Cidades

Céu acinzentado

Vento ou chuva de 2mm podem dissipar pluma de fumaça sobre Campo Grande

Fuligens das queimadas do Pantanal deixam o céu acinzentado durante toda a quinta-feira

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Queimando desde junho, as fuligens das queimadas do Pantanal tomaram conta do céu de Campo Grade, nesta quinta-feira, 17. Foi possível perceber uma nuvem acinzentada, que os especialistas chamam de pluma.

O físico Widinei Alves Fernandes, doutor em Geofísica Espacial pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), confirma a origem da pluma de fumaça.

“Esse é o resultado das queimadas que estão chegando na região, só que essa pluma de fumaça está mais acima [na atmosfera], não está tão próxima da superfície, então você pode notar que não está sentindo cheiro diferente”, explicou.

O físico aponta dois fatores que podem contribuir para a reversão do clima atualmente. “Se realmente a gente tivesse uma chuva nos próximos dias um pouquinho mais grossa, nós teríamos o que chamamos de ‘chuva negra’, ou seja, como a atmosfera está bastante particulada, a formação da chuva teria um efeito junto a essas partículas”, afirma. 

Segundo ele, a chuva teria um efeito de “lavar a atmosfera”. “Devido a essa grande quantidade de material particulado, você nota uma grande quantidade de piscinas escuras, a água que vem da chuva vai ser mais escura. Ventos também ajudam na dispersão desses poluentes”, contou o professor.

Conforme o Dr. Wildinei Fernandes, os ventos fortes podem fazer com que essas partículas de poluentes passem pelo Oceano Pacífico e cheguem até a Austrália. “Quanto mais vento ajuda a dissipar”. Quanto à chuva, o professor estima que uma precipitação de 2 milímetros possa ajudar a dissolver essa camada de poluentes.

Impactos 

Para o especialista, se a pluma que paira sobre Campo Grande, ficasse por mais tempo, os impactos seriam ainda mais graves. Ele cita a redução da visibilidade, problemas de desenvolvimento de plantas e sociais. 

De a acordo com o professor, “o problema de visibilidade se dá porque essa pluma está impedindo que a luz do sol chegue à superfície”, explica.

Ele segue dizendo que “isso até pode causar um impacto nas plantas a médio e longo prazo porque elas precisam da luz do sol para fazer a fotossíntese”. 

O físico sugere até problemas para aqueles que dependem da luz solar como fonte de energia. E finaliza: “o problema das queimadas tem diversos aspectos de impacto na sociedade”.

Mudanças

Apesar de o problema perdurar por meses, ele parece estar no fim. A falta de chuva em Campo Grande chega a quase um mês, mas segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), isso deve acabar, nesta sexta-feira, 18.

A umidade relativa do ar, deve ser baixa até quinta-feira, principalmente na faixa que começa na região do Pantanal, passa pela região central e abrange a região sudeste e nordeste de MS.

A boa notícia é que ela deve subir a partir de sexta-feira. O Inmet prevê 65% de umidade máxima com possibilidade de chuvas isoladas durante a noite. 

No sábado, domingo e segunda-feira, as chances de chuva são bem maiores, e a umidade pode chegar até 80% em cada dia. 

MS está em estado de calamidade por conta das queimas no Pantanal, reconhecido pelo Governo Federal na última semana. Estava tudo tão distante até a manhã desta quinta-feira, 17. Campo Grande amanheceu acinzentada, pouca visibilidade, uma névoa espessa e tempo seco.

Poderia ser chuva, mas as nuvens carregadas são formadas pelas fuligens do bioma pantaneiro que queima desde junho.

Quando visitou a Capital, na terça-feira, 15, o Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, disse que a estiagem e a seca em Mato Grosso do Sul já são consideradas as mais severas nos últimos 50 anos.

CIDADES

Segunda parcela do 13º salário deve ser paga até a próxima sexta-feira

Salário extra injetará R$ 369,4 bilhões na economia, segundo o Dieese

14/12/2025 23h00

Essa data vale apenas para os trabalhadores na ativa

Essa data vale apenas para os trabalhadores na ativa Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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A segunda parcela do décimo terceiro salário deve ser depositada a 95,3 milhões de brasileiros até a próxima sexta-feira (19). A primeira foi paga até 28 de novembro, conforme a legislação.

Um dos principais benefícios trabalhistas do país, o salário extra injetará R$ 369,4 bilhões na economia neste ano, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em média, cada trabalhador com carteira assinada deverá receber R$ 3.512, somadas as duas parcelas.

Essas datas valem apenas para os trabalhadores na ativa. Como nos últimos anos, o décimo terceiro dos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi antecipado. A primeira parcela foi paga entre 24 de abril e 8 de maio e a segunda, entre 26 de maio e 6 de junho.

