Cidades

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Rosaria

Rosaria

Redação

08/04/2010 - 20h26
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Já abordei em artigos anteriores a minha convicção a respeito da reencarnação. Não que eu seja espírita. Essa convicção decorre do meu raciocínio e do meu entendimento. Eu sou filho de Deus. Na realidade, todos nós somos. Só que muitos são desatentos.

Tenho como uma das confirmações o meu relacionamento com a Rosaria, minha mulher. Tenho plena certeza, pelo amor que nos une e pelo respeito mútuo: ela já foi minha mulher em muitas encarnações, e pelo carinho, solidariedade e lealdade que me devota, deve também ter sido minha mãe, em outras. Isso para mim é incontestável.

Em 1969, eu, soldado raso, servia na 4ª Companhia Média de Manutenção, unidade da 9ª Região Militar, que naquele ano tinha a seu cargo atender no Círculo Militar por ocasião das festas juninas. Eu fazia o serviço de garçom, quando de repente me vi à frente de uma moça que me causou uma forte impressão espiritual; tentei dirigir-lhe a palavra, mas logo pensei: "Uma moça dessa não vai dar bola para um simples soldado". Assim, não lhe disse nada.

Ao comentar com a Rosaria essa situação, anos depois de casados, ela me disse que se lembra dessa festa à qual foi acompanhada de seus tios, Castro e Babel. Nessa noite, uma cigana leu a sua mão e lhe disse que o seu futuro marido se encontrava ali, naquele local. Quer dizer, para mim, aquela moça que havia me impressionado na festa só podia ser a Rosaria. O que mais uma vez mostra que nada é por acaso.

Ao nos casarmos em 1963, em Ponta Porã, ela com 19 anos e eu com 23 – então funcionário do Banco do Brasil –, iniciamos uma caminhada que só fez nos unir cada vez mais, principalmente em virtude das adversidades enfrentadas.

Em 1968, atrevi-me a atuar como negociante de carros e, sem nenhuma experiência comercial, acabei metendo os pés pelas mãos. Com isso, contraí dívidas que acabaram determinando a minha demissão do banco, e a cujo pagamento levei mais de cinco anos para saldar. Com muito sacrifício e trabalho, isso se tornou a oportunidade para consolidar nosso casamento, devido à imensa solidariedade da Rosaria, sempre ao meu lado.

Após um período em São Paulo, aportamos aqui em Campo Grande (eu de volta), como gerente de vendas de um fundo de investimento, já com três filhas e a quarta, Cynthia, a caminho. Infelizmente ela viria a falecer aos três meses de idade, num acidente de carro. Essa foi mais uma adversidade a nos unir.

A Rosaria é uma mulher muito fértil, também para procriar. Ficou grávida nove vezes: a primeira e a penúltima gravidez foram interrompidas de forma casual. Tivemos então sete filhas.

As situações vividas na vida conjugal, na criação das nossas filhas – aqui nasceram mais três meninas – consolidaram de forma indelével o nosso casamento.

A Rosaria é uma pessoa que tem uma qualidade muito rara: é dotada de bom senso. Aprendi com ela que ser sensato e fazer o correto juízo das coisas, é dificílimo. Ela não se dá a extremos, não segue fórmulas preestabelecidas e não se impressiona com qualquer novidade. E alia a isso um sentimento de solidariedade para com todos, sem nunca cair no apiedamento.

Através do nosso relacionamento e com a convivência com as nossas meninas eu pude observar e confirmar o quanto, realmente, as mulheres são surpreendentes. No meu caso, se tivesse ouvido a minha mulher em inúmeras circunstâncias, não teria cometido tantos erros quantos cometi.

Ao nos casarmos, os seus estudos foram interrompidos na 3ª série ginasial. Com a educação das meninas e no próprio trabalho de ensiná-las nas tarefas escolares, ela foi aos poucos readquirindo o gosto pelo estudo. Assim, quando a Thaís, nossa filha caçula, atingiu uma idade mais adequada, Rosaria começou a estudar sozinha. Prestou exames através do antigo artigo 91, madureza, e completou o curso secundário.

Passou no primeiro vestibular que prestou, classificando-se em 16º lugar, numa turma de 150 alunos. Ela começou, assim, o curso de Serviço Social, onde veio a graduar-se como assistente social, na Fucmat, em 1984.

Nossas seis filhas são: Valéria, graduada em direito, Andréa em artes cênicas, Raquel, publicitária, Alessandra, psicóloga, Flávia, jornalista e Thaís, engenheiro civil. Todas, felizmente, são muito bem casadas. E nos brindaram, por enquanto, com doze netos: quatro meninas e oito meninos.

E desse meio, emerge, majestosa, Rosaria, e se consagra, para mim, como um exemplo vivo de dedicação, solidariedade e amor.

Mulher é realmente um ser divino. Testemunho de um PhD no assunto.

