O traficante Lindomar Reges Furtado, 45, foi preso na tarde deste domingo (2) no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de Janeiro. Apontado pela Polícia Federal como um dos maiores traficantes de cocaína do Brasil, ele estava escondido em uma casa dentro de um condomínio na região.
De acordo com a PF, ele realizava constantemente procedimentos estéticos para alterar sua aparência e dificultar sua identificação.
Lindomar é apontado com sócio da família Insfran, que na região de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul usa equipes de futebol e igrejas evangélicas para lavar o dinheiro do tráfico da cocaina.
Uma destas igrejas, o Centro de Renascimento, localizado na cidade de Curuguaty, a cerca de 80 quilômetros da sul-mato-grossense Paranhos, chegou a ser alvo de uma megaoperação da Senad, em março de 2022.
No local onde foi preso neste domingo, o traficante era conhecido como Fabiano. Na residência, estavam também integrantes de outra família, que não foram levados à delegacia.
De acordo com o advogado de Lindomar, Diogo Ferrari, já havia um mandado de prisão contra o suspeito. "Nós vamos apresentar nossa defesa sempre colaborando com a Justiça", disse.
Após a captura, foi expedido um mandado de busca e apreensão para o imóvel. Durante a ação, foram encontrados R$ 55 mil em dinheiro, joias e documentos.
Lindomar era procurado pela Polícia Federal havia três anos. Ele foi um dos alvos da Operação Turfe, realizada em fevereiro de 2022, por agentes da polícia do Paraguai.
Na ocasião, câmeras de segurança de um condomínio de luxo registraram sua fuga em um carro preto apenas 50 segundos antes da chegada da polícia. A Polícia Federal brasileira e agentes federais do Paraguai continuam investigando a fuga.
Sua esposa também era alvo da mesma operação e se entregou à PF em agosto de 2024. Atualmente, ela está em liberdade provisória, monitorada por tornozeleira eletrônica.
As investigações apontam que a quadrilha de Lindomar transportava drogas da Bolívia e da Colômbia para o Rio de Janeiro, de onde eram enviadas para a Europa. O grupo também planejava expandir o tráfico para a África, com destino final na Austrália.
Ao todo, a operação Turfe apreendeu mais de oito toneladas de cocaína, além de arrecadar cerca de R$ 11 milhões do grupo de criminosos no decorrer da investigação.
(Com informações da Folhapress)