Quem tem direito

Segundo a Lei 4.090/1962, que criou a gratificação natalina, têm direito ao décimo terceiro aposentados, pensionistas e quem trabalhou com carteira assinada por pelo menos 15 dias. Com isso, o mês em que o empregado tiver trabalhado 15 dias ou mais será contado como mês inteiro, com pagamento integral da gratificação correspondente àquele mês.

Trabalhadores em licença-maternidade e afastados por doença ou por acidente também recebem o benefício. No caso de demissão sem justa causa, o décimo terceiro deve ser calculado proporcionalmente ao período trabalhado e pago junto com a rescisão. No entanto, o trabalhador perde o benefício se for dispensado com justa causa.

Cálculo proporcional

O décimo terceiro salário só será pago integralmente a quem trabalha há pelo menos um ano na mesma empresa.

Quem trabalhou menos tempo receberá proporcionalmente. A cada mês em que trabalha pelo menos 15 dias, o empregado tem direito a um doze avos (1/12) do salário total de dezembro. Dessa forma, o cálculo do décimo terceiro considera como um mês inteiro o prazo de 15 dias trabalhados.

A regra que beneficia o trabalhador o prejudica no caso de excesso de faltas sem justificativa. O mês inteiro será descontado do décimo terceiro se o empregado deixar de trabalhar mais de 15 dias no mês e não justificar a ausência.

Tributação

O trabalhador deve estar atento quanto à tributação do décimo terceiro. Sobre o décimo terceiro, incide tributação de Imposto de Renda, INSS e, no caso do patrão, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No entanto, os tributos só são cobrados no pagamento da segunda parcela.

A primeira metade do salário é paga integralmente, sem descontos. A tributação do décimo terceiro é informada num campo especial na declaração anual do Imposto de Renda Pessoa Física.

BRASIL

Segunda parcela do décimo terceiro deve ser paga até sexta-feira

Valor extra vai beneficiar 95,3 milhões de trabalhadores e injetar R$ 369,4 bilhões na economia

14/12/2025 19h00

O pagamento segue o calendário previsto em lei, que determina o repasse da primeira parcela até 28 de novembro e a quitação do benefício até 20 de dezembro

O pagamento segue o calendário previsto em lei, que determina o repasse da primeira parcela até 28 de novembro e a quitação do benefício até 20 de dezembro Divulgação/ Agência Brasil

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A segunda parcela do décimo terceiro salário deve ser depositada até a próxima sexta-feira (19) para cerca de 95,3 milhões de brasileiros. O pagamento segue o calendário previsto em lei, que determina o repasse da primeira parcela até 28 de novembro e a quitação do benefício até 20 de dezembro.

Considerado um dos principais direitos trabalhistas do país, o décimo terceiro salário deve injetar aproximadamente R$ 369,4 bilhões na economia brasileira em 2025, conforme estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em média, cada trabalhador com carteira assinada receberá R$ 3.512, considerando a soma das duas parcelas.

O calendário de pagamento vale apenas para trabalhadores na ativa. Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tiveram o décimo terceiro antecipado, como ocorreu nos últimos anos. A primeira parcela foi paga entre 24 de abril e 8 de maio, enquanto a segunda foi liberada entre 26 de maio e 6 de junho.

Quem tem direito ao décimo terceiro

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, que instituiu a gratificação natalina, têm direito ao décimo terceiro salário os trabalhadores com carteira assinada, aposentados e pensionistas que tenham trabalhado por pelo menos 15 dias no ano. Nesses casos, o mês em que o empregado trabalhar 15 dias ou mais é considerado como mês completo para efeito de cálculo.

Também recebem o benefício trabalhadores em licença-maternidade e aqueles afastados por doença ou acidente. Já em casos de demissão sem justa causa, o décimo terceiro deve ser pago de forma proporcional ao período trabalhado, junto com as verbas rescisórias. O direito é perdido apenas quando a demissão ocorre por justa causa.

Como é feito o cálculo

O pagamento integral do décimo terceiro é garantido a quem trabalha há pelo menos um ano na mesma empresa. Para quem atuou por menos tempo, o valor é calculado de forma proporcional: a cada mês com ao menos 15 dias trabalhados, o empregado tem direito a 1/12 do salário de dezembro.

A regra, porém, também prevê descontos. Caso o trabalhador tenha faltado mais de 15 dias no mês sem justificativa, aquele período não entra no cálculo do décimo terceiro.

Atenção à tributação

Os descontos de Imposto de Renda e contribuição ao INSS incidem apenas sobre a segunda parcela do décimo terceiro. A primeira metade do benefício é paga integralmente, sem descontos. Já o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é obrigação do empregador.

As informações sobre a tributação do décimo terceiro salário devem constar em campo específico na declaração anual do Imposto de Renda Pessoa Física.

**Com Agência Brasil**

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