Cidades

Mato Grosso do Sul

Vereador de Campo Grande quer estrear na Câmara pedindo CPI do Consórcio Guaicurus

Para Jean Ferreira, aumento de 20 centavos na passagem não veio acompanhado de melhora no serviço

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O retorno dos trabalhos do Poder Legislativo em Campo Grande promete ser polêmico. O presidente da casa, Papy (PSDB), de início terá de lidar com um pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o contrato de concessão do transporte coletivo de Campo Grande, principalmente o serviço prestado pelo Consórcio Guaicurus. 

O pedido, do vereador Jean Ferreira (PT), surge menos de uma semana depois do reajuste da tarifa de transporte coletivo de Campo Grande, que passou de R$ 4,75 para R$ 4,95. 

Vereador Jean Ferreira (PT) / Divulgação

O vereador, eleito para seu primeiro mandato, publicou em seus perfis nas redes sociais X e Instagram, que “é hora de enfrentar esse modelo falido”. 

Para Jean Ferreira, o modelo de transporte coletivo de Campo Grande, introduzido em 2012, não se sustenta, uma vez que o reajuste ocorre sem melhora alguma no serviço prestado. 

“Estamos estudando o contrato a fundo e vamos buscar todas as medidas necessárias para melhorar a qualidade do serviço”, aponta o parlamentar, que considera a possibilidade de rompimento do contrato com o consórcio, se preciso.

Desde 2021 que vereadores ensaiam a criação de uma CPI para investigar o Consórcio Guaicurus. Em 2023, o ex-vereador André Luiz, chegou a conseguir mais de 10 assinaturas para instalação da comissão.

O pedido porém, não foi adiante, o caso ficou para ser resolvido na Comissão de Transportes da Câmara.  

Convocação

Antes mesmo de estrear na tribuna da Câmara, Jean já está conclamando a população a protestar contra o aumento da tarifa. A manifestação está marcada para a próxima sexta-feira, às 18h, no Terminal Morenão.

Jean Ferreira ainda está buscando o apoio de mais parlamentares na abertura da CPI. 

“Estamos dialogando com vereadores e acredito que há uma grande chance de conseguirmos as assinaturas necessárias, já que se trata de um tema de interesse amplo da população”, pontua o vereador.

Ranking

Com o reajuste do dia 23, Campo Grande passou a ter a sértima passagem mais cara entre as capitais brasileiras. 

Confira o ranking das capitais com maior tarifa de ônibus do Brasil:

  •     1. Florianópolis (SC) – R$ 6,90
  •     2. Curitiba (PR) – R$ 6,00
  •         Porto Velho (RO) – R$ 6,00
  •     3. Belo Horizonte (MG) – R$ 5,75
  •     4. Boa Vista (RR) – R$ 5,50  
  •          Brasília (DF) – R$ 5,50
  •     5. Salvador (BA) – R$ 5,20
  •     6. São Paulo (SP) – R$ 5,00
  •          Aracaju (SE) – R$ 5,00
  •     7. Campo Grande (MS) – R$ 4,95
  •         Cuiabá (MT) – R$ 4,95
  •     8. João Pessoa (PB) – R$ 4,90
  •          Natal (RN) – R$ 4,90
  •     9. Porto Alegre (RS) – R$ 4,80
  •     10. Vitória (ES) – R$ 4,70

 

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Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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