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1 ANO DEPOIS

Terapia ajuda mãe de Eliza Samúdio a superar trauma

Terapia ajuda mãe de Eliza Samúdio a superar trauma

MICHELLE ROSSI

09/06/2011 - 00h05
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Duas vezes por mês, Sônia de Fátima Moura, vem a Campo Grande para tratamento com psicólogos. Um dos pontos estratégicos da terapia é prepará-la para contar ao neto, Bruninho, de 1 ano e quatro meses, sobre as circunstâncias que o levaram a conviver com a avó: o desaparecimento da mãe, Eliza Samúdio e a prisão do pai, o ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes.

A data de amanhã, dia 10, marca um ano da provável data de assassinato de Eliza. Ela teria ficado por seis dias em cárcere privado, a mando de Bruno, quando foi executada. O plano, segundo a polícia, incluía a execução de Bruninho, mas foi abortado pelo pai momentos antes de ser colocado em prática.

Mesmo sem a localização do corpo de Eliza, dona Sônia tem certeza de que a filha está morta. "Não resta a menor dúvida", disse à reportagem do Correio do Estado, pouco antes de entrar na sessão com psicólogo, na terça-feira, em Campo Grande.

Um ano após o desaparecimento, a Justiça ainda não julgou os acusados de participação no crime. Quatro réus do caso estão presos: o goleiro Bruno Fernandes, o amigo dele Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, o primo Sérgio Rosa Sales e o Bola, que é ex-policial civil e seria acusado de outros crimes.

Outros quatro acusados: Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, ex-mulher de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do jogador, Elenilson Vitor da Silva e Wemerson Marques de Souza responderão ao processo em liberdade. Todos negam o crime e deverão ir a júri popular.

De acordo com a versão da polícia, Eliza e seu filho, na época com quatro meses, foram sequestrados e levados para o sítio do goleiro em Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Lá, os dois teriam ficado reféns por alguns dias. A jovem teria sido espancada nesse período em que ficou no sítio.

A polícia diz ainda que, no dia 7 de julho, Eliza teria sido levada para a casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano. Ele teria então, estrangulado a vítima até a morte e depois esquartejado o corpo dela. Os restos mortais foram dados como comida para seus cachorros rottweilers e outra foi cimentada na obra da casa.

 

Dia após outro

"Vivo um dia após o outro. Não vou me enterrar viva, mesmo porque, preciso estar preparada para contar a verdade ao Bruninho. Estou me preparando para isso", disse. A verdade aliás, já integra o cotidiano da bebê. Ao ver a foto de Eliza Samúdio, ele balbucia: "mamãe". "Pergunto a ele onde ela está e a resposta é o dedo apontado para o céu", relata dona Sônia que é chamada por ele como vovó.

Sobre o pai, ainda não há referências. A presença masculina é marcada na vida do bebê, até o momento, pela presença do avô – marido de Sônia e padrasto de Eliza e o filho do casal e tio de Bruninho, um garoto de 11 anos.

"É por isso que tenho vindo ao psicólogo. Vai ser difícil o momento de contar tudo o que aconteceu", dasabafa.

Dona Sônia não tem contato com a família de Bruno, assim como nenhum parente dele a procurou para saber sobre o bebê. "As notícias que eles têm, vêm da imprensa. Nada além disso", aponta.

Sobre as investigações contra as pessoas que sequestraram, espancaram, executaram e ocultaram o cadáver de Eliza Samúdio, ela informa estar acompanhando cada detalhe. "Inclusive, se não tivéssemos insistido no inquérito sobre agressão e tentativa de aborto registrado por minha filha no Rio de Janeiro, ele (Bruno) seria réu primário nesse processo (de morte de Eliza). Lá, ele já foi condenado a 4 anos e meio", diz com aparente estado de satisfação.

Cidades

Anvisa proíbe produtos à base de alulose, um tipo de adoçante; entenda

Substância pode ser encontrada naturalmente em alguns alimentos, como figo e uva

23/12/2025 22h00

Divulgação: Anvisa

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Na última segunda-feira, 22, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou no Diário Oficial da União uma resolução que proíbe a comercialização, a distribuição, a importação, a propaganda e o uso de todos os lotes de produtos à base de alulose da empresa Sainte Marie Importação e Exportação.

A medida foi adotada porque a alulose não consta na lista de substâncias autorizadas pela Anvisa para uso como adoçante ou ingrediente alimentar no Brasil.

O que é a alulose

Segundo Tarcila Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a alulose pode ser encontrada naturalmente em alguns alimentos, como figo e uva. Trata-se de um tipo de açúcar semelhante à frutose, mas com diferenças químicas capazes de reduzir sua absorção pelo organismo.

"O mecanismo de ação é semelhante ao de outros adoçantes. Ela tem baixo valor calórico e estudos indicam pouco impacto sobre a glicose e a resposta insulínica", explica. Daí por que passou a ser vista como alternativa ao açúcar comum.

"Há estudos que indicam um certo grau de segurança no consumo. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Food and Drug Administration (FDA, agência semelhante à Anvisa) autoriza seu uso com base em estudos toxicológicos e clínicos", afirma a especialista.

No Brasil, no entanto, não houve processo de regularização do ingrediente. "Talvez o produto não tenha sido submetido à aprovação ou não atendeu aos requisitos exigidos pela Anvisa para liberação", esclarece.

A Anvisa informa que alimentos ou ingredientes sem histórico de consumo no País são classificados como novos e, por isso, devem passar pela avaliação da agência. Para isso, a empresa interessada precisa apresentar documentação técnico-científica para análise.

"Nessa avaliação, a Anvisa verifica se o processo de fabricação do novo alimento ou ingrediente não introduz ou concentra substâncias que possam causar danos à saúde e se a indicação de consumo respeita níveis considerados seguros", diz a agência.

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Inscrição para o Sisu começa em janeiro; veja datas

A partir de 2026, o Sisu passará a considerar o resultado das três últimas edições do Enem

23/12/2025 21h00

JUCA VARELLA/AGÊNCIA BRASIL

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O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta terça-feira, 23, o edital do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), com o cronograma e os critérios do processo seletivo de 2026.

As inscrições vão de 9 a 23 de janeiro de 2026 e serão realizadas exclusivamente pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. Cada candidato poderá se inscrever em até duas opções de curso.

Uma mudança importante é que, a partir de 2026, o Sisu passará a considerar o resultado das três últimas edições do Enem. Segundo o MEC, a seleção terá como referência a nota da edição do exame que resultar na melhor média ponderada de acordo com a opção de curso, desde que o participante não tenha sido treineiro.

O resultado da chamada regular será divulgado no dia 29 de janeiro e a matrícula nas instituições começará em 2 de fevereiro. Só candidatos que tenham concluído o ensino médio podem concorrer a uma vaga e ingressar nos cursos superiores, conforme o edital.

Maior edição do Sisu

Segundo o governo federal, a edição é a maior da história do Sisu em quantidade de instituições participantes, com oferta de 274,8 mil vagas em 136 instituições públicas do País.

Na seleção do início do ano, serão ofertadas vagas em cursos que iniciam as aulas tanto no primeiro quanto no segundo semestre de 2026.

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