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Cultura

Apaixonados por histórias de terror, casal cria produtora e lança filmes independentes do gênero

Ramiro Giroldo e Larissa Anzoategui se conheceram na adolescência, se reencontraram na vida e decidiram juntos produzir filmes de terror

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Quem disse que Campo Grande não tem representante no terror? Ramiro Giroldo e Larissa Anzoategui se reencontraram em 2012 e, desde então, estão emprenhados em construir histórias do gênero, por meio de filmes ou livros, em Mato Grosso do Sul. “Nós nos conhecemos em 1999, em Campo Grande. Nós dois somos daqui, mas só fomos nos reencontrar em 2012, na cidade de São Paulo. Estávamos estudando na época, começamos a namorar, rapidinho fomos morar juntos e estávamos fazendo o primeiro filme. Gravamos em 2012, e em 2013 ele foi lançado nos festivais”, conta Ramiro.  

O primeiro filme é o que dá nome à produtora do casal, Astaroth Produções. O escritor da dupla, Ramiro é o responsável pelos roteiros. “Temos alguns curtas-metragens e estamos lançando o segundo longa agora. O primeiro, ‘Astaroth’, rodou pelos festivais, alguns no Brasil e outros internacionais – no México, no Uruguai, na Bolívia e nos Estados Unidos. Ele também foi distribuído comercialmente pelo Prime Video, da Amazon”, ressalta Ramiro.

Enquanto Ramiro escreve, Larissa é responsável pela direção dos filmes. “Pela direção e, às vezes, pela direção de fotografia”, explica. “Eu sempre gostei de assistir filmes de terror, desde criança, principalmente pela influência do meu irmão mais velho. A minha geração também cresceu na locadora, e os filmes de terror eram o que a gente gostava de assistir, como ‘Sexta-Feira 13’”, relembra Larissa.  

Quando a diretora reencontrou Ramiro em São Paulo, ela estava gravando o primeiro curta-metragem. “Até chamei ele para ser figurante”, conta. Inclusive, também foi o marido, mas na adolescência, que mostrou a ela que era possível, sim, fazer um filme com pouco orçamento. “Quando eu era criança, não tinha a perspectiva de ser diretora, eu não sabia como era possível. A coisa mais próxima era a vontade de ser escritora, de contar histórias. Quando eu fiquei maior, pré-adolescente, comecei a gostar de vídeo, queria ter uma filmadora e demorei a ter. Eu conheci o Ramiro adolescente, e ele me mostrou um filme independente: foi aí que eu comecei a pensar que era possível fazer o filme com pouco recurso e com muita vontade”, acredita Larissa.  

O próximo longa dos dois foi finalizado recentemente. “O segundo longa vai ser enviado para os festivais agora. ‘Domina Nocturna’ é o que a gente chama de um longa de antologia. Tem várias histórias que se ligam no fim”, frisa.

 

Livro  

Além dos roteiros, Ramiro também escreve livros. Doutor em Literatura pela Universidade de São Paulo e professor universitário, o campo-grandense não esconde que sua grande fonte de inspiração são as histórias de terror. “O livro é inspirado no primeiro curta que foi filmado, que é o ‘Red Hookers’. Ele surgiu a partir daí, enquanto o filme ficava rodando nos festivais, eu ficava pensando na história. Com o tempo, modifiquei algumas coisas e ampliei outras”, ressalta Ramiro.  

O livro é uma novela de terror, vinculada a imagens e temas reconhecíveis do gênero. O nome, por exemplo, é um trocadilho com o conto “Horror em Red Hook”, de H.P. Lovecraft, um dos autores de terror mais reconhecidos atualmente. Segundo Ramiro, há muitas inspirações na obra. “Eu sempre gostei de terror. A gente é da época das videolocadoras, do VHS, então eu peguei uma época muito boa das produções de filmes de terror, principalmente os anos 1980. Eu era criança na época, então foi assim que aprendi a gostar. Há influência de Stephen King também. Sempre estive imerso nesse universo”, frisa.  

A sinopse do livro é bem misteriosa. Investigando o estranho comportamento de sua irmã, uma universitária trava contato com o culto ancestral que se esconde nas entranhas de uma boate em plena Rua Augusta, a Red Hookers. Karen, uma ordeira universitária, primeiro viu sua irmã ceder ao vício químico e à perigosa vida nas esquinas da prostituição. Depois, algo pior a pegou: um segredo ancestral, oculto por sombras de onde se estendem tentáculos pegajosos e espreitam seres mais velhos que a humanidade. Karen, contudo, está determinada a resgatar a irmã das garras do culto que, em algum lugar da Rua Augusta, habita a boate Red Hookers. Em seu caminho, intrometem-se terríveis arcanos de horror e prazer, rompendo-lhe os limites da sanidade.

