Cidades

Rio Grande do Sul

RS inaugura primeira cidade provisória para desabrigados das enchentes

Centro Humanitário de Acolhimento (CHA), denominado Recomeço, foi aberto pelo governo gaúcho no pátio da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) da Petrobras, em Canoas

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A primeira cidade provisória destinada às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul foi inaugurada nesta quinta-feira (4) em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. O Centro Humanitário de Acolhimento (CHA), denominado Recomeço, foi aberto pelo governo gaúcho no pátio da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) da Petrobras.

O espaço começou a receber os primeiros moradores, principalmente do próprio município de Canoas, um dos mais afetados pelas cheias. A capacidade máxima de 630 pessoas deve ser alcançada até o dia 15. A composição familiar foi considerada para receber as primeiras famílias, priorizando idosos, gestantes, pessoas com deficiência (PCDs) e pessoas com transtorno do espectro autista (TEA).

O CHA conta com 126 casas modulares instaladas em uma área de 30 mil metros quadrados, próxima à estação do Trensurb. As estruturas são simples e seguem o padrão da Organização das Nações Unidas (ONU) para refugiados, similar aos alojamentos erguidos em Roraima durante a crise de imigração venezuelana.

Cada casa tem 17 m² e pode abrigar até cinco pessoas, oferecendo camas de casal, beliches, e berços conforme a necessidade de cada família. A gestão do espaço será feita pela Agência da ONU para as Migrações (OIM), com a alimentação a cargo de uma empresa contratada pela agência, servida em um refeitório coletivo com capacidade para 450 pessoas.

A iniciativa é coordenada pelo vice-governador Gabriel de Souza (MDB) e faz parte do Plano Rio Grande, um conjunto de ações estaduais para mitigar os danos das chuvas e enchentes. A instalação das casas começou em 17 de junho, financiada pelo sistema Fecomércio/Sesc/Senac. As casas modulares foram doadas pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e montadas com o auxílio do Exército.

A área de higiene inclui 28 contêineres com banheiros, oferecendo 76 sanitários comuns, 15 para PCDs, 54 chuveiros, e seis deles adaptados para PCDs. Segundo o governo do estado, a média de um banheiro para cada sete pessoas é superior à recomendação da OIM, que é de um para 20. O espaço também possui berçário, fraldário e cadeiras de amamentação.

A lavanderia conta com oito máquinas de lavar, oito de secar e um espaço com varais coletivos. A segurança será garantida pela Brigada Militar do RS, que terá um posto fixo, e pela Secretaria de Segurança Pública de Canoas, que gerenciará as câmeras de circuito interno.

Dois consultórios médicos foram montados, um para atendimento e outro para recuperação, com equipes de saúde e assistência social municipal e estadual. O governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou durante a inauguração que, apesar de ainda não ser o cenário ideal, o centro humanitário representa "mais um passo" para reduzir o número de desabrigados no estado, atualmente cerca de 6.000 pessoas.

Os próximos quatro CHAs serão instalados em Porto Alegre, no Centro Vida, no estacionamento do Porto Seco e no Centro de Eventos Ervino Besson, além do Centro Olímpico Municipal (COM) de Canoas. A previsão é que esses centros acolham cerca de 3.700 pessoas.

*Com informações de Folhapress

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TRAGÉDIA

Mãe e três filhos morrem em acidente na BR-060

Filhos eram menina de 10 anos, menino 11 anos e um bebê de 3 meses

07/04/2025 08h07

Veículo que invadiu a pista contrária pegou fogo no matagal às margens da rodovia

Veículo que invadiu a pista contrária pegou fogo no matagal às margens da rodovia DIVULGAÇÃO

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Mãe, de 29 anos, e três filhos, menina  de 10 anos, menino 11 anos e um bebê de 3 meses, morreram em acidente entre dois carros, na noite deste domingo (6), na BR-060, próximo a curva da Estação Guavira, entre Campo Grande e Sidrolândia, a 70 quilômetros da Capital.

Conforme apurado pela reportagem, a mãe, esposo e os três filhos estavam em uma Volkswagen Saveiro sentido Campo Grande-Sidrolândia, quando, um Chevrolet Corsa, que trafegava em alta velocidade e em zigue-zague sentido Sidrolândia-Campo Grande, invadiu a pista contrária e atingiu violentamente a lateral da Saveiro.

