Cidades

Mato Grosso do Sul

Secretário exclui Batalhão de Choque do uso de câmeras corporais

O uso da tecnologia ocorrerá em ações de fiscalização de trânsito, nas atividades da Polícia Militar Ambiental (PMA) e no cumprimento de mandatos, além da busca e apreensão relacionadas a autores de violência doméstica.

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Após registrar 59 mortes causadas por agentes do Estado em Mato Grosso do Sul, o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, comunicou ao governo federal a intenção de adquirir 400 câmeras corporais para uso em operações da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. No entanto, o Batalhão de Choque, uma unidade especializada, não foi incluído na lista de corporações que utilizam câmeras em ações de confronto policial.

Após meses de estudos, a secretaria realizou uma consulta aos estados, e 13 deles demonstraram interesse em participar da ata de compra dos equipamentos.

Conforme informações do portal O Estadão, em setembro deste ano, os governos de Roraima e Paraíba apresentaram propostas para utilizar o orçamento da União com o objetivo de equipar suas respectivas forças de segurança. Além disso, os estados de Alagoas, Sergipe, Amapá, Paraná, Ceará, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Pará, Rio de Janeiro, Piauí, Pernambuco, Tocantins e Rondônia demonstraram interesse em aderir à futura ata de registro de preços, aberta pelo governo federal, para fornecer os equipamentos em maior escala.

Dos estados divulgados, todos deverão se adequar às diretrizes do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) para o uso de câmeras corporais em uniformes das polícias. Isso porque o funcionamento da União para esse fim exige que o governo federal assegure o cumprimento das normas relativas aos equipamentos, que ficarão sob sua responsabilidade.

Videira também confirmou que realizou uma consulta com as instituições para entender a perspectiva de cada uma sobre o uso das câmeras corporais. Segundo ele, a Polícia Militar aprovou o projeto e pretende utilizar a tecnologia na fiscalização de trânsito, em ações da Polícia Militar Ambiental, no Programa Mulher Segura e no cumprimento de mandatos, além de na busca e compreensão relacionadas a autores de violência doméstica.

Outra unidade especializada que declarou interesse em usar os equipamentos é a Polícia Científica. De acordo com Videira, as câmeras corporais serão utilizadas para a realização de exames em locais de crime. No caso da Polícia Civil, os equipamentos serão empregados no cumprimento de mandatos de busca e apreensão.

O uso das câmeras pela corporação dos Bombeiros será útil no trabalho de perícia em locais de incêndios e acidentes.

"Quem vai disciplinar a forma de ou emprego [câmeras] é o comandante geral de cada instituição, ou delegado geral, ou coordenador geral de perícias", enfatizou o secretário, finalizando que os valores da ata de preços será elaborada pelo ministério da Justiça. 
 

Dados 

Conforme dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), em 2023, Mato Grosso do Sul bateu recordes de mortes por agentes de estado, com 131 registros. Em 2022, os mesmos dados apontaram para 51 óbitos. 

Até o momento, foram 59 registros de  mortes por agentes de estado neste ano em Mato Grosso do Sul. 
 

Governo projeta instalaçao de câmeras corporais na PM até 2026 

As forças de segurança policial de Mato Grosso do Sul devem passar a utilizar as câmeras corporais para o monitoramento do trabalho e registro de ocorrências a partir de 2026.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal de Mato Grosso do Sul (PRF), a implantação nacional do equipamento começará a partir do ano que vem, porém a aquisição e uso das câmeras será de forma gradativa, com o cronograma de implementação nos estados.  

"Haverá uma licitação, que deve acontecer ainda este ano, com implantação a partir do começo do ano que vem. Superados 90 dias de testes iniciais com a empresa vencedora, será dado início à implantação nacional de forma gradativa, à razão de três estados por mês. A implantação no Mato Grosso do Sul deve ocorrer em 2026", informou a PRF, ao Correio do Estado, por meio de nota. 

O projeto do uso de câmeras corporais já vem sendo testado. Neste momento, a fase do período de testes acontece em 5 cidades: Sorriso (MT), Araguaína (TO), Cascavel (PR), Uberlândia (MG) e São José (SC).

De acordo com a Polícia Federal de Mato Grosso do Sul (PF-MS) o uso de câmeras corporais para a corporação só deve ser implementado após a realização de testes do equipamento em Brasília (DF) que terá o apoio de grupos especiais e peritos e técnicos especializados.

Já a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), informou que as forças de segurança do Estado aguardarão a implementação das câmeras corporais que será efetuada pelas forças federais de segurança, entre as quais a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

"Após a avaliação do equipamento, com os resultados obtidos dos testes, o custo do investimento será levado em conta para a implementação das câmeras corporais no Estado, para sua eventual implantação, a qual Sejusp já se manifestou favorável anteriormente", afirmou a Pasta, por meio de nota.

Questionado pela reportagem, a Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (SESDES) responsável pela atuação da Guarda Municipal de Campo Grande, chegou a discutir sobre o tema internamente a alguns meses atrás, porém informou ao Correio do Estado que seguirá as "orientações do Ministério da Justiça, que estabeleceu a contemplação do equipamento primeiramente para as forças estaduais. A Guarda Civil Metropolitana aguarda análise de viabilidade jurídica quanto ao uso do equipamento na Capital", informou a SESDES em nota.

