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Servidora queria adotar bebê, mas uma criança de 11 anos mudou os planos da família

Servidora queria adotar bebê, mas uma criança de 11 anos mudou os planos da família

MARIA MATHEUS

15/04/2012 - 13h20
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O menino foi abandonado pela mãe e o padrasto não quis ficar com ele. Em razão da idade, a possibilidade de conseguir uma família adotiva não era muito grande. A maioria das pessoas que pretende adotar busca crianças de até três anos. Felipe já tinha 11. Com um padrinho ou madrinha afetivo no entanto, ainda que continuasse morando em abrigo, teria a chance de receber o carinho de uma família ao menos aos finais de semana.

O menino passou o fim de semana seguinte com a família de Carmeni. Dias depois, começaram as férias escolares e ele ficou na casa dela. Nada diferente dos demais afilhados que a funcionária pública acolheu nos últimos 12 anos, exceto pelo fato de que, desde o início, o menino gerou uma inquietude na mulher. Ela não queria deixá-lo voltar a viver no abrigo. “Você sabe que aquela criança não é sua.

Ela vai voltar para família ou você vai ficar com ela até ser adotada. Mas com o Felipe foi diferente. Quando eu pensava que quando acabasse as férias eu teria que devolver ele, me dava pânico. Eu continuaria vendo ele, nos encontraríamos todos os finais de semana. Mas eu queria algo diferente para o Felipe. Queria cuidar dele, colocá-lo numa boa escola”.
Logo no início das férias, Felipe fez uma pergunta difícil ao marido de Carmeni, Rubens Monteiro.

Uma pergunta que afasta do Projeto Padrinho muitas famílias que têm vontade de acolher uma criança aos finais de semana, mas nem pensam em um dia adotar. “Quando terminar minhas férias, vocês vão me devolver?”, questionou o garoto. “Vamos deixar para pensar nisso no final das férias?”, respondeu Rubens.

A família cresceu
No final das férias, era hora de levar Felipe de volta ao abrigo. Carmeni e Rubens decidiram cuidar de Felipe de outra forma, como família acolhedora. Assim, o menino poderia morar na casa deles até que alguém o adotasse. “Procuramos a Rosa (psicóloga da Vara da Infância e Juventude) e dissemos que queríamos ser família acolhedora.

Quando a Rosa disse que ele poderia ser adotado por outra família, mesmo estando com a gente como família acolhedora, eu percebi que não poderia de jeito nenhum deixá-lo”.
Há duas semanas, Rubens anunciou a Felipe que o casal queria adotá-lo. “Meu marido olhou nos olhos dele e disse: você tem noção de que se um dia eu for seu pai eu nunca mais vou deixar de ser? Mesmo que eu dia você fale ‘não quero mais ser seu filho!’, nunca mais você vai deixar de ser meu filho. É isso que você quer?”. Era exatamente isso que Felipe queria. 

“Ele me contou que quando soube que estava para adoção, orou dizendo: ‘Deus, eu quero uma família. É tudo o que eu preciso’. Quando Deus tem um projeto na vida de alguém, ele vai costurando as coisas devagarinho, devagarinho. Eu queria uma menina bebê e veio ele. Ele é tudo o que a gente queria, ele é tudo o que a gente nunca imaginou”, disse a mãe, emocionada.

O processo de adoção de Felipe está em andamento e o documento deve sair nos próximos dias. Em breve, Carmeni e Rubens terão, oficialmente, mais um filho, além dos dois biológicos. Felipe mudou para uma escola particular. Quer fazer curso de inglês, defesa pessoal, futebol, e tem todo o apoio dos pais. “Ele é muito inteligente, gosta de estudar e vamos dar todas as oportunidades que ele quiser”.

Carmeni pretende continuar participando do Projeto Padrinho como madrinha afetiva. “O Projeto Padrinho é um projeto lindo, que todo mundo pode ajudar, de uma forma ou de outra”, garante. Ela ainda quer adotar uma menininha, futuramente. “Vou começar tudo de novo”, disse, rindo.

NÃO AO PRECONCEITO
Esse é só um dos inúmeros exemplos de adoções bem sucedidas, um exemplo que mostra que não há motivo para medo ou preconceito. Na semana passada, um adolescente de 15 anos, filho adotivo, matou dois irmãos usando a arma do pai, policial civil. A tragédia na família Vilar preocupou autoridades e especialistas.

