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Veja como planejar melhor os investimentos em 2020

Especialistas em negócios apontam quais os passos para definir melhor as aplicações

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É comum falar em planejamento financeiro no início do ano. 

Uma das grandes dúvidas é sobre como se planejar para investir em aplicações financeiras. Especialistas em negócios apontam quais os passos para definir onde aplicar os recursos e qual a tendência de  melhores investimentos em 2020.

O planejador financeiro e sócio na Expertise Investimentos, escritório credenciado da XP Investimentos, Trajano Ellera Gomes, explica que com a Selic (taxa de juros) em apenas 4,5% ao ano, sair da zona de conforto virou regra para conseguir retornos melhores. 


“É preciso reavaliar os investimentos e explorar novas alternativas. 

É natural se arriscar mais para buscar maiores retornos, mas lembrando sempre de respeitar o seu perfil de investidor”.

De acordo com o especialista, o momento econômico do Brasil diminui a percepção de risco e aumenta as oportunidades para se investir em ações. 

“As rentabilidades da renda fixa pública e privada ficam mais desafiadoras e os investidores terão que migrar parte das carteiras para a Bolsa, se quiserem retornos mais atraentes”.

O economista Márcio Coutinho, diz que a primeira estratégia para definir um investimento é saber o que você quer. 

“Você vai fazer esse investimento com qual objetivo, comprar um carro, um imóvel? 

Precisa definir também se é a curto prazo, longo prazo, então tem que estar muito claro o que você quer alcançar com esse investimento que quer fazer”. 

OPÇÕES

Na hora de escolher um bom investimento é preciso diferenciar resultados passados. 

Segundo o planejador financeiro, é importante avaliar se o que está sendo oferecido é bom para você ou para a instituição na qual você investirá.

“A maioria dos investidores está perdendo para a inflação e nem sabe disso. O dever fiduciário de qualquer profissional deveria ser com o seu cliente, infelizmente isso é muito raro devido as esmagadoras metas que bancários tem”, explicou Gomes.

Para definir em qual aplicação é melhor investir, o interessado deve respeitar seu perfil investidor.

“Se ele se sente confortável e entende o que está acontecendo, mas ao menos ganha da inflação, esse é o melhor investimento. Toda carteira de investimentos deve ser entendida como um time de futebol, cada investimento tem o seu papel que contribui para o resultado do time. Não conheço nenhum time campeão jogando com 10 zagueiros ou 10 atacantes além do goleiro”, exemplificou Gomes.

Os gestores em geral têm explorado novas alternativas para aumentar os retornos com ações.

“Muitos estão lançando produtos com a estratégia Long Biased. Basicamente, esse tipo de fundo possui uma parcela comprada de ações, mas também pode operar com uma parcela do fundo vendido (protegendo-se de quedas do mercado). A indústria ainda conta com bastante predominância de fundos com estratégia “Macroeconômica” e há poucos fundos com outras estratégias como Long Short, Arbitragem ou Quantitativos, onde essas estratégias diversificadas acabam servindo como um amortecedor para as variações da carteira de investimentos. Dentre as grandes apostas para 2020 há um grande consenso sobre a posição comprada na Bolsa brasileira”, informa Gomes.

Outra aposta do mercado, para 2020, é que além da expectativa de juros baixos fomentando novos projetos, a expectativa de recuperação econômica beneficia a melhora das operações. 

“Vemos retomada em todos os setores, com destaque para Lajes Corporativas e Shoppings”, afirmou o planejador financeiro que disse ainda que investir em estratégias internacionais deve melhorar a relação risco x retorno dos portefólios. “Já que os preços dos ativos no exterior são impulsionados por múltiplos aspectos. Como referência o PIB Brasileiro representa aproximadamente 2,5% do PIB mundial”.

MENOS ATRATIVOS

A poupança é considerada na média o pior dos investimentos, principalmente por render 70% da taxa Selic + variação da Taxa Referencial (TR) que atualmente é zero, totalizando hoje 3,15% a.a., o que é menos que a inflação.

Também merecem atenção do investidor os fundos de renda fixa pós fixada até 105% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). 

