Cidades

Cidades

Superesportivos em alta

Superesportivos em alta

FERNANDO MIRAGAYA, AUTO PRESS

29/01/2010 - 01h36
Continue lendo...

Mesmo depois da liberação da importação, em 1990, superesportivo para brasileiro se resumia a Ferrari e Porsche. Ou a versões apimentadas de marcas premium, como a AMG, da Mercedes-Benz, a M da BMW ou a S da Audi. Só que o colapso financeiro global deu uma forcinha para os abonados consumidores daqui. E também para uma legião de aficionados em esportivos terem mais vitrines para admirar. Diferentes empresas começaram a representar e importar oficialmente marcas como Aston Martin, Bugatti e Lamborghini. E até outras menos conhecidas, como Spyker, Pagani e Lotus. “Muitos países europeus e norte-americanos ainda não conseguiram sair da instabilidade econômica. É natural que as montadoras forcem a exportação para os mercados emergentes, que pouco sentiram a propalada crise”, reconhece Jörg Henning Dornbusch, presidente da Abeiva – Associação Brasileira de Empresas Importadoras de Veículos Automotores. Com isso, vários modelos chegaram com muitos dígitos sob o capô, acelerações instigantes e máximas dignas de bólidos de competição. É verdade que os preços costumam seguir a potência e o luxo entregues por estes carros. O Vantage, por exemplo, modelo mais “em conta” da Aston Martin, deve partir dos R$ 700 mil com um motor V8 de 426 cv de potência. A marca inglesa passou a ser representada pelo mesmo grupo que traz a Jaguar, de propriedade de Sérgio Habib, ex-presidente da Citroën por aqui. Mas a empresa também importa outros exemplares, como o DBS, com propulsor V12 de 517 cv, além do DB9 e do Rapide, primeiro quatro portas da marca. “Esses carros têm produção extremamente limitada. Embora houvesse interesse de nossa parte em trazê-los antes, a Aston não tinha capacidade de produção. Agora, com crise lá fora, conseguimos disponibilidade”, comemora Ivan Fonseca e Silva, diretor da Jaguar/Aston Martin. Cavalos e cifras também não faltam ao Bugatti Veyron, cuja primeira loja será aberta em fevereiro, em São Paulo. O superesportivo de 1001 cv deve ter preços de aproximadamente R$ 5 milhões. Um carro para lá de exclusivo. Tanto que a British Cars, importadora oficial da marca francesa, estima vender, no máximo, duas unidades do bólido por ano. A Lamborghini deve vender um pouco mais. Afinal, um Gallardo LP-560-4 custa por volta de R$ 1,5 milhão. A Platinuss, representante oficial da marca italiana ainda traz outras versões do Gallardo e do Murciélago. A empresa, aliás, arrisca trazer outras marcas pouco conhecidas. Como a holandesa Spyker, que ficou famosa ultimamente pela compra da sueca Saab, que pertencia à General Motors. Entre os modelos, a regra é a mesma: dígitos extensos nos preços e números generosos no motor. É o caso do C8 Laviolette, com design controverso, mas um respeitável V8 de 400 cv. É o mais barato da marca no Brasil e custa nada menos que R$ 1,1 milhão. A mesma Platinuss, porém, prefere nem divulgar o preço do exemplar mais caro da italiana Pagani, o Zonda R com seus 750 cv de potência. Mas para se ter uma ideia, a linha importada para cá começa em R$ 4,25 milhões com o Zonda F Clubsport e chega a estratosféricos R$ 8,8 milhões no Zonda Cinque Roadster. Nessa babel de propulsores vitaminados, a inglesa Lotus até parece deslocada. Também importada pela Platinuss, seu exemplar mais potente é o Evora, com 276 cv. Números que até parecem tímidos, mas que prometem um zero a 100 km/h em 4,9 segundos. E que mostram que o mercado brasileiro está bem diferente e tem lugar para todos. “Acho que o setor perdeu um pouco de medo. Não é qualquer empresa que quer trazer um carro que ultrapassa a faixa de R$ 1 milhão, montar uma estrutura, sem saber se vai vender. Então perdeu-se um pouco desse medo”, valoriza Hideki Oshiro, diretor executivo da Platinuss. Pérolas do consumismo Nos países ricos, os abonados proprietários de esportivos e superesportivos costumam ter onde usufruir dos números cavalares dos motores. Na Europa, muitos vão à Alemanha usufruir da ausência de limite de velocidade das autobanners. Nos Estados Unidos, os desertos do meio-oeste servem até para quebra de recordes de velocidade. Nada disso está disponível no Brasil. O que explica o perfil do comprador deste tipo de carro por aqui ser um pouco diferente: trata-se de um cliente que vê estes carros como uma joia. “Ele tem conhecimento sobre o produto, já experimentou lá fora e quer ter na casa dele para poder examinar e usufruir, mesmo em condições limitadas. É um carro feito artesanalmente e acaba visto como uma obra de arte”, defende Ivan Fonseca e Silva, diretor da Jaguar/Aston Martin. Além disso, trata-se de um consumidor que obviamente é apaixonado por carros e, às vezes, recorre a clubes de modelos esportivos, que costumam alugar circuitos fechados para que os donos possam “brincar” com os carros. Ou seja, utiliza o carro mais no fim de semana e não desfila com ele todos os dias na ida e volta do trabalho. “Ele usa esse carro para lazer e só. Da mesma forma que a pessoa compra um iate de R$ 10 milhões e não o usa no dia a dia”, compara Hideki Oshiro, diretor executivo da Platinuss.

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

Continue Lendo...

O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Continue Lendo...

O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).