Cidades

SINAIS AFLITIVOS

Valores milionários pagos desde 2018 não refletem em sinalização semafórica decente na Capital

Semáforos de Campo Grande sofrem problemas com chuva; falta de "ondas verdes", com carros parando de esquina em esquina e até sinaleiro sem necessidade

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Continuidade no serviço parece não ser a solução para os diversos problemas que Campo Grande enfrenta com os semáforos, seja pela falta de "ondas verdes", que obrigam os veículos a pararem em cada esquina; por excesso de sinalização, em locais sem necessidade, ou até a pane que apresentam ao menor sinal de chuva na Capital. 

Isso porque, há cinco anos a prestação de serviços relacionados à sinalização de trânsito semafórica, em Campo Grande, é feita pelo mesmo nome: Consórcio CAM. 

Ainda em 2018 o primeiro contrato foi celebrado, no valor total que ultrapassava a casa dos trinta e um milhões (R$31.781.691,72).

Depois, pelo menos cinco aditivos aconteceram, para que a continuidade do serviço fosse garantida, sendo o último celebrado em 19 de abril do ano passado, com reajuste baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) de 10,29%. 

Com isso, o atual termo contratual, corrigido para quase cinquenta milhões (R$ 49.172.462,27), firma um prazo até o próximo dia 20 de abril. 

Problemas com semáforo

Reclamar do trânsito acaba sendo um comportamento quase que inerente ao campo-grandense, uma vez que ao sair de casa o cidadão precisa enfrentar desde a imprudência de terceiros; buracos pelas vias, até diversas "dores de cabeça" com semáforos intermitentes, apagados, ou que fecham a todo instante, tornando o trânsito lento e tedioso. 

Como mostra a filmagem acima - feita na manhã desta quinta-feira (09) -, por um trecho de 1,2 km de extensão na rua 7 de setembro, foi constatado que os carros param em todos os semáforos observados entre as ruas Tv. José Bacha e José Antônio. 

Sendo que há trechos de Campo Grande onde os motoristas apontam até para um "excesso de sinalização", como os três semáforos implantados em cruzamento da Av. Salgado Filho, a Prefeitura, por meio da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), classifica todos como "necessários". 

"Todos os grupos focais que são implantados, foram precedidos de estudos técnicos que indicaram a necessidade deles", aponta a Prefeitura em nota. 

Ainda, nesse trecho da rua 7 de setembro, é possível observar que o semáforo seguinte ao que o motorista está parado encontra-se verde, porém fecha antes de o veículo poder atravessar mais do que um sinaleiro. 

Além disso, passando por reforma, a região central tem diversos equipamentos sendo substituídos, com alguns preservados mesmo após a instalação de novos. 

"A substituição acontece por meio contratual, empresas contratadas em processo licitatório são responsáveis pela substituição dos semáforos. Mesmo com a sinalização duplicada, apenas um fica em funcionamento, portanto não há confusão", expõe o Executivo Municipal sobre esse caso. 

Choveu, parou

Não é difícil também o campo-grandense se deparar com problemas no trânsito, uma vez que as sinalizações ficam intermitentes ao menor sinal de chuva na Capital, como relatado diversas vezes pelo Correio do Estado e demais veículos da mídia local.  

Em explicação, a Prefeitura aponta que os semáforos precisam de energia elétrica para funcionar "da mesma forma que os eletrodomésticos como geladeira, TV, etc", sendo inevitáveis os problemas diante do que chamam de "interrupções de energia". 

"Sendo assim, devido a descargas elétricas, que acontecem em dias de chuva, os controladores entram em modo piscante para não queimar ou estragar os equipamentos semafóricos", completam. . 
 

 

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Memorando de Entendimento

MS será palco de 'teste agropecuário' com a Google

Agronegócio sul-mato-grossense tende a ser beneficiado com este acordo, sendo palco de testes para modelos que visem elevar os níveis de produtividade, além de apoiar decisões do produtor 

06/12/2025 13h30

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática. 

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática.  Reprodução//Secom-GovMS/Saul Schramm

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Através de um acordo de cooperação técnica assinado recentemente, Mato Grosso do Sul está prestes a se tornar palco de um "teste agropecuário" com o Google. 

O Memorando de Entendimento (MoU) assinado com a Google Brasil, conforme o Governo de MS em nota, prevê "cooperação em tecnologia, inteligência artificial e infraestrutura em nuvem, envolvendo áreas essenciais da administração pública". 

Distante aproximadamente uns 980 quilômetros da Capital, o governador de Mato Grosso do Sul viajou com sua equipe de secretários de Estado - Rodrigo Perez (Governo e Gestão Estratégica) e Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) -  até o "coração" da popular Faria Lima, para reunião com executivos da empresa na sede da Google. 

Durante assinatura, Riedel relembrou o foco do Executivo sul-mato-grossense na transformação digital, que ele diz ser fundamental para a "efetividade da gestão estratégica sair do papel e ser executada", alcançando finalmente a população. 

Entre todos os focos a serem abordados, o agronegócio sul-mato-grossense tende a ser beneficiado com este acordo, sendo palco de testes para modelos que visem elevar os níveis de produtividade, além de apoiar as decisões do produtor. 