A secretaria de segurança municipal também se posicionou favorável à utilização do equipamento em Campo Grande.

DIRETRIZES DE USO

Na última semana do mês de maio, o equipamento para ocorrências teve suas diretrizes de uso estabelecidas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio de uma portaria publicada no dia 28, contendo 16 critérios de utilização.

As normas lançadas pela Pasta federal admitem três modalidades de uso, sendo a primeira delas por acionamento automático, assim que o equipamento é retirado da base; por meio remoto, quando a gravação começa de forma ocasional; ou pelos próprios órgãos de segurança pública.

Os critérios estabelecidos para o uso obrigatório do equipamento são os seguintes:

No atendimento de ocorrências;

  • nas atividades que demandem atuação ostensiva, seja ordinária, extraordinária ou especializada;
  • na identificação e checagem de bens;
  • durante buscas pessoais, veiculares ou domiciliares;
  • ao longo de ações operacionais, inclusive aquelas que envolvam manifestações, controle de distúrbios civis, interdições ou reintegrações possessórias;
  • no cumprimento de determinações de autoridades policiais ou judiciárias e de mandados judiciais; nas perícias externas;
  • nas atividades de fiscalização e vistoria técnica; nas ações de busca, salvamento e resgate;
  • nas escoltas de custodiados;
  • em todas as interações entre policiais e custodiados, dentro ou fora do ambiente prisional;
  • durante as rotinas carcerárias, inclusive no atendimento aos visitantes e advogados;
  • nas intervenções e resolução de crises, motins e rebeliões no sistema prisional;
  • nas situações de oposição à atuação policial, de potencial confronto ou de uso de força física;
  • nos sinistros de trânsito;
  • no patrulhamento preventivo e ostensivo ou na execução de diligências de rotina em que ocorram ou possam ocorrer prisões, atos de violência, lesões corporais ou mortes.

 

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Cidades

Vítima de Covid-19 e meningite, criança de 7 anos morre na Capital

Carteira de vacinação estava em dia. Sesau também informou que fez o levantamento e isolamento dos contatos próximos

02/10/2024 18h15

Vítima de Covid-19 e meningite, criança de 7 anos morre na Capital

Vítima de Covid-19 e meningite, criança de 7 anos morre na Capital Reprodução - Internet

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Uma menina de 7 anos morreu vítima de meningite meningocócica em Campo Grande. A criança também testou positivo para a Covid-19 e não apresentava comorbidades, nem histórico de contato e/ou viagem.

Além disso, foi informado pela Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) que a carteira de vacinação estava em dia, com as 3 doses de meningo C, sendo a última em 28/02/2020. O óbito foi registrado nesta terça-feira (01) em um hospital particular da Capital. 

Foi solicitado ao hospital amostra de sangue da criança e enviado para a Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN), a fim de ser realizado o PCR, sendo confirmado para meningites bacterianas.

Após a confirmação foram adotadas as seguintes medidas como ações Vigilância Epidemiológica: 

  • Investigação de casos suspeitos do agravo e casos secundários no hospital, residência e escola;
  • Levantamento e isolamento dos contatos próximos;
  • Quimioprofilaxia, conforme recomendações do Ministério da Saúde;
  • Orientações e monitoramento de aparecimento de novos casos nos próximos 60 dias.

Esse é o primeiro óbito por meningite, registrado no município.

Índice

Em 2023, Campo Grande registrou o maior número de óbitos devido a meningite nos últimos cinco anos. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), dos 41 casos contabilizados nove evoluíram para o quadro grave da doença e vieram a óbito. Número 50% maior que o registrado em 2022.

Sintomas

Meningites provocadas por bactérias, em sua maioria, têm como principais sintomas a febre, dores de cabeça, náuseas e vômitos, rigidez na região na nuca, fraqueza e debilidade física, além de confusão mental. Nos casos mais graves, o paciente também pode provocar delírios, convulsões e até o coma.

Na maior parte das vezes, a meningite viral acomete crianças, e tem sintomas muito similares aos daquela de fundo bacteriano, como febre, mal-estar geral e náusea, podendo haver também dores abdominais. Nos casos mais graves, a rigidez na nuca vem acompanhada de episódios de vômito.

A transmissão pode ocorrer por meio de tosse, espirro, mãos sujas, ingestão de água e alimentos contaminados, contato com fezes

Prevenção

As vacinas começam a ser aplicadas já ao nascer, com a BCG, que previne contra a tuberculose, evitando, assim, o agravamento do quadro clínico que pode resultar em uma inflamação na membrana que envolve o cérebro. Aos dois meses outras duas doses são ministradas, a pentavalente e a pneumo 10.

Com três meses de idade, deve ser aplicada a primeira dose da vacina Meningo C e, assim como a maioria, possui reforços. Na adolescência, uma nova dose é ministrada, dessa vez a vacina ACWY, que é recomendada para quem está na faixa etária de 11 a 12 anos.

