Correio B

LITERATURA

Brilhando no improviso

Poeta, declamador, ator, mestre de cerimônias e palestrante, Ruberval Cunha completa 35 anos de carreira e anuncia livro para 2025; criador do improviso guaicuru, o artista campo-grandense impressiona pela capacidade de fazer rimas com profundidade

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Ariano Suassuna (1927-2014), Adélia Prado, Affonso Romano de Sant’Anna, Thiago de Mello (1926-2022) e Manoel de Barros (1916-2014) estão entre os grandes nomes da literatura brasileira que já se impressionaram com a verve lírica de Ruberval Cunha. A lista é longa e pra lá de célebre, incluindo Arnaldo Antunes, Fabrício Carpinejar, Gabriel O Pensador, Waly Salomão (1943-2003) e diversos outros. Mas o público que se encanta com a arte desse campo-grandense que completou 35 anos de carreira em 2024 é bem mais vasto e vai além da fronteira de Mato Grosso do Sul.

Sem exagero, todos parecem se encantar com o seu talento para dizer versos criados sempre de improviso, no calor do momento, sobre qualquer tema, muitas vezes a partir de palavras escolhidas pela própria plateia. Poeta, declamador, ator, mestre de cerimônias e palestrante, Ruberval é o criador do chamado improviso guaicuru. Com sua vestimenta de pantaneiro, chapéu na cabeça, berrante em punho e maquiagem no rosto, é o próprio poeta quem mais parece se emocionar com aquilo que diz.

Seu carisma e talento são penetrantes. Bonito de se ver seus olhos de criança quase sempre marejando aos fazer rimas imediatas sobre qualquer tema com profundidade e lirismo. Foi assim, por exemplo, no Festival da Juventude, realizado em abril de 2024, na Capital, e na Feira Literária de Bonito, em julho daquele mesmo ano, onde a presença febril e cativante do artista, circulando pela Praça da Liberdade, fazia cada encontro soar como um momento mágico.

Ruberval se aproximava de pequenos grupos, de duas ou três pessoas, ou até mesmo de alguém sozinho e entabulava um papo. Nem sempre começava já declamando – perguntava algo, queria saber da vida de seu interlocutor. Casais, crianças, idosos. Mirando no semblante de todos, um a um, ele seguia fazendo o que mais sabe na vida: entreter com poesia.

É um menestrel que agrada e arrebata sem demora, do riso à lágrima com igual intensidade, de modo que vê-lo de longe brilhando com o seu improviso é também um espetáculo à parte.

GRILOS E VIOLINOS

A história desse artista único tem mais graça na sua própria prosa, forjada desde menino, com vulto especial nas muitas férias que passou no Pantanal.

Na época a luz de lamparina era comum, pois fazendas não tinham energia elétrica. “Nessa época, o Pantanal tinha fases bem definidas, e na fase da cheia a água chegava bem perto da sede, permitindo vislumbrar da janela da sala centenas de aves e um pôr do sol deslumbrante”, recorda-se.

“Minha tia era multi-instrumentista e tinha um baú de instrumentos na sede, embora o seu favorito fosse o violino. Não raro, quando criança, dormi ao som de grilos e violinos. A vivência rural inspirou muitos poemas com temática de natureza e do Pantanal”, conta o artista, o qual, em paralelo à carreira com os versos, acumula 26 anos de trabalho como servidor público. Quando atuou na Biblioteca Pública Estadual Dr. Isaías Paim, esteve à frente de projetos como Todas as Letras, Vem Ler o Mundo e Vestibuler.

Também atuou no Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) – onde foi um dos criadores do grupo Teatran –, ministrou oficinas literárias pela Prefeitura de Campo Grande e presidiu a União Brasileira de Escritores de Mato Grosso do Sul (UBE-MS).

“Meu primeiro concurso ganhei na Escola [Estadual] Maria Constança [Barros Machado], e considero esse o meu início de carreira, embora eu rabisque meus versos desde criança. Esse período [1989] coincide com o nascimento da extinta Associação de Novos Escritores, então presidida pelo professor Reginaldo Araújo, onde iniciei a minha trajetória cultural como poeta e declamador”, diz Ruberval.

“PALAVRAS ME REINVENTAM”

Formado em Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), o artista se descobriu improvisador a partir de um desafio.