Segundo Trajano Gomes, as aplicações em renda fixa são: 

Certificado de Depósito Bancário (CDB), 

Letra de Crédito Imobiliário (CDI);

Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), por si só, não são produtos ruins. 

“O investidor precisa mesmo é se atentar às rentabilidades oferecidas. 

Esses produtos que pagam até 105% do CDI bruto (sem descontar impostos) são péssimas escolhas, atualmente perdem para a inflação.

Ainda entre as opções que merecem atenção do investidor estão os fundos de renda fixa com altas taxas de administração. 

“São uma opção interessante para quem quer acessar bons investimentos em renda fixa com a expertise de um gestor. É preciso, porém, ficar atento às taxas de administração cobradas e a rentabilidade final, ela deve ser maior que 105% do CDI”, analisa Gomes.

Os fundos de previdência privada, contratados sem um objetivo e com taxas excessivas também são citados como menos atrativos em 2020.

“Fundos de previdência privada possuem uma tributação específica, ela é feita para que o investidor fique ao menos 8 anos com a aplicação. O PGBL só serve para quem pode utilizar o benefício de desconto do imposto de renda, e o VGBL serve principalmente como um plano de sucessão familiar. Taxas altas e excessivas, como taxas de administração, de carregamento, de entrada, de saída etc. afetam em muito a rentabilidade final do produto”, informou o planejador financeiro.

Para quem quer investir em aplicações o especialista dá a dica. 

“A primeira dívida que deveria ser paga todo mês é consigo mesmo(a). Invertemos a forma de pensar, o dinheiro a ser investido é o primeiro a ser separado, e o restante então paga as contas e o lazer. Investir é um hábito e esse hábito só se cria sendo exercitado, não importa se com R$ 10 ou R$ 1.000. Também é importante pensar onde se tem mais retorno, uma aplicação de R$ 300 mensal ou na mensalidade de um curso que pode aumentar a sua renda em 50%?”, conclui Trajano Gomes.

Segundo o economista é preciso fazer uma análise sobre a saúde financeira. 

“Verifique os gastos que pode cortar para transformar isso em investimento. Lembrando que é fundamental ter disciplina, não adianta você ter recursos disponíveis e não ter disciplina”, finalizou Coutinho. 

 

Cidades

TCE suspende licitação para reforma de ponte sobre o rio Paraguai

Inconsistências e riscos de gastos excessivos na licitação levaram o Tribunal de Contas do Estado a suspender o certame

13/12/2025 13h30

Imagem divulgação

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Menos de um mês depois de assumir como conselheiro do Tribunal de Contas, o ex-integrante do governo do Estado, Sérgio de Paula, suspendeu a licitação de R$ 11,7 milhões para obras na ponte da BR-262, sobre o Rio Paraguai.

A decisão foi publicada nesta sexta-feira (12), em edição extra do Diário Oficial do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul.

No dia 26 de novembro, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul) lançou a licitação prevendo investimento de até R$ 11.728.608,10 para a execução de obras de recuperação estrutural.

Os envelopes com as propostas feitas pelas empreiteiras seriam abertos na segunda-feira (15). No entanto, foi determinada a suspensão do certame após a equipe técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS) identificar “inconsistências e lacunas” em informações como:

  • Caderno de desenhos;
  • Relatório de critérios e especificações técnicas;
  • Verificação estrutural;
  • Projeto de recuperação estrutural;
  • Projeto de sinalização temporária;
  • Plano de execução.

A justificativa para suspender o processo licitatório da reforma da ponte foram inconsistências no Projeto Básico, que podem gerar gastos acima do necessário. Para isso, foi apontada a necessidade de atualização dos dados técnicos.

“Tais inconsistências podem acarretar riscos de sobrepreço, aditivos contratuais futuros e execução inadequada da obra, comprometendo a economicidade e a eficiência, em desacordo com a Lei nº 14.133/2021. Embora o projeto tenha avançado em sua conformidade com a nova Lei de Licitações, as lacunas técnicas e a necessidade de atualização são significativas. Para uma decisão embasada e para mitigar risos futuros, é crucial que as informações complementares e as atualizações necessárias sejam providenciadas e analisadas”, consta no ato.