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática. 

Em complemento Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, apontou os índices de crescimento econômico e social sul-mato-grossense, que só tendem a melhorar com as ações de modernização e otimização de políticas públicas que passarão a contar com maior amparo tecnológico. 

"Mato Grosso do Sul já é uma potência no agronegócio e a tecnologia pode ser uma aliada para o crescimento do Estado. Queremos apoiar o Governo do Estado a levar o impacto positivo da tecnologia para a população", disse o executivo em nota. 

Demais áreas

Além do campo, as tecnologias do Google também devem ser aplicadas nas mais diversas áreas, possibilitando um melhor desempenho para alunos e até aumentando a eficiência administrativa das unidades escolares da Rede Estadual de Ensino (REE). 

As chamadas soluções de nuvem (para armazenamento de dados e sistemas online) e machine learning (aprendizado de máquina) permitiram um avanço na organização de dados, por parte da gestão pública, além de trazer mais transparência e economia dos recursos.

Toda essa nova base de dados permitirá, ainda, no futuro, que novas aplicações da Inteligência Artificial sejam integradas aos serviços essenciais à população, beneficiando áreas como saúde, segurança e finanças, como bem cita o Governo do Estado. 

Na visão do Executivo de MS, esse novo acordo é tido como um passo decisivo rumo a uma administração mais moderna, inteligente e conectada às necessidades da população. 
**(Com assessoria)

 

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SEM ACORDO

Dentistas negam proposta de Adriane Lopes e podem virar ano em greve

Categoria está em estado de greve desde o dia 15 de novembro, e acordo com o executivo municipal ainda está 'longe' de acontecer

06/12/2025 12h30

Proposta da Prefeitura foi abaixo do esperado pela classe, que recusou em Assembleia nesta sexta-feira (5)

Proposta da Prefeitura foi abaixo do esperado pela classe, que recusou em Assembleia nesta sexta-feira (5) Foto: Divulgação/Sioms

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Há cerca de 20 dias em estado de greve, os dentistas que trabalham na rede pública de Campo Grande negaram a proposta da Prefeitura e indicaram entrar em greve a partir do dia 17 de dezembro, seguindo assim por 30 dias caso não haja acordo com o executivo municipal.

Desde o dia 15 de novembro, o Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul (Sioms) e a Prefeitura Municipal de Campo Grande estão em sério debate sobre o descumprimento judicial referente ao reposicionamento do plano de cargos e carreiras, provisionado desde 2022.

Nesta última semana, o executivo enviou uma proposta à categoria, para tentar chegar a um acordo antes que uma paralisação ocorra.

Sobre o reposicionamento do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR):

  • 30% dos reflexos financeiros no mês de maio de 2026;
  • 35% no mês de maio de 2027;
  • 35% no mês de fevereiro de 2028;

Já sobre o auxílio alimentação:

  • 50% dos reflexos financeiros no mês de outubro de 2027;
  • 50% no mês de março de 2028;

Sobre o índice inflacionário, a Prefeitura pontuou “estar impossibilitada por questões legais”.

Porém, a proposta foi negada pela categoria. Na assembleia desta sexta-feira (5), além de votar sobre o acordo ou não com o executivo, os dentistas também indicaram data para a greve, iniciando-se no dia 17 de dezembro e durando cerca de 30 dias, ou seja, até dia 17 de janeiro. Todavia, a data é passível de alteração e até anulação caso as partes entrem em acordo.

“Haverá um cuidado, que foi discutido nesta Assembleia, para não haver prejuízos à população, tanto que 100% dos atendimentos em plantões, sejam ambulatoriais ou emergenciais, vão continuar em funcionamento. Então, a população que tiver alguma situação de dor ou de procura do cirurgião-dentista da unidade de saúde, de emergência, terá seu atendimento garantido”, explica o presidente do Sioms David Chadid.

Novela

A categoria afirma que o movimento é consequência do descumprimento, por parte da gestão municipal, do prazo judicial para efetivar o reposicionamento salarial determinado pela Justiça, decisão já confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Desde maio deste ano, a categoria busca reaver ajustes salariais que ficam entre 15% e 68%.

O descumprimento da liminar que garante a progressão vertical da carreira foi considerado o estopim para a organização da assembleia, uma vez que, segundo o sindicato, os profissionais estão há três anos sem atualização salarial e a não regulamentação do auxílio-alimentação.

Entre os pedidos, os sindicalistas querem a implementação a partir de abril de 2026 de auxílio alimentação de R$ 800, além de reposição de 15% sobre os pagamentos de plantões a partir de setembro do próximo ano - sendo os dois últimos pedidos escalonados em duas parcelas. 

Além de reposições salariais, a categoria também está pedindo melhores condições de trabalho. Em uma assembleia recente, cerca de 100 dentistas relataram condições precárias de trabalho nas unidades municipais de saúde, incluindo compressores quebrados, falta de insumos básicos, como luvas e rolinhos de algodão, além da pressão crescente sobre os profissionais, fatores que, segundo o sindicato, impactam diretamente a qualidade do atendimento à população.

*Colaborou Alison Silva

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