“Quando Rachid Salomão lançou o opúsculo [livreto] ‘Da Lama para a Glória’, alguém me confundiu e afirmou para ele que eu era repentista. Rachid me convidou para um evento escolar, e eu insistia que não era repentista, porém, aceitei o convite para um desafio com 30 alunos. Cheguei na escola e a coordenadora perguntou se era eu o desafiante do Repentista do Oeste”, narra o poeta.

“Afirmei que sim duas vezes já perguntando pela sala de aula. Rachid chegou, e ela [coordenadora] nos levou ao fundo da escola, onde tinha entre 600 e 800 pessoas. Sem nunca ter feito isso, fiquei me desafiando com ele por cerca de 45 minutos. Posso dizer que o improviso me descobriu e que a incompetência 
de não saber tocar e cantar me levou a criar um tipo diferente de repente: o improviso guaicuru, nome dado posteriormente pelo amigo e acadêmico Rubenio Marcelo”, conta.

“As palavras do público e o tema do evento costumam ser o norte para o improviso. As palavras me reinventam sendo costuradas sem normalmente possuírem um fecho prévio. Tudo ao redor, incluindo as emoções, as pessoas, as palavras ou os acontecimentos, é motivo de inspiração e poesia”, frisa ele, que ainda cita Manoel de Barros, Castro Alves (1847-1871) e Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) como suas principais referências na escrita poética.

“Em termos de improviso, criei uma modalidade nova, mas que não existiria sem o Rachid Salomão. Como contador de histórias, as referências principais são Francisco Gregório e o Grupo Gwaya”, enumera.

“O figurino, a maquiagem, o berrante e os acessórios surgiram em virtude da minha incompetência em tocar instrumentos e cantar seguindo o estilo gauchesco ou nordestino. Assim, usei elementos teatrais e da tradição local com os quais eu tinha contato e com condições de fazer uso. O discurso poético, o figurino e os demais elementos fundidos acabaram se tornando a identidade do trabalho”, diz Ruberval.

CULTURA PANTANEIRA

“Acredito que o mais difícil não seja improvisar sobre um tema, e sim manter um grau de qualidade no trabalho de maneira a alcançar um equilíbrio entre a técnica e o encantamento. Acredito que a junção de temas muitos técnicos com públicos de faixa etária muito variada é o que impõe maior dificuldade”, avalia o poeta, antes de passar em revista a cultura pantaneira que lhe deu régua e compasso.

“A cultura pantaneira, assim nominada, ganhou novas facetas e tem ampliado seus horizontes. A cultura pantaneira raiz, do meu ponto de vista e fazendo um recorte do tempo presente, tem um espaço menor na música, com representantes já consolidados. Todavia, tem ampliado espaço na culinária e na escrita tradicional, especialmente por meio de livros históricos. Acredito que filmes e romances de maior fôlego ainda devam surgir no cenário. A reedição da novela ‘Pantanal’ em um passado recente impulsionou a venda de berrantes e obras de autores regionais, em especial a de Manoel de Barros”, afirma.

LIVRO

Ruberval encerra a conversa fazendo uma retrospectiva pessoal de 2024 e projetando a publicação de um livro para 2025. “[O ano de] 2024 foi marcante para mim, em especial pelos 35 anos de carreira. Foram apresentações na UFMS, na UEMS [Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul] , eventos dentro e fora do Estado e reconhecimento da Assembleia Legislativa com a Comenda de Mérito Legislativo, [além do] título de cidadão [honorário] em Corguinho”, conta.

“Porém, faltou o lançamento do livro em que as pessoas que me auxiliaram durante a jornada receberiam uma homenagem. Ele vem no ano que vem [2025] se Deus assim permitir, [com o título de] ‘Poemas (A)Guardados e Outros Nascimentos’. Tenho outros projetos além dessa publicação”, promete o craque da oratória. Aguardemos.

Revelações Autorais

(...)
Acordei outros pertencimentos.
Infinito é estrada no horizonte.
O tempo deu corda nos olhos.
Pedaços de um título
experimentam esquecimentos.
Nobreza maior
é quando o escritor
tem moradia nas palavras.