Diante dos indícios de irregularidades no Estudo Técnico Preliminar (ETP) e no Projeto Básico, o relator, conselheiro Sérgio de Paula, determinou a aplicação de medida cautelar para suspender o processo licitatório até a regularização dos pontos apontados.

Previsão

Com previsão de início das obras somente no segundo trimestre de 2026, o valor estimado, como adiantou o Correio do Estado, indica que a reforma da ponte pode custar o dobro do apontado pelo ex-secretário de Obras, Hélio Peluffo.

Em 2023, ele previu gastos em torno de R$ 6 milhões na recuperação da estrutura da ponte, que tem sofrido diversas intervenções e situações que resultaram em tráfego em meia pista.

Essa situação ocorreu em 2023, quando a interdição durou mais de um ano, até que os reparos emergenciais fossem concluídos na pista de rolamento.

Além disso, há situação emergencial nos “amortecedores” instalados entre as pilastras e a parte superior da ponte (pista), que apresentam desgaste por falta de manutenção. Essa obra deverá ser bancada, agora, com recursos públicos.

Pedagiada "até ontem"
 

Investimento público em uma ponte seria algo normal não fosse a cobrança de pedágio, feita até setembro de 2022. Pequena fatia da receita era repassada ao Estado e a única obrigação da empresa era fazer a manutenção da estrutura, que tem dois quilômetros e foi inaugurada em 2001.

Porém, em 15 de maio de 2023 a empresa Porto Morrinho encerrou o contrato e devolveu a ponte Poeta Manoel de Barros sem condições plenas de uso, embora tivesse faturamento milionário.

Em 2022,  com tarifa de R$ 14,10 para carro de passeio ou eixo de veículo de carga, a cobrança rendeu R$ 2,6 milhões por mês, ou R$ 21 milhões nos oito primeiros meses daquele ano.

No ano anterior, o faturamento médio mensal ficou em R$ 2,3 milhões. Conforme os dados oficiais, 622 mil veículos pagaram pedágio naquele ano. Grande parte deste fluxo é de caminhões transportando minério. A maior parte destes veículos têm nove eixos e por isso deixavam R$ 126,9 na ida e o mesmo valor na volta.

Esse contrato durou longos 14 anos, com início em dezembro de 2008, e rendeu em torno de R$ 430 milhões, levando em consideração o faturamento do último ano de concessão. 

Em março de 2017, a Porto Morrinho conseguiu um abatimento de 61% no valor da outorga. Na assinatura, em 22 de dezembro de 2008, o acordo previa repasse de 35%  do faturamento bruto obtido com a arrecadação tarifária estabelecida em sua proposta comercial. A partir de março de 2017, porém, este valor caiu para 13,7%. 

Se tivesse de repassar 35% dos R$ 2,6 milhões arrecadados por mês em 2022, a Porto Morrinho teria de pagar R$ 910 mil por mês ao Estado. Com a repactuação do contrato, porém, este valor caiu para a casa dos R$ 355 mil. Em ambos os casos os valores teriam alguma variação porque ainda seria necessário descontar impostos.

Ou seja, a repactuação garantiu R$ 555 mil mensais a mais aos cobres da concessionária, que mesmo assim não cumpriu com sua única obrigação, que era manter a ponte em condições de uso. 

E, mesmo depois de parar de cobrar pedágio, ela continuou cuidando da ponte, entre setembro de 2022 até maio de 2023.  Neste período, recebeu indenização milionária, de pouco mais de R$ 6 milhões. 

O pedágio acabou por causa do fim do acordo do governo estadual, que construiu a ponte, com o DNIT, já que a rodovia é federal. Porém, o governo federal só aceita receber a ponte depois que estiver em boas condições de uso. 

