Cidades

FIM DE SEMANA

Veja alternativa para fugir de congestionamento na BR-163 em Campo Grande

Para os veículos mais pesados, a alternativa é trocar um trecho de 29,8 quilômetros, por outro cerca de 26 km mais longo

Continue lendo...

Com as  interdições em trechos da BR-163/MS, entre os quilômetros 484 e 486, caminhoneiros que entram em Campo Grande pela saída de São Paulo devem pensar bem o trecho para não cair em um congestionamento de horas próximo da antiga Uniderp Agrárias, com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) indicando rota alternativa.

Toda essa movimentação fora do comum será necessária inicialmente apenas durante este final de semana, já que haverá o içamento das vigas de transposição do Viaduto Jardim Veraneio, como explicou o Correio do Estado que está na reta final de construção. 

Ao Correio do Estado, a PRF reforçou que estará presente apenas no trecho em obras para o reforço no policiamento, visando "garantir a segurança dos usuários da via e promover a fluidez do trânsito".

"A PRF orienta que todos os condutores planejem sua viagem com antecedência, considerando possíveis atrasos e avaliando rotas alternativas", expõe a Polícia Rodoviária Federal em nota.

Caminho alternativo

Com o trecho em obras, há soluções para todos os tipos de veículos, como no caso do carro de passeio, a opção que se mostra mais vantajosa para evitar qualquer congestionamento é escolher trafegar pela região mais urbana da Capital.

É importante lembrar que o tráfego no trecho de obras funcionará no sistema "pare e pare", ou seja, quando ambos os sentidos são bloqueados de forma simultânea, por cerca de 45 minutos. 

Com a liberação alternada das pistas em um intervalo médio de 15 minutos entre as desobstruções, é quase inevitável que algumas filas se formem e que o tempo seja suficiente para desafogar os veículos que se acumularam por essa quase uma hora. 

Para os veículos mais pesados, a alternativa é trocar um trecho de 29,8 quilômetros, por outro de quase 57, em uma caminho cerca de 26 km mais longo. "Uma das rotas possíveis é o desvio pela região do Indubrasil", complementa a PRF.

Ou seja, para bitrens, carretas e/ou demais caminhões que entram em Campo Grande, vindos por exemplo da direção de São Paulo pela BR-163, a melhor opção talvez seja pegar à esquerda ao invés de seguir pela rodovia. 

Tanto no sábado como no domingo, as pistas devem ficar interditadas entre 5 horas e 17h30 em ambos os dias, com liberação definitiva no fim da tarde. 

Com a previsão de instalação de condomínio de alto padrão nessa região, esse projeto busca melhorar a mobilidade e a segurança do trânsito. 

Ao todo, serão quatro alças de acesso à rodovia em um investimento privado de R$25 milhões. 

Fique atento

Mesmo com a presença de agentes para controle do tráfego, e as interdições acontecendo durante o final de semana, que seria um período com menor movimentação de veículos, ainda assim é preciso estar atento na segurança. 

Nesse sentido, a PRF deixa uma série de orientações aos motoristas que forem transitar próximos ao trecho em obras: 

  • Mantenha distância segura do veículo à frente;
  • Respeite a sinalização e as orientações dos agentes e funcionários da obra;
  • Redobre a atenção, especialmente em trechos com pista estreita e trabalhadores na via;
  • Evite manobras bruscas e ultrapassagens indevidas;
  • Deixe o acostamento livre, pois ele deve ser utilizado exclusivamente para o tráfego de veículos de emergência;
  • Tenha paciência e colabore para um trânsito mais seguro para todos.

"A PRF segue monitorando o tráfego e permanece à disposição para auxiliar os condutores e garantir a segurança viária durante todo o período de obras", conclui a instituição.
**(Colaborou Karina Varjão)

 

Assine o Correio do Estado

TRÁFICO DE DROGAS

PRF prende suspeito em flagrante em Operação Duplicis no interior do Estado

Combate ao tráfico de drogas, Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão, e prende investigado em flagrante

16/12/2025 09h35

Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão em Operação de combate ao tráfico de drogas

Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão em Operação de combate ao tráfico de drogas Divulgação/PRF

Continue Lendo...

Na manhã desta terça-feira (16), a Polícia Federal deflagrou a Operação Duplicis, e cumpriu sete mandados de busca e apreensão, por tráfico de cocaína em duas cidades do interior do Estado.

Com objetivo de combater o tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul, a ação aconteceu em Corumbá e em Miranda, cidades a 426 quilômetros e a 207 quilômetros de Campo Grande respectivamente.

A ação iniciou quando um investigado foi preso em flagrante na BR-262, que seguia de Corumbá para a Capital sul-mato-grossense. Na ocasião, a droga encontrada com o suspeito seria distribuída em Miranda, que fica entre o trajeto Corumbá-Campo Grande.

Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão em Operação de combate ao tráfico de drogas

Então, com as investigações e apuração do caso, a PRF pôde identificar outros suspeitos envolvidos no esquema criminoso.