Ruberval Cunha
(Trecho de poema inédito)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Academia de Letras oferece oficina sobre literatura e gramática

Com três neste mês, os eventos começam amanhã, na UEMS, e clube de leitura sobre García Márquez, na quinta-feira, na sede da entidade, com participação de André Luiz Alvez

08/04/2025 10h00

Ricardo Cavaliere e Henrique de Medeiros

Ricardo Cavaliere e Henrique de Medeiros Foto: Divulgação/ASL

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No mês em que se comemora o Dia Mundial do Livro (23), a Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (ASL) promove nada menos que três eventos, destacando autores regionais, nacionais e de fora do País. Mas talvez a grande homenageada seja a língua portuguesa, com uma oficina sobre o cotejo entre literatura e gramática a ser ministrada pelo filólogo e linguista Ricardo Cavaliere (RJ), membro da Academia Brasileira de Letras (ABL).

Cavaliere vai conduzir a oficina a partir do tema “O vínculo eterno entre literatura e gramática”, amanhã, às 14h, no curso de Letras da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), no Bairro José Abrão. Na quinta-feira, será a vez do clube de leitura da ASL centrar foco no colombiano García Márquez (1927-2014). E, no dia 24, a roda acadêmica da entidade homenageará a autora corumbaense Oliva Enciso (1909-2005). 

INCULTA E BELA

Tida poeticamente por Olavo Bilac (1865-1918) como “inculta e bela”, a língua portuguesa – “inculta”, por ter sido a última a derivar do chamado latim vulgar, e “bela”, por um crivo personalista do poeta parnasiano – certamente receberá um tratamento de primeira linha de Ricardo Cavaliere, um dos maiores especialistas no idioma, que abordará a relação entre a arte literária e a disciplina gramatical.

O renomado linguista adianta que vai tratar da “vinculação entre a literatura e a gramática, que nos últimos decênios tem sido objeto de crítica devido a possíveis inadequações, tais como o excessivo descompasso entre a língua literária e o padrão culto contemporâneo”.

O imortal da ABL – na qual ocupa a cadeira número 8, cujo patrono é o árcade Cláudio Manuel da Costa (1729-1789) – resume o evento, que será aberto ao público, como “um painel da relação entre a arte literária e a disciplina gramatical desde a Antiguidade Clássica até os dias atuais”.

É recorrente o próprio idioma servir de mote à criação literária. Em Guimarães Rosa (1908-1967), os neologismos saltam aos olhos, ecoando uma dimensão metalinguística. Na poesia, além do exemplo de Bilac, destaca-se o concretismo, que teve lugar a partir dos anos 1950.

Na canção popular, a irônica e divertida letra de “Assaltaram a Gramática” (1984), de Waly Salomão e Lulu Santos, sucesso na gravação dos Paralamas do Sucesso, serve de grande exemplo.

Mas, de modo geral, a indústria cultural mais recente e o estilo telegráfico do universo virtual, entre outras razões, têm maltratado a “última flor do Lácio”, a ponto de muitos erros ou desvios passarem a soar como norma.

“Apesar das críticas, a literatura continua a ocupar lugar necessário na descrição da denominada norma-padrão, sobretudo devido à sua especial relevância como expressão maior das potencialidades da língua no plano estilístico”, pontua Cavaliere.

Henrique de Medeiros, presidente da ASL, afirma que esse primeiro evento no formato de oficina, uma parceria com a ABL, pode abrir novos projetos, inclusive buscando uma participação ainda maior de professores e estudantes junto à Academia Sul-Mato-Grossense de Letras.

O evento faz parte do projeto ABL na ASL: Palestras Imortais, realizado pela ASL em parceria com a Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc) e a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.

RICARDO CAVALIERE

O imortal da Academia Brasileira de Letras é graduado e licenciado no curso de Letras (português/inglês) e graduado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Obteve o título de mestre e doutor em Língua Portuguesa pela mesma instituição. Sua ênfase é na descrição do português e na historiografia dos estudos linguísticos.

Atua no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem da Universidade Federal Fluminense. Também é membro da Academia Brasileira de Filologia, conselheiro do Liceu Literário Português e tem experiência como conselheiro no Real Gabinete Português de Leitura, onde tem o título de grande benemérito.