** Colaborou Neri Kaspary

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baixa adesão

Fundo Pantanal indeniza desde banqueiro a gigante do Agro

Mas, o Programa que disponibilizou R$ 40 milhões está repassando aos proprietários pantaneiros menos de 10% do previsto para 2025

13/12/2025 12h30

O tuiuiú é considerada a ave-símbolo do Pantanal, mas também pode ser encontrada bem longe deste bioma

O tuiuiú é considerada a ave-símbolo do Pantanal, mas também pode ser encontrada bem longe deste bioma Bruno Rezende/Secom

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Na lista dos 45 proprietários de terras do Pantanal que receberão recursos do Fundo Clima Pantanal, um programa que indeniza fazendeiros que preservam áreas mais amplas do que aquilo que determina a legislação, aparecem desde fazendeiros tradicionais a banqueiros e gigantes do agronegócio.

Mas, conforme publicação do diário oficial do Governo do Estado desta sexta-feira (12) a adesão ficou abaixo do esperado e menos de 10% das verbas disponíveis serão distribuídas no primeiro ano do programa, criado principalmente para combater o desmatamento.

Entre os contemplados, com R$ 100 mil, está Tereza Bracher, esposa do ex-presidente do Itaú Unibanco, Cândido Bracher. A família vair receber a indenização por estar preservando em uma de suas fazendas pantaneiras quase seis mil hectares acima do estipulado pela legislação. 

Com patrimônio estimado na casa dos R$ 15 bilhões, Cândido Bracher foi CEO do Itaú Unibanco entre abril de 2017 e janeiro de 2021. Atualmente,  hoje é integrante do Conselho de Administração da instituição financeira, que fechou 2024 com lucro de R$ 40 bilhões. 

E a banqueira ainda buscou indenização em uma segunda fazenda no Pantanal,  mas foi desclassificada por ter sido enquadrada no item 8.6 das normas que regulamentam a distribuição dos R$ 40 milhões do Fundo.

Este item diz que não pode ser contemplado que  estiver com irregularidades no Cadastro Ambiental Rural (CAR) ou por estar com passivos ambientais não declarados ou que não estejam cumprindo termos de compromisso de recuperação de áreas degradadas.

Em maio deste ano o Ministério Público abriu investigação para apurar suposta omissão do banqueiro em um megaincêndio que destruiu mais de 52 mil hectares em julho de 2024 no Pantanal da Nhecolândia. O fogo teria começado na Fazenda Tupanceretã, de 25 mil hectares, pertecence à família. 

Tereza Bracher também aparece como contemplada indireta em uma outra propriedade. Ela é uma das integrantes da Associação Onçafari, entidade que vai receber pouco mais de R$ 45 mil de indenização pela preservação de 824 hectares de vegetação nativa.

Esta associação, que adquiriu milhares de hectares no Pantanal para criar uma espécie de corredor ecológico que possibilite procriação de onças-pintadas, conseguiu cerca de R$ 180 milhões com filantropos para a criação de reservas privadas no Pantanal. Teresa Bracher é uma destas doadoras. 

Mas, os banqueiros não são os únicos bilionários que aparecem na lista. Outra contemplada é a SLC Agronegócios, uma fazenda dedicada à criação de bovinos no município de Corumbá.  Os bilionários donos desta fazenda receberão R$ 100 mil do Fundo Pantanal por preservarem pouco mais de 3,7 mil hectares. 

A fazenda pertence ao grupo que se apresenta como um dos maiores produtores de commodities agrícolas do país. Possui cerca de 733 mil hectares de área plantada em sete estados. Além de Corumbá, o grupo também produz em fazendas em Cassilância, Chapadão do Sul e Sonora. 

A SLC produz algodão, milho e soja e se dedica à criação de gado, além de ser uma das grandes produtoras de sementes destas cultura.Ela foi uma das primeiras empresas do agronegócio a ter ações negociadas em Bolsa de Valores de São Paulo, a BR.

A famosa Fazenda Bodoquena, de cerca de 77 mil hectares e conhecida por concentrar até 40 mil bonivos, também aparece na relação daqueles que receberão indenização. Neste caso, serão apenas R$ 39 mil, uma vez que atestou estar fazendo preservação extra de 705 hectares de vegetação. 

A fazenda pertence ao Grupo Votorantim, que há mais de sete décadas também atua na produção de cimento em Corumbá, no coração do Pantanal. O grupo é controlado pelos familiareas de Antônio Ermírio de Moraes, um dos rostos mais conhecidos do bilionário clã. Ele morreu em 2014. A família é considerada a terceira mais rica do país, com patrimônio estimado em 15,4 bilhões de dólares, ficando atrás somente das famílias Marinho e Safra.