Entre os sete criminosos, um deles estava escondendo tabletes de cocaína em sua casa, e foi preso em flagrante após a polícia bater em sua porta e encontrar os pacotes de droga armazenados.

Os mandados foram expedidos devido às provas coletadas na investigação, que identificou também os eventuais fornecedores dos entorpecentes que estavam vindo do outro município.

A Polícia Federal levou a droga apreendida para ser periciada e analisada. Quanto aos investigados, os sete poderão responder pelo crime de tráfico de drogas, que tem pena base de 5 a 15 anos, além de multa, a depender do agravamento de cada caso.

Assine o Correio do Estado

CONFLITOS AGRÁRIOS

Queda do marco temporal preocupa produtores de MS

Em julgamento no STF, os ministros Gilmar Mendes e Flávio Dino já votaram pela inconstitucionalidade da tese que limita as demarcações de terras indígenas

16/12/2025 08h40

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento Dourados News/Clara Medeiros

Continue Lendo...

A retomada do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da tese do marco temporal, ferramenta que determina que terras só podem ser demarcadas se indígenas as estivessem ocupando quando a Constituição Federal foi promulgada, em outubro de 1988, tem causado preocupação aos produtores rurais de Mato Grosso do Sul, estado com a terceira maior população indígena do País.

Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, a conciliação realizada ao longo de 10 meses no STF entre produtores rurais e representantes dos indígenas foi produtiva e rendeu alguns apontamentos, entretanto, a possibilidade de derrubar a tese do marco temporal, que foi aprovado pelo Congresso Nacional mesmo após a Corte o ter entendido como inconstitucional, preocupa o setor.

Ao Correio do Estado, Bertoni afirmou que a discussão no STF rendeu “pontos positivos”, como a indenização aos donos das propriedades demarcadas, a possibilidade de o produtor ficar com a posse da área até ela ser paga, o acompanhamento de todo o processo de levantamento de dados da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a reintegração de posse.

“O que nos deixa preocupado é a queda do marco temporal. Discutimos muito isso, dizendo que o marco temporal não limita os direitos dos povos originários, ele simplesmente mostra a trava que tem naquele período em que os indígenas ocupam as suas terras e as próximas áreas eles teriam que comprar e desapropriar. Isso está no Estatuto do Índio, onde diz que a qualquer tempo eu posso criar novas reservas, então, a preocupação nossa é só com o marco, para fazer com que isso seja travado e dali para a frente começar a fazer indenização justa e prévia, e que a União não quer indenizar. Então, não adianta eu resolver uma injustiça com os indígenas criando outra com os produtores rurais”, declarou o presidente da Famasul.

Até este momento, dois ministros já votaram no julgamento, Gilmar Mendes, que foi o relator da matéria no STF, e Flávio Dino. Ambos votaram pela inconstitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Os votos foram proferidos ontem, durante sessão do plenário virtual da Corte, que julga quatro processos sobre a questão.

Em sua manifestação, o ministro Gilmar Mendes considerou o marco temporal inconstitucional. No entendimento dele, o Legislativo não pode reduzir direitos assegurados aos povos indígenas.

“A imposição do marco temporal implicaria restrição indevida ao princípio da vedação ao retrocesso e à proteção insuficiente dos direitos fundamentais”, afirmou.

O ministro também determinou que todas as demarcações de terras indígenas devem ser concluídas no prazo de 10 anos.

Flávio Dino acompanhou o relator e disse que a proteção constitucional aos indígenas independe da existência de um marco temporal.

“Qualquer tentativa de condicionar a demarcação de terras indígenas à data da promulgação da Constituição de 1988 afronta o texto constitucional e a jurisprudência consolidada pelo Supremo Tribunal Federal”, afirmou Flávio Dino.

A votação ficará aberta até o fim da noite de quinta-feira. Ainda faltam oito ministros proferirem seus votos.

BRIGA

O julgamento é necessário porque em 2023 o STF considerou a tese do marco temporal inconstitucional. Além disso, o marco também foi barrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vetou parte da Lei nº 14.701/2023, aprovada pelo Congresso Nacional. Contudo, os parlamentares derrubaram o veto presidencial e promulgaram a medida.

Dessa forma, voltou a prevalecer o entendimento de que os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Após a votação do veto presidencial, o PL, o PP e o Republicanos protocolaram no STF ações para manter a validade do projeto de lei que reconheceu a tese do marco temporal.

Por outro lado, entidades que representam indígenas e partidos governistas também recorreram ao Supremo para contestar novamente a constitucionalidade da tese.

É neste cenário de divergência que o Supremo volta a analisar a matéria.

Em paralelo ao julgamento no Supremo Tribunal Federal, o Senado aprovou, na semana passada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 48/2023, que insere a tese do marco temporal na Constituição Federal, em novo capítulo da briga entre Legislativo e Judiciário.

*SAIBA

Em meio à votação da constitucionalidade do marco temporal no Supremo Tribunal Federal (STF), indígenas ontem bloquearam parcialmente a rodovia MS-156, em Dourados. O grupo protestava contra a tese do marco temporal para demarcações de terras.

(Com agências)

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).