Destacam-se, entre suas obras, os títulos “Fonologia e Morfologia na Gramática Científica Brasileira” e “Pontos Essenciais em Fonética e Fonologia”. A Medalha do Mérito Filológico da Academia Brasileira de Filologia e o Prêmio Celso Cunha da União Brasileira de Escritores estão entre os prêmios obtidos.

Cavaliere assina mais de uma centena de trabalhos acadêmicos em sua especialidade, entre eles, “Palavras Denotativas e Termos Afins: Uma Visão Argumentativa” e “A Gramática no Brasil: Ideias, Percursos e Parâmetros”. É membro de diversas associações nacionais e internacionais, entre elas, a Société de Linguistique Romane, a Henry Sweet Society for the History of Linguistic Ideas e a Associação Brasileira de Linguística.

GARCÍA MARQUÉZ

O projeto Leituras e Conversas na ASL, clube de leitura que teve início em março, prossegue nesta quinta-feira, com entrada franca, no auditório da instituição (Rua 14 de Julho, nº 4.653, Altos do São Francisco), às 19h30min, abordando a obra do romancista Gabriel García Márquez, Nobel de Literatura em 1982.

Coordenado por Lenilde Ramos, Maria Adélia Menegazzo e Sylvia Cesco, o clube contará com participação do escritor André Luiz Alvez.

Para Henrique de Medeiros, “a abertura do projeto na sua primeira apresentação teve excelente repercussão e presença de público, e espera-se que passe a ser um programa de referência para os amantes da literatura em Campo Grande”. García Marquéz segue a alternância entre autores regionais, nacionais e estrangeiros na sequência das atividades. No mês passado, o autor em destaque foi Paulo Leminski (1944-1989).

O convidado André Luiz Alvez é escritor, publicitário e cronista do Campo Grande News com a coluna Beba das Crônicas. Já foi cronista do Correio do Estado e é autor de diversas obras, entre elas, “A Bruxa da Sapolândia”, “Todo Bicho Alado Sente Medo do Vento” e “A Mão Esquerda”.

Um dos mais influentes e celebrados autores desde os anos 1950, García Marquéz, conhecido carinhosamente como Gabo, cresceu na casa de seus avós maternos, cujas histórias e tradições culturais influenciaram profundamente sua imaginação e estilo literário.

Sua obra mais famosa, “Cem Anos de Solidão” (1967), é considerada uma das maiores contribuições à literatura mundial. O livro combina realismo mágico com reflexões profundas sobre a condição humana, a história da América Latina e os efeitos do isolamento. “O Amor nos Tempos do Cólera” (1985), “Crônica de Uma Morte Anunciada” (1981) e “O Outono do Patriarca” (1975) estão entre as suas principais obras. 

RODA

Na roda acadêmica deste mês, no dia 24, a homenagem será para a professora, escritora e ex-deputada Oliva Enciso, com palestras de Raquel Naveira, Reginaldo Araújo e Rubenio Marcelo e, ainda, performance musical do projeto Movimento Concerto: Música Erudita e suas Fronteiras (UFMS). Às 19h30, com entrada franca e traje esporte.

Língua Portuguesa

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: “meu filho!”,
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

(Olavo Bilac)

Assaltaram a Gramática (trechos)

Assaltaram a gramática
Assassinaram a lógica
Hum, botaram poesia
Na bagunça do dia a dia
Sequestraram a fonética
Violentaram a métrica
Hum, meteram poesia
No meio da boca, uma língua
Ô, ôu
Só não pode beber com a boca no gargalo
Não perca o show do intervalo
Lá vem o poeta
Com sua coroa de louros
Bertalha, pimentão, agrião, boldo
O poeta é a pimenta do planeta
(...)
Estupraram a gramática
Senhora datilógrafa, anota aí na máquina
O Zagalo vai mudar de tática
E no intervalo, eu quero ver a matemática
Dessa pelada
Violentaram o segundo tempo
Sequestraram meus melhores momentos
Expulsaram a lógica, chutaram a fonética
Eu vou de arquibancada ou de cadeira (elétrica)
Ô frangueiro, bate logo o tiro de métrica
Eu entro de carrinho
E faço um gol de bicicleta (ergométrica)
O poeta é a pimenta do planeta
Passa essa bola que eu vou meter de letra
Eu entro em cena, tô na área
Se derrubar é pena, pena, pena
Penalidade máxima

(Waly Salomão/Lulu Santos)

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Diálogo

Prefeitos de alguns municípios do interior de MS estão achando que adminis... Leia na coluna de hoje

Confira a coluna Diálogo desta terça-feira (08/04)

08/04/2025 00h01

Diálogo

Diálogo Foto: Arquivo / Correio do Estado

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Lya Luft - escritora brasileira

Que a gente se divirta sem se matar, 
que ame sem se contaminar, que aprenda 
sem se enganar, que viva sem se vender”
.

