Cidades

DE OLHO NO FUTURO

'Rolê na 14 de julho' é alvo de discussão na Câmara de Campo Grande

Entre sucesso de público e reclamação dos comerciantes, o chamado Corredor Gastronômico, Turístico e Cultural da rua no "coração" da Capital é pauta de audiência pública na Casa de Leis na próxima sexta (1º de novembro)

Continue lendo...

No "coração" de Campo Grande, a instituição da Rua 14 de Julho como Corredor Gastronômico Turístico e Cultural se mostrou sucesso de público e se tornou o novo "rolê" dos campo-grandenses, porém, acumula reclamações por parte de comerciantes e será pauta de audiência pública na Câmara Municipal na próxima sexta-feira (1º de novembro). 

Conforme publicado na manhã de hoje (28) no Dário Oficial de Campo Grande, a audiência pública está agendada para às 09h da próxima sexta-feira, marcada para acontecer no plenário Oliva Enciso da Casa de Leis. 

Na Casa, o assunto fica a cargo da Comissão Permanente de Cultura da Câmara Municipal, que na atual legislatura é composta pelos seguintes vereadores: 

  • Ronilço Guerreiro (presidente), 
  • Júnior Coringa (vice), 
  • Beto Avelar, 
  • Professor Juari e 
  • Gilmar da Cruz.

Essa oportunidade é estendida tanto para os empresários - que chegaram a reclamar do excesso de público -, quanto à população e representantes da sociedade civil, com intuito de ouvir e compartilhar ideias que busquem o desenvolvimento. 

Segundo o presidente da Comissão, Ronilço Guerreiro, criar o corredor foi fundamental para que esse ponto da 14 se torne referência nos quesitos cultura e lazer, com resultados já visíveis, segundo o vereador. 

"É desafiador, mas precisamos discutir as melhores maneiras de fomentar o local e encontrar soluções para problemas existentes como banheiros, organização do trânsito, maneiras de apoiar o comércio e implementar melhorias que beneficiem tanto os comerciantes quanto a população", expõe Ronilço. 

Entenda

Em meados do mês de agosto a Prefeitura de Campo Grande determinou o fechamento da rua durante os fins de semana, em um plano visando expansão noturna, especialmente no período das 20h30 até às 23h30.

Toda a iniciativa buscava atender uma demanda crescente, dos bares que passaram a se espalhar em pontos da 14 de julho, com estratégia de interdição focada principalmente para às sextas-feiras; sábados e domingos. 

A instituição do corredor gastronômico veio em 28 de agosto, mas antes disso alguns dos bares já pediam o fim da interdição e reabertura da rua a partir de outubro.

"Não aos ambulantes!"? 

Já tradicional em Campo Grande, o "Festival Afronta" - da produtora de mesmo nome -, que assumidamente promove e fomenta a cultura preta; urbana; periférica e LGBTQIAPN+ em Mato Grosso do Sul, também se valeu do espaço para trazer à 14 de julho mais uma edição do evento. 

Trazendo ao palco campo-grandense até mesmo a cantora Leci Brandão, o evento sofreu represálias do movimento de bares da 14 que, chamando de "desvalorização da rua", abriu um grito de campanha que fechava uma nota de repúdio com a frase "diga não aos ambulantes". 

Conforme apontou o movimento de bares, em vídeo que circulou pelas redes sociais, a insatisfação com o fechamento da rua se deu pela presença de ambulantes e consequente baixa no consumo dos estabelecimentos que assumidamente vendem mais caro. 

"Sem [os estabelecimentos] não haverá ambulantes oferecendo bebidos a preços acessíveis. Se os bares não sobreviverem, o evento como conhecemos chegará ao fim. Infelizmente, tomando o evento de hoje como exemplo, nós bares também colaboramos para que ele acontecesse, na expectativa de fomentar o consumo em nosso espaço", citava nota assinada pelos empresários.  

Porém, a nota de repúdio foi repudiada pela própria produção do Festival, no que a Afronto considerou uma atitude "desrespeitosa, egoísta e racista", principalmente pela valorização de periferias e comunidades pelo aceso à cultura gratuita e democrática. 

A Afronta Produções destacou que, na ocasião, levou para a 14 a Feira Criativa, com 10 expositores e bar oficial do evento, ambos com as autorizações dos órgãos competentes, diferente do que foi apontado na nota dos empresários sobre "instalação desorganizada de barracas de bebidas".