O livro está disponível na editora Cabana Vermelha e na Banca Modular, na Rua Antônio Maria Coelho, nº 2.641. O livro custa R$ 35,90. 

magia

Caravana de Natal da Coca-Cola passa por Campo Grande nesta terça; veja o trajeto

Caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d'água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel

16/12/2025 12h00

Carretas natalinas da Coca Cola vão passar em Campo Grande

Carretas natalinas da Coca Cola vão passar em Campo Grande DIVULGAÇÃO/Coca Cola

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Faltam 9 dias para o Natal e a tradição de sair às ruas para acompanhar a passagem das carretas de Natal da Coca-Cola está de volta.

Caravana Iluminada de Natal percorre ruas e avenidas de Campo Grande nesta terça-feira (16). 

Os caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d’água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel.

Confira os trajetos e horários:

CAMPO GRANDE - 16 DE DEZEMBRO -  19H

  • INÍCIO - 19 horas – Comper Itanhangá – Avenida Ricardo Brandão
  • Avenida Arquiteto Rubens Gil de Camilo
  • Avenida Afonso Pena – Bioparque Pantanal até a 13 de maio
  • Avenida Ceará
  • Avenida Mato Grosso – apenas três quadras
  • Avenida Antônio Maria Coelho
  • Avenida 14 de julho
  • Avenida 13 de Maio – apenas três quadras
  • Avenida Eduardo Elias Zahran
  • Avenida Bom Pastor
  • Avenida Toros Puxian
  • Avenida Dr. Olavo Vilella de Andrade
  • FIM – Avenida Gury Marques

Carretas natalinas da Coca Cola vão passar em Campo Grande

 

ALERTA PARA A EXAUSTÃO

A síndrome do dezembro perfeito

16/12/2025 11h30

Divulgação / Renata Carelli

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Dezembro traz dois fenômenos digitais que podem afetar o bem-estar: as retrospectivas de um ano supostamente perfeito e a pressão estética pelo chamado corpo de verão. O que deveria servir de inspiração tem se tornado gatilho de ansiedade para quem tenta conciliar o esporte com uma rotina de trabalho exaustiva.

O canal Atleta de Fim de Semana, criado pela produtora audiovisual Renata Carelli para servir de guia a uma prática mais saudável do esporte amador, defende que a matemática dessa comparação é injusta.

O erro comum do amador é comparar sua vida integral, que inclui boletos, trânsito, cansaço e limitações, com os melhores momentos editados de influenciadores ou atletas que vivem da imagem.

A vida é complexa demais para caber em um post. Quando nos comparamos com a retrospectiva de alguém, ignoramos o contexto, como a rede de apoio, o tempo livre e os recursos financeiros.

Essa busca por uma estética ou performance irreal no fim do ano gera uma sensação de fracasso, mesmo para quem teve um ano vitorioso dentro de suas possibilidades.

Para virar a chave em 2026, o Atleta de Fim de Semana sugere trocar a meta do corpo de verão pelo corpo funcional. A ideia é valorizar o corpo não pela aparência na praia, mas pela capacidade de viver experiências, aguentar a rotina e gerar disposição.

Confira três dicas que Renata considera essenciais para sobreviver ao fim de ano sem culpa.

NÃO DESISTIR

Não desistir é a verdadeira medalha: no mundo amador, a consistência vale mais que intensidade. Se você teve um ano difícil no trabalho e, mesmo assim, conseguiu treinar duas vezes na semana, isso é uma vitória.

O importante é celebrar o fato de não ter voltado ao sedentarismo, sem se comparar com quem treinou todos os dias.

FILTRE O FEED

Filtre o feed e a mente. Nesta época, o algoritmo privilegia corpos expostos e grandes feitos. Se isso gera ansiedade, a recomendação é prática: silencie perfis que despertam a sensação de insuficiência. O esporte deve ser sua válvula de escape para o stress, não mais uma fonte dele.

REDEFINA O SUCESSO

Redefina o sucesso para 2026: ao fazer as resoluções de Ano-Novo, evite metas baseadas apenas em estética, como perder peso a qualquer custo, ou em números de terceiros.

Trace metas de comportamento, como priorizar o sono ou se exercitar para ter energia para a família. Quando o objetivo é funcional, a pressão diminui e a longevidade no esporte aumenta.

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