FELPUDA

Prefeitos de alguns municípios do interior de MS estão achando que administração municipal é para resolver o problema de desemprego na família deles. Assim, nomeiam esposas, sobrinhas e filhas, como se as repartições públicas fossem utilizadas para pagamento de “mesadas”. Vereadores, que deveriam fiscalizar, parecem fechar os olhos para tal tipo de farra, até porque, em muitas Câmaras Municipais, a mesma prática é utilizada. Nesses primeiros meses das atuais administrações, as denúncias são muitas e o Ministério Público está tendo muito trabalho.

Pediu...

Em Paranhos, o PT “entrou duas vezes na fila” para perder. Na eleição suplementar de domingo a prefeito, 
o petista Dr. Jorge levou uma surra nas urnas do tucano Hélio Acosta, que obteve 69,41% dos votos válidos (4.088). 

Mais

O esquerdista já havia sofrido derrota, em março, na Justiça Eleitoral, que havia indeferido sua chapa (que tinha como vice Dr. Vicente, também do PT). Ele recorreu, participou sub judice do pleito e foi derrotado, 
recebendo apenas 1.802 votos.

Diálogo

Durante o mês de março, o Ibama realizou uma megaoperação em sete estados e no Distrito Federal para combater a manutenção e o comércio ilegal de peixes ornamentais geneticamente modificados que resultou em autos de infração e na apreensão de mais de 58 mil exemplares modificados de espécies utilizadas na aquariofilia. Os agentes encontraram variedades das espécies paulistinha (Danio rerio), tetra-negro (Gymnocorymbus ternetzi) e beta (Betta splendens) modificados geneticamente para emitirem fluorescência por meio da inserção de genes de anêmonas ou de águas-vivas, conferindo-lhes cores fortes, com capacidade de bioluminescência quando submetidos à luz ultravioleta. Essas características têm atraído a atenção e tornado esses peixes muito populares entre os aquaristas ao redor do mundo.

DiálogoDr. Alexandre Adames e sua mãe, Dra. Josete Adames

 

DiálogoLarissa Chehuen

Ataque

A crítica do deputado José Orcírio em suas redes sociais ao governador Eduardo Riedel, tendo como pano
de fundo a concessão de anistia aos acusados dos atos do 8 de Janeiro, deve significar o rompimento 
da aliança política de PT e PSDB. O petista acusa o tucano, em cuja administração seu partido ocupa uma série de cargos, de defender a tese para beneficiar o ex-presidente Bolsonaro. O ataque destemperado de Orcírio deixa as duas siglas em situação incômoda.

Destoando

Na análise de alguns políticos, se o governador Riedel mantiver na administração um “partido crítico” ao que pensa, estaria dando brecha perigosa à interpretação de que não estaria mandando “no próprio quintal” e, aí, para “botar os pingos nos is”, teria de usar a conhecida frase: “Os incomodados que se mudem”. Se o PT, por sua vez, continuar apoiando um governador que estaria destoando da ideologia da esquerda, estará mostrando puro oportunismo e submissão.

Rumo

A sinalização de defesa de Eduardo Riedel à concessão da anistia mostra, segundo conversa de bastidores, que ele estaria mais próximo do PL, partido liderado nacionalmente pelo ex-presidente Bolsonaro.
Na eventual extinção do PSDB, ele poderia ingressar nas hostes dos liberais. O “padrinho” de Riedel, o ex-governador Reinaldo Azambuja, pré-candidato ao Senado, ainda está sendo aguardado por Bolsonaro, 
com vistas a assumir o comando do PL em Mato Grosso do Sul. Isso acontecendo, os dois tucanos continuariam a caminhar juntos.