O temor é que esse crime isolado reforce na sociedade o proconceito sobre adoção. “Foi uma fatalidade que poderia ter acontecido com filhos biológicos, enfim, com qualquer pessoa. A pessoa pode entrar em surto e fazer um ato bárbaro desse”, disse a psicóloga Rosa Aquino, da Vara da Infância e Juventude.  

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Greve dos motoristas afeta evento de Jazz que aconteceria em terminais

Jam session de hoje será feita na Rua Barão do Rio Branco; atualizações sobre as apresentações de quinta e sexta-feira serão feitas diariamente, caso a greve não acabe

17/12/2025 16h00

Terminais seguem coompletamente vazios pelo terceiro dia consecutivo

Terminais seguem coompletamente vazios pelo terceiro dia consecutivo Marcelo Victor / Correio do Estado

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A programação da 2ª edição do Campo Grande Jazz Festival, que inicia hoje (17), teve que ser alterada devido ao avanço da greve dos motoristas de ônibus de Campo Grande.

Dos cinco dias de Festival, os três primeiros estavam planejados para ocorrerem nos terminais de ônibus, mas tiveram que ter os locais alterados para outros pontos da cidade. 

Após uma primeira edição histórica em 2024, com apresentações em terminais de ônibus e no Armazém Cultural, o Campo Grande Jazz Festival deste ano se voltou exclusivamente para espaços a céu da capital sul-mato-grossense com grande circulação de pessoas.

A programação inicial contava com uma série de cinco jam sessions, sendo três em terminais de ônibus, uma na Rua 14 de Julho (esquina com a Avenida Afonso Pena) e uma na Avenida Calógeras, próximo à Plataforma Cultural.

O FESTIVAL

Sob a condução do produtor musical Adriel Santos, intercâmbios criativos unirão músicos experientes da cena local e nacional, explorando a espontaneidade do jazz tradicional e proporcionando encontros musicais de grande importância para o cenário musical sul-mato-grossense.

“O festival busca promover a inclusão cultural, contribuir para o bem-estar social e fortalecer o sentimento de pertencimento e identidade cultural da comunidade de Campo Grande. O jazz misturado ao tecido urbano é uma aposta estética e um jeito de levar a experiência musical para onde as pessoas estão”, afirma o músico e coordenador do evento.

A proposta dos terminais de ônibus incluia intervenções musicais descontraídas e cheias de vigor, desconstruindo a rotina e oferecendo uma experiência inesperada a trabalhadores, estudantes e todos que costumam passam por ali.

A música emerge em meio ao fluxo, democratizando-se para um público diversificado que, muitas vezes, não tem a oportunidade de frequentar eventos culturais com ingresso pago.

“Essa estratégia de levar o Campo Grande Jazz Festival para os espaços urbanos reflete um compromisso firme com a democratização do acesso à cultura e a ressignificação dos espaços públicos”, reforça Adriel Santos.

GREVE

Já no terceiro dia consecutivo, a greve dos motoristas de ônibus de Campo Grande bateu o recorde de maior tempo de paralisação do transporte público da Capital ao superar a ocorrida em outubro de 1994, na gestão do ex-prefeito Juvêncio César, quando o transporte coletivo parou por dois dias e meio. 

A audiência de conciliação sobre a greve dos motoristas realizada na tarde de ontem (16) terminou sem solução com a continuidade da paralisação, descumprindo a ordem judicial de manter 70% da frota em circulação, o mínimo exigido por lei para serviços essenciais.

O desembargador anunciou a majoração da multa diária para R$ 200 mil (na segunda-feira o valor era de R$ 20 mil e foi aumentado para R$ 100 mil na terça-feira) em caso de descumprimento da ordem judicial.

No momento da leitura da nova determinação, os motoristas presentes no plenário deram risada, levantaram-se das cadeiras e foram embora da sessão. Inclusive, alguns aproveitaram a curta manifestação para se oporem verbalmente ao que foi decidido pelo juiz, com os dizeres “vergonha” e “não vamos aceitar”.

Após a audiência, os motoristas e o sindicato se reuniram em frente ao TRT24 e, novamente, decidiram por manter 100% da paralisação, mantendo a posição firme de retomada das atividades somente em caso de pagamento da folha salarial.

ALTERAÇÕES

Até o momento, apenas a jam session desta quarta-feira foi alterada. A intervenção que aconteceria no Terminal Bandeirantes foi realocada para a Rua Barão do Rio Branco, entre a Rua 14 de Julho e a Rua 13 de Maio. 