Mas, nesta lista dos contemplados também aparecem fazendeiros "comuns",  para os quais a indenização de até R$ 100 mil fará alguma diferença. Esté é o caso de Timotheo Reis Proença, que já presidiu o sindicato rural de Aquidauana. Ele cadastrou 1,28 mil hectares como preservação extra e por conta disso receberá R$ 71 mil. 

BAIXA ADESÃO

Ao todo, segundo o Governo do Estado, estão sendo  indenizados 126 mil hectares, o que está garantindo repasse da ordem de R$ 3,25 milhões aos proprietários. 

O valor é praticamente o mesmo ao que está sendo repassado a três ONGs que dizem atuar no combate a incêndios e no tratamento de animais silvestres atingidos pelas queimadas no Pantanal. 

Dos R$ 40 milhões, R$ 1,438 milhão foi destinado ao Instituto Homem Pantaneiro (IHP), R$ 996 mil para o instituto SOS Pantanal e R$ 497,5 mil para o IPCTB - Instituto de Pesquisa e Conservação de Tamanduás no Brasil. 

Somados, os repasses às ONGs chegam R$ 2,931 milhões, o que equivale a 7,3% dos R$ 40 milhões anunciados pelo Governo do Estado ao Fundo Pantanal para o primeiro ano de vigência do programa. 

O valor repassado aos proprietários rurais ficou longe daquilo que estava previsto por conta da baixa adesão. Na primeira chamada foram recebidas apenas 71 inscrições de imóveis rurais localizados no Bioma Pantanal. E, após análise dos documentos,  45 propriedades conseguiram cumprir as exigências. 

Mesmo assim, o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, comemora os resultados. “O PSA Pantanal demonstra que é possível alinhar desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Estamos criando um modelo em que o produtor rural passa a ser reconhecido como parceiro estratégico na proteção do bioma, recebendo por um serviço ambiental que beneficia toda a sociedade”, afirmou. Segundo ele, o programa também fortalece a imagem de Mato Grosso do Sul como referência nacional em sustentabilidade e políticas climáticas inovadoras.

Agora, os proprietários classificados serão convocados pela Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar), agente executor do PSA Conservação, para assinatura do Termo de Adesão. A partir desse instrumento, os provedores de serviços ambientais passam a integrar formalmente o programa e a receber os valores correspondentes às áreas preservadas. 

De acordo com o secretário-adjunto da Semadesc, Artur Falcette, a robustez técnica do edital foi um dos diferenciais do programa. “Todo o processo foi construído com base em critérios objetivos, análises técnicas aprofundadas e uso de ferramentas geoespaciais. Isso garante credibilidade ao PSA e cria um ambiente favorável para sua continuidade e ampliação”, destacou. Ele ressalta que a experiência da primeira chamada servirá como base para o aperfeiçoamento das próximas etapas.

Segunda chamada 

Com a conclusão da primeira etapa, a Semadesc confirmou o cronograma da segunda chamada do PSA Conservação, prevista para 2026. A publicação do edital e a abertura das inscrições ocorrerão em 23 de fevereiro, com encerramento em 6 de abril.

As inscrições deferidas serão divulgadas em 16 de abril, com prazo para recursos até 20 de abril. A avaliação das propriedades ocorrerá até 1º de junho, com publicação do resultado final até 15 de junho. A assinatura dos Termos de Adesão está prevista a partir de 16 de junho de 2026.

Nesta segunda chamada, poderão participar proprietários que não conseguiram se inscrever na primeira etapa. As regras permanecem as mesmas, incluindo a possibilidade de cancelamento de autorizações de supressão de vegetação nativa vigentes na data de abertura do edital, quando houver, sendo que o pagamento será referente ao exercício de 2026. 

“O PSA é uma política de Estado, construída para ter continuidade e escala. A segunda chamada amplia o alcance do programa e reforça nosso compromisso com a conservação do Pantanal”, concluiu Jaime Verruck.

 

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