Heitor Freire, advogado e corretor de imóveis

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Corumbá inicia mutirão de limpeza mudando visual para o Carnaval

Além de preparar a cidade para receber turistas, preocupação é também com a incidência de casos de dengue, zika vírus e Chikungunya

02/01/2025 17h45

Mutirão de limpeza já se iniciou no primeiro dia útil em Corumbá

Mutirão de limpeza já se iniciou no primeiro dia útil em Corumbá Foto: Divulgação

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O primeiro dia de trabalho do prefeito corumbaense Gabriel Oliveira foi pelas ruas da cidade, tomada pelo lixo e mato reflexos do abandono da gestão anterior. A preocupação não é apenas com a incidência de casos de dengue, zika vírus e Chikungunya, mas em preparar a cidade para receber os milhares de turistas em março, quando ocorrerá o carnaval.

Logo pela manhã, Gabriel lançou as ações da campanha "Feliz Cidade, Cidade Limpa, Povo Feliz", na rua Pedro de Medeiros, bairro Popular Velha. Conversou com moradores e se reuniu com seu secretariado e técnicos, oportunidade em que pediu o empenho de todos. "Será uma campanha de longo prazo e vamos envolver as escolas e empresas", disse.

Novo visual

O foco central é a prevenção às doenças em um período de muita chuva, porém o aspecto de abandono da cidade preocupa o novo gestor. "É uma limpeza do ambiente que a gente vê na cidade, que, infelizmente, está tomada pela sujeira. Acredito que até o carnaval vamos fazer uma boa conscientização e conseguir transformar o visual da cidade", comentou.

Logo cedo, trabalhadores e máquinas "invadiram" o bairro Popular Velha com serviços de em roçada, pintura de meio-fio, coleta de lixo, varrição e controle de endemias nas ruas, terrenos baldios, prédios públicos e residências. A entrada da cidade, pelas BRs 262 e 359, também receberão atenção especial.

O deputado Paulo Duarte acompanhou o início do mutirão e afirmou que a cidade vive um novo momento. "De fato, Corumbá vai viver novos tempos. Tenho certeza que o doutor Gabriel será, junto com a Bia (vice-prefeita), o grande condutor dessa mudança. Estarei sempre aqui para apoiar toda e qualquer ação da prefeitura", destacou.

Balanço de acidentes

Festas de fim de ano terminam com 12 mortos nas rodovias de MS

Conforme a PRF e PMR, números representam queda se comparado com o quantitativo de óbitos nos feriados de 2024

02/01/2025 17h30

Período de festas teve mais de 50 acidentes registrados nas estradas do estado

Período de festas teve mais de 50 acidentes registrados nas estradas do estado Divulgação

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Mato Grosso do Sul teve 12 mortes nas rodovias durante as festividades de Natal 2024 e ano novo. Só nas rodovias estaduais, foram seis mortes registradas, e nas estradas federais, outros seis óbitos.

Os balanços foram divulgados pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv) e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta quinta-feira (2).

Nas rodovias federais, específicamente, foram 4 mortes registradas no período de Natal e mais dois óbitos durante a Operação Ano Novo. Durante a operação - deflagrada entre o dia 27 de dezembro e 1º de janeiro - ao todo, foram registrados 20 acidentes.

Destes, 8 foram considerados graves, com 26 feridos e 2 óbitos. O número de mortos neste recorte apresentou queda de 50% se comparado com a Operação Ano Novo 2023/2024, que apresentou 8 registros de óbitos.

Conforme a PRF, em Mato Grosso do Sul, 5.790 veículos passaram por fiscalização nas unidades da coorporação e 1.526 infrações foram flagradas. Foram realizados 5.049 testes do bafômetro e 70 veículos foram recolhidos.

Rodovias Estaduais

O cenário de queda nas mortes também foi observado nas rodovias estaduais. Segundo o balanço da Operação Boas Festas da PMRv, entre 9 de dezembro de 2024 e 2 de janeiro, foram registrados 31 acidentes.

O número é 41,5% menor se comparado com o ano anterior, quando foram registrados 54. O número de mortos também caiu, com 6 registros na atual operação contra 8 em 2023/2024, uma queda de 25%.

Ainda segundo a Polícia Militar Rodoviária, a Operação Boas Festas continua nas rodovias estaduais até o próximo domingo, dia 5 de janeiro. A instituição também reforça a importância de conferir as condições mecânicas e o estado dos equipamentos de segurança do carro, em caso de viagem. Realizar manutenções nos pneus, freios, faróis, entre outras peças é fundamental.

Além disso, planejar a viagem com antecedência, e conduzir o veículo com máxima atenção e prudência é crucial para evitar ocorrência de acidentes.

Casal morre em acidente envolvendo quatro veículos pouco antes da virada do ano

Gledson Peixoto e Andrea Brisolin morreram na noite da última terça-feira, dia 31 de dezembro de 2024, em um acidente envolvendo quatro veículos na MS-382, a cerca de 10 quilômetros de Guia Lopes da Laguna.

Conforme apurado pela mídia local, o casal voltava de Bonito após deixar o filho, de 21 anos, na Capital do Ecoturismo, local onde ele celebraria a virada do ano.

Eles estavam em um Chevrolet Ônix quando uma Toyota Hilux, com placa de Rio Brilhante, colidiu frontalmente com o veículo. Informações preliminares apontam que a caminhonete havia invadido a pista contrária, no entanto, a polícia ainda irá concluir a investigação. A condutora foi socorrida com ferimentos, e não há atualização a respeito de seu estado de saúde.

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