"Além disso, não concordamos com a forma colocada na nota com relação à insatisfação com os ambulantes presentes, pessoas que, assim como os artistas e público do Afronta, fazem parte da sobrevivência e dignidade na periferia. As críticas dos bares demonstra falta de compreensão sobre a importância da ocupação dos espaços públicos por movimentos que promovem diversidade, inclusão e resistência", frisam, 
 

Assine o Correio do Estado

Cidades

Quais são os próximos passos do projeto que pode desarmar segurança de Lula?

O texto ainda precisa passar pelas comissões de Administração e Serviço Público, e de Constituição e Justiça e de Cidadania, para apreciação e votação

09/04/2025 22h00

Presidente Lula

Presidente Lula Foto: Arquivo

Continue Lendo...

Um projeto que proíbe os seguranças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de todos os seus ministros a usarem armas de fogo para trabalhar avançou na Câmara dos Deputados. A proposta foi aprovada nesta terça-feira, 8, na Comissão de Segurança da Câmara, por 15 votos favoráveis, oito contra e uma abstenção.

O texto ainda precisa passar pelas comissões de Administração e Serviço Público, e de Constituição e Justiça e de Cidadania, para apreciação e votação. Por ter "caráter conclusivo", não será preciso que o plenário da Câmara vote o projeto: se as comissões o aprovaram, ele segue para a Casa revisora, neste caso, o Senado Federal.

Uma vez aprovado pelos senadores, vai para sanção presidencial, momento em que Lula pode transformar o projeto em lei, ou vetá-lo parcial ou integralmente.

O presidente foi pessoalmente atacado durante a discussão da proposta que mira o afrouxamento de sua segurança. O relator do projeto, deputado Gilvan da Federal (PL-ES), disse que deseja a morte do chefe do Executivo. "Eu quero mais que Lula morra, eu quero que ele vá para o quinto dos infernos. Eu quero mais que ele morra, e que (os seguranças dele) andem desarmados."

O deputado defende que a segurança de Lula e do primeiro escalão do governo "se adeque à realidade imposta pelos mesmos ao cidadão comum".

Pela declaração, Gilvan pode ser alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF), a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) Parlamentares do PT também solicitaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o colega seja investigado.

Delegado Caveira (PL-PA), autor da proposta, disse acreditar que a atuação dos agentes deve "estar de acordo com a ideologia do atual mandatário, que não vê nas armas de fogo algo benéfico para a sociedade".

ASSISTÊNCIA SOCIAL

"Queremos alcançar 17 mil famílias no Estado", diz secretária sobre Mais Social

Mais de 180 servidores estão trabalhando na busca ativa por pessoas em situação de vulnerabilidade social

09/04/2025 17h27

Na foto estão, Tatiana, o marido, o filho mais novo, a secretária da Sead/MS, Patrícia Cozzolino e dois recenseadores

Na foto estão, Tatiana, o marido, o filho mais novo, a secretária da Sead/MS, Patrícia Cozzolino e dois recenseadores FOTO: Gerson Oliveira

Continue Lendo...

Nesta quarta-feira (9), equipes de recenseadores da SEAD/MS - (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), estiveram na região do Núcleo Industrial, em Campo Grande, abordando famílias em situação de vulnerabilidade social, para serem cadastradas no Programa Mais Social, do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, com a missão de fazer de Mato Grosso do Sul o 1º estado do Brasil a erradicar a extrema pobreza

As pessoas foram localizadas pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Sead em um trabalho com a Segem/Segov (Secretaria Executiva de Gestão Estratégica e Municipalismo), utilizando pesquisa de campo e cruzamento de dados.

Na ocasião, a secretária Patrícia Cozzolino esteve presente, visitando as residências e explicando como o projeto funciona. Na sequência, as equipes da Sead, conheciam a casa, colhiam os dados e solicitavam documentos que comprovasse as informações, para que as famílias pudessem ser cadastradas no benefício, e também orientadas sobre seus direitos e deveres enquanto beneficiários.

O programa oferece um cartão no valor de R$ 450 para a compra de alimentos, produtos de higiene e gás de cozinha e oportunidades de ensino e cursos profissionalizantes para que a pessoa possa ascender socialmente. O cartão é monitorado e os gastos apenas podem ser para itens de alimentação e gás, caso contrário, ele é cortado

Para a imprensa, Patrícia explicou que, as pessoas que foram alcançadas, não tem suporte para solicitarem os benefícios do Governo sem ajuda. Por isso, a Sead está realizando essa busca ativa em todo o Mato Grosso do Sul. “O Estado inverteu a logística! Ao invés do beneficiário se deslocar até a sede do programa ou se inscrever pela plataforma, agora é o Estado que está indo atrás das pessoas mais necessitadas”, disse.

