Cidades

123 ANOS

Sem ter muito o que mostrar, aniversário da Capital terá aula de ginástica e sorteio

Neste ano, apenas seis espaços serão inaugurados; em 2019, foram entregues 15 obras na comemoração dos 120 anos da cidade

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No primeiro ano de comemorações após o ápice da pandemia de Covid-19, o calendário de aniversário de 123 anos de Campo Grande, sem ter muito o que mostrar, terá aula rotineira de ginástica na Praça Belmar Fidalgo, sorteio no programa IPTU dá Prêmios e apenas seis espaços inaugurados e quatro entregas de etapas de obras pela prefeitura.

Antes dos dois anos de isolamento social e eventos em formato on-line, o período de comemorações dos 120 anos da Capital, em 2019, teve pelo menos 15 inaugurações em diversos segmentos e quatro entregas de etapas de obras, além de diversos eventos comemorativos. À época, só de Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis), foram quatro prédios inaugurados.  

Neste ano, as inaugurações feitas pela Prefeitura de Campo Grande incluem uma nova academia ao ar livre no Residencial Azaleia, a Unidade de Saúde da Família (USF) do Santa Emília, nova sede administrativa da Secretaria de Assistência Social (SAS), um posto de gerência operacional da Guarda Civil Metropolitana, sede da Subsecretaria do Bem-Estar Animal (Subea) e Escola Municipal Aglair Maria Alves.  

Haverá, ainda, o lançamento de uma sala internacional da Rota de Integração Latino-Americana (Rila) em um prédio comercial em área nobre.  

O calendário com a programação foi lançado na segunda-feira (15) pela prefeita Adriane Lopes (Patriota), no Paço Municipal. Os 30 dias de eventos seguem até 15 de setembro.  

“Nós vamos estar do dia 15 de agosto ao dia 15 de setembro apresentando para a nossa cidade presentes que a nossa equipe preparou ouvindo a população”, disse Lopes.  

Apesar de colocar em pauta de comemoração eventos como o City Tour para a vistoria das obras de requalificação do centro e Cerimônia Cívica do Juramento à Bandeira, no Parque Ayrton Senna, a prefeita, durante o lançamento do calendário de 123 anos, afirmou que no decorrer dos próximos dias haverá a entrega de “reivindicações de moradores da nossa cidade”.

Na prática, a programação conta com uma ação intitulada “Parabéns à Saúde de Campo Grande”, 2ª edição dos Jogos Campo-Grandenses Universitários Inter Atléticas, Feira Cultural Especial de Artesanato, aniversário da Unidade Técnica de Agricultura Urbana do FAC e cerimônia de assinatura de decretos.

OBRAS PARALISADAS

Na contramão da queda de espaços e obras entregues durante o mês de comemoração do aniversário de Campo Grande, o número de empreendimentos paralisados só cresce no município.  

Conforme levantamento feito pelo Correio do Estado, publicado em 20 de junho, 33 obras estavam paralisadas na Capital. Em dois meses, houve o acréscimo da interrupção da revitalização do Parque Cônsul Assaf Trad, na região norte de Campo Grande, e a rescisão de contrato com a Orkan Construtora, empresa que estava responsável pelas obras no Centro Municipal de Belas Artes.  

O titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese, afirmou na quinta-feira (18) que a paralisação das 35 obras se mantém.  

São edificações para atender os mais diversos setores, e entre as principais obras estão as reformas de Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e a construção de escolas da Rede Municipal de Ensino (Reme).

Segundo Fiorese, esse é um problema que tem sido enfrentado em todo o Brasil, causado pela alta exorbitante nos preços da construção civil.  

“É uma situação generalizada no País, o diesel aumentou quase 40%, o cimento, mais de 50%, e o reajuste anual dos preços das obras, que é o que a legislação permite, não consegue cobrir esses custos e por isso há essas desistências”, explicou o secretário.  

Segundo o titular da Sisep, no caso do Parque Cônsul Assaf Trad, houve paralisação das obras para ajustes no projeto. “Estamos trabalhando para concluir as obras até o fim de setembro”, disse Fiorese.  

De acordo com o portal Mais Obras, da prefeitura da Capital, a previsão inicial de conclusão do parque, fechado há anos e localizado na Avenida Cônsul Assaf Trad, entre o residencial Alphaville e o Shopping Bosque dos Ipês, era janeiro deste ano.  

Inicialmente orçadas em R$ 1,1 milhão, as intervenções já tiveram R$ 492,1 mil em investimentos. A reportagem consultou novamente, na quinta-feira, o portal Mais Obras e, apesar de constar que 65% dos trabalhos foram realizados, a entrega da revitalização está programada para o dia 15 de setembro, durante o encerramento das comemorações de aniversário da Capital.  

SAIBA

Em razão da antecipação de feriados, os servidores da Prefeitura de Campo Grande não terão folga no dia 26 de agosto de 2022, de acordo com a Lei Municipal nº 6.568, de 19 de março de 2021.  

Os feriados de 13 de junho e 26 de agosto de 2021 e 2022 foram antecipados em março de 2021, com o objetivo de restringir a circulação de pessoas e conter a propagação da Covid-19, que atingia altos patamares na época.

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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