Veículo que invadiu a pista contrária pegou fogo no matagal às margens da rodoviaMãe e seus três filhos morreram no acidente; apenas o pai sobreviveu. Foto: divulgação/redes sociais

Em seguida, a Saveiro foi atingida por uma carreta carregada com calcário. O Corsa foi parar no matagal às margens da rodovia e pegou fogo. As chamas formaram uma barricada e espalharam fumaça, prejudicando a visibilidade de motoristas. 

Mãe, Drielle Leite Lopes e os três filhos morreram na hora. O esposo, Oldinei Centurión Saraiva, de 42 anos, foi socorrido com vida e encaminhado ao hospital. A família é residente de Sidrolândia e, conforme apurado pela mídia local, voltava de um passeio.

O motorista do Corsa foi arremessado para fora do veículo, que em seguida pegou fogo. Ele sofreu diversas fraturas e foi levado ao hospital, mas seu estado de saúde não foi divulgado. O condutor da carreta não teve ferimentos.

A via chegou a ficar totalmente interditada por algumas horas. O acidente provocou um congestionamento de aproximadamente 10 quilômetros na rodovia.

Polícia Rodoviária Federal (PRF), Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Polícia Civil (PCMS), Polícia Científica (perícia) e fenurária estiveram no local para efetuar os procedimentos de praxe.

As causas e circunstâncias do acidente serão apuradas pelas autoridades competentes.

Veículo que invadiu a pista contrária pegou fogo no matagal às margens da rodovia

* Com informações de SIDRONEWS 

JUSTIÇA FEDERAL

Homem é condenado por transportar 11 toneladas de agrotóxicos proibidos no Brasil

Produtos eram de origem paraguaia e foram apreendidos em Maracaju em 2022; Três anos depois, ele foi condenado pela Justiça Federal

06/04/2025 18h00

Carga ilegal era oriunda do Paraguai e foi apreendida em Maracaju, em 2022

Carga ilegal era oriunda do Paraguai e foi apreendida em Maracaju, em 2022 Foto: Arquivo / DOF

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A 2ª Vara Federal de Dourados condenou um homem a dois anos e oito meses de prisão, além do pagamento de multa, por transportar 11 toneladas de agrotóxicos que tem comercialização proibida no Brasil e por realizar atividade clandestina de telecomunicação.

A apreensão ocorreu no dia 18 de janeiro de 2022, quando policiais do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), durante patrulhamento nas imediações de Maracaju, abordaram um caminhão que estava estacionado em frente a uma empresa de Silo.

O motorista demonstrou nervosismo e respostas desconexas, levantando a suspeita dos policiais, que fizeram uma vistoria no caminhão e constataram que ele estava carregado com 11.030 quilos de agrotóxicos de origem paraguaia, sem documentação comprobatória de regular importação. 

Dentre as marcas estavam Tecnoquat, Only 75 W e Difter Max, que são substâncias nocivas ao meio ambiente e à saúde humana, e cuja importação é proibida por não ter o exigido registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Diante do flagrante, o motorista admitiu que foi contratado para transportar a carga de agrotóxicos, tendo recebido o caminhão já carregado e Ponta Porã em um posto de gasolina e iria levar até um outro posto de gasolina, na saída de Maracajú.

O suspeito disse ainda que receberia R$ 1,5 mil pelo transporte e que  havia um veículo fazendo o trabalho de batedor, sendo feita a comunicação entre eles via rádio.

No veículo, também foi encontrado um rádio transceptor para comunicação com o batedor de estrada. 

Condenação

No julgamento, o réu confessou serem verdadeiros os fatos narrados na denúncia.

O boletim de ocorrência, termo de apresentação e apreensão, laudo forense e depoimento de testemunha comprovaram a autoria e materialidade dos crimes. 

A defesa, em alegações finais, requereu a atipicidade da conduta, e afirmou que o réu confessou o delito.

Assim, pediu a aplicação da pena mínima legal, com a conversão da pena privativa de liberdade em pena restritiva de direitos e o direito de recorrer em liberdade.

O juiz federal Vitor Henrique Fernandez, porém, afirmou que a conduta descrita na denúncia é a de que o acusado concorreu para a importação e transportou agrotóxicos e afastou a tese defensiva de ausência de tipicidade da conduta.

“Tem-se que o conjunto probatório é harmônico e comprova que o acusado com vontade e consciência concorreu para a importação e transportou agrotóxicos sem a observância das determinações legais. Também se utilizou de rádio transceptor para realizar telecomunicações sem autorização”, disse o juiz.

Por se tratar de condenação de primeiro grau, ainda cabe recurso.

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