Segundo ela, mais de 180 servidores estão trabalhando nessa busca ativa, e com isso, aproximadamente 17 mil famílias serão beneficiadas. “São 17 mil famílias espalhadas pelos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Os servidores recebem a localização delas que é feita por georreferenciamento e vão até elas”, ressaltou.

Ainda conforme Patrícia, em três semanas de busca ativa, cerca de mil e duzentas pessoas já foram incluídas no Mais Social, e isso representa uma vitória para a secretaria. “Estamos muito felizes com os resultados e vamos continuar trabalhando para alcançarmos o maior número possível”, afirmou.

A diarista e dona de casa Flaviana Furtado, de 30 anos, foi uma das inscritas no benefício durante a visita da secretária, e afirmou que será muito bem-vindo, tendo em vista que ela não tem renda fixa. “Meu marido trabalha em uma fábrica de couros aqui da região todos os dias, e quando a demanda é muito grande, eu faço diárias lá também, mas quando não precisa, eles me dispensam, então não é um dinheiro que tenho sempre e a renda do meu marido sozinho é em torno de R$ 1,2 mil”, disse.

Na foto estão, Tatiana, o marido, o filho mais novo, a secretária da Sead/MS, Patrícia Cozzolino e dois recenseadores

Na casa de Flaviana moram ela, o marido e a filha de 7 anos, e segundo ela, o gasto com comida, entre mantimentos e acompanhamentos chega a R$ 600, e com os outros gastos, sempre acaba faltando alguma coisa. “Eu compro cesta básica, mas não dura o mês e as vezes falta para um remédio, para um lazer, então esse dinheiro vai nos ajudar bastante”, completou ela.

Além de Flaviana, a jovem Tatiana Pereira, de 18 anos, também foi inscrita no Mais Social durante a ação, e segundo ela, o benefício vai chegar em boa hora. “Eu estou gestante, tenho mais dois filhos e a situação fica difícil às vezes, por isso eu tava esperando muito por essa visita”, comemorou ela, que estava esperando a equipe na frente da residência.

INCENTIVO AO ESTUDO

Durante as visitas, a secretária Patrícia Cozzolino, afirmou ainda, que a Sead/MS está trabalhando para oferecer mais benefícios para essa população, como o incentivo aos estudos e qualificação para o mercado de trabalho.

Para Flaviana, que quer terminar o ensino médio, ela explicou que o Estado está fazendo um cruzamento de dados e conversando com os beneficiários sobre o interesse em retornar aos estudos ou se qualificar para uma profissão. “Durante o cadastro, nós questionamos se a pessoa pretende fazer algum curso, e mesmo que esse curso não seja oferecido, a partir de um número de pessoas interessadas, nós vamos oferecer. No caso da Flaviana, nós conversamos sobre o EJA – (Educação para Jovens e Adultos), na modalidade EAD – (Ensino a distância)”.

Na foto estão, Tatiana, o marido, o filho mais novo, a secretária da Sead/MS, Patrícia Cozzolino e dois recenseadores

Diante desse cenário, a secretária fez questão de ressaltar que, o objetivo, não é apenas oferecer o valor do benefício para a pessoa, mas também, contribuir para que ela mude de faixa social. “O Estado está dando a oportunidade para que a pessoa volte a estudar e possa depois ou fazer uma universidade ou um curso técnico profissionalizante para ocupar as vagas de emprego”, disse ela, afirmando que, atualmente há mais vagas de emprego do que pessoas disponíveis.

Segundo Patrícia, o problema é que as vagas exigem pessoas mais qualificadas. “Se nós não interferirmos, oferecendo uma estrutura para a família de baixa renda, com a alimentação, com a questão da saúde, da educação, a família não consegue nunca ir para aquela vaga”, finalizou.

Os cursos e oportunidades citados pela secretária são fruto de uma parceria da SEAD/MS - (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), com SED/MS - (Secretaria Estadual de Educação), por meio da Funtrab - (Fundação do Trabalho), e também com o apoio da SEMADEC - (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

Assine o Correio do Estado.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).