comando Vermelho, ao lado de Fernandinho Beira Mar.

Preso desde 1996 , ele está em penitenciárias federais desde 2010, atualmente em Campo Grande.

No entanto, o encarceramento não impediu que Marcinho VP continuasse no mundo no crime. Mesmo de dentro do presídio, ele ordenou uma série de crimes que foram cometidos por outros faccionados.

Nos últimos 14 anos, ele cumpre pena em unidades federais. 

Marcinho VP é pai do rapper Oruam, que já fez manifestações públicas pedindo a liberdade do pai, sendo a mais polêmicas a apresentação no Lollapalooza 2024, onde vestiu uma camiseta que pedia a liberdade de Marcinho VP.

O cantor tem uma tatuagem em homenagem ao pai e também ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.

Decisão.

STF libera R$ 16 milhões do governo estadual por acordo sobre terra indígena de MS

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível

13/03/2025 16h00

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João Foto: Reprodução

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O Supremo Tribunal Federal (STF) por meio do ministro Gilmar Mendes autorizou a distribuição dos R$ 16 milhões depositados em janeiro pelo governo de Mato Grosso do Sul, acordo de regulação da terra Nhanderu Marangatu, e que estava em litígio entre indígenas e fazendeiros em Antônio João, interior do estado. O repasse é referente ao depósito judicial, previsto em repasse aos proprietários das terras. 

Serão R$ 791.062,86 enviados a Salazar Advogados Associados e outros R$ 15.208.937,14 em favor um procurador do grupo de fazendeiros.

“Solicito que esta Suprema Corte seja informada tão logo seja efetivada a referida transferência”, destaca o ministro, que deu o parecer sobre a emissão dos alvarás na última quarta-feira (12).

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível.  

“No que concerne ao montante depositado pelo Estado do Mato Grosso do Sul (...), determino a imediata expedição de alvarás com as seguintes especificações, ressalvada a responsabilidade das partes, inclusive criminal, pela indicação dos responsáveis pelo recebimento do montante, caso verificada incorreção nas informações apresentadas”, diz outro trecho da decisão.

Ao todo, a União repassou R$ 27.887.718,98  a título das benfeitorias apontadas em avaliação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2005, valores  corrigidos pela inflação e a Taxa Selic.Os proprietários também devem receber indenização, pela União, no valor de R$ 101 milhões pela terra nua.

Cabe destacar que o pagamento indenizatório de R$ 27 milhões aos produtores rurais que viviam na terra situada na fronteira com o Paraguai, próximo à faixa de 150 quilômetros paralela à linha divisória do território nacional foi firmado em acordo indenizatório histórico realizado em setembro do ano passado após o STF determinar que a área é território ancestral indígena.

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