ANIVERSARIANTES

Camila Tannous De Lamônica Guimarães, 
Stheven Ouríveis Razuk, 
Roberto da Cunha, 
Luiz Carlos Spengler Filho,
Franck Amorim,
Regina Maura Palhano Melke Prado,
Marco Antonio Nachif China,
Rodrigo Dalpiaz Dias, 
Esnel Expedito Otavio Portes,
Dr. Hélio Mendes,
Juares Pessoa de Abreu,
Israel Novaes Ramires,
Francisco Berbel Lopes,
Maurício de Souza Lima, 
Salete Bruno Almeida,
Tomoyoshi Wauke,
Antonio Eugenio Bergo Duarte,
Edileusa Cosmo da Silva,
Patricia Fortes Adorno Ribeiro, 
Maria Chaves Faustino, 
Nelson Luiz de Vasconcelos Junior,
Suely da Silva Pereira Lima,
Pedro Paulo Pedrossian,
Rosa Helena Tonissi Nasser Amoedo, 
Cynthia Moraes Rego Mandetta,
Valério Skovronski, 
Dr. Carlos Alberto Pedrosa de Souza, 
Rafael Farias Cação,
Jania Dagher Arce Queiroz,
Heber Maria Nogueira dos Santos Bezerra,
Irene Marcelino Vieira da Costa,
Carlos Eduardo Gomes da Rocha,
Vanessa dos Santos Lima
Mara Bethânia Bastos Gurgel de Menezes,
Sueli da Silva Pereira,
Zilda Paniago Trindade,
Raynara Macedo,
Venturino Collet,
Gislaine Teixeira Araújo,
Gabriel Ferreira,
Laicy Corrêa Martins,
Pedro Albino Coimbra Pedra, 
Mário Duailibi, 
Nelson Shiguenori Tsushima,
Dra. Maria Aparecida Rogado, 
Augusto Ribeiro Portugal, 
Evaldo Corrêa Chaves,
Carlos Furtado Fróes,
Maria Higa,
Vania Freitas Pires da Silva,
Zélia Quevedo Chaves,
Juvenal de Almeida Branco Filho,
Deusdet da Silva Santos,
Osvaldo Castro Brandão,
Sérgio Assis Godoy de Mesquita,
Nadia Cristina Mendonça,
Valdevino Goulart,
Vera Lúcia Ghizzi Figueiredo,
Luiz Akira Oshiro,
Nelly Albertino Valdivia Alamanzar,
Silvio Martins Adorno,
Luiza Pithan Freire,
Júlio César Kuroce,
Marcelo de Oliveira Vera,
Salviano Mendes Fontoura Júnior, 
Laerte Paes Coelho, 
Aleide Lemos Coelho,
Tathiana Corrêa Silva, 
TeIma Menezes de Araújo,
Ivan da Silva Mendes,
Carla Fernandes Juliano da Silva,
Lorita Duro Montagner,
Melissa Martins de Almeida,
João Maria Ferreira Antunes,
Denise Mendes Fonseca,
Alexandre Socovoski,
Amancio Gomes Machado,
Rui Queiroz Galvão,
Altevir Alberton,
Inácio Schneider,
Juarez Dambroz,
Margarete Camargo,
Maria de Lurdes de Brito Lima,
Dalila da Silva Corrêa,
Luccas Ribeiro de Souza D’athayde,
Vanderlei Caetano do Nascimento,
Darcy Rodrigues, 
Álvaro Scriptore Filho, 
Maria Augusta Sena Madureira Figueiró, 
Ruy de Menezes Câmara Junior, Paulo Mello Miranda, 
Jean Fernandes dos Santos Junior,
Enio Roberto Walker,
José Henrique Kaster Franco,
Luiz Antonio de Souza Martins,
Herlan Aponte Paz,
Laércia Aparecida Lemos Coelho Cannazzaro,
André Luiz Tanahara Pereira,
Gislene de Rezende Quadros, 
Walkiria Kosloski Ferreira, 
Teresinha Rigon,
José Nobuo Shiraishi Kawabata,
Silvio Yoshio Yokoyama,
Diego Rieffe Franco,
Faylon Alves da Rocha.

*Colaborou Tatyane Gameiro

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