Sobre a doença

A meningite é uma síndrome que pode ser causada por diferentes agentes infecciosos. Para alguns destes, existem medidas de prevenção primária, tais como vacinas e quimioprofilaxia.
 
As vacinas estão disponíveis para prevenção das principais causas de meningite bacteriana. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza no Calendário Nacional de Vacinação as seguintes vacinas para a prevenção de algumas etiologias de meningite:
 

  • BCG: protege contra as formas graves da tuberculose, inclusive a meningite tuberculosa;
  • Pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite;
  • Penta: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B;
  • Meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C;
  • Meningocócica ACWY (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelos sorogrupos A,C,W e Y.

A vacina meningocócica ACWY (conjugada), neste momento, encontra-se em substituição à vacina meningocócica C (conjugada) para o atendimento da vacinação de rotina de crianças menores de cinco anos de idade na rede do SUS. Destaca-se que a vacina meningocócica ACWY (conjugada) contempla o sorogrupo C.

*****Colaborou Suelen Moraes*****

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Campo Grande

Criminosos são detidos após espancamento brutal de idosos durante assalto

O assalto ocorreu em junho deste ano em Campo Grande, quando um casal de idosos foi espancado com extrema violência. Dos três assaltantes, dois foram presos e um deles morreu durante uma captura.

02/10/2024 18h00

Polícia Civik elucidou mais um caso de tentativa de homicídio

Polícia Civik elucidou mais um caso de tentativa de homicídio Fotos: Polícia Civil

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A Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF) apresentou nesta semana um complexo caso de latrocínio com tentativa de homicídio contra um casal de idosos. Eles foram espancados com extrema violência após terem dinheiro e seu veículo roubado em junho deste ano, no bairro Iracy Coelho, em Campo Grande. Durante a ação policial, dois criminosos envolvidos foram presos, enquanto um terceiro morreu durante uma perseguição.

Um dos idosos, de 72 anos, foi atingido por um tiro na cabeça e no tórax enquanto tentava proteger a esposa, precisando ficar internado por mais de um mês na Santa Casa de Campo Grande.

Segundo as investigações, os três criminosos que participaram do assalto receberam informações de que havia dinheiro e carros de alto valor no imóvel.

Durante a ação, um dos criminosos atirou no rosto e no tórax do idoso de 72 anos, após a vítima tentar reagir ao assalto para proteger a esposa. O idoso ficou gravemente ferido, passando sete dias internado e necessitando de mais de um mês de tratamento na Santa Casa de Campo Grande.

As investigações conduzidas pelos policiais da DERF revelaram que o crime foi meticulosamente planejado por um dos criminosos. A residência de um dos assaltantes foi utilizada para armazenar as armas, o veículo e os entorpecentes.

Ainda segundo a Polícia Civil, uma mulher de 25 anos participou diretamente do crime e é suspeita de envolvimento em diversos delitos relacionados a uma facção criminosa.

Os homens envolvidos no crime, com idades de 22, 26 e 27 anos, que invadiram uma residência e agiram com extrema violência contra os idosos, foram presos por sua participação. Além de espancarem os idosos com cetetes, os crimes levaram dinheiro das vítimas.


Prisões 

Polícia Civik elucidou mais um caso de tentativa de homicídio Divulgação/ Polícia Civil

De acordo com as investigações da Polícia Civil, o homem de 26 anos foi preso em junho deste ano em Ribas do Rio Pardo. Um jovem de 26 anos foi detida dias depois por envolvimento no tráfico de drogas, mas foi liberado em audiência de custódia. Outro envolvido, de 27 anos, apresentou-se à polícia em julho deste ano com seu advogado e foi indiciado, mas acabou sendo liberado em seguida. O rapaz de 22 anos permanece foragido.

Diante das provas da investigação, o Poder Judiciário emitiu o pedido de prisão dos envolvidos no crime. Em novas diligências realizadas no dia 27 de setembro, a polícia conseguiu prender um jovem de 26 anos em um condomínio no bairro da Tijuca. O outro envolvido, de 27 anos, foi detido em sua residência no Parque Lageado. O homem de 26 anos foi preso no dia 30 de setembro e também cumpre pena no presídio de segurança máxima de Campo Grande.

Desfecho das investigações 

Conforme o estágio desta complexa investigação, o último membro, um criminoso de 22 anos, foi encontrado na cidade de Aparecida do Taboado, onde foi escondia da Justiça de São Paulo devido a um mandado de prisão por crimes de roubo qualificados.

Durante uma captura, os criminosos tentaram reagir de forma violenta, jogando uma motocicleta contra os policiais e oferecendo resistência armada. Os policiais civis reagiram e dispararam contra ele. O crime foi socorrido e direcionado ao hospital, mas acabou falecendo na unidade de saúde.
  
O jovem tinha uma extensa história criminosa, com passagens por tráfico de drogas e envolvimento em ações criminosas ordenadas dentro das cadeias. Além de cometer crimes em São Paulo e Três Lagoas, ele já havia realizado dois roubos em Campo Grande, sendo o último, que culminou na tentativa de latrocínio, o mais grave.

 

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