A organização do evento espera pelo fim da greve para que o Festival siga nos próximos dias com a programação esperada nos terminais. Caso a greve persista, as atualizações dos locais de aparesentação serão feitas diariamente no Instagram @campograndejazzfestival. Os shows de sábado e domingo, que já estavam programados para acontecerem na rua, não serão alterados.

PROGRAMAÇÃO

Quarta-feira – às 17h30min,
na Rua Barão do Rio Branco, com Bianca Bacha, Gabriel Basso, Ana Ferreira, Adriel Santos e Junior Matos.

Quinta-feira – às 17h30min,
no Terminal General Osório (SUJEITO A ALTERAÇÃO), com Juninho MPB, Junior Juba, Matheus Yule e Leo Cavallini.

Sexta-feira – às 17h30min,
no Terminal Morenão (SUJEITO A ALTERAÇÃO), com Adriel Santos, Gabriel Basso e Giovani Oliveira.

Sábado – às 17h30min,
na Praça Ary Coelho (R. 14 de Julho com Av. Afonso Pena), com Felipe Silveira (SP), Daniel D’Alcantara (SP) e artistas da cena local do jazz.

Domingo – às 17h30min,
na Av. Calógeras (em frente à Plataforma Cultural), com Felipe Silveira (SP), Daniel D’Alcantara (SP) e artistas da cena local do jazz.

*Colaborou Marcos Pierry e Felipe Machado

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Saiba o que mudou na CNH para ciclomotores

Usuários desse tipo de transporte devem se atentar para regularizar a documentação a partir de 1º de janeiro de 2026

17/12/2025 15h33

Crédito: Tomaz Silva / Agência Brasil / Arquivo

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Em reunião entre o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) e o Conselho Estadual de Trânsito (Cetran-MS) para debater mudanças na carteira de motorista, foram abordadas alterações na legislação dos ciclomotores.

A partir de 1º de janeiro de 2026, a Resolução nº 996/2023 determina que será necessário o registro e o emplacamento dos veículos.

Com relação à legislação dos ciclomotores, o Detran-MS alertou que vários municípios não editaram normas próprias sobre a circulação desses veículos, o que, a princípio, poderá implicar dificuldades na fiscalização quanto à exigência da CNH ou da Autorização para Conduzir Ciclomotor (ACC) para usuários desse tipo de veículo.

Cabe ressaltar que, conforme explicou o órgão de trânsito, o Detran-MS tem responsabilidade pela parte da documentação, enquanto o emplacamento fica por conta do proprietário.

Já aos municípios compete a regulamentação e a fiscalização da circulação.

Ficaram de fora das alterações

Bicicletas e patinetes elétricos não são classificados como ciclomotores e, portanto, não necessitam de registro ou emplacamento, devendo apenas respeitar as normas municipais vigentes.

Preciso de CNH?

Com isso, bicicletas elétricas (com pedal e sem acelerador) não exigem que o condutor possua habilitação.

Já os ciclomotores necessitam de habilitação (ACC ou CNH categoria A), licenciamento, placa e uso de capacete, seguindo regras semelhantes às aplicadas a quem pilota motocicletas.

Alterações na CNH

Na reunião, os gestores pontuaram que a mudança na legislação alterou procedimentos de emissão e renovação da CNH, sem considerar o tempo necessário para que os órgãos de trânsito estabeleçam as mudanças, que implicam em:

  • adequações internas;
  • novos protocolos;
  • regramentos;
  • credenciamentos e fluxos operacionais.

“A resolução e a medida provisória não trouxeram instrumentos que permitam uma rápida adequação dos Detrans, o que impacta diretamente as operações e rotinas. Esse alinhamento é fundamental para garantir segurança jurídica e eficiência na aplicação da legislação”, disse o diretor-presidente do Detran-MS, Rudel Trindade.

A presidente do Cetran-MS, Regina Maria Duarte, destacou que a aplicação da nova legislação da CNH exige atuação integrada entre os órgãos normativos e executivos.

“Estamos diante da maior mudança na legislação de habilitação das últimas décadas, que não se resume à alteração de normas, mas envolve a adaptação de sistemas, processos e estruturas. Nesse contexto, o Cetran tem o papel de coordenar, harmonizar e orientar a aplicação das diretrizes federais à realidade do Estado, enquanto o Detran executa essas diretrizes no dia a dia. Essa parceria é essencial para garantir segurança jurídica, continuidade dos serviços e transparência à população”, afirmou.
 

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